quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

PROMOÇÃO DE CARNAVAL SUPERMERCADO ESTRELA

Fundação SOS Mata Atlântica: água do Rio Doce tem qualidade péssima

Rio Doce

Passados 80 dias desde o rompimento da barragem da mineradora Samarco, em Mariana, que despejou uma onda de lama sobre a região, chegando até o oceano, a qualidade da água do Rio Doce e afluentes atingidos continua, em sua maioria, péssima.

 É o que mostra uma análise feita pela Fundação SOS Mata Atlântica em 29 amostras de água e de lama coletadas em 18 pontos afetados pelo acidente ambiental, cobrindo 650 km de rios. Entre os pontos avaliados, 16 apresentaram Índice de Qualidade da Água (IQA) péssimo e 2 foram considerados regular. Contribuíram com as baixas notas a turbidez da água e a presença de metais pesados em concentrações acima das consideradas saudáveis.

Antes do acidente as condições do rio já não eram muito boas, em especial por causa da contaminação por esgoto e metais provenientes de atividades mineradoras no entorno, mas o mar de lama piorou muito a situação, afirma Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da fundação. Segundo ela, não há dúvida de que os indicadores observados nesse levantamento são resultado da contaminação pelos rejeitos de minério da Samarco.

Para checar isso também foram feitas coletas em afluentes do Rio Doce antes da área do rompimento da barragem, que serviram para comparar com os pontos afetados. Foram eles que receberam a nota "regular". "Nesses locais há concentração de metais, mas não acima do que prevê a lei. O material que saiu da barragem alterou completamente a qualidade da água. Dá para garantir com segurança que a condição ruim da água até Regência é consequência do rompimento da barragem", explica Malu.

O metal mais encontrado nos pontos analisados foi o magnésio. Entre os 16 pontos "péssimos", em 14 o nível ficou acima do recomendado, que é 150 mg/litro. Em Bento Rodrigues, por exemplo a concentração chegou a 270 mg/litro. É o magnésio, juntamente com o ferro, que dá a coloração alaranjada para a lama. Outro metal que apareceu acima do recomendável foi o manganês, em 8 dos 16 pontos ruins.

Malu lembra que isso não significa que a lama seja tóxica, expressão que foi atribuída várias vezes nos dias seguintes ao acidente. "Esses metais pesados são encontrados na natureza em geral em concentrações que não afetam a saúde. Mas as coletas mostraram que há vários pontos fora do padrão, o que torna a água imprópria para o consumo humano e animal. Podem afetar rins estômago", diz.
Ela afirma que o que mais impressionou nos resultados, no entanto, foi a persistência da lama. Esperava-se que com o início das chuvas ela iria se dispersar, mas não foi o que aconteceu. Pelo contrário, a lama que caiu nas margens agora está sendo carreada para dentro da água. E mesmo a que já tinha se depositado no leito não está diluindo. Ao longo das coletas, os pesquisadores encontraram depósitos de sedimentos de 40 centímetros a 3 metros de altura. "A lama está impermeabilizando o leito do rio e mesmo com as chuvas não vemos o rio se regenerar. E para piorar ele segue recebendo mais metais pesados da lama do entorno", relata.

As coletas foram feitas entre os dias 6 e 12 de dezembro, em uma expedição que contou com o apoio da Ypê Química Amparo, da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, da ProMinent Brasil e de outros grupos de especialistas voluntários, como o Giaia (Grupo Independente de Avaliação de Impacto Ambiental).

Grande fluxo de pessoas nos Jogos Olímpicos pode disseminar zika no mundo

Estado entregou nesta terça (26/01) carros novos para combater a Dengue no Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro vive um momento delicado. Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos serão realizados a partir de agosto, em meio ao pânico internacional sobre o vírus zika e a dengue, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Egypti.


De acordo com Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde, de 1º a 25 de janeiro foram notificados 3.954 casos suspeitos de dengue no Estado do Rio. Em 2015, durante o mesmo período, foram registrados 2.584 casos. Quanto ao zika vírus, o Rio de Janeiro é o estado com mais registros de casos suspeitos da doença no Sudeste do país, são 122 notificações.

A Prefeitura e o governo do Rio tem intensificado as ações de combate aos focos do mosquito pela cidade e estado. As instalações onde serão realizadas as provas olímpicas, por exemplo, foram tratadas contra o mosquito transmissor.

  O infectologista e diretor do Instituto de Pediatria da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Edimilson Migowski, explicou que o pânico em torno do zika vírus, a principal preocupação do governo brasileiro hoje, teve início na Copa do Mundo em 2014, quando a doença chegou ao país. “Na verdade, o pânico se deve por conta da entrada desse vírus em 2014 no Brasil, na Copa do Mundo. O vírus entrou e encontrou infelizmente duas situações muito favoráveis para sua disseminação: o vetor, que é o mosquito, e uma população totalmente vulnerável a esse tipo de vírus. Até então, era um vírus que não circulava pelo Brasil e nas Américas. Nós importamos o vírus em 2014, e agora em 2016, por conta do descontrole no combate ao vetor, ao mosquito Aedes Aegypti, vamos exportar o problema para vários outros países nos quais o Aedes também predomina.”

O Infectologista alerta que pelo menos 1/3 da população mundial se encontra  em área de risco para doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti. “Porque o Aedes está espalhado pelo mundo todo. O Aedes ou outro tipo de mosquito que se assemelha a ele e que tem a mesma competência de transmitir várias viroses, como os quatro tipos de dengue, chikungunya, zika, febre amarela, mayara vírus e alguns outros vírus, com os quais não temos muita experiência no Brasil. Desta forma, onde tem mosquito existe potencial para a transmissão desses vírus. Por isso que acabamos, nesse momento, sendo um terreno fértil para a disseminação da doença.”

Edimilson Migowski teme que, com o grande fluxo de pessoas de vários países durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Rio de Janeiro, o vírus se expanda cada vez mais para o mundo. “O temor que eu tenho é que, com esse afluxo de pessoas muito grande do mundo inteiro para o Rio de Janeiro, se tenha mais pessoas aqui sendo picadas pelo Aedes e levando para suas regiões, para as suas casas, o vírus no corpo. E aí, lá no seu país de origem, poderá ser picada pelo Aedes e perpetuar ou introduzir o vírus nesses novos países e disseminar o vírus pelo mundo inteiro.”

Segundo o médico, para que a situação não se agrave durante as Olimpíadas, será necessária a participação da sociedade. “É preciso intensificar o combate ao mosquito, pois 80% dos criadouros se encontram nas casas das pessoas. Cada um precisa ser o seu próprio agente sanitário, senão vamos ficar, infelizmente, contabilizando um número de casos cada vez maior em relação ao zika vírus, chikungunya e dengue.”

EUA planejam instalar novíssimos drones de ataque na Coreia do Sul

Drones de ataque a mísseis Grey Eagle na base norte-americana no Afeganistão, 11 de abril de 2012

Os EUA pretendem instalar na Coreia do Sul os novíssimos drones MQ-1C Grey Eagle que podem realizar não somente voos de reconhecimento, mas também ataques com mísseis, informou a mídia sul-coreana.

Segundo o jornal sul-coreano Chosun Ilbo, em julho os Estados Unidos planejam instalar na Coreia do Sul veículos aéreos não tripulados que, em termos de suas caraterísticas, são superiores aos drones que foram usados no Iraque e Afeganistão. Estes drones são equipados com câmeras de visão noturna, têm uma autonomia de 30 horas e são destinados a monitorizar as áreas na zona desmilitarizada entre as duas Coreias.

Usando os novos drones, as Forças Armadas dos EUA e da Coreia do Sul serão capazes de atacar helicópteros e tanques do inimigo a distância de cerca de 8 km. Por isso, cada drone é equipado com quatro mísseis antitanque Hellfire e quatro bombas inteligentes GBU-44/B. Para além disso, pode ser equipado com mísseis ar-ar Stringer, de acordo com a fonte.
Os EUA iniciaram uma nova fase de instalação de armas estratégicas na Coreia do Sul após o teste nuclear alegadamente realizado pela Coreia do Norte no início de janeiro.
Washington já posicionou ali bombardeiros estratégicos B-52, capazes de transportar até 31 toneladas de bombas.

Putin exige que Ministério da Saúde elabore remédio contra zika vírus

Vladimir Putin


O presidente russo Vladimir Putin pediu o Ministério da Saúde da Rússia para iniciar os trabalhos a fim de obter remédios contra o zika vírus, assim como colaborar com empresas de transporte e companhias aéreas devido a propagação do vírus no mundo.



É de lembrar que a doença já começou a sua disseminação na Europa. Casos de infeção por zika vírus foram registrados na Suécia e Dinamarca.
“Há uma porcaria qualquer que se espalha da América Latina. Mais algum vírus, ele é difundido por mosquitos. Os mosquitos, claro, não podem atravessar o oceano, mas as pessoas infetadas podem. Este vírus já apareceu na Europa”, disse Putin durante a reunião com os membros do governo nesta quarta-feira (27).

A ministra da Saúde, Veronika Skvortsova, assegurou que o Ministério está acompanhando a situação desde o aparecimento do vírus.
“Nós estamos a controlando esta infeção zika desde o momento do seu aparecimento. Na verdade estamos trabalhando nela desde o aparecimento de estirpes enigmáticas, inclusive os que adquirem novas qualidades através de desenvolvimento laboratorial, tomar isto sob controle e ter já remédios domésticos para prevenção e tratamento”, disse a ministra.
Segundo ela, o Ministério possui uma lista (secreta) de tais agentes infeciosos e o trabalho correspondente está sendo realizado.

“Eu peço que você preste atenção a isto porque se ele [o zika vírus] contagiar, segundo eu sei, mulheres grávidas e isto pode trazer consequências graves para as crianças, por isso é preciso abordar isso atentamente. Você tem inclusive boa experiência de cooperação com companhias de transporte, companhias aéreas… Também, claro, é preciso trabalhar na questão dos remédios”, disse Putin.

“Estamos trabalhando em regime permanente”, assegurou a ministra Skvortsova.

O zika é uma doença viral, que passa sozinha, em geral após 7 dias. Ela se caracteriza por febre, dores musculares, manchas vermelhas no corpo, inchaço nas extremidades e dor atrás dos olhos, que também podem ficar vermelhos. A transmissão se dá por meio da picada do mosquito Aedes Aegypti, o mesmo da dengue, e há um período de incubação de cerca de quatro dias.
 O zika vírus foi isolado pela primeira vez em 1947, a partir de amostras em macacos na floresta Zika, em Uganda. O tratamento é baseado no uso de paracetamol para febre e dor. Não há registros de óbitos causados pela doença. Também não há vacinas contra ela. As medidas de prevenção são semelhantes às da dengue e da chicungunya.

Figura mais influente do mundo na ciência é uma mulher

Modelo da estrutura de um ADN humano

 A empresa internacional Thomson Reuters publicou uma lista dos cientistas mais citados no mundo, informa a publicação russa Gazeta.ru. A lista inclui 3 mil cientistas cujos trabalhos são reconhecidos como exercendo maior influência na comunidade científica internacional.
 Segundo a Gazeta.ru, agora o mundo possui cerca de 9 milhões de cientistas, que publicam 2 milhões de artigos científicos todos os anos. A Thompson Reuters tem a maior base de publicações científicas.
A empresa internacional utilizou dois critérios principais para elaborar a lista. O primeiro é o número total de citações entre 2003 e 2013 e o segundo são as citações em 2013-2014. O número de citações é considerado o principal indicador para determinar o valor científico dos artigos.
Curiosamente, as principais áreas científicas onde trabalham os pesquisadores mais citados se limitam às ciências naturais – medicina, biologia, bioquímica e genética.
Entre as 16 universidades onde trabalham os cientistas mais citados, 12 são norte-americanas. A Rússia é representada na lista somente por dois cientistas na área de gestão e física.
O Brasil é representado por 5 cientistas nas disciplinas de física, medicina clínica, geofísica e duas outras ciências.
A lista é encabeçada pela pesquisadora do Instituto Broad do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e Universidade de Harvard, Stacey Gabriel, cujos trabalhos são dedicados à genética. Também entre os cientistas mais citados estão Henry Snaith da Universidade de Oxford, que estuda a energia solar, e Christopher Murray da Universidade de Washington, que estuda o problema da obesidade.
Estes dados indicam que, recentemente, o foco da atenção científica passou da economia e gestão para problemas de saúde e novas tecnologias. O fato de a cientista mais influente no mundo ser mulher também confirma uma tendência: as mulheres ocupam posições cada vez mais sólidas na sociedade moderna.

Washington tem 'as chaves das relações' com o Irã

NOTICIAS MARACAS

O presidente do Irã, Hassan Rohani, que está agora na Itália, disse que espera poder viajar aos EUA.

Os Estados Unidos o receberão da mesma maneira que a Itália o recebeu, afirmou o presidente iraniano.
Porém, é Washington, e não Teerã, quem guarda "as chaves das relações sem tensão" entre os EUA e o Irã. Por sua parte, Teerã aceitará parcerias e projetos conjuntos com empresas norte-americanas, comentou Rohani.
"Alguns setores americanos devem compreender que a época das sanções está terminada. Os Estados Unidos devem olhar para o futuro, e não para o passado", disse o presidente iraniano durante uma entrevista coletiva em Roma no último dia da sua visita oficial.

Mais cedo, os EUA libertaram a importação de tapetes, pistáchios e outros produtos tradicionais iranianos. A parte iraniana obteve a permissão para comprar aviões construídos nos EUA.

Argentina confirma primeiro caso de zika




Uma moradora de Buenos Aires que viajou à Colômbia é o primeiro caso de zika vírus na Argentina. A informação foi divulgada na terça-feira (26), pelo Ministério da Saúde em seu boletim oficial de vigilância. O texto citou ainda três casos suspeitos com resultados negativos.
Não há registro de contágio ocorrido dentro da Argentina, embora a OMS (Organização Mundial da Saúde) preveja que isso ocorrerá no país, cujo sistema de saúde enfrenta uma epidemia de dengue. O mosquito Aedes aegypti é transmissor de ambas doenças e da febre chikungunya.

Segundo a entidade ligada à ONU (Organização das Nações Unidas), apenas Chile e Canadá, onde esse tipo de inseto não existe, livrarão-se da doença da doença — isso se não for comprovada a possibilidade de transmissão sexual, ainda em estudo.

O governo argentino recomendou cautela a cidadãos com viagem marcada para os 21 países com casos de contágio por zika. Há 2 milhões de argentinos de férias no Brasil, segundo a Casa Rosada. Grávidas com o vírus podem ter bebês com alterações neurológicas e microcefalia. No Brasil, 3,5 mil casos estão sob suspeita.

A Colômbia, também atingida pela enfermidade, recomendou a casais que planejavam ter filhos evitar a gravidez até o mês de julho. Aconselhou ainda mulheres que vivem em lugares acima de 2.200 metros de altitude, onde não há presença do mosquito, a permanecerem nesses locais.

Alguns sintomas da zika são febre, erupção cutânea ou urticária, conjuntivite, dores musculares ou nas articulações. O mal-estar começa entre dois e sete dias após a picada de um mosquito infectado.
 

Cobrança extra na conta de energia deve cair a partir de fevereiro

noticias maracas

Aneel aprovou mudanças no sistema de bandeiras tarifárias.
Cor vermelha passa a ter 2 patamares: R$ 3 e R$ 4,50 para cada 100 kWh.

O sistema de bandeiras tarifárias, que aplica uma cobrança extra nas contas de luz quando está mais caro produzir energia no país, terá mudanças a partir de fevereiro. As alterações foram aprovadas nesta terça-feira (26) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a principal delas é a criação de um novo patamar de cobrança.
A decisão deve levar a um barateamento das contas de luz a partir de 1º de fevereiro. Isso porque o valor da tarifa extra a ser paga pelos consumidores (bandeira vermelha) deve cair dos atuais R$ 4,50 para R$ 3,00 a cada 100 killowatts-hora (kWh) de energia consumidos.
sistema de bandeiras tarifárias entenda  
O que muda?
A Aneel decidiu nesta terça que, a partir de fevereiro, a bandeira vermelha passará a ser dividida em dois patamares: um mais barato, com cobrança extra de R$ 3,00 para cada 100 kWh, e outro mais caro, que mantém o valor de R$ 4,50 por 100 kWh consumidos.
  O sistema hoje tem três patamares, representados pelas bandeiras verde, amarela e vermelha.
Na verde, não há custo adicional e, portanto, os consumidores não pagam nada a mais.
A amarela significa que houve algum aumento no custo para gerar energia e, a vermelha, que esse custo de produção está muito alto.
Na decisão desta terça, a Aneel também decidiu reduzir, em 40%, o valor da tarifa adicional da bandeira amarela: de R$ 2,50 para R$ 1,50.
Por que a cobrança deverá cair em fevereiro?
O que define quando uma ou outra entra em vigor é o custo da energia produzida pelas termelétricas (usinas movidas a combustível) em operação no país. O patamar mais caro da bandeira vermelha (R$ 4,50) será aplicado se esse custo for igual ou superior a R$ 610 para cada megawatt-hora (MWh) produzido.
De acordo com o relator do processo na Aneel, diretor André Pepitone, hoje a termelétrica mais cara em operação tem custo de R$ 600 para cada MWh produzido. Se essa situação continuar assim, a partir de fevereiro a taxa extra a ser aplicada nas contas de luz dos brasileiros será a do primeiro patamar da bandeira vermelha, ou seja, R$ 3 para cada 100 kWh.
Como hoje estão sendo cobrados R$ 4,50, haveria uma redução de 33% desconto do custo extra representado pelo acionamento da bandeira vermelha máxima nas tarifas de energia.
A definição da bandeira que vigorará em fevereiro no país deverá ser anunciada oficialmente pela Aneel nos próximos dias.

Bandeira amarela
Pela nova regra definida pela Aneel, a bandeira amarela entrará em vigor caso as termelétricas em operação no país tenham custo de produção entre R$ 211,28 e R$ 422,56 para cada megawatt-hora.
A bandeira amarela ainda não vigorou no país desde o início do regime de bandeiras.
Se continuar chovendo forte – e nível dos reservatórios das principais hidrelétricas do país continuar a subir -, existe a possibilidade que a bandeira das contas de luz fique amarela ainda neste ano.

Chuvas e termelétricas
Pepitone disse que as alterações no sistema de bandeiras se devem à melhora no cenário do setor elétrico brasileiro, principalmente devido ao aumento das chuvas nos últimos meses e que vem garantindo a recuperação dos reservatórios das principais hidrelétricas do país.

Entre 2012 e meados de 2015, a falta de chuvas levou a uma forte redução no armazenamento dessas represas. E, para poupar água das hidrelétricas, todas as termelétricas disponíveis passaram a gerar energia.

As termelétricas, porém, produzem energia mais cara, pois funcionam por meio da queima de combustíveis como óleo, gás e biomassa.

Sistema de bandeiras
Em janeiro de 2015, entrou em vigor o sistema de bandeiras. Além de sinalizar ao consumidor qual o custo de produção da energia, ele permite a cobrança automática de recursos para cobrir o aumento desses custos, por meio de um adicional na tarifa.

Desde então, sempre vigorou a bandeira vermelha. A partir de janeiro de 2015, ela gerou uma cobrança extra de R$ 3. Mas logo em março a Aneel reajustou o valor para R$ 5,50, devido ao aumento dos custos no setor elétrico.

Em agosto, a bandeira vermelha caiu para R$ 4,50, já refletindo a melhora das chuvas e da situação nos reservatórios das hidrelétricas. É esse valor que vigora atualmente.

Oito lições de combate à corrupção que a Dinamarca pode dar ao Brasil


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Há 350 anos que o país e líder de ranking da ONG Transparência Internacional

A Dinamarca colhe hoje os frutos de mais de 350 anos de empenho contra a corrupção no setor público e privado e, mais uma vez, figura no topo do ranking de 168 países da ONG Transparência Internacional, o principal indicador global de corrupção.
Desde que o índice foi criado, em 1995, o país está nas primeiras posições - em que estão as nações vistas como menos corruptas. Nos últimos cinco anos, só não esteve no primeiro lugar em 2011, que ficou com a Nova Zelândia. Esse é o segundo ano consecutivo em que está sozinha no topo.

O Brasil foi um dos países que registrou a maior queda no ranking neste ano: caiu sete posições, para o 76º lugar. A ONG liga a queda ao escândalo da Petrobras.
O Índice de Percepção de Corrupção é baseado em entrevistas com especialistas - em geral, membros de instituições internacionais como bancos e fóruns globais - que avaliam a corrupção no setor público de cada país.

Na raiz do bom desempenho dinamarquês estão iniciativas de meados do século 17, quando a Dinamarca perdia parte de seu reinado para a Suécia e via que era preciso ter uma administração mais eficiente para coletar impostos e financiar batalhas em curso.

Numa época em que a nobreza gozava de vários privilégios, o rei Frederik 3º proibiu que se recebessem ou oferecessem propinas e presentes, sob pena até de morte. E instituiu regras para contratar servidores públicos com base em mérito, não no título. A partir de então, novas medidas foram sendo instituídas período a período.
Peter Varga, coordenador regional da Transparência Internacional para Europa e Ásia Central, alerta, entretanto, que "países que estão no topo do ranking naturalmente não estão livres de corrupção", pondera
Casos envolvendo empresas e políticos vez ou outra ganham destaque na Dinamarca. Há dois anos, a empresa dinamarquesa Maersk foi apontada na Operação Lava Jato como possível autora de pagamento de propinas a ex-executivos da Petrobras. E a falta de controle nos financiamentos de campanha é bastante criticada.

"Entretanto, neles isto é uma exceção, não a regra", complementa o representante da Transparência Internacional.
Embora não esteja imune ao problema, a Dinamarca traz alguns bons exemplos que podem servir de inspiração para se combater a corrupção em países como o Brasil. Confira:




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1) Menos regalias para políticos
O político Peder Udengaard é membro reeleito do conselho municipal (o equivalente a um vereador) de Aarhus, segunda maior cidade da Dinamarca, com cerca de 300 mil habitantes. Vive numa zona de classe média no centro e não possui carro, por isso vai a pé ao trabalho. Recebe um salário de 10 mil coroas dinamarquesas (R$ 6 mil) para horário parcial, complementados com atividades na direção de uma orquestra.
O único benefício que recebe é um cartão para táxi, que só pode ser usado quando participa de eventos oficiais. A entrevista concedida à BBC Brasil na prefeitura, por exemplo, não estava nesta lista. Duas vezes ao ano, a prefeitura promove eventos fora da cidade e, aí sim, pode-se gastar com deslocamento e alimentação. Presentes precisam ser tornados públicos e repassados a entidades civis.
"Essas regras independem do cargo, pode ser do mais baixo ao mais alto", explica Udengaard. "Se eu tivesse filhos, iriam para a escola pública; encontro meu eleitorado no supermercado, na rua, no banco. Não tenho mais benefícios do que qualquer cidadão. Se quisesse enriquecer ou ter privilégios, não seria político", completa.
Nos últimos anos, o primeiro-ministro Lars Løkke Rasmussen foi acusado em algumas ocasiões de ter usado dinheiro público para pagar contas em restaurantes, táxis, aviões, hotéis e até roupas em cargos como prefeito, ministro e presidente da organização Global Green Growth Institute (GGGI), que recebe recursos do governo.
Confirmaram-se roupas pagas pelo seu partido, Venstre, e passagens pela GGGI, episódios duramente criticados.





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2) Pouco espaço para indicar cargos
Tentar beneficiar-se do setor público não é tarefa fácil na Dinamarca. Um dos motivos é que, quando o político é eleito, a equipe que trabalhará com ele é a mesma da gestão anterior. Além disso, o profissional que não reportar um ato ilícito é demitido.
"Receber incentivos econômicos seria difícil, porque os funcionários não estão interessados em acobertá-los", afirma Peder Udengaard, garantindo nunca ter sido informado de algum caso ilícito na prefeitura de Aarhus.
"Regras claras sobre conflitos de interesse, códigos de ética e declaração patrimonial são muito importantes", comenta Peter Varga, destacando que elas geralmente são consideradas eficientes em países no topo dos rankings de corrupção, mas ressaltando que mesmo na Dinamarca a tentação de se aceitar propinas ou exercer influência indevida é geralmente mais forte quanto mais perto se está do centro tomador de decisões políticas.




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Na Dinamarca, político eleito precisa trabalhar com os mesmos funcionários da gestão anterior


3) Transparência ampla
A Dinamarca também é considerada a nação mais transparente no ranking "2016 Best Countries" ("Melhores países 2016"), da Universidade da Pensilvânia, dos Estados Unidos.
Os sites dos governos, de todas as instâncias, costumam ser bem munidos de dados sobre gastos de políticos, salários, investimentos por áreas etc. E qualquer cidadão pode requerer informações que não estejam lá.
No Brasil, especialistas concordam que a transparência vem avançando. Fernanda Odilla de Figueiredo, pesquisadora sobre corrupção do Brazil Institute no King's College, de Londres, elogia a Lei de Acesso à Informação e os portais de transparência, mas cobra acesso irrestrito:
"Em 2013, informações sobre viagens internacionais do presidente e do vice-presidente da República foram reclassificadas e só poderão ser acessadas depois que eles deixarem o poder, e no ano passado o governo de São Paulo decretou sigilo de determinados dados", critica.




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Transparência e polícia valorizada ajudam país a obter status de "mais honesto"


4) Polícia confiável e preparada
Raramente, casos de corrupção envolvem a polícia dinamarquesa. A confiança na instituição é considerada muito alta, segundo o relatório 2015-2016 de competitividade global do Fórum Econômico Mundial.
"A polícia goza de alto nível de confiança. Ser um policial geralmente é considerado uma posição relativamente de status. Isto faz jovens considerarem a carreira", acrescenta o especialista em segurança, Adam Diderichsen, professor da Universidade de Aalborg.
Diderichsen também explica que boas condições de trabalho agregam à qualidade do serviço. Após terminar o ensino médio, policiais recebem pelo menos dois anos de treinamento.
A cultura policial dinamarquesa dá ênfase a meios não coercitivos: eles usam armas, mas estão menos propensos a empregá-las do que em países fora da Escandinávia. Em geral, segundo o especialista, recebem um "bom salário de classe média, especialmente se for levado em conta a generosa aposentadoria".
5) Baixa impunidade
O código criminal da Dinamarca proíbe propina ativa ou passiva, abuso de poder público, peculato, fraude, lavagem de dinheiro e suborno.
Em 2013, o Parlamento adotou emendas para fortalecer a prevenção, investigação e indiciamento de crimes econômicos. As penas hoje vão de multa a prisão de seis anos. Elas não são consideradas tão rígidas. Mesmo assim, são aplicadas e cumpridas.
Para a Transparência Internacional, o motivo são as instituições fortes e independentes de Justiça. Já segundo o especialista em corrupção Gert Tinggaard Svendsen, professor da Universidade de Aarhus, há mais do que isso.
"As leis não são tão duras, o que é duro é o mecanismo de punição. A tolerância à ilegalidade na Dinamarca é baixíssima não só com relação às instituições, mas até com indivíduos do convívio que infringem normas das mais simples", diz.




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Você deixaria carrinho (com bebê) sozinho do lado de fora de uma loja? Na Dinamarca é comum


6) Confiança social
Na Dinamarca, é comum alugar um livro da biblioteca sem o intermédio de um funcionário. Em alguns estabelecimentos, pode-se pegar o item, por exemplo uma fruta, e deixar o dinheiro.
Ou, mais surpreendente, famílias não hesitam em deixar seus filhos num carrinho de bebê do lado de fora de um restaurante. Esses pontos, segundo Gert Tinggaard Svendsen, também autor do livro Trust, têm algo em comum: a confiança.
"A confiança social traz regras informais ao jogo. São regras não escritas, entre pessoas. A confiança é a palavra-chave da autoregulação", explica Tinggaard, que pesquisou em 86 países se as pessoas confiavam umas das outras. Na Dinamarca, mais de 70% disseram que sim. No Brasil, apenas 10%.
Segundo ele, os dinamarqueses historicamente passaram a confiar nos indivíduos e, além disso, em suas instituições. Para a ONG, a confiança social ajuda a prevenir a corrupção, pois torna o desvio à norma um tabu. Por outro lado, quanto maior a corrupção, menor a confiança da população.




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Universidade de Aarhus
 
Tribunal de Copenhague onde ocorria a maior parte dos julgamentos iniciados no século 19


7) Ouvidoria forte
A Ouvidoria Parlamentar é um órgão que emprega cem funcionários e recebe por ano cinco mil reclamações contra o governo. Destas, pelo menos 50% resultam em críticas ou recomendações. Mais do que apenas notificações, a instituição tem poder de promover mudanças das mais diversas.
"Se outros países quisessem aprender com a Dinamarca, eles deveriam, por exemplo, ter um escritório parlamentar de ouvidoria com uma auditoria independente para ajudar a controlar o Legislativo e Executivo", pontua Peter Varga, da Transparência Internacional.
8) Empenho constante contra a corrupção
O combate à corrupção na Dinamarca começou no século 17, mas sofreu um aumento no século 19, após uma crise econômica. Para controlar o problema, foi instaurada a tolerância zero na administração real. Segundo a professora da Universidade de Aarhus, Mette Frisk Jensen, pesquisadora do tema, os níveis de corrupção são baixos desde então.
Para Fernanda Odilla de Figueiredo, a experiência da Dinamarca nos ensina que o combate à corrupção não é resolvido de uma só vez. Trata-se de um processo longo, em que é preciso estar sempre vigilante.
"O maior mérito da Dinamarca não é ser o primeiro lugar do ranking, mas se manter no topo por tanto tempo. Isso significa que o Brasil precisa não apenas melhorar o combate à corrupção, como encontrar uma forma de fazer isso de forma estável e consistente.

Unimeds são notificadas por morte de turista que aguardou 9 horas por ambulância



Paciente foi atendida em UPA, mas ambulância do plano de saúde demorou 9 horas para chegar

Cliente da Unimed Norte Nordeste não foi atendida pela Unimed Rio e não resistiu a uma parada cardiorrespiratória.

O Procon do Rio de Janeiro autuou as operadoras Unimed Norte Nordeste e Unimed Rio pela morte da auditora fiscal Mariana Perdomo, de 33 anos. Moradora de Salvador e cliente da operadora norte-nordestina, ela estava em viagem à capital carioca visitando a família quando sofreu uma parada cardiorrespiratória e, com a demora na chegada do socorro, não resistiu.

A paciente deu entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Bangu e precisava ser transferida urgentemente. No entanto, a Unimed Rio não foi ao local. O socorro ficou por conta de uma ambulância da Unimed Norte Nordeste, que somente chegou à unidade nove horas depois. 

Ainda que se alegue que a consumidora tinha um plano de Unimed Norte-Nordeste, o Procon-RJ não isenta de responsabilidade a Unimed Rio, já que ambas pertencem ao mesmo grupo, respondendo solidariamente pelo problema. Na autuação, a autarquia estadual considera o episódio um "descaso com o direito do consumidor". De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, são impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins que razoavelmente se esperam deles – o que fica claro na demora que levou à morte de Mariana.

A Unimed-Rio informou que não recebeu a notificação do Procon, e lamentou o falecimento da cliente da Unimed Norte Nordeste. Em nota, a operadora sugeriu responsabilidade da UPA. "Providenciamos a vaga no hospital e o envio de uma ambulância UTI através de um prestador terceirizado. Por motivo que estamos apurando, o prestador não enviou a ambulância nos prazos solicitados, ocasionando atraso na chegada da mesma. Reiteramos que a paciente permaneceu por todo este período no ambiente da UPA, que era responsável pelo seu diagnóstico e tratamento" 

 As operadoras terão 15 dias úteis, contados a partir do recebimento da notificação, para apresentar a sua defesa. Caso o prazo não seja cumprido ou os argumentos não sejam aceitos pelo setor jurídico do Procon Estadual, as empresas serão multadas.

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