quinta-feira, 17 de março de 2016

Advogados criticam "autorização ilegal" de escutas de Lula

Lula participa da abertura da Expocatadores 2014 no Centro de Exposições do Anhembi em São Paulo

 Os advogados Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins, que defendem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, divulgaram nota hoje (17) criticando o que classificaram como “autorização ilegal” de grampo telefônico do celular pessoal de Teixeira e do telefone central do escritório Teixeira, Martins e Advogados.

Para eles, a intenção do juiz Sérgio Moro, que autorizou as escutas, foi de monitorar a estratégia de defesa do ex-presidente Lula e configura “grave atentado às garantias constitucionais da inviolabilidade das comunicações telefônicas e da ampla defesa”.

Além de ser uma “afronta a inviolabilidade telefônica” garantida no Estatuto do Advogado.

Na nota, os advogados citam a conversa telefônica mantida entre Teixeira e Lula no último dia 4, quando o ex-presidente soube que seria conduzido para depor na Polícia Federal.

“Toda a conversa mantida entre advogado e cliente e a estratégia de defesa transmitida naquela oportunidade estava endo monitorada e acompanhada por Moro e pela Polícia Federal”.

Para os advogados, as escutas e a divulgação do teor dessas interceptações são ilegais e atentam contra o processo legal.

“A estratégia do juiz Sérgio Moro e dos membros da Força Tarefa Lava Jato resultou no monitoramento telefônico ilegal de 25 advogados que integram o escritório Teixeira, Martins & Advogados, fato sucedido com a também ilegal divulgação das conversas gravadas nos autos do processo, juntamente com a divulgação de outras interceptações ilegais”, diz a nota.

Os advogados informam ainda que o assunto será levado à Ordem dos Advogados do Brasil para que o colegiado possa intervir e se posicionar em relação “a esse grave atentado ao Estado Democrático de Direito”.

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