terça-feira, 17 de maio de 2016

Google quer injetar chip no olho humano

Código binário refletido no olho
Quem sabe um dia tenhamos olhos biônicos, ao estilo da série Black Mirror: primeiro, a Samsung mostrou um conceito de lentes de contato com câmeras e Wi-Fi integrados.
Agora, o Google acaba de registrar a patente de um chip inteligente, parecido com as lentes da Samsung, mas com um toque especial: ele seria instalado cirurgicamente dentro do olho, onde ficaria funcionando até quando a pessoa quisesse. 
Os dois chips - um para cada olho - ficariam armazenados em lentes eletrônicas, feitas de um polímero flexível e transparente. 
A coisa toda seria controlada através de um smartphone ou de um computador, e carregada por uma antena que, de acordo com o Google, usaria como fonte de energia as ondas eletromagnéticas que nos rodeiam o tempo todo - vindas da TV, do rádio e de celulares e de outros dispositivos.
Essa ideia de gadget autocarregável, aliás, não é novidade: a Nokia já tem um projeto de celular que funciona exatamente assim, "sugando" a energia do ambiente.   
Divulgação/ Google
Esquema de lente intraocular da Google
Esquema de lente intraocular da Google: a patente, o Google diz que as lentes vão substituir o cristalino, dentro do olho
Por enquanto, tudo não passa de uma patente, sem previsão de chegada a nós, reles mortais.
Mas, se o dispositivo for mesmo produzido um dia, quem quiser os olhos melhorados vai ter que passar por um processo cirúrgico: um médico removeria o cristalino (a lente natural do olho humano), colocaria o chip dentro dele e, por fim, enfiaria tudo de volta no seu olho, onde o chip funcionaria como o próprio cristalino - só que em versão melhoradíssima, com Wi-Fi, GPS, Bluetooth e câmeras de alta definição. 
O dispositivo corrigira problemas de visão, como catarata, miopia e presbiopia, mas sua utilidade poderia ir muito além disso: você poderia fotografar e filmar qualquer cena da sua vida, ver um mapa da cidade em tempo real, observar as estrelas sem precisar de um telescópio, interagir nas redes sociais ao mesmo tempo em que conversa com seus amigos na vida real e por aí vai - as possibilidades são muitas. 
Antes que os protótipos comecem a ser produzidos, porém, o Google tem uma série de problemas para resolver.
Para começar, ainda não se sabe se os sinais de Bluetooth, GPS e Wi-Fi fariam mal aos olhos.
Além disso, existe a possibilidade de hackers invadirem os chips - e aí, eles saberiam exatamente onde você está e quem você é, e teriam acesso a todos os seus dados.
Isso sem falar que qualquer pessoa ou empresa poderia implantar imagens falsas bem diante dos nossos olhos - tipo o que acontece em Matrix.
Preocupantes ou incríveis, os chips ainda vão demorar para chegar até a gente - se é que algum dia eles vão chegar. Empresas como o Google registram patentes o tempo todo, o que não significa os gadgets revolucionários realmente vão começar a ser produzidos de uma hora para a outra.
Por enquanto, continuamos no aguardo de uma tecnologia bombástica que realmente aumente a nossa realidade (Mark Zuckerberg, só falta você). 

Onde estão e qual o tamanho das maiores Bolsas do mundo?

s 60 maiores Bolsas de Valores do mundo valem, juntas, cerca de US$ 69 trilhões, segundo a World Federation of Exchanges. 
A maior delas é a NYSE, Bolsa de Nova York, que faz  parte de um seleto grupo de Bolsas trilionárias.
São apenas 16 Bolsas no mundo cujo valor de mercado total das empresas listadas supera US$ 1 trilhão.
Apesar de estar fora deste grupo, a brasileira BM&FBovespa lidera com folga entre os mercados da América do Sul.
Veja nos gráficos abaixo onde estão e qual o tamanho das maiores Bolsas de Valores do mundo.

Traficantes de pessoas geraram na Europa mais US$ 5 bilhões

Refugiados presos na Grécia observam navios, em Atenas, dia 11/03/2016
As redes de traficantes de pessoas na Europa geraram em 2014 entre US$5 e US$ 6 bilhões, o que transforma esta atividade em uma das mais lucrativas para a criminalidade organizada, revelaram nesta terça-feira as agências policiais Europol e Interpol.
Em um estudo conjunto divulgado hoje, as agências policiais destacam que a entrada à Europa de 90% de imigrantes e refugiados no ano passado esteve "predominantemente facilitada" por componentes de uma rede de delinquentes.
As grandes rotas de entrada clandestina na União Europeia (UE) oscilam em função de fatores como o controle das fronteiras, indica o comunicado divulgado pela Interpol.
O tráfico de pessoas é "um negócio multinacional" no qual estão envolvidos suspeitos de mais de cem países e seus organizadores se movimentam mediante redes que se caracterizam pela flexibilidade interna.
Nessas redes são identificados líderes que coordenam o tráfico através de uma determinada rota, assim como organizadores que administram a atividade localmente através de contatos pessoais e "facilitadores".
Segundo a Europol e Interpol, seus integrantes costumam estar relacionados com outras atividades criminosas.
E embora não se possa falar de um vínculo sistemático entre o tráfico de imigrantes e o terrorismo, "há um risco crescente" de que os chamados "combatentes estrangeiros" (jihadistas que foram lutar em palcos de conflito como a Síria e Iraque) se introduzam na Europa entre os fluxos de imigrantes.
As duas organizações avisaram igualmente do risco de exploração laboral e sexual aos quais estão submetidos os imigrantes para pagar a quantia exigida pelos traficantes.
O diretor da Europol, Rob Wainwright, comentou que este estudo conjunto põe em evidência "o enorme papel que têm as redes de criminalidade organizada na crise de imigração" e que a UE e seus países-membros devem lutar contra elas da forma mais contundente.
Para o secretário-geral de Interpol, Jürgen Stock, a crise migratória não pode ser abordada pela polícia ou pelos responsáveis políticos separadamente.
Stock destacou que, nesse contexto, esta análise deve servir para uma série de ações conjuntas na Europa e no mundo todo.

Credores da OAS podem ter participação de 24,4% na Invepar

Funcionário da OAS ajusta as barras de aço na construção de uma ponte sobre a baía de Guanabara, no Rio de Janeiro
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a aquisição, pelos credores da OAS, grupo de engenharia investigado pela Operação Lava Jato, da participação de 24,4% da empresa na Invepar.
A decisão está publicada no Diário Oficial da União (DOU).
A operação aprovada faz parte do plano de recuperação judicial proposto pelo Grupo OAS. O documento foi aprovado pela assembleia geral de credores e homologado por decisão judicial.
 Mais informações em instantes.

Nova presidente do BNDES ganhou fama de trator nos negócios

Sede do BNDES, no Rio de Janeiro
Primeira mulher a comandar uma das principais siderúrgicas brasileiras, a CSN, a economista Maria Silvia Bastos Marques, de 59 anos, será também a primeira mulher a presidir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Exigente, focada em resultados e com fama de "trator" no mundo dos negócios, a carreira de Maria Silvia oscilou entre os setores público e privado.
Embora subordinado ao Ministério do Planejamento, o BNDES pode ser considerado órgão de primeiro escalão no governo. Principalmente após a gestão de Luciano Coutinho à frente do banco.
Turbinado como uma das principais ferramentas das políticas anticíclicas para diminuir o impacto da crise de 2008 na economia, o BNDES tem hoje R$ 931 bilhões em ativos e desembolsou R$ 136 bilhões para empréstimos ano passado.
A chegada de Maria Silvia à presidência do BNDES sugere uma guinada da instituição de fomento para focar nas concessões ao setor privado na área de infraestrutura.
A executiva já foi assessora da Presidência do BNDES, onde trabalhou no programa de privatizações, em 1991 e 1992, durante o governo Fernando Collor.
Nos anos 1990, antes de ser o braço direito do empresário Benjamin Steinbruch na reestruturação da CSN, recém-privatizada na época, trabalhou com o embaixador Jório Dauster na renegociação da dívida externa brasileira, também no governo Collor. Logo depois, foi para o BNDES.
Em seguida, esteve à frente da secretaria municipal da Fazenda do Rio, no governo Cesar Maia.
Na época, ficou conhecida como "a mulher de 1 bilhão de dólares", por ter conseguido acumular essa cifra para os cofres da cidade em seus últimos meses no cargo.
A executiva já ocupou várias cadeiras em conselhos de administração de empresas nacionais e estrangeiras, como Petrobrás, Vale e Anglo American. Maria Silvia também foi presidente da Icatu Seguros, de 2007 a 2010.
Determinada, a executiva aceitou assumir o comando da CSN, em 1996, grávida de gêmeos. Um mês após o nascimento dos filhos, surpreendeu novamente ao abrir mão da licença maternidade para voltar aos negócios.
A última passagem pelo setor público foi na Empresa Olímpica Municipal (EOM), órgão da Prefeitura do Rio responsável por coordenar a construção das instalações olímpicas, que comandou entre 2011 e 2014.
A saída da executiva coincidiu com o momento mais conturbado da relação do Comitê Olímpico Internacional (COI) e com os organizadores dos Jogos do Rio.
Dez dias antes do desligamento de Maria Silvia, a Comissão de Coordenação do COI para os Jogos Olímpicos do Rio-2016 - grupo de inspetores responsável por acompanhar a preparação do Rio - visitou a capital fluminense e fez duras críticas ao andamento das obras.
Na época, a executiva alegou "motivos pessoais" para deixar o cargo. A Prefeitura divulgou nota informando que Maria Silvia optara pela saída porque pretendia retornar ao setor privado. Colaborou Marcio Dolzan.

Bolsonaro se torna "persona non grata" na Câmara de Campinas

O deputado Jair Bolsonaro
Câmara Municipal de Campinas tornou nesta segunda-feira, 16, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) 'persona non grata' em sua cidade natal.
Em entrevista ao jornal Correio Popular o parlamentar chamou os vereadores da cidade de 'otários' e 'desocupados'. Bolsonaro fez sua carreira política no Rio, mas nasceu e estudou parte de sua vida em Campinas, no interior de São Paulo.
"Diante de tamanha ofensa aos trabalhos desta Nobre Casa Legislativa, discordamos da clara tentativa de desqualificar o Poder Legislativo municipal e entendemos que o parlamentar passa a ser persona non grata em Campinas", informa o documento que será encaminhado ao deputado.
A moção de protesto do vereador Pedro Tourinho (PT) foi uma resposta ao posicionamento do deputado sobre os políticos locais.
As declarações foram dadas em entrevista ao jornal de Campinas Correio Popular, na edição do domingo de 1º de maio.
"Essa Câmara Municipal de vocês aí é fraca. Estou me lixando para esses vereadores que votaram isso. Eles não têm o que fazer, são uns desocupados… Esses vereadores são uns otários", disse ao jornal sobre uma moção aprovada no município, dia 25.
Bolsonaro partiu para o ataque após a Câmara de Campinas aprovar um documento de repúdio a homenagem que ele fez ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, durante seu voto pela abertura do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), na Camara dos Deputados.
Naquela sessão do dia 17 de abril, Bolsonaro invocou a 'memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff'.
"O coronel Ustra foi um herói nacional, ele lutou pela nossa democracia, pela nossa liberdade", reiterou na entrevista ao jornal. Ustra comandou o DOI-Codi, centro de torturas do antigo II Exército em São Paulo nos anos de chumbo, entre 1971 e 1974. Em 2012, a Justiça de São Paulo declarou oficialmente Ustra torturador. Ele morreu em 2015 aos 83 anos.
Um dia após a entrevista de Bolsonaro, na sessão do 2 de maio, o vereador Cid Ferreira (SD) criticou as declarações do deputado contra a Casa. "Além de deixar de ser homem, ele (Bolsonaro) deixou de ter caráter", declarou na tribuna nesta segunda, 16.
Ustra foi considerado oficialmente torturador pela Justiça de São Paulo, em 2012.
Defesa
O deputado Jair Bolsonaro foi procurado pela reportagem, mas ainda não se manifestou sobre a moção de protesto.

Potências se comprometem a apoiar maior cessar-fogo na Síria

Crianças brincam perto de ruínas e parede com buracos de tiros, na Síria, dia 19/03/2016
A cúpula internacional realizada nesta terça-feira sobre o conflito na Síria serviu para reunir apoios para ampliar o atual pacto de cessação de hostilidades em um cessar-fogo completo, anunciou o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry.
"Comprometemos nosso apoio para transformar a cessação das hostilidades em um cessar-fogo amplo", explicou Kerry em entrevista coletiva junto a seu colega russo, Sergei Lavrov, e ao enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura.
Kerry acrescentou que "todas as partes, Rússia, Irã, que apoiaram (presidente da Síria, Bashar) Al Assad, e países chaves na região que se opuseram a ele estão de acordo em um marco básico, uma Síria unida e não sectária capaz de escolher seu futuro através de um governo de transição".
O chefe da diplomacia americana advertiu ao término da reunião que as partes que não respeitem a cessação das hostilidades ficariam fora do acordo do cessar-fogo.
Kerry também destacou a necessidade de começar ou retomar o envio de ajuda humanitária, para o qual abriu a possibilidade de envios por via aérea às zonas de mais difícil acesso, algo que seria feito em colaboração com o Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU.
"Naqueles lugares onde não é possível chegar por terra tentaremos fazer por ar", explicou De Mistura por sua parte.
O responsável da ONU afirmou que esses envios seriam feitos por meios de operações conjuntas entre Estados Unidos e Rússia.
Kerry reconheceu que os avanços nos últimos meses são frágeis e estão ameaçados.
"Nenhum de nós pode estar remotamente satisfeito com a situação na Síria, é muito perturbadora", admitiu o secretário de Estado.

A Venezuela está à beira do colapso. Entenda

Homem segura a sua filha com fila de pessoas ao fundo em busca de comida
Venezuela entrou nessa semana numa nova e ainda mais tensa fase da sua crise. Depois de violentas manifestações de uma população que vem sofrendo com a escassez de itens e serviços essenciais, o governo do chavista Nicolás Maduro oficializou na segunda-feira a declaração do “Estado de Exceção e Emergência Econômica” pelos próximos 60 dias.
Na ocasião, o presidente venezuelano disse que a medida se fazia necessária para lutar contra o que chama de “golpe de estado orquestrado por potências estrangeiras” e que, segundo a agência EFE, teria contado com a participação de Álvaro Uribe, ex-presidente da Colômbia.
Essa declaração ainda precisa ser aprovada pelo parlamento do país, no qual a oposição é maioria, e considerada constitucional pelo Tribunal Supremo de Justiça. Se assim for, a norma dará a Maduro o poder de solicitar a intervenção das forças armadas e ordenar a obtenção de recursos financeiros sem que seja necessário o aval de outros poderes.
A expectativa, contudo, é que esse cenário não se confirme e que o cerco contra o presidente continue a se fechar. A avaliação da oposição é a de que esse Estado de Exceção seja uma tentativa de Maduro para obstruir a realização de um referendo revocatório que pode antecipar o fim do seu mandato.
Se a votação acontecer e Maduro for derrotado, novas eleições devem ser marcadas. Antes, contudo, o mundo observará com atenção os desdobramentos de uma manifestação convocada por essa oposição para dar força ao referendo nesta semana, mas que não foi aprovada pelo governo. Com o Estado de Exceção em vigor, a consequência dessa passeata é uma incógnita.
Enquanto essa crise política parece não ter fim, o país vive mergulhado no caos que também não dá sinais de que irá acabar tão cedo. Falta de tudo na Venezuela: do papel higiênico até a cevada para produção de cerveja, passando, é claro, pela comida na mesa da população. Em 2016, pela primeira vez em 20 anos, o país precisou aumentar o preço da gasolina.
O cenário é agravado ainda pela seca que impactou em cheio um sistema energético obsoleto e despreparado, forçando o governo a cortar a energia elétrica por quatro horas todos os dias. O serviço público agora funciona somente duas vezes na semana e Caracas vem se consolidando como uma das capitais mais violentas do planeta.

Crise

Eleito presidente da Venezuela em 2013 pelo Partido Socialista Unido da Venezuela, Nicolás Maduro vem enfrentando problemas estruturais que são resultado de uma série de fatores que vão desde a queda nos preços dos barris de petróleo até a corrupção.
A consequência dessa combinação desastrosa é um índice histórico de reprovação. De acordo com números da pesquisa Venebarômetro, divulgados pela AFP, 68% dos venezuelanos hoje reprovam o governo. Isso mostra que, em um possível referendo, o destino de Maduro poderá facilmente ser o de ex-presidente.
Em um artigo publicado neste mês pela Carnegie Endowment for International Peace, uma rede global de pesquisadores e analistas de política internacional, o economista venezuelano Moisés Naim fez o que chamou de “autopsia da Venezuela” e buscou avaliar os fatores que levaram o país, dono da maior reserva de petróleo do planeta, ao estado de colapso.
Nos últimos 17 anos, explica o analista, o país recebeu trilhões de dólares em receita do petróleo. Ou seja, dinheiro não era exatamente um problema. “É verdade que os preços do petróleo caíram – um risco que muitos anteciparam, mas que o governo não se preparou para lidar”, mas mesmo em 2014, quando o barril era cotado a 100 dólares, a população do país já enfrentava a escassez de itens essenciais.
Hoje, essa carência chegou a níveis alarmantes: as prateleiras dos armazéns estão vazias, a energia elétrica é cortada todos os dias, não há papel higiênico. Uma pesquisa recente da Reuters com 1.500 famílias mostra que 12% delas não conseguem fazer três refeições num dia. Mas o que explica essa falência do estado venezuelano? 
Um dos fatores citados por Naim como protagonistas nessa confusão que virou o país é a política de controle de preços. Antes essa medida era aplicada em alguns itens essenciais, como alimentos, com o objetivo de manter a inflação sob controle e mantê-los acessíveis aos mais pobres. Aos poucos, contudo, passou a ser aplicada em dezenas de outros produtos. 
“Quando os preços estão abaixo do custo de produção, fornecedores não conseguem manter as prateleiras estocadas”. A produção no país parou. E a saída encontrada por Maduro foi a de retomar as plantas e prender os empresários sob a justificativa de que estariam deliberadamente parando suas linhas de produção com o objetivo de “sabotar o país”.

Futuro incerto

O que acontecerá com a Venezuela ainda em 2016 é um mistério. Mas a expectativa é que a crise de cunho geral que o país vive se agrave ainda mais. Números do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostram que, até o fim do ano, o aumento nos preços seja de 700%. Dos 190 países monitorados pelo FMI, é a Venezuela aquele que deverá enfrentar a pior recessão.
Se Maduro está em apuros, o país está diante de um abismo difícil de ser contornado. 

Julgamento "Vatileaks2" é adiado após novas provas

Papa Francisco durante abertura do Ano Santo, na basília de São Pedro, Vaticano. 08/12/2015
 O julgamento do caso "Vatileaks2" voltou a ser adiado nesta terça-feira para o dia 24 de maio perante as novas provas apresentadas sobre o vazamento de documentos reservados aos dois jornalistas acusados.
O presidente do Tribunal Vaticano, o juiz Giuseppe Gadanha Torre, decidiu dar tempo aos advogados dos cinco acusados e ao promotor para que pudessem reorganizar a defesa e apresentar novas provas após as supreendentes revelações que surgiram na audiência de ontem.
Sobretudo porque as provas apresentadas por Gianluca Gauzzi, que se ocupou de analisar o computador e os dois telefones celulares do secretário da extinta Comissão Investigadora dos Organismos Econômicos e Administrativos da Santa Sé (COSEA), o espanhol Lúcio Vallejo Balda, não se encontravam no documento.
Gauzzi foi chamado a prestar depoimento como testemunha por parte do promotor vaticano ao ter se ocupado da "análise forense informática" dos telefones e do computador.
Desta perícia, foi possível reconstruir como funcionava o sistema informático criado pelo COSEA para salvaguardar seus documentos e pelo qual Corrado Lanino, o marido da também acusada e membro deste organismo, Francesca Chaouqui, cobrou 110 mil euros.
Mas sobretudo, do depoimento de Gauzzi surgiram provas que acusam diretamente Chaouqui e Emiliano Fittipaldi.
O processo, que deveria terminar no final de maio, será retomado no dia 24 deste mês e ainda falta escutar um dos gendarmes chamados depor e os dois peritos que se ocuparam das perícias informáticas a pedido dos advogados de defesa.

Zika preocupa, mas não para adiar as Olimpíada, diz OMS

Roupas dos voluntários para as Olimpíadas de 2016, dia 12/05/2016
A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, disse que embora a agência esteja cada vez mais preocupada com o vírus zika, não recomenda o cancelamento ou o adiamento dos Jogos Olímpicos no Rio, apesar de Brasil ser uma das nações mais afetadas.
"Quanto mais sabemos sobre o zika, mais estamos preocupados", disse Chan, a jornalistas em Genebra, acrescentando que ela vai ao Rio para os Jogos.
Chan observou que, embora o vírus já exista há décadas, é apenas agora que se demonstrou que provoca graves defeitos congênitos e problemas neurológicos em recém-nascidos.
A diretora reiterou a recomendação da agência de saúde da ONU de que as mulheres grávidas não devem viajar ao Brasil, que tem o maior número de casos de zika.
Ela disse que a OMS recomenda que atletas olímpicos e outros viajantes ao Rio tomem medidas para evitar que sejam picados por mosquitos que transmitem o vírus.
Ainda assim, disse que não vê razão para adiar os Jogos, que deverão atrair cerca de 500 mil pessoas ao Rio. "Não se trata de paralisar o movimento das pessoas em todo o mundo", disse Chan. "É tudo uma questão de avaliação e gestão de riscos".
Perguntada se estava de acordo com o chefe de comitê de emergência da OMS contra o zika, Bruce Aylward, que declarou que o Rio vai realizar uma Olimpíada "fantástica", Chan disse que sim. "Eu vou ir (ao Rio)", afirmou.
Em fevereiro, a OMS declarou o zika uma emergência global de saúde e o vírus se espalhou por quase 60 países. A agência está monitorando constantemente sua evolução e pode mudar suas recomendações aos viajantes, dependendo de como o vírus progredir.
Alguns especialistas chegaram a defender o adiamento da Olimpíada, marcado para o período entre 5 e 21 de agosto, e disseram que os Jogos poderiam desencadear novos surtos de zika em outros países e acelerar a propagação global do vírus.
Chan afirmou que os atletas olímpicos estão recebendo o conselho de médicos de suas equipes. Alguns países estão tomando medidas, como uso de roupa protetora, de redes de proteção contra mosquitos nas janelas para "minimizar o risco", disse.

Nova carnificina deixa 43 mortos em Bagdá

Explosão de carro bomba em distrito xiita no Iraque, dia 17/05/2016
Novos atentados deixaram ao menos 43 mortos e mais de 100 feridos nesta terça-feira em Bagdá, atingida, pela segunda vez em uma semana, por ataques sangrentos atribuídos ao grupo Estado Islâmico (EI).
Mais de 145 pessoas, em sua maioria civis, foram mortas desde quarta-feira passada em ataques em locais públicos de bairros xiitas da capital iraquiana.
Esses atentados demonstram que as autoridades falharam em implementar medidas de segurança eficazes em Bagdá, apesar da ajuda da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, que treina as forças iraquianas na luta contra o EI.
O ataque mais mortal, um atentado suicida com carro-bomba, atingiu o bairro predominantemente xiita de Sadr City, no norte de Bagdá, matando 21 pessoas, segundo fontes médicas e da segurança.
Outro atingiu o bairro Shaab, no norte de Bagdá, matando pelo menos 19 pessoas.
O porta-voz do ministério do Interior, Saad Maan, informou que o ataque foi perpetrado por uma mulher-bomba.
Mas o EI reivindicou o ataque, dizendo que foi cometido por um homem identificado como Abu Khattab al-Iraqi, que lançou granadas antes de detonar o seu cinto de explosivos.
Os ataques suicidas cometidos por mulheres são raros no Iraque, especialmente nos últimos anos. Em um dos mais mortais, duas mulheres iraquianas com deficiência mental mataram uma centena de pessoas em um mercado de Bagdá, em 2008.
Falhas de segurança
Um terceiro ataque cometido nesta terça-feira com um carro-bomba matou pelo menos três pessoas no distrito de Rashid, ao sul da capital, de acordo com as autoridades. Nenhum grupo reivindicou este último ataque.
Em 11 de maio, pelo menos 94 pessoas foram mortas em três atentados com carros-bomba em Bagdá, incluindo um em Sadr City, no dia mais mortífero na capital iraquiana este ano.
Este aumento da violência ocorre num momento em que o EI tem retrocedido no Iraque, onde assumiu o controle de grandes partes do território em 2014.
Desde então, as forças iraquianas apoiadas pelos ataques da coalizão internacional recuperaram o controle de várias cidades, incluindo Ramadi e Tikrit, respectivamente ao norte e a oeste de Bagdá.
Mas os jihadistas seguem controlando importantes fortalezas, incluindo Mossul, a segunda maior cidade do país, e continuam sendo capazes de atacar Bagdá e outras partes do país.
Milhares de membros das forças de segurança iraquianas foram treinados e formados pela coalizão para lutar contra o EI, mas as falhas de segurança continuam sendo muito graves.
Detectores de explosivos, adquiridos pelas autoridades por vários milhões de dólares na década de 2000, continuam sendo amplamente utilizados ​​no país, apesar de não funcionarem.
O homem que os vendeu foi condenado por fraude a dez anos de prisão em 2013 em Londres.
Muitos também questionam a eficácia das barreiras policiais e militares nos arredores da capital, que provocam enormes engarrafamentos. A verificação dos documentos de identidade e a revista de veículos são feitos de maneira superficial.

Produção industrial cresce 0,7% em abril nos EUA

Indústria
A produção industrial nos Estados Unidos subiu mais do que o previsto em abril, segundo dados publicados nessa terça-feira pelo Federal Reserve (Fed).
Em dados corrigidos, a produção aumentou 0,7% em abril, após ter retrocedido 0,9% em março (dado revisado em baixa).
Os analistas previam um aumento de 0,2%.
Mais informações em breve

A razão de gostar de comida gordurosa está no seu nariz

Comida - doce - chantily - nariz
Um estudo publicado na revista Scientific Reports por pesquisadores brasileiros descreve a existência, na cavidade nasal, de um subgrupo de neurônios olfatórios capaz de expressar um receptor celular especializado no transporte de moléculas lipídicas.
Conhecido como CD36, esse receptor de membrana costuma estar altamente expresso no tecido adiposo, onde atua no metabolismo de lipídeos.
Também tem papel muito conhecido no sistema imune, participando do processo de fagocitose de moléculas potencialmente danosas por macrófagos.
Na língua, a presença de CD36 foi associada em estudos anteriores à preferência de mamíferos pela ingestão de alimentos gordurosos.
Pesquisas feitas com moscas do gênero Drosophila identificaram a existência de um gene homólogo ao CD36, conhecido como SNMP.
Nos insetos, essa proteína participa da sinalização feita na antena pelo feromônio cVA (11-cis-Vaccenyl acetate), que medeia respostas de acasalamento e de agressividade entre indivíduos da mesma espécie.
“A existência do receptor CD36 em neurônios sensoriais do nariz é algo novo e parece indicar que há uma detecção olfatória de lipídeos em mamíferos. É possível que, assim como na língua, isso tenha relação com a preferência por alimentos gordurosos”, disse Isaias Glezer, professor do Departamento de Bioquímica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
“Outra possibilidade é esse receptor estar relacionado com a percepção de cheiros de indivíduos da mesma espécie e com interação social, pois há evidências que existem alguns feromônios lipídicos”, explicou o coordenador da pesquisa “Estudo da regeneração celular pós-lesão no sistema nervoso e avaliação da contribuição e dos aspectos funcionais de genes ligados à resposta imune inata”, apoiada pela Fapesp.
A descoberta foi feita por meio do estudo da mucosa nasal de camundongos, com a colaboração de Bettina Malnic, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP), de Fabio Papes, do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp), e com suporte do Centro de Pesquisa em Processos Redox em Biomedicina (Redoxoma), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID), financiado pela Fapesp.
O grupo pretende agora confirmar se também em humanos o receptor de moléculas lipídicas está presente no epitélio olfatório.
Segundo Glezer, o objetivo inicial da investigação era entender qual papel desempenham em neurônios algumas moléculas associadas à resposta imune inata, entre elas a proteína CD36.
“Tentamos um lance de sorte: verificar se no epitélio olfatório havia expressão desse receptor. Para nossa surpresa, ele estava altamente expresso em alguns grupos de neurônios espalhados pela cavidade nasal, mas não em todos. Esse era um campo totalmente inexplorado”, disse.
Na tentativa de desvendar a função desses neurônios olfatórios que expressam CD36, foram feitos experimentos com dois grupos de camundongos: um composto por animais “selvagens” (sem alteração genética) e outro por roedores da mesma linhagem que não expressam o receptor de moléculas lipídicas.
Em cada um dos grupos, foi avaliado o tempo que os animais passavam explorando um pedaço de papel embebido apenas com uma solução salina em comparação com o tempo dedicado a explorar um papel odorizado com uma mistura de ácidos graxos.
Os pesquisadores então observaram que os animais selvagens (com CD36) passavam muito mais tempo explorando o papel que continha a mistura lipídica do que o papel com a solução salina. Já no grupo sem CD36 essa diferença de tempo não foi significativa.
“Claro que isso isoladamente não prova que o receptor CD36 nesses neurônios sensoriais seja responsável pela detecção olfatória de lipídeos e pela preferência por esse tipo de odor quase imperceptível, mas é uma forte evidência nesse sentido. Além disso, mostramos que o receptor é encontrado na porção do neurônio responsável pela detecção de odorantes – os chamados cílios olfatórios. Mas para revisores de periódicos científicos ainda faltavam mais evidências”, avaliou Glezer.
Subpopulação neuronal
Glezer e seus colaboradores então decidiram investigar se a expressão de CD36 no epitélio olfatório estaria relacionada com a expressão de algum outro receptor olfatório.
Segundo o pesquisador, existe um repertório de aproximadamente mil diferentes genes que codificam receptores olfatórios em camundongos. Cada um dos neurônios olfatórios expressa somente um desses genes.
“Avaliamos os neurônios que expressavam os receptores olfatórios mais abundantes no tecido e em nenhum deles encontramos correlação com CD36. Pedimos então ajuda para um grupo do Reino Unido que estava estudando o perfil de expressão gênica de neurônios olfatórios um a um, com uma técnica de sequenciamento de RNA de célula única. Solicitamos que eles avaliassem se havia algum neurônio expressando CD36”, contou Glezer.
Graças à colaboração com o grupo liderado por Darren Logan, do Wellcome Trust Sanger Institute, no Reino Unido, o aluno de doutorado e primeiro autor do artigo, André Machado Xavier, conseguiu mostrar uma correlação entre a expressão de CD36 e a de um gene que codifica um receptor olfatório conhecido como OLFR287.
“Isso nos permite afirmar que de fato há uma subpopulação de neurônios que expressa CD36 e OLFR287 concomitantemente. Não é algo ao acaso e, portanto, deve ter uma função que necessita ser melhor estudada”, disse o pesquisador.
Um dos projetos futuros do grupo é esmiuçar o funcionamento do receptor OLFR287, para descobrir, por exemplo, como ele é ativado e o que acontece com ele na ausência de CD36.
“No contexto do Redoxoma, estamos estudando os camundongos que não expressam CD36 para avaliar possíveis alterações associadas à constituição e à oxidação lipídica no epitélio olfatório desses animais”, contou Glezer.

O artigo CD36 is expressed in a defined subpopulation of neurons in the olfactory epithelium (doi:10.1038/srep25507), de André Machado Xavier e outros, pode ser lido em www.nature.com/srep/2016/160505/srep25507/full/srep25507.html

Anel vaginal contra Aids é nova esperança para mulheres

Estudantes se manifestam por conscientização sobre HIV e Aids com as caras pintadas, na India, dia 15/05/2016
Em uma nova tentativa de vencer a batalha contra a Aids, um anel vaginal que ajuda a prevenir a transmissão do vírus pode se tranformar na esperança de milhões de mulheres que vivem sob alto risco de contágio, especialmente nos países mais pobres.
O anel, que libera pouco a pouco um fármaco anti-retroviral, foi apresentado nesta terça-feira pela Associação Internacional para os Microbicidas (IPM, em inglês), um entidade sem fins lucrativos que participa da conferência internacional Womem Deliver.
"Embora muitos falem que o fim da epidemia está perto, a batalha ainda não terminou. As mulheres seguem se infectando a níveis muito altos na África Subsaariana", explicou à Agência Efe a diretora-executiva da IPM, Zeda Rosenberg, que precisou que seis de cada dez afetados desta região são mulheres.
Este anel de silicone, que é colocado na vagina e deve ser substituído a cada quatro semanas, pretende ajudar a atalhar a epidemia na região, onde as mulheres de entre 15 e 24 anos têm o dobro de possibilidades de contrair HIV do que os homens.
Com este novo método, similar ao anel vaginal anticoncepcional, as mulheres podem controlar sua saúde sem necessidade de negociar com seu parceiro - algo que deve fazer na maioria de países em vias de desenvolvimento- e inclusive evitar o contágio em caso de estupro.
Após realizar vários experimentos na África Subsaariana para demonstrar sua efetividade, o anel está agora sob um novo estudo -cujos resultados serão revelados a partir de julho- como passo prévio a conseguir a aprovação regulatória que permita sua comercialização.
"O seguinte passo é que as mulheres que necessitam tenham o anel vaginal em suas mãos. Se tudo ocorrer perfeitamente, podemos tê-lo no mercado no final de 2018. Nosso objetivo é que o preço esteja abaixo dos US$ 5 por unidade", explicou Rosenberg.
Ativistas e especialistas que participam nestes dias do encontro Women Deliver para traçar novas estratégias que permitam melhorar a saúde de meninas e mulheres receberam com entusiasmo este avanço científico que pode marcar um antes e um depois na luta contra a Aids, especialmente, no continente africano.
"O mais importante é que o anel pode ser usado sem o consentimento do homem e que as mulheres terão a opção de escolher por elas mesmas", disse à Agência Efe a ativista de direitos humanos sul-africana Yvette Raphael.
Um dos principais desafios, explica, é trabalhar lado a lado com as comunidades locais, explicar as vantagens do novo fármaco e conseguir sua aceitação porque, sem ela, poucas jovens se atreverão a usá-lo.
Por isso, a IPM trabalha com ativistas como Raphael no terreno para apresentar o anel vaginal como uma opção a mais para se proteger contra o HIV, lembrando que não deve ser um substituto, mas um reforço a outros métodos como os preservativos.
Desde 2012, a IPM realizou diferentes estudos nos quais participaram mais de 2.600 mulheres de entre 18 e 45 anos com alto risco de contágio na África do Sul, Uganda, Zimbábue e Malawi e que provaram que este método permitiu reduzir os contágios até 56% em mulheres maiores de 21 anos.
Além dos desafios científicos, o grande desafio para desenvolver este anel vaginal foi o financiamento, já que cada vez é mais difícil conseguir aliados -especialmente quando se tenta métodos de prevenção- perante o grande número de pesquisas que ocorrem atualmente.
No entanto, o projeto conta com o apoio de algumas grandes companhias e de governos como o da Dinamarca.
"Infelizmente a pesquisa tem cada vez menos interesse para os doadores. Por isso decidimos investir no anel vaginal, porque queremos fazer tudo o que for possível para tentar conter a epidemia da Aids", afirmou a principal assessora de saúde no Ministério dinamarquês de Relações Exteriores, Sanne Helt

Como o orégano pode frear o aquecimento global

Vaca
Se tudo acaba em pizza, porque não o aquecimento global? O mesmo orégano que dá o gostinho especial para o prato italiano pode ser a solução para um dos maiores vilões do efeito estufa - o arroto das vacas.
Bois e vacas emitem gás metano, que retém 25 vezes mais calor do que o CO2 e dura mais tempo na atmosfera. 
O metano (CH4) é produzido por microrganismos que vivem no sistema digestivo dos animais ruminantes.
Os gases produzidos por seres humanos e outros animais também contém metano, mas o gado é praticamente uma máquina de emissão do gás.
O orégano possui óleos essenciais que contém carvacrol, um antibiótico leve. Cientistas dinamarqueses estão testando o efeito do tempero para diminuir a quantidade de microrganismos que atuam produzindo metano no sistema digestivo das vacas, deixando só o essencial para que elas consigam fazer a digestão de forma saudável. 
Com isso, os pesquisadores esperam diminuir bastante o impacto da criação de gado sobre o aquecimento global. Hoje em dia, 10% das emissões de gases estufa vêm desses animais.
A Dinamarca está determinada a combater esse vilão menos conhecido do aumento das temperaturas - e considera, inclusive, criar um imposto sobre a carne bovina nos supermercados.
O estudo deve durar até 2019 e vai testar os efeitos de adicionar o orégano grego, mais rico nos óleos antibacterianos, à dieta dos animais. A meta é diminuir os arrotos metanogênicos em 25%.
Existem outras soluções sendo estudadas para reduzir a emissão de metano do gado. Mas a maioria envolve adicionar substâncias químicas à ração das vacas, o que é proibido para os produtores orgânicos.
Como um terço dos dinamarqueses só bebe leite orgânico, os pesquisadores esperam encontrar um solução mais natural com o orégano - e garantem que o leite não sai com gosto de tempero.

EUA e Europa estão por trás de "golpe" no Brasil, diz Maduro

Dilma Rousseff durante encontro com Nicolás Maduro, Presidente da Venezuela
 O presidente da VenezuelaNicolás Maduro, disse nesta terça-feira, 17, em entrevista à imprensa local e internacional transmitida pela rede de TV Telesur, que o afastamento da presidente Dilma Rousseff é um "golpe de Estado no Brasil".
Para o líder venezuelano, a "campanha midiática e política" contra seu governo fazem parte de um mesmo plano imperialista capitaneado pelos Estados Unidos e "pelos núcleos de capital que governam a União Europeia".
"Como elites colonizadoras, eles têm complexo de superioridade. É a geopolítica do império de reconquista da América Latina e do Caribe. Onde eles não podem governar, dividem, criam o caos. Conseguiram a suspensão da presidente Dilma Rousseff de maneira injusta e desproporcional. Os elementos de que a acusaram não se sustentam. Nós estamos observando e denunciando essa campanha, que tem vários epicentros, e um deles é Madri, as oligarquias da Espanha", afirmou.
A imprensa brasileira no Rio foi convidada a acompanhar a entrevista, dada em Caracas, no consulado venezuelano na cidade.
Na semana passada, Maduro declarou estado de emergência no país para fazer frente a um suposto golpe de Estado que ele alega que estaria sendo planejado no exterior.
Também na semana passada, diante do impeachment de Dilma e da crítica do Ministério das Relações Exteriores - já sob a gestão de José Serra - a seu posicionamento sobre o afastamento da presidente brasileira, Maduro pediu ao embaixador do país no Brasil, Alberto Castellar, que regressasse a Caracas.

Facebook lança novos formatos para anúncios em vídeo

Sinal de curtir do Facebook
Facebook anunciou hoje (16) que está expandido seu suporte para vídeo.Anúncios irão aparecer a partir de agora nos formatos in-stream (pre-roll, mid-roll e post-roll) e in-articles (começando com o Instant Articles).
O pre-roll exibe o anúncio antes de o vídeo começar, semelhante ao existente no YouTube, enquanto mid-roll e post-roll exibem no intervalo e após a visualização, respectivamente.
Os anúncios de vídeo in-article serão exibidos entre os parágrafos do texto e rodarão automaticamente quando ao menos metade dos pixels estiver visível. Por enquanto, os ads in-article estarão disponíveis somente no Instant Articles.
Os primeiros parceiros a testarem os novos formatos foram USA Today, Sport Media Group e Daily Mail.
Esta será a primeira vez que o Audience Network exibirá os ads no desktop. O objetivo, segundo o Facebook, é permitir que os anunciantes alcancem as pessoas em todos os devices.
Maiores detalhes sobre como criar anúncios nos novos formatos estão disponíveis na página oficial do Facebook (acesse aqui)

Cruz Vermelha capacita voluntários para combater Aedes

Funcionário municipal espalha inseticida contra Aedes aegypti em Afogados, Recife. Fevereiro de 2016
Cruz Vermelha Brasileira realiza nesta semana uma capacitação para padronizar o trabalho de combate ao Aedes aegypti feito por voluntários em todas a filiais do país.
Cerca de 40 representantes de filiais estaduais e municipais da entidade estarão até sábado  (21) na sede do órgão, no centro do Rio de Janeiro.
Os voluntários serão instruídos sobre questões epidemiológicas, visitas domiciliares, eliminação de focos e maneiras de orientar a população a manter vigilância constante contra a proliferação do mosquito.
Quando voltarem a suas unidades de origem, eles atuarão como multiplicadores passando adiante as orientações.
Coordenadora do projeto Zika da Cruz Vermelha Brasileira, Rosana Ribeiro esclareceu que o projeto está pronto para ser implementado há mais tempo, mas dependia de recursos que vieram por meio de doações de outros países à Cruz Vermelha Internacional.
"As ações estavam sendo feitas pelas filiais isoladamente. Já temos um trabalho com ações contra o mosquito, mas estamos padronizando as filiais para trabalhar no projeto específico", acrescentou a coordenadora.
Um dos focos do trabalho é orientar a população e retornar às casas para conferir se o combate continua sendo feito.
"Não vamos trabalhar com fumacê. Vamos eliminar sujeira, acúmulo de lixo nos quintais e nas ruas. E focar em grupos específicos, como gestantes, crianças".
A Cruz Vermelha também montou um gabinete de crise para monitorar o trabalho realizado pelas filiais, que têm entre 80 e 100 voluntários cada uma. Durante os jogos olímpicos e paralímpicos, o planejamento é fazer a distribuição de material informativo nos locais de competição.

El Salvador descarta romper relações com o Brasil

Bandeiras do Brasil e de El Salvador
O presidente de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén, afirmou nesta terça-feira que seu governo "não pensou" em romper relações com o Brasil, após o afastamento da presidente Dilma Rousseff da Presidência.
"El Salvador não pensou, nem vai pensar imediatamente em romper as relações com o Brasil, porque sabemos as relações que existem entre El Salvador e Brasil e a cooperação", assegurou Sánchez Cerén em uma coletiva de imprensa.
Há três dias, o presidente salvadorenho disse em ato público que não reconheceria o governo interino de Michel Temer ao considerar que o afastanebti de Dilma era uma "manipulação política".
Nesta ocasião, disse que havia conversado com a embaixadora salvadorenha no Brasil, Diana Marcela Vanegas, a quem foi instruída não participar de nenhum ato oficial.
Nesta terça, Sánchez Cerén declarou que Vanegas chegará a El Salvador para "apresentar um relatório de como está a situação" no Brasil.
"Ela irá nos apresentar um relatório porque queremos dá-la um monitoramento contínuo da situação no Brasil, não significando que essa medida é uma retirada de nossa embaixadora", explicou.
Na segunda-feira, o Brasil encorajou que El Salvador reconsiderasse seu rechaço ao governo interino de Temer, uma vez que recordou os acordos econômicos que a nação da América Central havia se beneficiado.
Nesse sentido, o presidente salvadorenho disse que "respeita" a postura do Brasil e reconheceu o feito de que ambas nações têm relações "de amizade e cooperação".
"Somos dois povos que temos relações históricas e, portanto, estes intercâmbios que estão ocorrendo não tem nenhum propósito de romper as relações com o Brasil", insistiu.

Google provocou redução na receita, diz executiva da Oracle

Oracle
Clientes mais antigos reduziram dramaticamente o pagamento de licenciamento por uso de produtos da Oracle após o Google roubar seu software para entrar no mercado de smartphones, disse a copresidente-executiva Safra Catz a jurados nesta terça-feira.
Em julgamento no tribunal federal de San Francisco, a Oracle alegou que o sistema operacional para smartphones Android violou direitos autorais em partes da plataforma de desenvolvimento Java.
O Google, unidade da Alphabet, disse que pode usar o Java sem pagar taxa sob a lei de direitos autorais. A Oracle comprou a Sun em 2010 e processou o Google após as negociações sobre uso do Java terem falhado.
O júri chegou a um impasse em 2012. Se o atual júri decidir contra o Google, isso pode levar a um pedido de 9 bilhões de dólares em indenizações.
No tribunal nesta terça-feira, Catz disse que a decisão do Google de distribuir o Android gratuitamente para fabricantes como a Samsung reduziu a tradicional receita de licenciamento que as fabricantes pagavam pelo Java. "Isso teve um impacto muito negativo", disse Catz.

Lego lança versão dos mascotes das Olimpíadas do Rio

Lego dos mascotes olímpicos Tom e Vinicius
 Agora os mascotes Tom e Vinicius, dos jogos Paralímpicos e Olímpicos 2016, têm as suas versões oficiais em Lego.
É a primeira vez na história que a marca cria o boneco de um mascote olímpico.
Também é a primeira vez que o mercado brasileiro ganha um Lego exclusivamente seu.  
A criação foi feita em parceria com o Comitê Rio 2016.
A caixa com os dois mascotes será vendida em edição limitada nas lojas oficiais das Olimpíadas, nas lojas da Lego e em outros sites de e-commerce, como Ri Happy e PB Kids. 
O preço sugerido é de 129,99 reais.

Falta de peças faz Fiat interromper produção em MG

Fábrica da Fiat em Pernambuco
 A fábrica da Fiat em Betim, Minas Gerais, está com sua produção suspensa por tempo indeterminado.
A paralisação, que começou na segunda-feira, 16, ocorre porque as fabricantes de autopeças Tower e Mardel, da multinacional Keiper, interromperam na última quinta-feira o fornecimento de componentes e estruturas metálicas soldadas.
Com isso, os 18 mil trabalhadores da Fiat em Betim ficarão em casa. A montadora esclareceu, no entanto, que eles serão remunerados normalmente, como se estivessem trabalhando.
Segundo a empresa, a paralisação também afeta diretamente a produção de dezenas de outros fornecedores, deixando mais de 50 mil trabalhadores sem atividade na região. A fábrica em Betim é a maior da Fiat no mundo.
A decisão da Keiper surpreendeu a Fiat e foi vista pela montadora como uma "medida extrema". "A Fiat entende que a decisão não é uma atitude construtiva, principalmente neste momento de crise econômica pelo qual passa o País", disse a empresa em nota.
A montadora tem tentado negociar a retomada do fornecimento com a Keiper e não descarta entrar na Justiça.
Volkswagen
Volkswagen também tem enfrentado problemas com a Keiper.
Ontem, as três fábricas da montadora no Brasil tiveram a produção paralisada em razão da falta de bancos e cerca de 10 mil funcionários ficaram sem trabalhar.
Para retomar a produção, a Volkswagen obteve liminar, na noite de segunda, que obriga a Keiper a voltar a fornecer o produto em até 24 horas. O não cumprimento da medida resultará em multa diária de R$ 500 mil.
A Keiper foi procurada pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado) para comentar as situações da Fiat e da Volkswagen, mas não houve resposta até o momento.

Renan marca votação de meta fiscal para a próxima semana

Renan Calheiros durante sessão do Senado
O presidente do SenadoRenan Calheiros (PMDB-AL), anunciou hoje (17) que a sessão do Congresso Nacional que deverá votar vetos presidenciais e a nova meta fiscal para este ano ocorrerá na próxima semana, na terça-feira (24) ou quarta-feira (25).
A sessão conjunta da Câmara e do Senado era esperada para esta semana, mas Renan disse que não adiantaria votar uma nova meta antes que o novo governo tivesse oportunidade de concluir a apuração dos números da economia.
Ainda de acordo com ele, o ministro do Planejamento, Romero Jucá, irá ao Senado na próxima quinta-feira (19), para conversar com os senadores sobre a previsão de déficit. “O governo está fechando as contas e a prudência recomenda esperar”, disse o presidente do Congresso.
Antes da votação da nova meta fiscal, os deputados e senadores terão que avaliar 22 vetos presidenciais que estão pendentes. A alteração da meta será necessária porque uma parte considerável da receita prevista para este ano no Orçamento Geral da União não se confirmará.
Para esta semana, Renan Calheiros espera votar a Proposta de Emenda à Constituição da Desvinculação das Receitas de Estados e Municípios. A matéria já foi aprovada em primeiro turno no Senado e aguarda a última votação para seguir para a Câmara dos Deputados.

Efeito Temer na economia é paliativo, dizem empresários

Michel Temer (PMDB) O governo provisório de Michel Temer traz uma mudança positiva que pode aliviar a crise econômica. É o que dizem quatro empresários de diferentes setores. Mas eles ressalvam que o efeito dessa mudança será, provavelmente, paliativo. E afirmam que as chances de uma transformação mais profunda na economia brasileira no curto prazo são pequenas.Os quatro expressaram suas opiniões sobre o atual momento político e econômico no debate "Experiência de quem percebeu, na adversidade, oportunidade para crescimento" no evento Hospitalar Feira e Fórum, em São Paulo, nesta terça-feira (17). O debate foi mediado pelo diretor de redação de EXAME, André Lahoz.
Em comum, os empresários acreditam que dificilmente será traçado, em tão pouco tempo, um projeto de país que coloque o Brasil nos eixos – e que, segundo eles, é essencial para que haja um crescimento consistente da economia. Veja o que eles disseram no debate:
Jorge Moll, dono da rede de hospitais D’Or São Luiz e um dos bilionários mais discretos do país, é o mais otimista dos quatro participantes do debate. Ele acredita que o Brasil está vivendo um momento “ímpar de correções”, com oportunidade para levar a cabo reformas importantes, como a da Previdência e a tributária.
“Eu sempre cresci na crise. É na crise que se cresce. Se o governo conseguir passar as reformas, rapidamente o Brasil retoma o crescimento”, afirmou.
Moll admitiu que o momento de crise é pior para as pequenas empresas, que vêm sofrendo bastante. Mas ele afirma que a situação atual abre espaço para empresas mais consolidadas fazerem bons negócios, como a compra de imóveis.
Randal Zanetti, um dos sócios-fundadores da Odontoprev e presidente do grupo Bradesco Seguros, compartilha esse otimismo, afirmando que “o mundo inteiro está desesperado para o Brasil dar certo”.
“Olhando só para os fundamentos econômicos, atingimos o fundo do poço. Portanto, a tendência é de melhora. Os investidores querem trazer recursos para cá. O vento está voltando a soprar.”
Ele ressaltou, no entanto, que, em relação às reformas necessárias, Temer representa um “Band-Aid”, um paliativo. “A questão fundamental é endereçar os problemas estruturais, o que provavelmente só vai ser feito por um governo legitimado nas urnas”, afirmou.
Em relação ao setor de saúde, ele ressaltou as oportunidades e desafios: “O setor tem oportunidades impressionantes para quem quer empreender. Os problemas estruturais que precisam ser solucionados requerem um novo modelo, com inovações disruptivas”.
Walfrido dos Mares Guia, um dos fundadores da rede Pitágoras, que se expandiu para formar a gigante de educação Kroton, justifica a falta de otimismo pela própria experiência política. Ele foi ministro do Turismo no governo Lula.
“Eu participei das tentativas de fazer reforma tributária na época do governo FHC. Ele tinha 400 deputados na base, e mesmo assim o projeto não foi aprovado. No início do governo Lula, o presidente foi ao Congresso, onde também havia 400 deputados na base aliada, junto com 27 governadores e todos os ministros. O texto passou pela Câmara, foi fatiado no Senado e até hoje não andou”, contou o empresário.
“Eu sou otimista. Acredito que a situação vá melhorar. Mas, do jeito que o Congresso está organizado, é muito difícil o Brasil sair, daqui a dois anos, com um projeto de país e as reformas feitas. Nisso eu não acredito”, completou.
Alexandre Accioly, fundador da Accioly Fitness Participações (que opera duas redes de academias de ginástica, Bodytech e Fórmula), prevê turbulência nos próximos meses.
“Nós estávamos com um país totalmente paralisado. Se ocorrerem melhoras, por enquanto, serão paliativas para a situação do país”, afirmou. Ele lembrou que a operação Lava Jato pode se estender, aprofundando as incertezas sobre o país por mais tempo.
Além disso, ressaltou que, nesta vez, o processo de impeachment foi diferente do de Collor: “não podemos esquecer que, no outro lado do Jaburu, está o Planalto. E a vitória da abertura do processo no Senado foi apertada. Se eles conseguirem mais votos, podem reverter essa decisão daqui a quatro, cinco ou seis meses – e voltamos para o antigo governo”.
“Estou com o freio de mão totalmente puxado para investimentos”, disse. “As circunstâncias mudaram. Mas todo o ambiente continua o mesmo”.

Arquivo do blog