quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Lucro do Banco Votorantim cresce 16,7% em 2015

Notas de real; reais; dinheiro

 O Banco Votorantim, controlado do Banco do Brasil, apresentou em 2015 lucro líquido de R$ 482 milhões, o que representa um aumento de 16,7% sobre 2014.

O dado exclui o resultado não operacional líquido não recorrente de R$ 89 milhões registrado no primeiro trimestre de 2014. Já no quarto trimestre de 2015, o lucro líquido foi de R$ 77 milhões, acima de R$ 75 milhões no mesmo período de 2014.

A instituição informa que a inadimplência acima de 90 dias permaneceu estável em 5,7% na comparação com dezembro de 2014. Especificamente em veículos, a inadimplência recuou 0,2 ponto porcentual para 5,3%.

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Por sua vez, o indicador do mercado Sistema Financeiro Nacional cresceu 0,2 p.p. no mesmo período. "A melhora desse indicador da instituição é reflexo do contínuo aprimoramento dos processos e modelos de concessão de crédito e cobrança", diz o banco em informe à imprensa sobre o resultado.

O volume de originação de financiamentos de veículos somou R$ 3,1 bilhões no quarto trimestre e R$ 12,4 bilhões no ano.

"A participação dos financiamentos de melhor qualidade - safras originadas antes de junho de 2010 e após setembro de 2011 - alcançou 98% da carteira gerenciada de veículos no fim do ano, ante 89% em dezembro de 2014", conforme a nota.

Em 2015, o índice de cobertura das operações vencidas há mais de 90 dias subiu para 150%, ante 134% em dezembro de 2014. As despesas com provisões de crédito (PDD) tiveram um aumento de 9,2% na comparação anual.

"No entanto, desconsiderando as provisões prudenciais de 2015, as despesas de PDD teriam reduzido 11,6%", diz o documento. Já em relação ao trimestre anterior, o banco apresentou redução de R$ 622 milhões, em grande parte devido às provisões prudenciais do terceiro trimestre de 2015.

Excluindo essas provisões prudenciais, ainda de acordo com o informe, a margem líquida teria sido de R$ 2,826 bilhões, ante R$ 2,308 bilhões, e o resultado operacional seria de R$ 651 milhões, representando um aumento de 42,5% em relação a 2014, "em linha com a agenda de crescimento do banco."

A administração do banco destaca que, devido a sua postura conservadora com relação à concessão de crédito, "o contexto de menor demanda por funding tem permitido atuar na melhora do perfil dos recursos captados."

Para tal, ampliou a participação de instrumentos mais estáveis de captação, como Letras (LF, LCI e LCA) e operações de cessão de créditos com coobrigação, que perfazem 42%, ou R$ 32,9 bilhões, do total de recursos captados em dezembro de 2015, maior que o indicador de 38% há dois anos.

O Índice de Basileia do Banco Votorantim fechou o ano em 15,2%. "Em termos de liquidez, o Banco encerrou 2015 com o caixa livre em patamar recorde, mais que suficiente para cobrir integralmente as captações com liquidez diária", embora o informe não traga mais detalhes.

Investimentos da Vale em 2015 recuam 30% ante 2014

Prédio da Vale no centro do Rio de Janeiro. 20/08/2014

 Conforme já anunciado pela Vale, os investimentos realizados no ano passado pela companhia foram 30% menores do que os vistos em 2014 e atingiram US$ 8,401 bilhões.

A projeção passada inicialmente pela companhia, em dezembro de 2014, apontava para um Capex de cerca de US$ 10 bilhões, mas a empresa já havia admitido que os investimentos ficariam entre US$ 8 bilhões e US$ 9 bilhões no ano passado.

Já os investimentos no quarto trimestre do ano passado ficaram em US$ 2,193 bilhões, queda de 41,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, mas aumento de 16,7% em relação ao terceiro trimestre do ano.

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Do total investido no ano passado, US$ 5,548 bilhões foram destinados a execução de projetos e US$ 2,853 bilhões a investimentos correntes na manutenção das operações.

O maior projeto da empresa, o S11D, que inicia sua produção no segundo semestre deste ano, alcançou 67% de avanço físico consolidado no fim do ano passado, sendo composto por 80% de avanço físico na mina e 57% na logística. O ramal ferroviário teve 81% de avanço físico e as obras civis de fundação na expansão do porto alcançaram 99% de avanço físico.

Desinvestimentos

Dando continuidade ao seu programa de desinvestimento, a Vale levantou US$ 3,525 bilhões no ano passado, com US$ 1,316 bilhão proveniente da venda de 12 navios very large ore carriers (VLOC) para empresas chinesas, US$ 1,089 bilhão da venda de 36,4% das ações preferenciais MBR, US$ 900 milhões de outra transação de goldstream e US$ 97 milhões da venda de ativos de energia.

Despesas totais

As despesas totais da Vale no quarto trimestre do ano passado caíram 65% na relação anual para US$ 460 milhões. Os custos, por sua vez ficaram em US$ 5,119 bilhões, queda de 26% na relação anual.

A Vale destacou que a queda dos custos e despesas ocorreram por conta de iniciativas para redução dessa linha e também pelo efeito positivo não recorrente da transação de goldstream que foi registrado no primeiro trimestre do ano passado.

"Estas reduções foram parcialmente compensadas por maiores volumes realizados (US$ 1,0 bilhão) e pelo impacto negativo decorrente de perdas do programa de hegde accounting de bunker oil para finos de minério de ferro (US$ 0,4 bilhão)", destacou a companhia no relatório que acompanha o seu demonstrativo financeiro.

A Vale frisou que não haverá mais impacto do programa de hedge accounting uma vez que os contratos de derivativos de bunker oil foram liquidados no último trimestre de 2015.

"Após a dedução dos efeitos não recorrentes já mencionados acima e o impacto do programa de hedge accounting de bunker oil para finos de minério de ferro, os custos e despesas diminuíram em US$ 6 bilhões, representando uma redução de 20,7%", frisou a companhia.

Já o custo do produto vendido (CPV) ficou em US$ 5,119 bilhões no quarto trimestre do ano passado, recuo de 25,7% em relação a um ano antes. Em 2015 o CPV total foi de US$ 20,51 bilhões, ante US$ 25,064 bilhões em 2014.

Oi avalia desistência da LetterOne em fusão com TIM

Oi

A operadora de telecomunicações Oi informou nesta quinta-feira que avaliará as possibilidades de consolidação no mercado brasileiro, após ter sido informada de que a companhia de investimentos LetterOne não tem mais interesse em apoiar os esforços para uma possível fusão da operadora com a TIM.

A LetterOne, do bilionário russo Mikhail Fridman, afirmou que a TIM, controlada pela Telecom Italia, disse que não quer entrar em mais negociações sobre a facilitação de uma fusão com a Oi.

Diante da recusa da TIM, a LetterOne afirmou que não poderá mais seguir com o plano que era visto pela Oi como uma forma de melhorar sua situação financeira e competitiva no Brasil.

 

Moody's rebaixa Odebrecht e retira grau de investimento

Odebrecht

 A agência de classificação de risco Moody's rebaixou os ratings em moeda estrangeira de notas seniores não asseguradas da Odebrecht Finance e garantidas pela Odebrecht Engenharia e Construção para Ba2, de Baa3.

O rating de emissor em moeda local Baa3 da empresa foi retirado e, em seu lugar, a Moody's emitiu um rating de crédito corporativo familiar Ba2.

A perspectiva para todas as notas é negativa. Como resultado, a Odebrecht perdeu o grau de investimento.

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Segundo a agência, a ação acontece após o rebaixamento do rating soberano do Brasil de Baa3 para Ba2.

10 novidades sobre o mercado que você precisa saber

Complexo Vargem Grande, da Vale, em Nova Lima (MG)

 Vale tem prejuízo R$ 44,213 bilhões em 2015

Com a queda no preço do minério de ferro, a mineradora Vale teve um prejuízo líquido de R$ 44,21 bilhões em 2015, ante um lucro de R$ 95milhões de 2014. De outubro a dezembro do ano passado, o prejuízo foi de R$ 33,15 bilhões – perda sete vezes maior que a registrada no mesmo período de 2014.

Rede Accor quer marcar presença na América Latina

A rede hoteleira Accor quer dobrar sua presença na América Latina. O plano de expansão prevê que o número de operações na região passe de 266 (253 delas no Brasil) para 500 (400 no país) até 2020. Desses novos empreendimentos, 196 já estão em fase de desenvolvimento.

Ambev registra lucro de R$ 4,259 bilhões no último trimestre de 2015

A gigante de bebidas Ambev teve lucro líquido de RS 4,25 bilhões no quarto trimestre de 2015. O resultado representa uma queda ante os R$ 4,65 bilhões no mesmo período de 2014.

Senado aprova mudança na atuação da Petrobras no pré-sal

O Senado aprovou nesta quarta-feira o projeto que desobriga a Petrobras de ser a operadora única e de ter participação mínima de 30 por cento nos consórcios formados para as explorações do petróleo da camada do pré-sal. A proposta agora segue para a Câmara dos Deputados. Se for aprovada, a estatal terá preferência para ser operadora em todos os projetos, mas não mais a obrigação, como na lei em vigor atualmente.

Banco do Brasil lucra R$ 2,5 bilhões no quarto trimestre

O Banco do Brasil registrou R$ 2,512 bilhões de lucro líquido no quarto trimestre de 2015. O lucro denota uma queda ante os R$ 2,959 bilhões anotados no mesmo período de 2014.

Após acusações, Eletrobras cria diretoria de Governança

O Conselho da Eletrobras aprovou a criação de uma diretoria de Governança, Gestão de Risco e Conformidade. A medida vem em um momento em que a empresa é acusada por procuradores de esquema de corrupção, com pagamento de propinas em obras como a hidrelétrica de Belo Monte e as usinas de Angra 3 já tendo sido citados por delatores. O ex-presidente da subsidiária Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro é acusado de receber propina de R$ 4,5 milhões e está preso.

Porto de Santos e de Itaqui vão receber R$ 438 milhões

Segundo informações da Folha de S. Paulo, os portos de Santos, em SP, e de Itaqui, no MA, vão receber R$ 438 milhões em investimentos entre 2016 e 2018. O consórcio responsável pelo Tegram (Terminal de Grãos do Maranhão) vai investir R$ 130 milhões e pretende embarcar 4,5 milhões de toneladas de grãos pelo porto. Já em Santos, a Rumo Logística prevê uma injeção de R$ 308 milhões até o final de 2018.

Lucro da Telefônica Brasil cai 10,7% no 4º trimestre

A Telefônica Brasil teve lucro líquido de 1,115 bilhão de reais no quarto trimestre, o que representa uma queda de 10,7% sobre o mesmo período de 2014. O resultado foi impactado, principalmente, por menor volume de juros sobre o capital próprio, disse a companhia. A receita de internet móvel avançou 52,9%, e acessos de TV por assinatura cresceram 9,7%.

Multiplan lucra R$137,7 milhões no 4º trimestre

A administradora de shopping centers Multiplan teve lucro líquido de 137,7 milhões de reais no quarto trimestre, alta de 10,9% na comparação anual, informou a empresa. No ano, o lucro caiu 1,6% sobre 2014, a 362,2 milhões de reais, pressionado pela diminuição de receita de venda de imóveis (-89,3%) e o crescimento de 18,4% das despesas financeiras.

Lucro líquido da HP cai a US$ 592 mi no primeiro trimestre

A HP Inc., antiga Hewlett-Packard, registrou lucro líquido de US$ 592 milhões (US$ 0,33 por ação) no primeiro trimestre fical, encerrado em 31 de janeiro. O resultado ficou bastante abaixo do contabilizado um ano antes, quando os ganhos foram de US$ 1,37 bilhão (US$ 0,73 por ação). A receita recuou de US$ 13,86 bilhões para US$ 12,25 bilhões no período. A expectativa era de faturamento de US$ 12,2 bilhões.

Ambev espera Capex menor no Brasil em 2016

Cerveja Original fabricada pela Ambev

 A fabricante de bebidas Ambev espera investir no Brasil em 2016 quantia menor do que os investimentos de R$ 3,1 bilhões feitos em 2015.

O número de 2015 está em linha com a expectativa dada pela companhia no início do ano passado, de investir quantia similar ou inferior à de 2014. Naquele ano, o Capex no Brasil também foi de R$ 3,1 bilhões.

Em sua divulgação de resultados do quarto trimestre de 2015, a Ambev divulgou suas expectativas para este ano para as operações no Brasil.

Assim como em 2015, a empresa espera que a receita líquida no Brasil cresça entre um dígito médio e um dígito alto. Esse era o mesmo guidance para o ano que passou e que foi atingido, com alta de 8% na receita no Brasil.

A Ambev afirma, porém, que a expectativa para as vendas no Brasil é de um primeiro trimestre fraco. A companhia considera que o desempenho nos primeiros três meses será afetado por uma difícil base de comparação que inclui o efeito do Carnaval antecipado.

Já para o Custo de Produto Vendido (CPV), excluindo depreciação e amortização, a expectativa é de crescimento de entre 13% e 17% em 2016.

O ritmo é superior aos 4% de crescimento apurados ao longo de 2015 no Brasil e que ficou dentro do guidance da companhia, de que esse indicador cresceria um dígito médio no ano que passou.

A Ambev considera que o CPV no Brasil deve ser impactado pela desvalorização do real ante o dólar. A companhia afirma que sua taxa média de hedge de moeda para 2016 é de R$ 3,24 por dólar, ante um hedge de R$ 2,31 por dólar em 2015. De acordo com a Ambev, esse efeito será parcialmente compensado por economias em suprimentos.

A companhia informou ainda que espera que a linha de despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A) excluindo depreciação e amortização em 2016 cresça um dígito baixo no Brasil.

Em 2015, essas despesas aumentaram 8,3%, em linha com o guidance da Ambev, que havia informado que elas aumentariam abaixo da inflação brasileira no ano. Em 2016, a companhia afirma que espera compensar a inflação geral com ganhos de eficiência

Novidades sobre Cnova não mudam ajustes, diz Pão de Açúcar

Centro de distribuição da CNOVA

  A administração do Grupo Pão de Açúcar afirma no balanço de 2015 que durante a preparação das demonstrações financeiras considerou todas as informações disponíveis sobre a investigação interna sobre a Cnova, que resultou em perdas de R$ 177 milhões, e que "não acredita que novas informações poderão impactar ou mudar de forma relevante os ajustes identificados até o momento."

A Cnova, que é o braço de comércio eletrônico do grupo e subsidiária da Companhia Brasileira de Distribuição, considerou imateriais os efeitos relacionados a anos anteriores apontados pela investigação interna, realizada por escritórios de advocacia, os quais representam cerca de 45% do efeito total registrado no exercício de 2015.

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A investigação sobre as práticas de empregados na gestão dos estoques, ligadas ao registro de equipamentos devolvidos por clientes em razão de defeitos, foi iniciada em 18 de dezembro de 2015.

Segundo a Cnova informou anteriormente, a companhia tem por política enviar um produto substituto quando o cliente reporta que a mercadoria pedida não foi recebida ou foi danificada. Mas esse novo envio vinha sendo registrado como uma segunda venda e as mercadorias devolvidas não constavam como tendo retornado para a Cnova Brasil.

Em comunicado divulgado ontem, a Cnova afirmava que ex-funcionários no Brasil vinham fazendo registros incorretos de forma intencional desde 2011. Em janeiro, a companhia divulgou a renúncia do então Co-CEO da Cnova e responsável pela operação brasileira, German Quiroga.

A Cnova considerou que o valor total desse impacto no Ebit (lucro antes de juros e impostos) está dentro da estimativa de R$ 180 milhões a R$ 200 milhões em perdas que havia sido dada ao mercado em janeiro.

No demonstrativo de 2015, a companhia ressalta que os efeitos dos ajustes identificados são materialmente relacionados ao ano passado. Os principais efeitos são R$ 47 milhões de provisionamento adicional de produtos com defeito; R$ 75 milhões de baixa de itens em trânsito com transportadores e R$ 55 milhões de complemento de contas a pagar a fornecedores.

A companhia explica ainda que o ajuste de baixa de itens em trânsito com transportadores inclui o efeito de R$ 110 milhões como redução nas vendas líquidas.

E conclui: "Os efeitos relacionados a anos anteriores oriundos da investigação acumulados nos montantes acima são considerados imateriais em relação às principais linhas das demonstrações financeiras como em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Esta conclusão foi alcançada pela Administração da Companhia, após considerações sobre aspectos quantitativos e qualitativos relacionados."

O GPA relata que a administração da Cnova, junto com os escritórios de advocacia e consultores contratados, fez uma contagem completa do inventário físico em 31 de dezembro de 2015, nas sete centrais de distribuição que possui no Brasil, a qual não indicou discrepância significativa no número esperado de novos itens do estoque.

Porém, foram encontradas inconsistências na avaliação de produtos danificados e/ou retornados, o que gerou uma provisão adicional para perdas com produtos com defeito de R$ 47 milhões.

Nas notas explicativas, o balanço do GPA apresenta detalhamento da rubrica contas a pagar também dos efeitos quanto a fornecedores, em que foi gerado um complemento de R$ 55 milhões devido a algumas entradas incorretas intencionalmente realizadas, e contas a receber de transportadoras, onde "os procedimentos falharam em reverter as vendas secundárias das vendas líquidas".

Este procedimento resultou em baixa de R$ 75 milhões de itens em trânsito com transportadores, sendo R$ 110 milhões na receita e ajuste de despesa de vendas de R$ 31 milhões.

Pinterest dobra em usuários em seu primeiro ano no Brasil

Rede social Pinterest

 A rede social de interesses Pinterest anunciou nesta semana, ao completar um ano de operações no Brasil, que o número de usuários do serviço dobrou no País ao longo do período - a empresa, que tem escritório em São Paulo, não revela o número absoluto de brasileiros que utilizam a plataforma.

Atualmente, o Pinterest reúne mais de 100 milhões de usuários em todo o mundo.

"Nosso principal objetivo no Brasil é conversar com quem cria conteúdo para a plataforma e quem usa o Pinterest para descobrir novas ideias para seus projetos", diz o gerente geral da empresa no Brasil, Ricardo Sangion.

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Para crescer por aqui, a empresa está investindo em melhorar a experiência do usuário e em convidar formadores de opinião, como a blogueira Julia Petit e a youtuber Camila Coelho, para atrair mais usuários.

"Temos adaptado nossos filtros de busca para fazer sentido para os brasileiros", explica Sangion. "Se o usuário pesquisa por ‘bolo de chocolate’, ele terá receitas mais próximas com o gosto local, como coberturas de brigadeiro."

Segundo a empresa, o número de conteúdos brasileiros compartilhados no site dobrou em 2015. Para o executivo, o Pinterest precisa causar uma boa primeira impressão entre os usuários para continuar crescendo.

"Se o usuário entende o serviço, ele continua lá - e recomenda para os amigos."

Criado nos Estados Unidos em 2010, o Pinterest permite que os usuários organizem ideias sobre diferentes temas.

Cada conteúdo (que pode ser uma foto, link ou vídeo) é chamada de "pin" e fica organizado em pastas pelos usuários.

Categorias como moda, beleza, comida e bebida e decoração estão entre as mais populares no serviço - já assuntos específicos, como casamento ou tatuagem, têm força nos nichos, diz Sangion.

"Se você vai organizar uma festa, pode usar o Pinterest para ter novas ideias para coquetéis, decoração, comida ou até mesmo o vestido que vai usar naquela noite", afirma o executivo.

"Ajudamos a simplificar, em um lugar só, coisas que normalmente ficam fragmentadas."

Marcas

A maior parte das receitas do Pinterest vem da publicidade - em 2015, a empresa introduziu anúncios através de pins patrocinados nos EUA, e deve levar a função em breve para o Reino Unido. Ainda não há data para a chegada dos anúncios ao País.

Enquanto isso, o Pinterest faz parcerias com marcas - as varejistas Tok & Stok e Renner são exemplos de empresas que mantêm pastas no serviço e são seguidas por milhares de pessoas.

"Temos trazido um retorno interessante para marcas, com esforço menor, porque o conteúdo é mais duradouro: uma vez que você organiza uma pasta, ela pode ficar lá para sempre", explica Sangion. No total, mais de 1 milhão de marcas têm perfis no Pinterest.

Telegram chega a 100 milhões de usuários ativos por mês

Logotipo do Telegram

 O aplicativo de mensagens Telegram, muito conhecido pelo sistema de criptografia, alcançou a marca de 100 milhões de usuários ativos por mês.

Os números foram divulgados nesta semana pelo fundador do aplicativo, Pavel Durov, durante um painel da Mobile World Congress 2016 (MWC), feira de tecnologia móvel que acontece esta semana em Barcelona.

Os números do aplicativos de mensagem surpreenderam, já que o Telegram conquistou 38 milhões de usuários desde maio do ano passado, quando havia revelado suas últimas estatísticas.

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Com isso, a companhia está ganhando cerca de 350 mil usuários diários e ainda registra a troca de mais de 15 bilhões de mensagens diárias - em maio de 2015, eram 2 bilhões de mensagens por dia.

"Estamos orgulhosos por apresentarmos um crescimento totalmente orgânico. Não temos orçamento de marketing. Não gastamos recursos comprando anúncios para promover o Telegram", disse Pavel, durante sua apresentação na MWC.

Apesar do crescimento do Telegram, o aplicativo ainda está muito atrás do WhatsApp, seu principal rival, que já conta com mais de 1 bilhões de usuários ativos por mês.

Outro rival, o Facebook Messenger tem 800 milhões de usuários ativos mensalmente.

No Brasil, o Telegram registrou um grande crescimento no número de usuários após uma ordem judicial que tirou o WhatsApp do ar em dezembro de 2015.

Wirecard compra brasileira Moip por R$ 165 milhões

Comércio eletrônico

 A empresa brasileira de meios de pagamento Moip anunciou nesta semana que foi adquirida pela companhia alemã de serviços financeiros Wirecard por € 37 milhões (cerca de R$ 165 milhões).

O contrato foi assinado pelo fundo de investimentos Ideiasnet que, por meio da Z Investimentos, tinha 59,42% de participação na Moip.

A aquisição também inclui os 40,58% das ações da empresa, que eram controlados pelos três cofundadores da companhia brasileira.

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O pagamento será realizado por meio de uma parcela inicial de € 23,5 milhões e outras três parcelas de € 4,5 milhões a serem pagas ao longo dos próximos três anos.

Os valores serão liberados conforme a Moip atingir determinadas metas de lucro operacional até 2019.

A Moip foi fundada em 2008 na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais, depois que um dos fundadores estudou o mercado de meios de pagamento a fundo em seu trabalho de conclusão do curso de engenharia.

Em 2009, a empresa mudou para São Paulo e passou de uma equipe de três pessoas para 50 funcionários - hoje, são cerca de 170 colaboradores.

Em 2015, a empresa, que processa pagamentos de sites de comércio eletrônico operados, em sua maioria, por pequenas empresas, foi responsável por R$ 1 bilhão em transações financeiras no País, o que gerou um faturamento de R$ 50 milhões.

A compra da Moip é resultado de uma busca que começou no final de 2014.

De acordo com o cofundador e presidente executivo da Moip, Igor Senra, a empresa precisava de um parceiro para acelerar seu crescimento. "A notícia correu o mercado e, em vez de fundos, começamos a ser abordados por investidores estratégicos", diz Senra.

"No final do ano passado, cerca de dez empresas estavam interessadas no negócio." A primeira conversa com os executivos da Wirecard aconteceu em novembro de 2015.

Ao ver nos slides onde a gigante alemã estava presente, Senra percebeu as sinergias entre as companhias.

"O mapa mostrava que a Wirecard estava em todos os continentes, menos na América Latina", diz o executivo. "Eles nos disseram exatamente o que queríamos ouvir: a Moip seria ideal para eles expandirem os negócios na região."

Comitê

Após a aquisição, nada deve mudar na operação da Moip - pelo menos por enquanto.

Segundo Senra, executivos das duas empresas vão formar um grupo a partir da próxima semana para estudar o mercado brasileiro e avaliar a introdução de serviços da Moip em outros países onde a Wirecard já atua e vice-versa.

"Além de processar pagamentos fora do Brasil, a Wirecard também é emissora de cartões e oferece produtos que podem substituir a conta-corrente tradicional. É uma oportunidade para que a Moip possa oferecer uma nova geração de serviços financeiros no Brasil", diz o presidente executivo da empresa.

A Wirecard, por meio de nota, afirmou que a compra da Moip no Brasil faz parte da expansão internacional da companhia, que tem valor de mercado estimado em € 5,22 bilhões.

"Num primeiro momento, a Moip nos permitirá lançar nossos produtos e serviços na América Latina", afirmou o presidente executivo da Wirecard, Markus Braun.

Prejuízo de R$ 44 bi da Vale é o maior registrado em 30 anos

Vale em Carajás

 O prejuízo de R$ 44,2 bilhões da Vale em 2015, divulgado nesta quinta-feira, 25, é o maior registrado entre as companhias abertas brasileiras em 30 anos, segundo levantamento da Economatica.

A análise levou em conta todas as empresas abertas desde 1986 até hoje, mesmo as que já fecharam capital.

O segundo lugar no ranking ficou com o banco Nacional, que fechou o ano de 1995 com uma perda de R$ 26,4 bilhões - quase R$ 20 bilhões abaixo da mineradora.

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O Banco do Brasil vem em terceiro e a Petrobras a quarta colocada, pelo resultado negativo em R$ 23,9 bilhões em 2014, ano de eclosão da Operação Lava Jato.

O setor bancário tem o maior número de representantes no ranking das 20 maiores perdas, com seis registros. Em seguida vem o setor de energia elétrica com quatro companhias.

Os prejuízos históricos foram ajustados pela inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) até 31 de dezembro de 2015.

Banco do Brasil, Cesp e Eletrobras aparecem duas vezes na lista, que tem ainda duas empresas do grupo X, de Eike Batista - a petroleira OGX e o braço de construção naval OSX.

PMEs pesam sobre inadimplência do Banco do Brasil em 2015

Banco do Brasil

 O Banco do Brasil encerrou 2015 com um aumento do índice de inadimplência para dívidas vencidas há mais de 90 dias.

A taxa de calotes ficou em 2,38% no ano, frente a 2,03% nos 12 meses anteriores.

Os números foram puxados pelo mau desempenho da carteira de pessoas jurídicas, cuja inadimplência subiu de 2,59% em 2014 para 3,42% em 2015.

Dentro desse segmento, pesaram os empréstimos não pagos por companhias com faturamento anual de 200 milhões de reais a 250 milhões de reais, segundo o banco.

"Não há concentração em um setor específico, mas em empresas de pequeno e médio porte. O motivo é o ciclo econômico", disse o presidente do BB, Alexandre Corrêa Abreu, em entrevista coletiva com jornalistas nesta quinta-feira (25), em São Paulo.

Por outro lado, o índice de vencimentos atrasados das pessoas físicas melhorou, caindo de 2,30% no fim de 2014 para 2,17% em 2015.

Isso se deu, principalmente, porque o banco tem priorizado clientes com bom histórico de relacionamento na hora de liberar financiamentos.

Carteira de crédito

A carteira de crédito ampliada interna do BB totalizou 739,8 bilhões de reais em 2015, um avanço de 5,9% ante o ano anterior.

O aumento ficou abaixo da faixa que o banco esperava, que era de 7% a 11%.

Para 2016, a provisão é um pouco mais modesta, com expectativa de crescimento de 3% a 6%.

A maior aposta é para nicho de agronegócio, que, acredita a empresa, deve dar um salto de 6% a 9% neste ano.

"Nós temos interesse num posicionamento forte nesse setor por conta do momento bom que ele atravessa", afirmou Abreu.

O guidance, porém, é bem menor do que o que havia sido colocado para 2015, de 10% a 14% – e que não foi atingido. A carteira do segmento inflou 6,1% no ano.

"O nosso apetite em relação ao agronegócio é bom, nós temos recursos (para emprestar). Mas o guidance é calculado com base na procura do cliente", disse Abreu.

Osmar Dias, vice-presidente de agronegócio do BB emendou: "nesse momento, o produtor está tendo mais cautela em fazer investimentos, mas não tivemos problema de custeio (de safra)".

Perdas e lucro

No acumulado de 2015, o Banco do Brasil separou 25,2 bilhões de reais para a cobertura de perdas com calotes, quantia 36,6% à separada em 2014.

O lucro líquido ajustado do BB atingiu 11,5 bilhões de reais no ano passado, alta de 28% ante a 2014.

Esse resultado corresponde a um retorno sobre o patrimônio líquido (RSPL) de 13%. O número ficou dentro da faixa que a empresa havia previsto, que era de 13% a 16%.

Para 2016, provisão é de que o RSPL ajustado fique entre 11% e 14%.

Compra do Citibank

Questionado sobre se o Banco do Brasil teria interesse na operação de varejo do Citibank, que anunciou plano de vendê-la na semana passada, Abreu descartou.

"Não está no nosso radar nenhum tipo de aquisição aqui e nem fora do país. Estamos focados no crescimento orgânico local e na otimização da operação no exterior", disse.

Grupo PSA vende mais carros na Argentina do que no Brasil

Produção de carros do grupo PSA, dono da Peugeot e Citroën, na planta de Mulhouse, França

 O grupo francês PSA, dono das marcas de automóveis Peugeot e Citroën, voltou a ter lucro na América Latina em 2015, dois anos antes do que era esperado num programa de recuperação que foi lançado em abril de 2014.

Em entrevista à EXAME, o português Carlos Gomes, presidente da PSA para a região, afirmou que a operação no Brasil deu prejuízo no ano passado, mas que o resultado da empresa na região acabou sendo compensado pelo bom desempenho dos países vizinhos.

Desde 2013, o grupo está vendendo mais carros na Argentina do que no Brasil. No ano passado, as vendas foram 25% superiores na Argentina: foram 73 048 unidades comercializadas no país, contra 58 196 no Brasil.

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Em meio à crise brasileira, a empresa está criando oportunidades para exportar carros para outros continentes, como o africano. 

Como a PSA conseguiu voltar ao lucro em 2015, dois anos antes do planejado? 

Adequamos o custo fixo a um patamar menor de vendas. Hoje, conseguimos obter um lucro no mundo a partir da venda de 1,6 milhão de unidades. Antes, esse ponto era a partir de 3 milhões de unidades.

Reduzimos os custos com o fechamento de uma fábrica na França, a diminuição do número de linhas de montagens e a readequação da mão de obra e processos.

Também reduzimos o número de produtos. Passamos de 45 para 39 automóveis, com foco nos modelos que remuneram melhor.

Tivemos perda de vendas, mas nos concentramos naqueles carros que trouxeram melhor margem para nós. Tudo isso aconteceu no mundo e também na América Latina. 

Como foi o desempenho da PSA no Brasil? 

No Brasil, tivemos um prejuízo de 2,6 bilhões de reais em 2013 e de 700 milhões em 2014. Em 2015 continuamos no prejuízo aqui, mas o número não deve ter sido pior que o de 2014 (os dados ainda não foram divulgados oficialmente).

O Brasil deveria ser a locomotiva da região, mas não é. 

 

Estamos extremamente preocupados com isso. Não se descortina uma saída em breve, já que não estamos vendo a tomada de decisões fundamentais para o país melhorar lá na frente.

Isso tem consequências para o nosso setor: os investimentos em novas tecnologias e novos produtos vão ser geridos mais a ‘conta gotas’ do que num cenário favorável.

Quais países compensaram o desempenho ruim do Brasil para que a PSA tivesse lucro em 2015 na região? 

Basicamente todos os outros. No Chile, estamos ganhando participação de mercado, e chegamos a 6% no ano passado. No México, nossas vendas cresceram 34% em 2015.

Na Argentina, onde temos uma participação de 15%, a situação está melhorando. Hoje vendemos mais carros na Argentina no Brasil. isso mesmo com o mercado argentino representando apenas um quarto do brasileiro.

Com a liberação dos dólares na Argentina, vamos quitar até meados de março uma dívida da unidade argentina com as unidades da França e do Brasil.

Havíamos reduzido as atividades na Argentina porque não queríamos elevar ainda mais o endividamento.

Agora, não há mais essa barreira. No país, o direcionamento econômico é bom e o profissionalismo e a comunicação do governo são excelentes.

O que a PSA tem feito para enfrentar a crise no Brasil?

Há um ano e meio decidimos investir em um programa para fortalecer o ciclo local de fabricação de peças, para dependermos menos das importações.

O ritmo está acima do que esperávamos. Hoje, a média da região é de 65% de nacionalização das peças. A meta é chegar a 85% até 2018. Para os novos produtos, serão 90%.

Obviamente essa é uma boa notícia para o Brasil, para nós e para os nossos fornecedores. Além disso, estamos vendo oportunidades para exportar além da América Latina. Estamos trabalhando na possibilidade de vender o C3 Aircross para países da África.

Coloquei uma meta para a equipe de desenhar três casos de êxito de exportação para fora da região da América Latina neste ano.

Braga anuncia redução de até 6,5% da conta de luz em abril


 Conta de luz - energia elétrica

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, anunciou nesta quinta-feira, 25, que a conta de luz trará a bandeira verde a partir de 1º de abril, e as tarifas de energia deixarão de ter a cobrança extra.

Com isso, os consumidores terão uma redução de 6% a 6,5% na conta de luz, disse o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino.

O fim da cobrança extra na conta de luz será possível porque o governo decidiu desligar mais 15 usinas térmicas no início de março, o equivalente a 3 mil megawatt (MW). Sem esses empreendimentos, será possível poupar cerca de R$ 8 bilhões por ano.

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No início de fevereiro, o governo já havia anunciado o desligamento de sete usinas térmicas, com 2 mil MW, o que permitiu o acionamento da bandeira amarela e uma economia anual de R$ 2 bilhões.

De acordo com Braga, a queda do consumo de energia, a operação de novas usinas e o aumento do nível dos reservatórios das hidrelétricas em todo o País permitiram dispensar o uso das termelétricas, que geram energia mais cara.

"A tarifa de energia elétrica está efetivamente em viés de baixa", disse o ministro.

Johnson & Johnson é multada por talco infantil causar câncer

Talco para bebês da Johnson & Johnson

 A Johnson & Johnson foi obrigada a pagar 72 milhões de dólares à família de uma mulher que morreu de câncer de ovário, vítima de uso contínuo de sua linha de talcos, inclusive o voltado a bebês.

A corte de St Louis, nos Estados Unidos, condenou a empresa de produtos de higiene pessoal por não alertar o público sobre os males que o talco poderia causar se fosse usado continuamente.

Jacqueline Fox, autora da ação, faleceu com 62 anos, depois de ter usado o talco para bebês Johnson’s Baby Powder e o talco para mulheres Shower to Shower por 35 anos para sua higiene íntima.

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Segundo processo, ela desenvolveu câncer de ovário por conta desses produtos. Cerca de metade da indenização será doada para um fundo que atende vítimas de crimes de Missouri.

Um dos jurados, Jerome Kendrick, afirmou que a empresa “tentou cobrir [os danos do produto] e influenciar associações que regulam cosméticos”.

O advogado da família, Jere Beasley, disse que a companhia “sabia desde 1980 dos riscos”, mas manteve essas informações afastadas do público e de agências regulatórias, segundo o jornal local de St Louis.

Depois que o caso de Jacqueline Fox se tornou conhecido, outros 1.200 processos contra a Johnson foram abertos em cortes nos Estados Unidos.

A empresa, que deverá recorrer, divulgou uma nota afirmando que o produto é seguro.

Uma porta-voz da empresa afirmou que “não poderíamos ter uma preocupação maior com a saúde e segurança dos nossos consumidores e estamos decepcionados com os resultados do julgamento”.

Do gigante ao minúsculo: onde o Pão de Açúcar irá investir

Fachada do Minuto Pão de Açúcar

 Para o Grupo Pão de Açúcar, o ano de 2015 foi bastante difícil. A crise impactou principalmente as vendas de eletrônicos na Via Varejo, cujas receitas caíram 14,7% no ano.

No entanto, o segmento alimentar sustentou o crescimento e permitiu com que as receitas subissem 5,5% no ano, atingindo 69,1 bilhões de reais.

Dois formatos se destacaram no ano e concentrarão os investimentos de 2016. Tanto o maior formato de lojas, Assaí, quanto as pequenas lojas de bairro, chamadas de proximidade, foram os que mais cresceram.

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Elas serão priorizadas nos investimentos desse ano, que serão de 1,5 bilhão de reais.

Nenhuma outra categoria abriu tantas novas unidades em 2015 quanto as pequenas lojas de proximidade, das marcas Minuto Pão de Açúcar e Minimercado Extra. O formato é o menor do grupo, minúsculo ao ser comparado aos outros modelos.

No ano de 2015, foram 73 novas lojas, sendo 46 Minimercado Extra e 27 Minuto Pão de Açúcar. No período, 19 lojas da marca do Extra foram convertidas para o Minuto, que é uma marca mais rentável.

Apesar do ritmo acelerado de expansão, o segmento atingiu o breakeven esse trimestre, ou seja, pagou o seu investimento.

As receitas líquidas das lojas de bairro atingiram 946 milhões de reais, alta de 48% - de longe, a maior taxa de crescimento dentro do grupo. O esforço nesse formato ajudou o segmento a aumentar sua participação em receitas no grupo, de 1,0% para 1,4%

Extremo oposto

O Assaí, modelo de cash and carry, vive um cenário completamente diferente, mas também é um dos formatos que mais cresce. É o maior formato de loja do grupo, voltado para o atacado.

Segundo Belmiro Gomes, presidente da rede, mais da metade dos consumidores do supermercado são pessoas jurídicas, principalmente de pequenas e médias empresas, que sofreram bastante com a crise econômica.

Isso obrigou a empresa a adaptar seu mix e a buscar preços mais agressivos. Deu certo: o segmento ganhou 2 pontos percentuais em participação de mercado.

Com vendas de mais de 10 bilhões de reais, a participação do Assaí nas receitas líquidas totais do grupo subiu de 12,7% para 15,1%.

O grupo inaugurou 11 novas lojas em 2015, sendo 7 só no último trimestre e, a partir de 2016, a marca conseguirá financiar sua própria expansão de maneira autônoma.

Enquanto que em 2015 as inaugurações visavam estabelecer a marca em locais onde ela já atuava, em 2016 o Assaí irá entrar em novas capitais.

O Nordeste é um dos focos de expansão. Para Gomes, o mercado atacadista terá mais oportunidades na região, que é mais carente em infraestrutura.

Banco Central encerra 2015 com lucro recorde graças ao dólar

Banco Central 

 O Banco Central (BC) encerrou o ano passado com lucro recorde de R$ 76,7 bilhões, segundo balanço da instituição financeira aprovado hoje (25) pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

O valor representa mais que o dobro do maior lucro registrado até agora, de R$ 31,9 bilhões em 2013.

No primeiro semestre do ano passado, o BC lucrou R$ 35,2 bilhões. No segundo semestre, o resultado positivo somou R$ 41,5 bilhões, beneficiado principalmente pela valorização de ativos em moeda estrangeira.

Além do lucro contábil, o BC ganhou R$ 157,3 bilhões com as operações cambiais (administração das reservas internacionais e operações de swap cambial), cujo resultado é divulgado separadamente do lucro da instituição.

Os ganhos com as operações cambiais também são o melhor resultado da história, superando o recorde registrado em 2008, quando o BC tinha lucrado R$ 126,6 bilhões com as intervenções no mercado futuro de dólares e com o rendimento das reservas externas.

No primeiro semestre, o BC ganhou R$ 46,4 bilhões com a equalização cambial. No segundo semestre, o ganho chegou a R$ 110,9 bilhões.

O lucro com as operações cambiais no segundo semestre decorreu da alta do dólar, que subiu de R$ 2,65 em janeiro para R$ 3,94 em dezembro. A moeda norte-americana mais cara aumenta o valor das reservas internacionais em reais.

Nos próximos dez dias, o BC repassará ao Tesouro Nacional R$ 152,4 bilhões.

O montante equivale ao lucro operacional de R$ 41,5 bilhões no segundo semestre e ao lucro de R$ 110,9 bilhões com a equalização cambial no mesmo período.

Por lei, o dinheiro só pode ser usado para amortizar a dívida pública, não podendo ser gasto em despesas federais.

Lucro da CCR cai no 4º trimestre com queda no tráfego

CCR

A empresa de concessões de infraestrutura CCR teve queda no lucro do quarto trimestre, afetada por menor tráfego em estradas que administra e maior custo do serviço da dívida.

A empresa informou nesta quinta-feira que teve lucro líquido de 244,8 milhões de reais no quarto trimestre, queda de 36,2 por cento ante mesmo período de 2014.

O resultado operacional da CCR medido pelo Ebitda (lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação) ajustado ficou em 984,5 milhões de reais, recuo de 4,1 por cento na comparação ano a ano.

A margem Ebitda ajustada caiu 9 pontos percentuais, para 58,2 por cento.

"Os números refletem em parte a queda na atividade econômica do país", disse à Reuters o gerente de relações com investidores da CCR, Marcos Macedo. O tráfego nas rodovias administradas pela companhia caiu 4,4 por cento no quarto trimestre.

Além disso, a dívida líquida da empresa subiu do equivalente a 2,4 vezes para 3,2 vezes o Ebitda, como reflexo de maiores investimentos em obras assumidas nos últimos anos como o Metrô Bahia, a CCR MSVia e o BH Airport e do maior custo de serviço da dívida, dado o aumento da taxa básica do país.

Apesar disso, a CCR pretende ampliar o volume de investimentos em quase 70 por cento em 2016, para cerca de 6 bilhões de reais, devido justamente à intensificação de obras, disse o executivo.

Em 2015, o investimento da companhia subiu 28,6 por cento, para 3,6 bilhões de reais.

Segundo Macedo, a maioria dos projetos cuja licitação foi vencida pela CCR já têm aprovados os processos de financiamento com o BNDES. A CCR considera fazer emissões de debêntures de infraestrutura para ajudar a financiar os projetos.

Para o executivo, mesmo com a piora do cenário econômico do país e do encarecimento do custo de capital, os projetos da CCR seguem com taxas de retorno adequadas para prazos mais longos.

Para 2016, no entanto, se a projeção do mercado para mais um ano de recessão se confirmar, o tráfego de veículos nas rodovias da empresa pode voltar a recuar.

Macedo afirmou que a CCR aguarda para as próximas semanas o lançamento de uma audiência pública sobre o aditivo contratual da rodovia Presidente Dutra, operada por ela, com previsão de obras avaliadas em 2,5 a 3 bilhões de reais que devem ser entregues antes do término da atual concessão em 2021. "Depende do poder concedente", afirmou.

 

Rolling Stones farão show em Havana em março, diz imprensa

O vocalista dos Rolling Stones, Mick Jagger

 A lendária banda britânica The Rolling Stones e o Instituto Cubano da Música mantêm conversas para acertar detalhes da organização de um show que será realizado em Havana no final de março, informaram nesta quinta-feira meios de comunicação locais.

Há algumas semanas se especulava sobre essa possível apresentação, rumores que hoje tomaram forma com uma publicação do noticiador cultural da TV estatal cubana em sua página do Facebook, que publicou que o show será nos "terrenos limites" à Cidade Esportiva da capital cubana, informação replicada depois por outros meios oficiais da ilha.

A possibilidade desta apresentação histórica, que será a primeira da banda na ilha, foi motivo de uma série de rumores e a visita particular do vocalista, Mick Jagger, à ilha em outubro do ano passado foi lembrada.

Segundo as informações divulgadas, a banda fará em Havana a última parada da turnê "América Latina Olé", que começou no último dia 3 no Chile, seguiu por Argentina, Uruguai e Brasil, passará por Colômbia e México, e terminaria em Havana, em uma data ainda não definida.

As primeiras notícias das reuniões de The Rolling Stones com as autoridades culturais cubanas foram divulgadas pelo guitarrista, Keith Richards, que no ano passado mencionou em entrevista a possibilidade da apresentação em Havana.

Se acontecer, a apresentação da banda acontecerá no mesmo mês da viagem do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a Cuba.

Trata-se de um acontecimento importante para a história dos dois países que restabeleceram relações em 2015, pois será o primeiro governante americano a pisar na ilha em 88 anos.

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