segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Risco de transmissão sexual de zika faz Grã-Bretanha recomendar camisinha para homens que foram ao Brasil

Thinkstock
O temor de uma possível transmissão sexual do zika vírus levou autoridades de saúde da Grã-Bretanha a recomendar que casais adiem planos de gravidez e usem proteção em relações sexuais por até seis meses se o homem tiver ido a uma área com transmissão de zika, como o Brasil.
O Public Health England (Saúde Pública Inglaterra) recomendou que homens que estiveram em locais com registros da doença usem camisinha por 28 dias se sua parceira estiver grávida ou tentando engravidar.
Já o homem que teve sintomas de zika ou o vírus confirmado em exames laboratoriais deve evitar sexo sem proteção por seis meses.
A recomendação vale para o Brasil e para outros 24 países ou territórios.
A principal forma de transmissão do zika vírus, que foi associado a casos de microcefalia (má-formação cerebral), é pela picada do mosquito Aedes Aegypti.
No entanto, o vírus já foi isolado no sêmen humano e há dois casos de possível transmissão sexual citados pela literatura científica. Segundo especialistas, a transmissão sexual do vírus da zika ainda não foi comprovada cientificamente, mas também não pode ser descartada.
O próprio órgão britânico destaca que "acredita-se que o risco de transmissão sexual do zika seja muito baixo".
O Public Health England diz que a medida é uma precaução e que pode ser revisada à medida em que mais informações se tornarem disponíveis.
Já no Brasil, o site do Ministério da Saúde não faz recomendação para uso de camisinha por causa do zika vírus devido ao risco de transmissão sexual. A posição oficial é que quem deseja engravidar deve discutir os riscos com seus médicos.
O site da pasta afirma também que "outras possíveis formas de transmissão do vírus Zika precisam ser avaliadas com mais profundidade, com base em estudos científicos", mas que "não há evidências de transmissão do vírus Zika por meio do leito materno, assim como por urina, saliva e sêmen."
Jornais britânicos deram destaque à recomendação em suas edições deste sábado. Em chamada de capa, o Telegraph afirma que "casais britânicos foram aconselhados a para de tentar ter um bebê por até seis meses se um dos parceiros tiver voltado de um dos 23 países afetados pelo zika vírus".
Já o tabloide Daily Mirror estampou na manchete: "Não engravidem".
De acordo com as autoridades de saúde britânicas, seis casos de zika já foram notificados em britânicos (um deles, no entanto, não têm relação com o surto atual). O Aedes Aegypti, porém, não circula no país, e todos os casos são de pessoas que viajaram para áreas de risco - nenhuma para o Brasil.






O órgão já havia aconselhado mulheres grávidas a evitar viajar para áreas de transmissão da doença e turistas a tomar medidas para evitar a picada do mosquito em países como o Brasil, como o uso de repelente.
De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde do Brasil, foram notificados desde outubro 4.180 casos suspeitos de microcefalia. Deste, 270 foram confirmados como microcefalia e outros 3.448 ainda estão sendo investigados. Dos confirmados, 6 têm relação com o zika vírus, e os outros ainda estão sendo investigados.

Empresário que recebeu cartão com xingamento processa empresas


 

Empresário mostra cartão que recebeu com xingamento, em Goiás (Foto: Arquivo pessoal)

 O empresário William Antunes Severino, de 32 anos, que recebeu um cartão de crédito com um xingamento no lugar de seu sobrenome, decidiu processar a empresa Conta Super e a dona da bandeira, a MasterCard. Morador de Caçu, no sul de Goiás, ele diz que não solicitou o cartão e se espantou ao ver que era chamado de "William Filho da Puta". Constrangida, a mãe dele também entrou com uma ação contra as companhias.
O cartão pré-pago foi recebido no último dia 8 de dezembro. No mesmo dia o empresário diz que passou a buscar uma resposta das empresas, mas só foi atendido depois que o caso ganhou repercussão. Mesmo assim, ele diz que a situação não teve um desfecho. “Só me atenderam depois que a imprensa noticiou. Mesmo assim, ficaram de me dar uma resposta e até agora nada. O desrespeito continua”, afirma.
Segundo o empresário, que era cliente da Conta Super há pouco mais de dois anos, ele suspeita que o xingamento ocorreu depois que ele fez uma reclamação. "Tive um problema com uma transferência e liguei lá para reclamar. Liguei nervoso, mas não xinguei ninguém. Pode ter sido isso, algum atendente feito de sacanagem", pontua.
“Na época eu achei que era brincadeira, mas, quando analisei a correspondência, vi que era verdade. Até levei na esportiva no começo, mas como me ignoraram, cancelei meu cartão antigo na Conta Super e pedi uma explicação. Mas ainda assim nunca me ligaram”, conta.
Depois de receber o cartão, William diz que o xingamento o trouxe vários transtornos. “Não posso mais nem atender o telefone em casa, pois só me chamam assim. Eu até tento encarar como brincadeira, mas meus pais, que já são idosos, ficam muito nervosos. Minha mãe, em especial, se sente realmente ofendida, pois fere a honra dela”, relatou.
 
Processos
Por causa dos transtornos, o empresário e a mãe, a aposentada Jerônima Severina Vieira, de 72 anos, decidiram processar as empresas e pedir reparação por danos morais.
"A situação toda só gera constrangimentos, ainda mais para a minha mãe. Ela fica realmente nervosa quando alguém me chama assim. Isso faz mal para a saúde dela e, por isso, decidimos entrar com os processos. Não quero que mais ninguém passe por isso”, ressaltou William.
De acordo com o advogado Andre Luiz Oliveira Camargos, que defende o empresário e a mãe, a ação foi protocolada na Vara Cível de Caçu na última quinta-feira (28). “São dois processos distintos, um do William e outro da dona Jerônima, contra a Conta Super e a MasterCard. Ambos pedem reparação por danos morais em função dos constrangimentos que os envolvidos sofrem por causa do cartão com xingamento”, explica.
Em nota, a assessoria de imprensa da MasterCard informou que, até a noite de sexta-feira (29), a empresa não havia recebido nenhuma intimação sobre o caso.
Em dezembro passado, a companhia havia informado que não tem responsabilidade pela administração do cartão, cabendo esta função ao banco emissor. A empresa destacou ainda que não possui "informações pessoais dos correntistas, sendo essas de propriedade exclusiva dos bancos emissores dos cartões MasterCard".
Já a Conta Super, na época, disse que lamentava o ocorrido e esclareceu que o processo de personalização de cartões dá ao cliente a liberdade de escrever, mediante o uso de senha pessoal, o nome pelo qual quer ser chamado. Mesmo assim, uma ferramenta verifica, automaticamente, a impressão de "termos impróprios". O comunicado explicou ainda que esse sistema sofreu um problema temporário, que já foi resolvido.

EUA tem candidato à presidente descendente de brasileiros



  Rod Silva é candidato à Casa Branca pelo Partido da Nutrição
A imprensa norte-americana só fala de republicanos e democratas, mas saiba que a lista de candidatos à Presidência dos Estados Unidos que disputam como independentes tem mais nomes que a relação de deputados daquele país, que são 435. Entre eles, há o filho de um imigrante brasileiro. Mas, em vez de falar de política externa ou economia, Rod Silva, 43, prefere divulgar números sobre colesterol, obesidade e diabetes. "Fazer a América se tornar saudável outra vez" é o seu mote.
Fundador de uma cadeia de restaurantes de comida saudável, Silva faz de sua inexperiência política um diferencial: "Sou um estranho em Washington e, por isso, não preciso fazer acordos em troca de favores políticos", declara. "Sei o que é ter começado do nada, o que é ter de pagar as contas todo mês e ter de tomar as decisões certas", relata o candidato único do "partido da nutrição", que tem como vice na chapa o irmão e médico Rich Silva, consultor para assuntos de saúde da campanha.
Como o pai, que saiu de Santos (SP) para estudar engenharia nos Estados Unidos com apenas 18 anos, o empresário conta que viveu "o sonho americano" --termo repetido à exaustão. Diferente de Donald Trump, que diz ter começado seu negócio com um pontapé de US$ 1 milhão (R$ 4,09 milhões), Silva entrou para o mundo dos negócios com apenas U$ 6.000 (R$ 24.515). Apaixonado por fisiculturismo desde a adolescência, abriu uma loja de suplementos alimentares e smoothies ao lado de uma academia na região de Colônia, em Nova Jersey.

Os clientes se interessaram pela marmita saudável que o jovem musculoso levava ao trabalho, o que o incentivou a instalar uma grelha e vender comida. Assim nascia a Muscle Maker Grill, em 1995, marca que hoje conta com mais de 50 franquias em 13 Estados, e sobreviveu intacta à crise de 2008.
Não é só o nome do restaurante que lembra uma academia --com paredes vermelhas, mesas pretas e fotos de fisiculturistas penduradas na parede, a cadeia difere de outras redes de comida saudável norte-americanas que esbanjam imagens de frutas, saladas e orgânicos. A vantagem para os clientes, ali, é saborear o que todo mundo gosta --wraps, grelhados, sanduíches e bowls-- mas em versões com pouco carboidrato ou sem glúten, e com o número de calorias à disposição. Os lanches até conquistaram um espaço cativo no Estádio Metlife, a casa dos times de futebol americano Jets e Giants.
Silva afirma que o açúcar é o principal vilão da saúde. Apesar disso, é possível comprar refrigerantes (não só diet) em unidades do Muscle Maker. Como empresário, o candidato acredita que regular demais não é o caminho. "Menos gasto em imposto significa mais dinheiro para a economia e para a educação. E que torna as pessoas melhores e mais saudáveis é consciência, não controle", defende. É com a fórmula que encontrou para fazer sua rede crescer que ele espera tornar seu povo mais saudável: substituir os ingredientes, sem sacrificar o prazer de comer.

Confira abaixo a entrevista concedida ao UOL, por telefone, em Nova York. Apesar de dizer algumas coisas com boa pronúncia em português, ele preferiu falar em inglês.
O senhor se identifica mais como liberal ou conservador?
Rod Silva: Eu nunca me incluí em nenhuma das duas caixas porque acredito que cada questão deva ser analisada isoladamente, e não à luz de um partido ou de outro.
Mas o senhor é a favor de uma economia regulada, por exemplo? E qual sua opinião sobre temas polêmicos, como controle sobre armas?
Silva: Acho que o excesso de regulação impede que as empresas cresçam e gerem mais empregos. Também é um obstáculo para que empresas pequenas se desenvolvam e vivam o sonho americano, como eu vivi. (...) Na minha opinião, quem não pode ter armas não deveria ter acesso a elas. Acho que a verificação de antecedentes dos compradores é algo positivo, se for feita de forma respeitosa.
Como foi que se interessou por nutrição e exercícios?
Silva: Meu pai, que foi o meu grande herói, morreu após sofrer um ataque cardíaco fulminante no carro. Eu estava com ele e claro que isso me marcou bastante. O problema é que, aqui nos Estados Unidos, as pessoas se esqueceram de que, antes de tudo, é preciso cuidar de si mesmo. As pessoas estão preocupadas em trabalhar, mas é preciso ter cuidado, também, com o corpo, a mente e o espírito. Se você quer ajudar os outros, precisa primeiro cuidar de si próprio. Da mesma forma, para ajudar o país, primeiro é preciso fazer com que as pessoas sejam mais saudáveis. Essa é a mensagem que eu quero passar.
O que pretende fazer para melhorar os hábitos da população, caso seja eleito?
Silva: A principal questão é fazer com que as pessoas se conscientizem. Precisamos começar a prevenir as doenças, em vez de apenas tratá-las... Colesterol, obesidade e diabetes são as principais causas de morte no país e geram um custo enorme, que está acabando com os Estados Unidos. Se continuar assim, nosso sistema de saúde vai entrar em colapso. Mas eu não acredito que o controle seja o caminho para isso. Há várias formas de gerar consciência sem que seja preciso controlar o que as pessoas fazem.
Muitos especialistas têm apoiado o aumento de impostos para itens ricos em açúcar ou gordura, ou mesmo dos refrigerantes. O que acha da ideia?
Silva: Acho que o açúcar é a pior coisa que você pode consumir. É o que todos os estudos têm apontado. O problema é que aumentar impostos é algo que gera custo para as pessoas, porque tudo fica mais caro. Acho que menos gasto em imposto significa mais dinheiro para a economia e para a educação. O que é preciso é educar. O que torna as pessoas melhores e mais saudáveis é a conscientização, não o controle.
O senhor foi favorável ao Obamacare? Aumentar o acesso dos norte-americanos à saúde não seria uma forma de incentivar a prevenção?
Silva: É muito bom que todas as pessoas tenham acesso ao sistema de saúde. Mas, de novo, se não ajudarmos as pessoas a se tornarem mais saudáveis, nem o Obamacare nem qualquer outro sistema será capaz de sobreviver.
Como filho de imigrante, o que pensa sobre as recentes discussões sobre política migratória, e como vê os comentários de Donald Trump sobre os mexicanos e o asilo aos sírios?
Silva: Meu pai veio para os Estados Unidos legalmente, passou por todo o processo, conseguiu o Greencard, trabalhou muito. Claro que é preciso cuidar das nossas fronteiras, é uma questão de segurança nacional. Mas se as pessoas vêm legalmente para cá, elas têm direito de viver o sonho americano, como meu pai viveu. Não importa qual a sua nacionalidade.
Caso não vença, quem apoiará? E quais seus planos, nesse caso? Pensa em tentar uma vaga no Congresso?
Silva: Acredito que vou ganhar --eu tenho que ser positivo! Se isso não acontecer, vou pensar nas minhas opções. Quero continuar a fazer o meu melhor para ajudar as pessoas a serem mais saudáveis, tornar a América saudável outra vez.
Apesar de ter nascido nos Estados Unidos, há referências brasileiras no seu dia a dia?
Silva: A comunidade é grande em Nova Jersey e minha família sempre teve muito contato com brasileiros. Meu irmão, que é médico, tem muitos pacientes de origem brasileira. Eu vejo que existe muita gente que cultiva hábitos saudáveis no país, vai à praia, à academia... eu aprecio muito esse estilo de vida. E meu esporte favorito é o futebol. Torço para o Red Bulls e treino o time de futebol do meu filho.

Carlos Villagrán, o Kiko do 'Chaves', quer desfilar no Carnaval do Rio







Há uma semana para o início do Carnaval, o ator foi questionado  se gostaria de participar da folia carioca e ele não titubeou! "Adoraria ser convidado! Esse é o maior Carnaval do mundo, né", disse ele, animado, mostrando em seguida que tem samba no pé.
No bate-papo com fãs, que teve a presença de Nelson Machado, dublador do Kiko no Brasil,  Villagrán também contou que tem vontade de voltar à TV. "Basta receber um convite legal. Faria uma novela, por exemplo, não teria problema com isso", garantiu.


 
No evento, em que ele ganhou a bola quadrada do Kiko, relembrou dancinhas e tirou fotos com fãs, também tiveram algumas saias-justas. Um admirador, por exemplo, perguntou onde estava Satanás, o cão de estimação da Bruxa do 71.
"Embaixo da terra, com o Chaves", disparou ele, deixando muitos surpresos. "É brincadeira, gente', frisou logo em seguida. Como se sabe, ele e Roberto Bolaños, o Chaves, morto em setembro de 2014, tiveram uma desavença no passado que levou Villagrán a sair do seriado. Eles ficaram anos sem se falar, mas o intérprete do Kiko surpreendeu muita gente ao ir ao velório do ex-companheiro de elenco.
Em outra saia-justa, o ator mexicano recebeu no palco uma fã um pouco acima do peso. Quando ela foi descer, ele mandou na lata. "Você consegue? Quando sair daqui, vai ter que fazer uma dieta", brincou. Ela não gostou: "As gordinhas também fazem sucesso".

Neymar e seu pai rebatem acusações sobre fraudescontra o fisco



Neymar e seu pai falaram neste domingo pela primeira vez sobre a denúncia feita no meio da semana passada pelo Ministério Público Federal, que os acusa de fraude fiscal e falsidade ideológica por supostas irregularidades nos contratos da transferência do craque do Santos para o Barcelona em 2013.

"O procurador que fez a denúncia (Thiago Lacerda Nobre) deve estar procurando holofotes, mas não vai achar porque não fizemos nada de errado. Queremos que a Justiça consiga esclarecer logo tudo isso, porque estamos cansados", disse Neymar da Silva Santos, pai do craque.
Foi ele quem mais falou durante a entrevista. Neymar só se manifestou para dizer que está focado em jogar futebol e que "dói ver uma pessoa que amo ser acusada de coisas que não fez".

Neymar da Silva Santos disse que nunca sonegou impostos e que o dinheiro ganho por suas empresas é todo mandado para o Brasil. "A gente fatura R$ 70 milhões só com a imagem do Neymar, e todo o dinheiro vai para o Brasil. Pagamos todos os impostos lá."

Uma das perguntas foi sobre o fato de o Ministério Público Federal dizer que as empresas da família de Neymar não tinham um número de funcionários compatível com o montante de dinheiro que movimentam. O pai do craque respondeu da seguinte maneira: "No começo, o Santos era a única fonte pagadora do Neymar, eu podia cuidar sozinho da gestão da carreira dele. Mas hoje temos mais de 170 funcionários no Brasil, todos em regime de CLT. Não tenho nenhum problema em pagar impostos."
Depoimento
Nesta terça, Neymar e seu pai serão ouvidos por um juiz em Madri como parte da investigação feita na Espanha sobre as suspeitas de irregularidade na negociação que o levou ao Barcelona. E o pai do craque disse estar tranquilo com relação a isso.
"Vamos ser ouvidos para falar dos fatos da transação, não há problema nenhum. Se tivermos cometido algum erro tributário, que nos digam. Mas nunca tivemos nenhuma intenção de sonegar imposto."
Por fim, quando a pergunta foi sobre o verdadeiro valor da venda de Neymar para o clube espanhol, o pai do jogador saiu pela tangente. "Isso você tem de perguntar para o Santos e para o Barcelona."

Erdogan quer reunir-se pessoalmente com Putin

O presidente russo, Vladimir Putin, em encontro com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, em Ancara, em dezembro de 2014

O presidente Rússia Vladimir Putin foi informado sobre o desejo do líder turco Tayip Erdogan de encontrar-se pessoalmente com ele, informou nesta segunda-feira (1) o porta-voz do líder russo Dmitry Peskov.

Mas cedo, o ministério das Relações Exteriores da Turquia acusou a Rússia de ter violado o espaço aéreo turco, alegando que o avião Su-34 teria cruzado de forma ilegal a fronteira do país na última sexta-feira (29).
A acusação foi negada oficialmente pelo ministério da Defesa da Rússia, mas Erdogan declarou que gostaria de encontrar o líder russo para uma conversa direta sobre o ocorrido. "Vladimir Putin recebeu a informação sobre essa intenção do presidente Erdogan" – dissse Peskov respondendo à pergunta de jornalistas sobre uma possível data para o encontro dos dois líderes.

Turquia bombardeia áreas civis sírias

O Ministério da Defesa da Rússia obteve evidências em vídeo de que áreas civis sírias foram bombardeadas a partir de postos de fronteira turcos, segundo informou o porta-voz Major-General Igor Konashenkov nesta segunda-feira (1º).

Segundo o oficial russo, Moscou espera uma explicação da OTAN, do Pentágono e das Forças Armadas da Turquia sobre as provas apresentadas.
Konashenkov exibiu o vídeo, mostrando uma parte da fronteira sírio-turca, durante a entrevista coletiva.
 De acordo com o porta-voz, o Ministério da Defesa recebeu recentemente as imagens de vídeo a partir do Estado-Maior Geral da Síria. A filmagem mostra "armas de artilharia pesada autopropulsadas implantadas no posto avançado turco em questão".
Konashenkov observou que o exército sírio recebeu o vídeo de um dos grupos de oposição patrióticos do país e salientou que as evidências também mostram armas de artilharia autopropulsadas bombardeando o território da República Árabe da Síria e, em particular, áreas civis na fronteira.
"Aqueles que nos alertam para as consequências devem pensar primeiro na armadilha a que eles próprios estão sendo puxados pelos parceiros turcos", advertiu o general russo.

Brasil piora em ranking e tem 21 das 50 cidades mais violentas do mundo 200

Policiais do Ceará realizam ato contra a violência em praia de Fortaleza, a líder em mortes violentas no Brasil

 Em dois anos, o Brasil passou a ter cinco cidades a mais na lista das 50 mais violentas do mundo, divulgada pela ONG mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal nesta segunda-feira (25). O país aparece agora com 21 cidades na lista

O ranking apontou Caracas, capital da Venezuela, como a cidade mais violenta do mundo. Fortaleza, que ficou na 12ª colocação geral, foi a líder em mortes violentas no Brasil.
O destaque negativo no país é a região Nordeste, que aparece com um quarto dos municípios mais violentos do planeta.
Para fazer o cálculo do ranking, a entidade usa a taxa de número de homicídios por cada 100 mil habitantes. A pesquisa avalia apenas os municípios com mais de 300 mil habitantes.

Mudanças

No levantamento de 2014, Maceió era a líder nacional. A capital alagoana agora é a quinta menos segura do país.
Belo Horizonte foi a única cidade nacional a deixar a lista de 2014. A outra diferença positiva é que, em 2014, o Brasil tinha três das 10 mais violentas, e agora nenhuma aparece nesta faixa.
Na lista divulgada nesta segunda, Fortaleza aparece com taxa de homicídio de 60,77 --praticamente a mesma de Natal (60,66) e da Grande Salvador (60,63).
A região Nordeste, por sinal, é a que tem mais cidades no ranking –além das nove capitais, completam a lista Campina Grande (PB) e Feira de Santana e Vitória da Conquista (ambas na Bahia). Em 2014, eram nove cidades nordestinas na lista: Teresina, Feira de Santana e Vitória da Conquista não estavam.
No ranking mundial, a capital venezuelana (com taxa de 119,8 assassinatos por cada 100 mil habitantes) tomou o lugar de San Pedro Sula, em Honduras, que liderava o ranking desde 2012 e, agora, tem índice de 111,03 mortes por 100 mil pessoas.
O relatório cita que, apesar de o Brasil ser o país com mais cidades na lista, as taxas das oito da Venezuela chamaram mais a atenção. "O nível de violência nas cidades de 300.000 ou mais habitantes é maior na Venezuela. No Brasil, a taxa média foi de 45,55 homicídios por 100 mil habitantes, enquanto isso na Venezuela foi 74,65", destaca José Antonio Ortega Sánchez, presidente da ONG mexicana.
Além dos munícipios do Brasil e da Venezuela, completam a lista cinco cidades do México, quatro da África do Sul e dos Estados Unidos, três da Colômbia e duas de Honduras.

Cidades mais violentas no Brasil*:

12º Fortaleza - 60,77
13º Natal – 60,66
14º Salvador (e Região Metropolitana) – 60,63
16º João Pessoa – 58,40
18º Maceió – 55,63
21º São Luís – 53,05
22º Cuiabá – 48,52
23º Manaus – 47,87
26 Belém – 45,83
27º Feira de Santana (BA) – 45,50
29º Goiânia (e Aparecida de Goiânia) – 43,38
30º Teresina – 42,64
31º Vitória – 41,99
36º Vitória da Conquista (BA) – 38,46
37º Recife – 38,12
38º Aracaju – 37,70
39º Campos dos Goytacazes (RJ) – 36,16
40º Campina Grande (PB) – 36,04
43 Porto Alegre – 34,73
44º Curitiba – 34,71
48º Macapá – 30,25
*taxa por cada 100 mil habitantes



Navio cargueiro abandonado à deriva ameaça costa francesa

Autoridades tentam rebocar o cargueiro Modern Express para evitar um desastre ambiental

Autoridades tentam rebocar o cargueiro Modern Express para evitar um desastre ambiental

Um navio de carga avariado está em rota de colisão com a costa da França, e autoridades tentam rebocá-lo para evitar um desastre ambiental.


O navio Modern Express, de bandeira panamenha, começou a tombar no último dia 26, e todos os 22 tripulantes foram resgatados por um helicóptero após um chamado de emergência.

Esforços para rebocar a embarcação não deram certo até agora, mas haverá uma nova tentativa nesta segunda-feira.

Se a operação falhar, o navio irá atingir a costa atlântica da França entre a noite de segunda-feira e a manhã de terça-feira.

O mau tempo dificultou a operação de resgate no domingo, dois dias após um cabo de reboque para a embarcação de 164 metros se romper em alto mar.

O navio, que transporta 3,6 mil toneladas de lenha e máquinas de perfuração do solo, está tombado em um ângulo entre 40 e 50 graus.

Emmanuel de Oliveira, da Prefeitura Marítima do Atlântico, órgão francês, disse que agora "é totalmente impossível colocar o navio de volta na posição original".

A embarcação contém cerca de 300 toneladas de combustível, segundo autoridades francesas.

O jornal francês Sud-Ouest informou que medidas emergenciais serão tomadas para conter e retirar o combustível caso o navio encalhe.

Em 2002, o navio petroleiro Prestige naufragou na costa do norte da Espanha, derramando 50 mil toneladas de petróleo e poluindo milhares de quilômetros de litoral.

Às 11h (8h pelo horário de Brasília) de domingo, o Modern Express estava a aproximadamente 100 km da costa sudoeste da França, entre Bordeaux e Biarritz.

Bahia fará amistoso contra o Orlando City nos Estados Unidos em fevereiro

bahia treino janeiro 2016 divulgacao

Equipe do Bahia vai enfrentar o Orlando City em amistoso

Em mais uma ação para comemorar seus 85 anos, o Bahia vai aos Estados Unidos no dia 27 de fevereiro para fazer um amistoso contra o Orlando City, time do brasileiro Kaká, no Estádio Orlando Citrus Bowl.
"A Major League Soccer (MLS) tem se desenvolvido muito, e a indústria esportiva nos EUA é referência mundial. É estimulante conhecer este mercado através do Orlando City, um clube com traços brasileiros e um dos mais populares da liga dos EUA graças à sua gestão e à paixão da sua torcida", comentou Marcelo Sant'Ana, presidente do Bahia.
Para viabilizar o amistoso, o Bahia conseguiu, junto à Federação Bahiana de Futebol, alterar a data do jogo contra o Galícia, pela fase de grupos do Campeonato Baiano. O jogo seria no dia 27 e foi transferido para o dia seguinte.
O trime tricolor será o quinto clube brasileiro, o primeiro do Norte e Nordeste, a enfrentar o Orlando City em um amistoso. Antes do Bahia, a equipe da Major League Soccer (MLS) enfrentou o Fluminense, duas vezes, e os outros três confrontos foram contra São Paulo, Flamengo e Ponte Preta.

Varejo fecha 80 mil lojas, e recessão não poupa nem grandes redes.



A recessão obrigou gigantes e pequenas empresas do varejo a diminuir de tamanho. Para se adequar ao consumo em queda, as grandes redes fecham lojas e cortam vagas. Recentemente, seis empresas anunciaram o fim de 153 unidades, incluindo Walmart, Ponto Frio, Casas Bahia, Extra, Marisa e C&A. Os números das líderes do mercado se somam aos milhares de pontos de venda que foram fechados no ano passado, num segmento em que predominam as microempresas. Dados preliminares da Confederação Nacional do Comércio (CNC), compilados  mostram que, em 2015, no total, 80,1 mil lojas fecharam as portas. O resultado representa um aumento de 52% em relação a 2014, quando 52,7 mil estabelecimentos encerraram as atividades. Para analistas, a redução de custos é uma tendência que deve se manter ao longo de 2016, e os segmentos dependentes de crédito tendem a ser mais afetados.
De acordo com a confederação, o número de lojas de grande porte caiu 9,5% em 12 meses considerando dados até outubro, um percentual superior ao dos pequenos varejistas, que tiveram queda de 8,3%.
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— O fechamento de lojas é generalizado. A renda do consumidor caiu, e o custo do crédito aumentou. As taxas de juros reais em torno de 8% inviabilizam o consumo de bens duráveis (como eletrodomésticos), mais sensíveis ao crédito. Há uma relação clara entre o desempenho de vendas e o fechamento de lojas — explica Izis Ferreira, economista da CNC.

Um dos casos mais emblemáticos é o do Grupo Pão de Açúcar, que controla redes como Ponto Frio, que fechou 73 lojas, e Casas Bahia (três unidades encerraram atividades). No ano passado, 18 mil trabalhadores foram demitidos, uma redução de 11,2% no quadro, segundo dados do balanço até setembro. O número inclui todas as dez bandeiras da empresa. Segundo o Pão de Açúcar, as condições macroeconômicas justificam os cortes de vagas e a companhia diz que houve redução de custos. “É dever da administração adequar a companhia à demanda do mercado, sempre preservando a qualidade e nível de serviço nas lojas e entrega aos clientes. A adequação do quadro de pessoal faz parte deste processo”, afirmou, em nota, a empresa.

Há duas semanas, o Walmart anunciou o fechamento de 60 lojas. O corte representa mais de 10% da rede de 544 lojas no país. O motivo: baixa performance de vendas.
— O varejo tem rotatividade elevada, de mais de 40%, então as grandes redes não precisam necessariamente demitir para reduzir o custo de uma loja. É só parar de contratar. A expectativa é que mais lojas sem um patamar de venda adequado à estrutura de custos sejam fechadas. Isso deve ocorrer mais no primeiro trimestre, quando já passou o período mais forte de vendas — disse Luiz Carlos Cesta, analista de varejo do Banco Votorantim.

COMÉRCIO CORTOU 180,9 MIL VAGAS

Em 2015, o comércio varejista cortou 180,9 mil vagas formais. Nas grandes redes, segundo a União Geral dos Trabalhadores (UGT) houve 62 mil dispensas. O levantamento de demissões foi feito com informações da própria UGT, do Dieese e dos balanços das empresas, mas em muitos casos não inclui dados sobre as admissões no período. Para Ricardo Patah, presidente da UGT e do sindicato dos comerciários de São Paulo, esses são os primeiros sinais do mau momento do varejo.
— A crise chegou ao comércio. Em 2014, quando ela ainda estava se iniciando, não tivemos desemprego. Em 2015, começamos a sentir, porque será neste ano o grande volume de demissões no setor — afirma Patah.
Segundo a UGT, foram 3.500 homologações do Carrefour. A empresa, porém, afirma que se trata de um movimento normal no varejo e que as vagas foram repostas: “O Carrefour informa que não houve redução em seu quadro de colaboradores em 2015. Os desligamentos no período fazem parte do turnover, movimento natural em um setor dinâmico como o varejo. As posições em aberto foram repostas”, informou.
Nelson Barrizzelli, especialista em varejo, avalia que as demissões e o fechamento de lojas refletem também a consolidação das vendas on-line. Cálculos da UGT mostram que cada emprego no comércio digital equivale a cinco nas lojas convencionais.


— Os vendedores de linha branca são os que mais sofrerão — disse Barrizzelli.
Para Haroldo Monteiro, coordenador da pós-graduação em Gestão Estratégica no Varejo do Ibmec/RJ, mais empresas terão de negociar valores que pesam na operação, como aluguel e condomínio:
— O conceito de lojas enormes com muitos vendedores está mudando. O e-commerce está fazendo com que as lojas físicas fechem ou diminuam de tamanho. Por isso, vão ocorrendo demissões para adequar a quantidade de vendedores na loja.

ANALISTA DIZ QUE AJUSTE CONTINUA ESTE ANO

O momento de ajuste ocorre após um período de crescimento exagerado, estimulado por políticas de incentivo ao consumo, avalia Claudio Felisoni, presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar). Ele vê com ceticismo a tentativa de reativar a economia com base no estímulo ao crédito:
— Depois da festa, vem a ressaca. Infelizmente, essa é uma situação previsível. Era sabido que o que sustenta consumo é investimento.
Mas nem só de corte de custos sobreviverá o varejo na crise. Para Enéas Pestana, dono de uma consultoria e ex-presidente do Pão de Açúcar, o setor precisa focar na melhoria da gestão.
— Não acredito só em corte de despesas, porque depois a conta vem. Não adianta cortar metade dos funcionários, porque há risco de a empresa não se sustentar — disse Pestana, que trabalha na integração das bandeiras da Máquina de Vendas, a holding formada por Ricardo Eletro, Insinuante, Eletroshopping, City Lar e Salfer.
Uma redução do número de lojas da Máquina de Vendas não está descartada. Procurada, a empresa não se manifestou oficialmente. Segundo Pestana, avaliar unidades com desempenho ruim faz parte do cardápio de opções:
— Claro que a gente olha lojas deficitárias. Nesse segmento de bens duráveis é mais fácil. O custo de implantação de uma loja de eletroeletrônicos é muito menor do que de um supermercado.
Ana Paula Tozzi, presidente da GS & AGR Consultores, do grupo Gouvea & Souza, afirma que o ajuste não terminou e não vai terminar antes do fim do ano:


— Diversas redes vão ter que se reposicionar.
Mesmo com possíveis medidas de estímulo ao crédito, Maria Cristina Costa, analista da Lopes Filho, avalia que, com o desemprego ainda alto, o consumo não vai aumentar.
— Não vejo motivo para otimismo

Ações chinesas caem com indícios de economia mais fraca


 As ações chinesas caíram nesta segunda-feira após o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial da indústria cair para o menor nível desde meados de 2012, o que não dá nenhum respiro para os mercados em relação à situação econômica do país. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 1,5%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 1,8%.

O PMI oficial de indústria da China caiu a 49,4 em janeiro ante 49,7 no mês anterior e abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração. É a leitura mais baixa desde agosto de 2012 e ficou abaixo da expectativa de 49,6 em pesquisa da Reuters.
Já o restante dos mercados asiáticos iniciou o mês com cautela, com o inesperado afrouxamento da política monetária pelo banco central do Japão provocando algumas compras porém com mais sinais de fraqueza econômica na China e queda dos preços do petróleo mantendo os investidores em alerta.
Às 7h38 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 0,15%.

Dólar cai 0,79% e é negociado abaixo de R$ 4


 O dólar comercial inicia o mês em queda e negociado abaixo de R$ 4. Às 10h12, a moeda americana era negociada a R$ 3,989 na compra e a R$ 3,991 na venda, um recuo de 0,79% ante o real. A queda ocorre apesar de dados econômicos fracos na China. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrava queda de 0,79%, aos 40.085 pontos.

A retomada dos trabalhos no Congresso Nacional, as investigações de corrupção no âmbito da Lava Jato e as repercussões em relação à economia chinesa - que registrou um sexto mês consecutivo de retração no PMI do setor industrial - devem pressionar os negócios nos mercados financeiros nesta segunda-feira.
“O preço do barril de petróleo também recua no mercado internacional. Internamente, as atenções se voltam para o reinício dos trabalhos no Congresso Nacional, em meio à crise econômica, operações Lava Jato e Zelotes. Tudo indica que o dólar deverá operar pressionado já a partir de hoje”, avaliou, em relatório a clientes, Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora de Câmbio.
O dólar perde força desde sexta-feira, quando foi divulgado o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que veio abaixo do esperado.
No mês de janeiro, no entanto, a divisa se valorizou em 1,84% contra o real. Foi a maior alta mensal desde os 9,23% registrada em setembro, mês em que o país pediu o grau de investimento pela agência Standard & Poor’s.

Brasil fará seis testes antidoping surpresa antes dos Jogos



Os 50 principais atletas do Brasil, todos candidatos a pódio nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, farão seis controles de dopagem até julho. No mínimo. De acordo com Marco Aurelio Klein, secretário nacional da Autoridade Brasileira do Controle de Dopagem (ABCD), essa varredura, que começou em novembro, tem como objetivo “evitar comparações com a Rússia", envolvida em escândalos de doping em série. A preocupação é real, pois o Brasil, segundo ele, passou a fazer testes surpresa apenas no ano passado, e assim, corre atrás do tempo perdido. A entidade assumiu as análises antidoping de todos os esportes no país, menos do futebol.

— Em 2013, no Brasil, foram feitos apenas dois exames surpresa. E quem atesta isso não sou eu. É a Wada (Agência Mundial de Controle de Dopagem) — declara Klein, que afirma que a tendência internacional é que os exames sejam feitos fora de competição. — Aqui, o camarada avisava que na semana seguinte faria controle surpresa. Fizemos um levantamento de 2012 e 2013 e, de 5 mil atletas, olímpicos e paralímpicos, 80% nunca haviam feito antidoping.

Os 50 postulantes a medalha no Rio, que farão seis antidoping, estão no grupo alvo de testes da ABCD, que totaliza 250 atletas, ou da respectiva Federação Internacional. Desse total, 150 passaram por, ao menos, um controle fora de competição, cujos exames foram analisados pelo Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem, recredenciado em 2015.
Atletas do grupo alvo de testes precisam manter atualizada sua localização a cada 90 dias e estabelecer janela de 60 minutos diários para eventual controle.

Mas, a imensa maioria desses 250 atletas não tem passaporte biológico (ABP), criado pela Wada em 2009. Somente alguns dos 50 mais importantes atletas do Brasil têm esse controle já administrado pela respectiva Federação Internacional. A ABCD começou a coletar sangue para o ABP em 2015 e iniciou a construção de 47 documentos no país. São necessárias três coletas de sangue, no mínimo, para traçar o perfil hematológico. O ABP tem dois módulos: esteroidal (coleta de urina para checar esteroides não produzidos pelo organismo), lançado pela Wada em 2014, e o hematológico.

Esse programa pode estabelecer se há manipulação das variáveis fisiológicas sem necessariamente detectar uma substância específica. Segundo a Wada, com essa análise, aumentaram em 240% os casos de dopagem sanguínea entre 2009 e 2013, com mais de 300 atletas punidos.
Eduardo De Rose, membro da Wada, conta que no Rio serão feitas cerca de 200 coletas de sangue para ABP de estrangeiros, e que a Wada já prepara novo módulo, o endocrinológico, para checar hormônios como a insulina e o de crescimento (hgH).
Para De Rose, o Brasil tem muito a evoluir. Esportes coletivos, como basquete e vôlei, fazem controles ínfimos. Ambas as modalidades ficaram dois anos sem antidoping por causa do descredenciamento do único laboratório do país (2013) que analisava os testes de urina. Bancados pela ABCD, com verba federal, os esportes voltam ao controle.


— Nunca passei por antidoping no Brasil, só quando estava no exterior com a seleção — conta a ex-atleta Hortência, que jogou por cerca de 25 anos, incluindo as décadas de 80 e 90.
Segundo a LBF, liga feminina de basquete, na temporada passada, de 111 jogos, quatro tiveram controle. A NBB, sua versão masculina, informou que, de cerca de 280 jogos, 46 têm análise (16%). Já a CBV explicou que, nas Superligas, cada clube fazia apenas dois controles. Avançando às quartas, semifinais e final, eram submetidos a novas coletas.
Sem comparação com a Rússia
A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e a de Desportos Aquáticos (CBDA) mantiveram os testes mesmo sem laboratório nacional. Em 2015, a CBAt realizou 436 testes (37 fora de competição), cujas amostras foram enviadas ao Canadá. Segundo a CBAt, de 2006 a 2015, foram feitos 4.616 exames (492 surpresa). Depois do futebol, com cerca de 4 mil testes anuais, o atletismo é o mais testado (média de 425 testes anuais). Já a CBDA informou que, em 2015, realizou 72 exames e que os surpresa “só ocorrem agora, com a ABCD”.

— O Brasil tinha algumas ações de controle de dopagem, mas não dá para dizer que antes da ABCD não se fazia nada. Eu mesmo coordenei coletas surpresa para o Comitê Olímpico Brasileiro antes de Olimpíadas e Pan-Americanos. Em 2003, flagramos Maurren Maggi, por exemplo (clostebol), que não foi a Santo Domingo — garante De Rose.
A ABCD, com orçamento de R$ 15 milhões, fará 2,5 mil testes, sendo 70% surpresa — nos EUA, os atletas olímpicos fazem mais de 30, sendo 80% surpresa em 2016. Também fará em estrangeiros em aclimatação no país e até no Uruguai e na Argentina (a pedido das federações internacionais ou de seus comitês). O órgão não controlará o doping nos Jogos.

Em 2015, com R$ 10 milhões, a ABCD fez 1,5 mil testes, em mais de 30 modalidades, incluindo corrida de rua, MMA e futebol (Copinha). A maioria entre setembro e dezembro: neste período, 43% dos testes foram surpresa, e em 20% teve coleta de sangue. Contando análises de EPO (eritropoietina), hHG e para ABP, os testes chegam a 4 mil.
No ano, foram detectados 28 casos positivos de conhecimento da ABCD, 13 deles ainda em julgamento. Em uma mesma missão surpresa, três ciclistas foram pegos com EPO (Cleberson Weber, Uênia Fernandes de Souza e Alex Arseno).


— Uênia foi absolvida em julgamento irregular. Recorremos e foi punida com quatro anos de suspensão pelo STJD — explica Klein.
Outro caso recente, da boxeadora Clélia Costa, bronze no Mundial de 2014, pega em exame surpresa (furosemida), teve pena aumentada de seis meses para dois anos, após revisão.
— E se estivéssemos nos Jogos? Um vexame. Ela tinha chance de medalha. E se acontecer com três atletas do Brasil? Vão dizer que somos a Rússia. Me sinto mal com casos positivos, mas também aliviado de tirá-los da competição. Nossa meta é zero positivos nos Jogos

Mercado reduz previsão para juro e aumenta a de inflação



  A previsão para a taxa básica de juros no fim de 2016 caiu de 14,64% para os atuais 14,25%, segundo o último Boletim Focus, do Banco Central, que reúne as estimativas das principais instituições financeiras. 

A taxa voltou a cair diante do tom mais brando que o Banco Central adotou em relação à condução da política monetária. Para a média do ano, o mercado reduziu a previsão de 14,84% também para 14,25%. Isso quer dizer que os analistas deixaram de acreditar em uma nova alta dos juros no decorrer de 2016. Já a expectativa para a inflação foi ampliada de 7,23% para 7,26%, distanciando-se mais do teto da meta do governo para o ano, que é de 6,5%. Este é o quinto aumento seguido.

Para 2017, a previsão de inflação subiu de 5,65% para 5,8%, distanciado-se também da meta central de 4,5% do ano que vem e aproximando-se do teto de 6% do regime de metas para o período. Foi a terceira elevação seguida da previsão para 2017.
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O aumento das expectativas para a inflação ocorreu após o Banco Central manter a taxa básica de juros estável em 14,25% ao ano — o maior patamar em quase dez anos. Já para o fechamento de 2017, a estimativa para a taxa de juros ficou estável em 12,75% ao ano — o que pressupõe queda dos juros no ano que vem.
Depois de decidir manter a Selic em 14,25%, o BC sugeriu na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) maior tolerância com a inflação neste ano em meio à elevação das incertezas no cenário externo, com destaque para desaceleração na China e evolução dos preços do petróleo.


PRODUTO INTERNO BRUTO
A previsão para o PIB de 2016 teve a segunda piora seguida. O mercado financeiro passou a prever uma contração de 3,01%, contra uma retração de 3% estimada na semana anterior.
As projeções para 2017 também são pessimistas. Os economistas das instituições financeiras baixaram a previsão de crescimento de 0,80% na semana anterior para 0,70% — também na segunda queda consecutiva da previsão.
Na semana retrasada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou a piora de suas estimativas e passou a prever uma contração de 3,5% para o PIB brasileiro neste ano e um crescimento zero para 2017.

Com tarifa maior, Gol tem alta de 2,3% na receita por passageiro



A companhia aérea Gol teve no quarto trimestre crescimento de 2,3% na receita líquida por passageiro (Prask) e avanço de 6,8% no indicador que mede os preços de passagens (yield) na comparação com o mesmo período do ano anterior, informou nesta segunda-feira.
Os dados prévios de tráfego da companhia mostraram queda de 4% na oferta doméstica no quarto trimestre e recuo de 8% na demanda, também na base de comparação anual. No mercado de voos internacionais, tanto oferta quanto demanda caíram 13% de outubro a dezembro.

Detectado caso de zika em hospital na Dinamarca


Um homem dinamarquês que voltou de uma viagem ao México e Brasil teve resultado positivo em um teste para detectar o vírus zika, mas se espera que se recupera logo, informaram autoridades da saúde.
O homem, entre 20 e 30 anos de idade, teve febre, dores de cabeça e dor muscular, e se submeteu ao teste na terça-feira no Hospital Universitário de Aarhus, a segunda maior cidade da Dinamarca, disse o professor Lars Ostergaard.
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O médico disse que não via risco que a doença se propague na Dinamarca. — Seu estado é bom, está se recuperando e terá alta logo — disse Ostergaard.
O vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti tem sido veiculado a casos de microcefalia em milhares de bebês no Brasil, e não existe ainda uma vacina para a doença.

Alzheimer pode ser transmitido entre pessoas


 A controversa teoria de que “sementes” do mal de Alzheimer podem ser transmitidas entre pacientes durante procedimentos cirúrgicos envolvendo a doação de tecido humano pode ser reforçada por um estudo divulgado esta semana.

Os cientistas encontraram uma ligação entre pacientes que receberam enxertos de tecidos nervosos algumas décadas atrás e a presença de uma proteína no cérebro que normalmente é vista nos primeiros estágios do mal de Alzheimer.
A pesquisa corrobora outro levamento publicado em setembro, que afirmava que as pessoas que receberam injeções de hormônio do crescimento durante a infância abrigavam “sementes” do mal de Alzheimer no momento de sua morte, várias décadas mais tarde.
O novo estudo foi realizado com amostras cerebrais armazenadas de oito pacientes que receberam enxertos de tecidos na Áustria e na Suíça, mas que haviam morrido de uma outra doença cerebral, a doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD). Ela é conhecida por ser transmitida durante operações que envolvem o tecido nervoso extraído de cadáveres humanos.
Sete dos oito pacientes, que morreram quando tinham entre 28 e 63 anos, contavam com aglomerados de uma proteína em seu cérebro chamada beta-amiloide (beta-A). Ela é vista nas fases iniciais do mal de Alzheimer, mas é altamente incomum na faixa etária dos indivíduos analisados.
Cinco dos pacientes mortos também sofreram danos visíveis em vasos sanguíneos cerebrais causados pelo acúmulo da proteína beta-A — outro fator pouco comum entre os indivíduos que tiveram a idade analisada.
O levantamento comparou o cérebro destes pacientes com o de vítimas de CJD e viram que as características eram diferentes. Portanto, é provável que a causa da morte dos cinco indivíduos seria outra - provavelmente o enxerto de tecidos.
Outras possibilidades, no entanto, ainda devem ser avaliadas. Mas os cientistas cogitam que a proteína beta-A tenha sido transmitida aos pacientes no momento em que houve a introdução cirúrgica da dura-máter, uma membrana que cobre o cérebro e a medula espinhal — que na épóca vinha de cadáveres, até a prática ser interrompida, na década de 1980.
Esta é a mais nova pesquisa a defender a hipótese de que alguns procedimentos médicos podem inadvertidamente transmitir “sementes” do mal de Alzheimer de uma pessoa para outra - embora ninguém cogite que o Alzheimer pode ser “contagioso” a partir do toque de um portador da doença neurodegenerativa.


“A presença da proteína beta-A em indivíduos jovens é extremamente incomum e sugere uma relação causal com os enxertos da membrana dura-máter”, ressaltam os pesquisadores do Hospital Universitário de Zurique e da Universidade de Medicina de Viena, liderados por Herbert Budka, do Instituto de Neuropatologia de Zurique. “As evidências crescentes desse tipo de transmissão devem levar a avaliações do procedimento de descontaminação de instrumentos cirúrgicos e de origem biológica, com o objetivo de assegurar a completa ausência de contaminantes potencialmente transmissíveis”.
No ano passado, um estudo destacou que um pequeno grupo de pessoas que haviam recebido na infância injeções de hormônio do crescimento preparado a partir de cadáveres humanos, e que morreram devido à CJD, também continham proteína beta-A no cérebro.
À época, o diretor do Departamento de Doenças Neurodegenerativas da Universidade College London, John Collinge, explicou que poderia haver novas rotas para o desenvolvimento do mal de Alzheimer, através de instrumentos cirúrgicos contaminados ou produtos médicos.

Cuba anuncia primeiro serviço de internet para domicílios



  Após instalar pontos com wi-fi público, governo inicia projeto em parceria com a Huawei

O governo cubano anunciou neste domingo o lançamento do seu primeiro serviço de internet banda larga para domicílios. Inicialmente, o projeto será implementado em bairros e áreas da cidade histórica Havana Velha.

"Essas conexões serão através de fibra ótica, graças a um acordo com a Huawei da China", disse um relatório oficial publicado em Cubadebate. Os preços do serviço serão informados "no devido tempo", acrescentou a nota.
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Atualmente, Cuba conta com uma rede limitada de acesso à internet. No país, o uso da rede é feito geralmente nos locais de trabalho e em escolas. Contudo, 57 pontos com wi-fi públicos foram abertos no ano passado.

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