domingo, 29 de maio de 2016

IBGE comemora 80 anos de fundação neste domingo

Trabalhador do Censo, do IBGE
Para quem fez a carreira junto com a evolução do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), poder compartilhar a comemoração dos 80 anos do órgão, hoje (29), além da satisfação profissional, é fazer o que gosta e ter a certeza de que o resultado de seu trabalho é fundamental para o país.
Cimar Azeredo Pereira começou a carreira como coletor de informações. Com o passar do tempo ocupou várias funções e atualmente é gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, responsável por uma das mais importantes pesquisas do instituto, a PNAD Contínua, que, entre outras informações, mostra a evolução do mercado de trabalho, com os níveis de emprego.
“Em plena crise, é nossa responsabilidade colocar à disposição da sociedade um retrato do mercado de trabalho, que sofre reflexo desse cenário econômico que vemos hoje. O produto tem que retratar a realidade. Essa é a grande missão do IBGE, retratar a realidade”, afirmou.
Os pesquisadores também têm seus momentos do dia a dia como consumidores, clientes e usuários e é assim que acabam verificando, na vida pessoal, o que os dados analisados na vida profissional estão indicando, especialmente com relação à inflação.
“Se você percebeu que a batata está aumentando no supermercado que você compra, fica querendo ver como vai ser nos números das pesquisas e, quando vai olhar, verifica que subiu mesmo. Isso é perceber e mostrar a realidade”, disse Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE, que, entre outros indicadores, é responsável pelo cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mostra o patamar da inflação.
A coordenadora, que começou no instituto como estagiária e já passou por vários momentos diferentes da economia brasileira, lembrou que nos períodos em que o país enfrentou a hiperinflação, muitos fatores influenciavam a elevação dos índices.
“Naquela época, quando saída o aumento do salário-mínimo todo mundo aumentava, aumentou a gasolina todo mundo aumentava. Depois, quando a economia se tornou mais estável, a linha de se trabalhar com as informações se tornou mais fina. Na hiperinflação, ela era autoexplicativa. Com a economia estabilizada, por exemplo, o arroz está aumentando por uma questão de safra”, disse.
Eulina também coordena o Sistema de Índices da Construção Civil, no qual os preços coletados para a elaboração dos indicadores, que servem de parâmetros para licitações de obras públicas.
Mudanças no Brasil
Nesses 80 anos, as pesquisas do IBGE se espalharam com o resultado do trabalho nas unidades das capitais de todos os estados brasileiros e nas 584 agências distribuídas pelo país.
O Brasil ficou sabendo que a população passou de 42 milhões para 205 milhões de pessoas, que as famílias não se restringem mais a um casal formado por um homem, uma mulher e filhos, que a expectativa de vida dos brasileiros aumentou, que o país é cada vez mais urbano, que houve avanços na educação, mas que, apesar disso, ainda há muitos jovens fora da escola.
As pesquisas apontaram também que as mulheres que trabalham ainda recebem cerca de 70% do rendimento dos homens, como também pretos e pardos em diversos indicadores sociais não chegam ao patamar do que tinham os brancos há dez anos. As informações são públicas e estão disponíveis no site do IBGE.
“A robustez que o IBGE tem, com o número de pesquisas e de informações publicada, e com a credibilidade que ao longo do tempo eles vem conquistando, é muitíssimo importante o cidadão poder fazer as suas escolhas, não só na hora de votar, mas para entender o que está acontecendo com a economia”, afirmou a professora de economia do Instituto Coppead de Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppead/UFRJ), Margarida Gutierrez. “É muito importante esse trabalho que o IBGE desenvolve no sentido de manter a sua independência”, disse.
Para a professora de economia do programa de MBA da Fundação Getulio Vargas (FGV), Virene Roxo Matesco, parte das informações necessárias para o cidadão brasileiro, foi conhecida por meio dos censos demográficos do IBGE e são usadas para decisões importantes.
“Os responsáveis pela elaboração das políticas públicas deste país precisam conhecer o país para tomar decisões corretas, então,quando o IBGE divulga uma pesquisa, está fornecendo para a sociedade informações valiosíssimas para o processo decisório”, ressaltou Virene.
O economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Fábio Bentes, disse que, para avaliar o desempenho do setor, não pode ficar sem os dados produzidos pelo IBGE. “Nos dados do comércio, não há uma pesquisa nacional sobre o faturamento do comércio com a abrangência da pesquisa do IBGE, com a clareza de metodologia que o IBGE utiliza”, disse, acrescentando que o trabalho do instituto retrata o Brasil.
“Todo mundo lembra que, no banco da escola, a gente estudava geografia, e todos os dados e fotos vinham do IBGE, instituto responsável por apresentar o Brasil para a gente. É ele que tira o melhor retrato do Brasil, para  entendermos um pouco melhor o país que a gente vive”, completou.
Dificuldades
Como outros órgãos públicos, o IBGE também enfrentou períodos de falta de recursos e isso refletiu nas pesquisas, que tiveram, em alguns casos, a interrupção da série histórica. Cimar Azeredo revelou que a maior dificuldade foi na década de 80, quando entrou para a instituição.
Segundo ele, até para o pagamento de salários dos servidores não havia dinheiro. Além disso, ele apontou a diminuição de recursos em alguns períodos, o que afeta a coleta de dados. “A gente precisa financiar as passagens e as diárias dos servidores que vão a campo coletar as informações, e quando estamos em momentos de crise e falta de recursos, esses são os motivos que mais atrapalham nosso trabalho”, disse.
De acordo com Azevedo, a Pesquisa de Orçamento Familiar sofre com a falta de pessoal para ser colocado em campo. “Este é um problema que temos hoje. Uma pesquisa de extrema importância fica aguardando a entrada de novos servidores para entrarem em campo”.
Outro fator que influencia na realização de pesquisas, segundo Azeredo, são as greves por melhores salários e condições de trabalho. Com a paralisação dos servidores, em alguns casos não é possível fazer a coleta de dados.
“O petróleo está lá e pode extrair depois, a aula pode ser dada depois, uma pesquisa como a PNAD, não pode coletar depois. Se perdermos a coleta no período certo, perde-se o retrato daquele momento”, afirmou.
“O IBGE depende de verbas federais. Se ele tivesse maior disponibilidade de verbas tenho a absoluta convicção de que poderia fazer muito mais”, disse a economista Virene Roxo Matesco. “Essas rupturas são lamentáveis, mas é a nossa realidade.”
“Em momentos difíceis em que o IBGE tem problemas de orçamento e é obrigado adiar pesquisas, mesmo quando eles fazem isso, eles adiam a pesquisa, mas não abrem mão da qualidade dos dados que levantam. Para mim é um instituto de referência”, disse o economista Fábio Bentes.
Atualização
Enquanto desenvolviam as suas carreiras no IBGE, os coordenadores Cimar Azeredo e Eulina Nunes também assistiram a modernização dos métodos de levantamento das informações, incluindo a proximidade de organismos internacionais como a OIT e a ONU.
“Esse processo de atualização metodológica do IBGE é que o coloca hoje como referência no mundo. Até a China veio aqui para saber como era feito o censo brasileiro e hoje é um país agradecido por ter recebido apoio na introdução da coleta eletrônica. Foi um trabalho difícil para chegar onde a gente chegou”, disse Azeredo.
A introdução da informática e a utilização de novos equipamentos também permitiu ampliar a coleta de dados e fazer o trabalho de forma mais rápida.
“Antes disso, os questionários eram em papel. Eles eram digitados em um processo mais lento e trabalhoso. Envolvia um maior número de pessoas e maior risco de erro. Com a aceleração do uso da informática ficou bem mais fácil. Hoje, apesar do IBGE manter os questionários como um plano B, a coleta é toda feita em equipamentos. Os dados entram direito on line. Isso é evidente na área dos índices”, lembrou Eulina Nunes.
Justamente quando completa 80 anos, o IBGE está à frente das discussões sobre produção e divulgação de estatísticas oficiais. A presidente atual do órgão, Wasmália Bivar, foi a primeira mulher latino-americana eleita para presidir a Comissão de Estatísticas da ONU.
“É um reconhecimento internacional que muito nos honra. Mas ainda temos muito a conquistar, num mundo em que a demanda por informações estatísticas e espaciais, com qualidade, confiabilidade e rapidez, é crescente”, disse, à Agência Brasil.
Segundo Wasmália, o órgão busca sempre acompanhar as necessidades da produção de dados estatísticos no mundo. “O IBGE está constantemente se reposicionando diante dos desafios contemporâneos e, atualmente, um dos grandes projetos que nos movem é o processo, em nível internacional e nacional, de formulação dos indicadores de monitoramento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), eixo central da Agenda 2030 para os países das Nações Unidas” afirmou.

Contas do governo federal podem voltar ao azul só em 2022

Notas de real; reais; dinheiro
Se o teto para o crescimento dos gastos públicos proposto pelo governo Michel Temer for aprovado pelo Congresso Nacional, as contas públicas só devem começar a registrar superávit no último ano de mandato do próximo presidente da República.
E, mesmo com a implementação daquele que pode ser o maior arrocho nas despesas da história do País, o superávit primário (a economia para pagamento dos juros da dívida pública) de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) previsto para 2022 não será suficiente para estabilizar a trajetória da dívida sem um aumento de impostos.
Projeções feitas pelo especialista em finanças públicas Rodrigo Orair, do Ipea, apontam que os gastos do governo podem cair quatro pontos porcentuais em dez anos, passando de 19,8% do PIB este ano para 15,8% em 2026.
As simulações, que usam como parâmetro a média de estimativas dos analistas do mercado financeiro para crescimento da economia e inflação, sugerem que somente em 2026 o superávit primário chegaria a um patamar mais confortável, de 2,2% do PIB. As previsões usadas foram as do boletim Focus, do Banco Central.
"O teto de gastos não é suficiente para conter o endividamento e o aumento da carga tributária será inevitável, mais cedo ou mais tarde. A grande questão é como fazer", diz Orair.
Ele avalia que a proposta apresentada pela equipe do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de limitar o crescimento dos gastos à inflação do ano anterior, é bastante "ousada", mas de difícil implementação, principalmente pela pressão demográfica com o envelhecimento da população. Ele lembra que o envelhecimento dos brasileiros leva hoje a uma expansão anual de 2% do estoque de beneficiários da Previdência.
Pelas projeções do pesquisador do Ipea, para conseguir implementar o teto de gastos da forma como foi anunciada, com crescimento real zero, o governo terá necessariamente de mudar a vinculação atual dos benefícios da Previdência ao salário mínimo, além da regra de correção anual.
Ainda assim as despesas com o pagamento da Previdência vão continuar crescendo mais que a inflação. Isso, na prática, significa que os outros gastos do governo terão de crescer abaixo da inflação para o teto funcionar, promovendo um "arrocho" muito forte em todo o restante de despesas do Orçamento, como investimentos, educação, saúde, cultura, pessoal e ciência e tecnologia.
"Seria uma redução do tamanho do Estado sem precedentes e insustentável politicamente. O governo não tem como impedir o envelhecimento da população", ressalta.
Para mostrar o tamanho do ajuste, o especialista destaca que, no segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, as despesas tiveram crescimento real anual, em média, de 3,9% do PIB. Com Lula, o patamar de crescimento das despesas ficou em 5,2% no primeiros quatro anos e de 4,9% no segundo mandato. Já no primeiro governo da presidente afastada Dilma Rousseff, a expansão chegou a 4,2%.
Para conseguir estabilizar o crescimento do endividamento, o pesquisador do Ipea ressalta que será preciso reduzir a taxa implícita de juros da dívida, que mesmo nos períodos de bonança, quase sempre superou o patamar de 15% para níveis abaixo de 10% já em dois ou três anos. Tarefa de difícil execução. Mesmo assim, a estabilização só ocorreria em 2021. Até então, o País teria de conviver com um crescente endividamento.
Nova Constituição. Na avaliação do economista-chefe da corretora Tullett Prebon, Fernando Montero, a proposta do teto de gasto, se aprovada, representa, do ponto de vista fiscal, quase uma outra Constituição.
"É muito forte. Uma Constituição que manda gastar cada vez mais passaria a ter uma proibição de gastar mais", diz. Ele ressalta que a diferença entre a proposta de limite de gastos feita pelo ex-ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e a de Meirelles é que a primeira não diz se o limite aumentaria, manteria ou diminuiria as despesas reais.
Para ele, o mérito do projeto de Barbosa era detalhar os passos a seguir, caso houvesse risco de furar o limite. "Na proposta de Meirelles, adequar a limitação de gastos reais congelados envolve muitas mudanças, algumas constitucionais", diz.

GetNet, do Santander, ganha mercado entre grandes varejistas

Fachada de agência do Santander
A credenciadora GetNet, empresa do banco Santander que captura e processa pagamentos com cartões de débito e crédito, ganhou espaço em um mercado dominado por Cielo e Rede.
A estratégia do negócio é ter preço competitivo e agregar serviços bancários à máquina de cartões. A GetNet conseguiu ampliar sua participação de mercado no setor de 8% para 9% entre o ano passado e o fim de março - com isso, conseguiu se aproximar do cumprimento de uma antiga meta: deter 10% do setor no País.
Em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o presidente da GetNet, Pedro Coutinho, disse que não é só o preço baixo que explica a expansão da companhia.
Segundo ele, a GetNet se consolidou na terceira posição - atrás da Rede (do Itaú) e da Cielo (parceria entre Bradesco e Banco do Brasil) - por ter entrado nas concorrências de grandes clientes, com a vantagem de oferecer aos lojistas serviços bancários agregados à máquina.
Entre as novas contas que a GetNet ganhou recentemente estão Walmart, Estapar, Zara, Cencosud, Pague Menos e Magazine Luiza. Enquanto isso, a Cielo admitiu que perdeu clientela no primeiro trimestre, em meio ao acirramento da concorrência.
A GetNet cresceu mais do que as líderes de mercado no primeiro trimestre - é preciso lembrar, porém, que sua base é bem menor do que a das rivais. O volume financeiro movimentado pela GetNet chegou a R$ 22,8 bilhões, alta de 24% em relação ao mesmo período do ano passado.
A Cielo capturou R$ 139,5 bilhões em transações de cartões de crédito e débito, com expansão de 10,2% em um ano. A Rede ampliou seu volume em 1,95%, para R$ 92,9 bilhões, na mesma comparação.
A participação da GetNet deve crescer mais, na opinião do presidente da empresa, à medida que o segmento se torne totalmente aberto, colocando um ponto final nas reservas de mercado - o que deve acontecer até o início de 2017. "Isso dará uma cara nova para o segmento em termos de competitividade", avalia Coutinho.
O mercado de credenciamento se abriu para concorrentes em 2010. No entanto, algumas bandeiras de cartões como Hiper (do Itaú), Elo (de Bradesco, BB e Caixa) e Amex permaneceram fechadas.
Como regulador, o Banco Central passou a exigir não só a abertura dessas bandeiras, mas também que houvesse a adoção do modelo denominado "full adquirência" - o que permitirá que todas as empresas possam processar e liquidar operações, etapas hoje restritas à Cielo e à Rede.
A GetNet, segundo Coutinho, já está capturando todas as bandeiras em seus quase 400 mil clientes. Desde o ano passado, passou a registrar as operações de Hiper, Elo e Amex e, há cerca de dois meses, passou a aceitar também Alelo e Ticket.
Desempenho. Sobre o desempenho do mercado de cartões, o presidente da GetNet acredita que o setor pode voltar a crescer dois dígitos no ano que vem, caso as medidas de ajuste fiscal e econômico do governo interino sejam tomadas até o fim de 2016. Neste ano, porém, deve avançar menos de 10%.
Quanto a aquisições, Coutinho admite que o Santander olhou a Elavon, mas que optou por não seguir adiante com o negócio, como também fizeram Bradesco e BB. No fim, o ativo foi levado pela Stone Pagamentos, que teria desembolsado R$ 1 e assumido cerca de R$ 300 milhões em patrimônio líquido negativo. "Não fez sentido para nós. O custo-benefício de uma integração não valeria a pena", justifica o executivo.
O Santander comprou o controle da GetNet, pela qual desembolsou mais de R$ 1 bilhão, há pouco mais de dois anos. Desde 2010, porém, já atuava com a empresa gaúcha na captura e processamento de transações com cartões.

Multinacionais investem em fábricas de alimentos para pets

Ração para cachorro da Nestlé Purina
Apesar da expectativa de retração de 5% para o mercado pet no Brasil no País em 2016, duas gigantes multinacionais estão apostando alto em novas linhas de produção de comida para animais domésticos, mercado que movimenta quase R$ 13 bilhões ao ano no País.
Nestlé Purina - braço da suíça Nestlé - vai investir R$ 500 milhões nos próximos quatro anos, valor que incluirá uma nova fábrica. Já a americana Mars aplicará R$ 250 milhões até 2018. O valor considera uma nova unidade industrial de R$ 160 milhões, que está sendo construída em Ponta Grossa (PR).
O que motiva a corrida dessas empresas mesmo no cenário de crise é o potencial do mercado pet no Brasil, que cresceu acima de 10% ao ano, ao longo das últimas duas décadas. Segundo dados do Ibope, porém, menos de 40% dos donos de animais domésticos alimentam seus animais com produtos processados. A ideia das grandes companhias do setor é fazer este porcentual crescer.
Apesar desse espaço que ainda pode ser explorado, o Brasil tem grande importância para os setor: o País é o segundo maior consumidor de produtos para pets depois dos Estados Unidos. O segmento como um todo movimenta cerca de R$ 18 bilhões ao ano.
Segundo Sandro Cimatti, diretor da consultoria em marcas CVA, as multinacionais têm um domínio relativamente baixo do mercado. "Atualmente, há 29 marcas de ração que atuam em nível nacional", diz o consultor. Somadas, as duas líderes - Mars e Nestlé - somam 36,8% do mercado. Hoje, segundo apurou o Estado, a Mars fatura cerca de R$ 1,2 bilhão em sua unidade de alimentos para animais, enquanto a receita da Nestlé estaria em R$ 600 milhões.
Lançamentos. Segundo o diretor-presidente da Nestlé Purina, Anderson Duarte, uma das armas que a multinacional usará em 2016 será o relançamento da marca Bonzo, que ficou fora de circulação por 15 anos. A Bonzo será posicionada como marca de "entrada", com preços mais baixos. "O momento (da economia) pede ações mais competitivas", explica Duarte.
A Mars também está ampliando seu escopo de marcas. No começou do ano, iniciou a produção da Eukanuba no Brasil - linha que pertencia à Procter & Gamble e foi comprada globalmente, há dois anos, pela americana. A Mars é dona das líderes em alimentos para cães e gatos no País, segundo a consultoria CVA: Pedigree e Whiskas, respectivamente.
Empresas de menor porte também estão em fase de expansão. A espanhola Guabi, por exemplo, vai investir R$ 64 milhões para ampliar sua atual fábrica. Uma das estratégias da companhia é brigar com a Purina, da Nestlé, que tem forte presença em supermercados. "Acho que há espaço para ração com valor agregado em supermercados, algo que os concorrentes não ofertam ainda no Brasil", diz o presidente da Guabi, Eduardo Aron.

Paes é criticado após aderir a campanha contra estupro

Eduardo Paes (PMDB), prefeito do Rio de Janeiro
O prefeito do RioEduardo Paes, aderiu à campanha "Eu luto pelo fim da cultura do estupro" e adicionou o selo à sua foto de perfil no Facebook, mas acabou sendo alvo de uma enxurrada de críticas devido a seu apoio a Pedro Paulo (PMDB) como futuro candidato à Prefeitura.
Atual secretário-executivo de Coordenação de Governo, Pedro Paulo admitiu já ter agredido a ex-mulher, Alexandra Marcondes Teixeira.
"Não tô te entendo. Primeiro, fala que 'as brigas são um problema do Pedro Paulo' (o famoso 'em briga de marido e mulher, não se mete a colher') e agora quer pagar de empático com as mulheres vítimas do estupro? 'Luta' seletiva? Vai pagar de bom moço em outro lugar, vai", protestou uma usuária.
"Luta como exatamente? Pois comece retirando seu apoio à candidatura do Pedro Paulo. Senão, sua 'luta' não tem a menor credibilidade, sr. prefeito", escreveu outra.
Em novembro de 2015, após a imprensa ter revelado os registros da polícia sobre as ocorrências, Pedro Paulo confessou ter agredido Alexandra duas vezes, entre 2008 e 2010. "Quem nunca teve uma briga dentro de casa? Quem não tem um momento de descontrole?", disse no ano passado.
Braço direito de Eduardo Paes e provável candidato a sucessor do prefeito no cargo, Pedro Paulo passou a ter sua futura candidatura questionada quando a história veio à tona. Paes, no entanto, defendeu o aliado. "Aspectos da vida dele, das brigas, do casamento, são um problema dele", afirmou o prefeito, também em novembro do ano passado.
Hoje mais cedo, o prefeito falou sobre o caso do estupro coletivo durante a inauguração do Novo Joá, elevado construído para ligar a zona Sul do Rio à Barra da Tijuca. Paes destacou a atuação da prefeitura, por meio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, com a criação de centros de atendimento e abrigo para mulheres em situação de risco.
"É importante não só o trabalho da polícia de apuração, mas a gente cada vez mais ampliar esses serviços", disse o prefeito.

Operação no Rio busca suspeitos de estupro coletivo

Delegados que cuidam do caso de estupro coletivo no Rio de Janeiro
Cerca de 70 policiais militares realizam uma operação na comunidade São José Operário, na zona oeste do Rio de Janeiro, para buscar suspeitos de terem participado do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos.
Os PMs detiveram uma pessoa que foi encontrada com drogas ilícitas. O caso será encaminhado à delegacia local.
Segundo a Polícia Militar, policiais de sete batalhões participam da ação. O Batalhão de Ação com Cães também auxilia nas buscas. A operação conta ainda com o suporte de um helicóptero e de veículos blindados.
A polícia afirma não ter encontrado resistência de criminosos ao entrar na comunidade, mas, em uma parte mais alta do morro, houve um "breve confronto". De acordo com os militares, ninguém se feriu.
A nota enviada à imprensa pela Polícia Militar destaca ainda que a operação busca reprimir outros crimes: "identificar os criminosos que praticaram o estupro coletivo contra uma menor de 16 anos, dar maior sensação de segurança a população, prevenção e repressão os crimes de roubo de veículos, Roubo de Cargas, Roubo de Rua e o Tráfico de Drogas".
Na noite de ontem (27), a Polícia Civil ouviu depoimentos de pessoas investigadas no caso e também da vítima. Mais informações sobre as investigações devem ser divulgadas pela assessoria de imprensa do órgão ao longo do dia

Advogada de vítima de estupro pede saída de delegado do caso

O delegado Alessandro Thiers, que cuida de caso de estupro coletivo no Rio de Janeiro
A advogada da jovem de 16 anos que foi vítima de um estupro coletivo na zona oeste do Rio vai pedir o afastamento do delegado Alessandro Thiers das investigações.
Segundo a advogada Eloísa Samy Santiago, o titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) teria conduzido o interrogatório de forma inadequada. "Ele perguntou à vítima se ela tinha por hábito participar de sexo em grupo", contou ao Estado.
A jovem prestou um segundo depoimento à polícia ontem à noite. Após meia hora de relato, começou a chorar e a se dizer envergonhada, o que levou a polícia a interromper os trabalhos. Segundo a advogada, o episódio foi antes da pergunta em questão.
Além de Thiers, participaram do interrogatório a delegada Cristiana Bento, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítima (DCAV), e um inspetor de polícia da DRCI, que é psicólogo, de acordo com a advogada. Cristiana e o inspetor tiveram um comportamento exemplar, ao contrário de Thiers, disse Eloísa.
A advogada afirmou que está tentando contato com a Promotoria da Infância e da Juventude e não descarta outros meios de representar contra o delegado. "O depoimento teria sido muito mais produtivo sem ele", disse. Procurada, a Polícia Civil ainda não se manifestou sobre o caso.
No primeiro depoimento, ainda na madrugada de quinta (26), a adolescente contou que foi visitar o namorado no sábado (21) no morro da Barão, na Praça Seca, zona oeste carioca, e só se lembra de ter acordado no dia seguinte, "dopada e nua", em uma casa desconhecida e cercada pelos agressores. Só soube na terça-feira (24) que um vídeo com imagens suas após o estupro circulava nas redes sociais e em sites de relacionamento.
Foi a divulgação do vídeo que despertou a atenção das autoridades e que levou à distribuição do caso para a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).
Ontem à tarde, os delegados Alessandro Thiers e Cristiana Bento concederam entrevista coletiva à imprensa ao lado do chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso.
Durante a entrevista, o caso chegou a ser tratado pelos delegados como "suposto estupro", e Thiers declarou que a polícia havia diversas linhas de investigação, inclusive para verificar "se houve ou não estupro". O chefe de Polícia esclareceu depois que a polícia trabalha com indícios.
"Há indícios veementes de que houve estupro, mas não podemos afirmar ainda se houve ou não, ou de que forma houve. Não podemos nos basear no ‘ouvi dizer’. Só o exame de corpo de delito vai apontar se houve estupro ou não. O laudo pode trazer uma certeza ou uma dúvida. Pode demandar outra diligência para sanar uma dúvida que surge no próprio laudo", disse Veloso.
Apesar de, até ontem, quatro suspeitos terem sido identificados, a polícia não pediu a prisão de nenhum deles. Na noite desta sexta (27), o secretário estadual de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, justificou que faltava um "detalhe jurídico".

Moro diz que prisão não basta para combater corrupção

O juiz Sérgio Moro chega a um encontro com empresários em Curitiba

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela investigação da Operação Lava Jato, disse hoje (28) que a prisão de investigados não basta para combater a corrupção no país.
De acordo com o juiz, também é necessário recuperar os valores desviados pelos criminosos, por meio de acordos de cooperação internacional ou de delação premiada. Moro participou nesta manhã de uma conferência sobre combate à corrupção em João Pessoa.
Moro destacou a importância dos acordos de cooperação internacional, principalmente com a Suíça, para repatriar ao Brasil recursos desviados da Petrobras para contas secretas no exterior.
O juiz citou o caso de Pedro Barusco, ex-gerente da estatal e um dos delatores do esquema de corrupção, que tinha cerca de U$S 100 milhões depositados fora do país e devolveu a quantia após assinar um acordo de delação.
Segundo o magistrado, somente a pena de prisão não é suficiente para combater os desvios na Petrobras.
"Hoje em dia, isso não é suficiente, também é necessário a recuperação do produto do crime. Não basta a punição, a sanção corporal, a pena privativa de liberdade. É necessário fazer com que o crime não compense financeiramente. Isso significa a necessidade de retirar do criminoso o produto de sua atividade."
O juiz também ressaltou que a cooperação internacional nas investigações da Lava Jato é fundamental para a corroborar os depoimentos de delação premiada, que não podem ser usados unicamente como acusação no processo penal contra os investigados.
"Se os países não cooperam, simplesmente não se tem a prova do crime, e não se tem a possibilidade de recuperar esses ativos. É certo que parte do caminho do dinheiro foi descoberto através da colaboração de alguns desses indivíduos, que resolveram colaborar com a Justiça, mas, como se sabe, mesmo quando se tem essa colaboração, é sempre necessária ter a prova dessa colaboração, e essa prova às vezes é baseada nessa prova documental dos registros bancários", explicou.
De acordo com levantamento da Procuradoria-Geral da República (PGR), foram repatriados para o Brasil até o momento R$ 2,9 bilhões por meio de acordos de colaboração.

Aumentar idade de aposentadoria não é única opção na Rússia

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante reunião em Moscou, dia 03/02/2016
O sistema previdenciário da Rússia enfrenta um crescente déficit que deve ser resolvido, mas aumentar a idade de aposentadoria não é a única opção, disse conselheiro econômico do presidente Vladimir Putin, Andrei Belousov, neste sábado.
Políticas alternativas tais como aumentar tarifas ou pagamentos sociais "são bastante duras", disse ele em um programa de televisão quando questionado se a idade de aposentadoria teria que ser maior. 
Putin disse no fim do ano passado que a idade mínima de aposentadoria teria que ser maior em algum momento, mas que esse momento ainda não havia chegado. 
Mulheres russas podem receber pensão a partir dos 55 anos, enquanto homens podem solicitá-la a partir de 60 anos.
O Kremlin tem tratado cuidadosamente dessa sensível questão, mas apoiadores de uma idade mais avançada para os benefícios argumentam que a medida é essencial, porque a força de trabalho do país está encolhendo.  "É claro que não é inevitável, mas as alternativas são bastante duras”, disse Belousov.
"As alternativas são aumentar tarifas, pagamentos sociais”, disse ele. "Hoje, nosso fundo de pensão não está equilibrado, ele tem um déficit de cerca de 2 trilhões de rublos (30,4 bilhões de dólares) e a tendência é crescer. Algo precisa ser feito".
A questão tem se tornado mais urgente recentemente, à medida que a economia da Rússia tem caído em recessão e o orçamento tem registrado déficit. Aumentar a idade de aposentadoria ajudaria a conter esse déficit.
Belousov também disse na entrevista, transmitida neste sábado, haver um consenso de que não é possível para a Rússia alcançar um crescimento anual de mais de 1-2 % no futuro próximo com seu atual modelo econômico

10 crianças e adulto são feridos por raio em parque em Paris

Raio cai em cidade
Dez crianças e um adulto ficaram feridos por um raio na tarde deste sábado em um parque na capital francesa, indicou o vice-prefeito Vincent Baladi.
"Há atualmente onze feridos, infelizmente dez crianças e um adulto que as acompanhava", disse Baladi ao canal iTELE.
"Há seis (crianças) em estado de emergência absoluta, mas esperamos que todas sobrevivam", disse ele, acrescentando que os feridos sofreram queimaduras.
De acordo com as primeiras informações disponíveis, as crianças não foram atingidas por uma árvore que caiu no mesmo local, indicou à AFP um porta-voz dos bombeiros de Paris.
O acidente ocorreu no Parque Monceau, no noroeste de Paris.
Uma violenta tempestade atingiu a capital no meio da tarde. O serviço de meteorologia havia colocado várias regiões francesas em alerta neste sábado, mas Paris não figurava na lista de áreas em risco de episódios de tempestade violenta.
"Um raio atingiu muito de repente", disse Baladi, indicando que o Parc Monceau é frequentado nos fins de semana por muitas famílias.

Polícia apreende objetos na casa onde teria ocorrido estupro

Crime sexual; abuso sexua; estupro
Roupas e material usado na endolação de drogas foram apreendidos pela Polícia Civil do Rio na operação que localizou, na tarde de sexta-feira, a casa onde teria ocorrido o estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos, no sábado passado (dia 21), na zona oeste do Rio.
Fotos divulgadas pela assessoria de imprensa da Polícia Civil mostram uma cama e uma televisão.
A operação na favela São José Operário, conhecido como morro da Barão, na Praça Seca, zona oeste do Rio, foi feita por policiais civis da 28ª Delegacia de Polícia (Campinho).
As investigações do caso estão a cargo da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), porque imagens do crime em vídeo circularam pela internet e redes sociais.
Segundo a Polícia Civil, foi feita a perícia na casa. Também na sexta-feira, os policiais da DRCI, com o apoio da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), colheram o depoimento da vítima e de outras três pessoas.
Pelo menos três outras pessoas serão ouvidas e um suspeito, localizado em nova operação realizada neste sábado, foi conduzido para a DRCI.
Em nota, a Polícia Civil frisou que "a investigação continua em andamento". Na noite de sexta-feira, o delegado Alessandro Thiers, titular da DRCI, já havia destacado que a polícia ainda não tinha chegado a uma conclusão sobre como os fatos se desenvolveram.
"Vamos escutar todas as versões e vamos procurar todas as outras provas, para depois tirar nossas conclusões", disse Thiers.

Ataques de tubarões podem aumentar em 2016

Tubarão
Com a chegada do verão nos Estados Unidos, um especialista prevê aumento nos ataques de tubarões em todo o mundo neste ano, superando o número recorde do ano passado.
"Devemos ter mais mordidas de tubarão que no ano passado", afirmou George Burgess, diretor do Arquivo Internacional de Ataques de Tubarão da Universidade da Flórida, em entrevista pouco antes do fim de semana em que é comemorado o Memorial Day nos Estados Unidos, feriado que marca o início oficial das férias de verão norte-americanas.
Em 2015, foram registrados 98 ataques de tubarões, com seis fatalidades, de acordo com Burgess.
Por que o aumento? Pois a população de tubarões está crescendo e se recuperando lentamente dos números baixos históricos registrados na década de 1990. A população humana também cresceu e o aumento nos termômetros encoraja mais as pessoas a nadarem nas praias, explicou Burgess.
Ainda assim, a universidade observa que os ataques fatais de tubarões, embora sejam inegavelmente trágicos, são tão pouco frequentes que os banhistas enfrentam maior risco sendo mortos em buracos de areia na praia.

Cármen Lúcia diz que caso de estupro coletivo é inadmissível

Ministra Cármen Lucia, do STF
A vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, divulgou uma nota de repúdio ao caso de estupro coletivo sofrido por uma adolescente de 16 anos no Rio de Janeiro.
No texto, a magistrada afirma que a violência contra a mulher é "inadmissível, inaceitável e insuportável" e diz que o crime depõe contra a civilização e a humanidade.
"O gravíssimo delito praticado contra essa menor - mulher e, nessa condição, sujeita a todos os tipos de violência em nossa sociedade - repugna qualquer ideia de civilização ou mesmo de humanidade. É inadmissível, inaceitável e insuportável ter de conviver sequer com a ideia de violência contra a mulher em nível tão assustadoramente hediondo e degradante", escreveu a ministra.
O texto foi divulgado neste sábado, 28, em redes sociais, por assessores da ministra. No comunicado, ela afirma que, em crimes como este, todas as mulheres são vítimas.
"Não pergunto o nome da vítima: é cada uma e todas nós mulheres e até mesmo os homens civilizados, que se põem contra a barbárie deste crime, escancarado feito cancro de perversidade e horror a todo o mundo".
Para Cármen Lúcia, o crime contra a jovem atinge a todas as mulheres, sendo necessário que as autoridades trabalharem para que outros casos como este não se repitam.
"Não é a vítima que é apenas violentada. É cada ser humano capaz de ver o outro e no outro a sua própria identidade. A nós mulheres não cabe perguntar quem é a vítima: é cada uma e todas nós".
No comunicado a ministra se põe no lugar da vítima da violência no Rio e cobra uma resposta das autoridades. "Nosso corpo como flagelo, nossa alma como lixo. É o que pensam e praticam os criminosos que haverão de ser devida e rapidamente responsabilizados", diz a nota.
Não é a primeira vez que Cármen Lúcia assume postura a favor das mulheres. Coordenadora nacional da campanha Justiça pela paz em casa, encampada pelo Poder Judiciário, a ministra levanta a bandeira feminista desde que assumiu o cargo no STF.
Em 2007, ela foi a primeira mulher a usar calças na Corte. O traje, proibido às frequentadoras do plenário do STF, foi liberado em 2000, mas, até então, nenhuma ministra havia rompido com o protocolo.
Na época, o ato simbólico da ministra foi interpretado como a quebra de uma tradição considerada machista. (Gustavo Aguiar)
Confira a nota de Cármen Lúcia na integra:
"O gravíssimo delito praticado contra essa menor - mulher e, nessa condição, sujeita a todos os tipos de violência em nossa sociedade - repugna qualquer ideia de civilização ou mesmo de humanidade.
É inadmissível, inaceitável e insuportável ter de conviver sequer com a ideia de violência contra a mulher em nível tão assustadoramente hediondo e degradante. Não é a vítima que é apenas violentada. É cada ser humano capaz de ver o outro e no outro a sua própria identidade.
A luta contra tal crueldade é intensa, permanente, cabendo a cada um de nós - mais ainda juízes - atuar para dar cobro e resposta à sociedade contra tal chaga da sociedade.
O que ocorreu não é apenas uma injustiça a se corrigir; é uma violência a se responsabilizar e a se prevenir para que outras não aconteçam.
Repito: a nós mulheres não cabe perguntar quem é a vítima: é cada uma e todas nós. Nosso corpo como flagelo, nossa alma como lixo. É o que pensam e praticam os criminosos que haverão de ser devida e rapidamente responsabilizados.
Ministra Cármen Lúcia - STF"

Empresa internacional fará busca por caixa preta da Egyptair

Egyptair, avião caiu no Mar Mediterrâneo
O Ministério da Aviação Civil egípcio assinou  acordo de entendimento com a empresa internacional Deep Ocean Search (DOS) para fazer a busca pelas caixas negras do avião da Egyptair, que caiu na semana passada no Mediterrâneo.
Em comunicado publicado no site daquele ministério, o Governo egípcio considera que o acordo foi assinado com "uma das melhores empresas neste domínio" e que essa empresa, sediada nas Maurícias, vai usar "a mais avançada tecnologia de leitura de sinais".
A nota acrescenta  que o comite de investigação começou a estudar informações recebidas pelas autoridades gregas sobre o acidente.
Nenhum grupo terrorista reivindicou, até agora, a responsabilidade pela queda do avião o Airbus A-320, que desapareceu do radar no espaço aéreo egípcio e perdeu altitude, caindo no mar.
As causas da queda do avião estão sendo apuradas. As autoridades egípcias  defendem a possibilidade de atentado terrorista e as autoridades francesas  lembram que, até agora, nada aponta para essa versão, depositando-se  esperanças nas caixas negras do avião para resolver o mistério.
Um total de 66 pessoas, incluindo passageiros e tripulantes, morreu na queda do avião na madrugada de 19 de maio no Mar Mediterrâneo, a sua maioria egípcios mas também 15 franceses e um português.

Unesco vê destruição cultural por radicais islâmicos

Bombardeio na Síria 13/05/2016
A comunidade mundial ainda tem que encontrar uma resposta adequada à destruição cultural como a demonstrada pela demolição deliberada de locais antigos na Síria e no Mali por radicais islâmicos, disse a chefe da organização cultural da ONU.
Irina Bokova, diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) disse que demorou algum tempo para as autoridades responderem de forma significativa ao que os grupos extremistas estavam fazendo.
Esses grupos normalmente procuram limpar o terreno para perseguir minorias e consolidar o poder pela "limpeza cultural", removendo vestígios de outras culturas, disse ela à Reuters em uma entrevista em Cabul.
Quinze anos atrás, o Taleban afegão deu um dos exemplos mais notórios recentes quando explodiu duas estátuas gigantescas antigas de Buda em 2001, decretando que eram anti-islâmicas.
Mas a destruição de santuários medievais em Timbuktu por jihadistas do Mali em 2012 e, em seguida, a destruição por militantes do Estado Islâmico de partes da antiga cidade de Palmira na Síria no ano passado ressaltaram o perigo, disse Bokova, que está entre os candidatos para assumir no final do ano a secretaria-geral da ONU.
"Eu tenho que dizer que no início da crise síria não fomos levados a sério quando começamos a denunciar essa destruição", disse Irina, ex-ministra das Relações Exteriores da Bulgária.
"Agora eu acho que as pessoas veem o perigo que é. Eu sei que não é fácil, mas agora todo mundo leva a sério a destruição do patrimônio e da cultura como parte dessa estratégia extremista. Provavelmente é a personificação mais visível disso, mesmo", disse ela.

Marcha das Lésbicas pede o fim da violência contra mulheres

Casal de lésbicas de mãos dadas na parada anual do orgulho gay, em 2007
A 14ª edição da Caminhada das Lésbicas e Bissexuais tem como tema principal a violência contra lésbicas da periferia.
A concentração do ato começou hoje (28) às 14h no Largo do Paissandu, no centro da capital paulista, e deve seguir em passeata até o Largo do Arouche, também no centro, onde serão feitas atividades culturais.
“Muitas vezes, as meninas têm que sair de seus bairros para vivenciar a sua vida afetiva aqui no centro, onde é um pouco mais seguro. Acabam não vivendo suas vidas em seus próprios bairros”, disse Cíntia Abreu, representante da Marcha Mundial de Mulheres e integrante da organização do evento. Segundo ela, esse problema é invisível aos olhos da sociedade.
Cintia disse que o ato é uma homenagem também à morte de Luana Barbosa dos Reis, em abril deste ano, depois de ter sido espancada pela Polícia Militar, no interior de São Paulo. “Ela foi morta de uma forma extremamente violenta, todas nos poderíamos estar no lugar dela. Ela era uma mulher negra, mãe”, disse.
Participaram da marcha movimentos sociais, sindicais, partidários, estudantes, grupos de teatro e de cultura, além de mulheres da periferia. Outro assunto lembrado por Cintia foi o estupro praticado contra lésbicas.
“O estupro corretivo é um método que usam contra as lésbicas para fazer virar mulher, para virar hétero. Aqui já tivemos esses fatos e não queremos tanto retrocesso”, lamenta.
Fabiana de Oliveira é feminista integrante grupo Mulheres Perifa, do Grajaú, extremo sul da capital paulista. “Sou atriz, negra, gorda e lésbica. E quando você é artista, existe um padrão, mas quando você o quebra, você sofre, porque as pessoas desdenham, não acreditam em você”, disse ela. “É importante a gente se fortalecer como LGBT, temos que estar mais fortes do que antes.”
Cíntia Barnabé e sua esposa Natália Cristina estão se preparando para  se tornarem pastoras na Igreja Cristã Contemporânea, que aceita o público homossexual. “A nossa Igreja acredita que o lugar da mulher é onde ela quiser. Outras igrejas colocam a mulher num lugar de inferiorização” disse. 
“Temos um entendimento de que somos uma Igreja para todos e o nosso fundamento é a família, tanto a homoafetiva, como a heteronormativa. O próprio senhor Jesus não foi aceito por todos” completou a futura pastora Cíntia.

Nasa tenta inflar protótipo de estação espacial pela 2ª vez

A Estação Espacial Internacional (ISS)
Os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional inflaram lentamente neste sábado um módulo experimental de tecido que pode fornecer uma opção mais barata e mais segura de habitação para as equipes durante longas estadias no espaço, mostrou a TV Nasa.
Uma primeira tentativa de desfraldar o módulo na quinta-feira falhou, provavelmente por causa do atrito nas camadas de tecido, espuma e revestimento externo reforçado do módulo, segundo a Nasa.
"É um processo de aprendizagem", disse o comentarista da missão da Nasa Dan Huot.
"Tudo vai influenciar a concepção e operação de habitações expansíveis no futuro." O protótipo, que foi levado à estação no mês passado, é a primeira habitação expansível que será testada por astronautas no espaço.
Projetado e construído pela empresa privada Bigelow Aerospace, o Módulo Atividade Bigelow expansível é muito menos dispendioso para o lançamento de que as habitações tradicionais de metal e pode também fornecer aos astronautas uma melhor proteção contra radiação.

Um retrato da violência contra homossexuais no Brasil

Garotas ficam embaixo da bandeira símbolo da causa gay
A cada 27 horas, um homossexual é assassinado no país. Só no ano passado, foram registradas 318 mortes de gays, travestis, lésbicas e bissexuais. 
A maior parte delas aconteceu em São Paulo, que lidera o triste ranking dos estados onde mais homossexuais são mortos violentamente. Proporcionalmente, o maior índice de assassinatos está no Mato Grosso do Sul. 
Todos os dados são do último relatório divulgado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), uma das mais antigas organizações de defesa de homossexuais no Brasil. Para o levantamento, o órgão analisa notícias divulgadas na impresa, dados da polícia e os enviados por organizações não-governamentais. 

Quanto custa manter um carro compacto, um sedan e um SUV

Honda HR-V
Honda HR-V

Você já parou para calcular quanto custa manter um carro? Talvez tenha apenas uma noção vaga, mas pode custar bastante. Para facilitar sua vida, EXAME.com colocou na ponta do lápis todos os gastos que você pode ter, em média, com três modelos de carro diferentes: um compacto, um sedan e um SUV. As simulações foram feitas pela consultoria Jato Dynamics.
Você verá que, além dos valores do carro em si, os custos com gasolinaseguro, manutenção e impostos variam muito de um modelo para o outro. Além disso, há dois itens que muitas vezes são menosprezados, mas que pesam muito no orçamento: a depreciação do veículo com o tempo e a taxa de juros do financiamento.
Os carros escolhidos para a simulação foram os mais vendidos por modelo (compacto, sedan e SUV) em abril de 2016, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Os cálculos foram feitos com base na distância média rodada por veículos no Brasil, de 15 mil quilômetros. Além disso, foi considerado o período médio que os brasileiros ficam com o mesmo carro, de três anos.
Confira nas tabelas a seguir a simulação dos custos ao mês e por quilômetro para manter cada carro, com e sem a depreciação e os juros do financiamento. 
Modelo compacto – Chevrolet Onix (Versão 1.0 LS)
Gasto por mêsValor (R$)
Depreciação334,20
Juros do financiamento399,00
Gasolina385,42
Seguro153,28
Revisões em concessionárias47,14
Manutenção*78,33
Pneus**31,78
Impostos (DPVAT, Licenciamento e IPVA)70,42
Total em três anos53.984,38
Total por mês1499,57
Total por quilômetro1,20
Total por mês sem a depreciação e os juros do financiamento766,36
Total por quilômetro sem a depreciação e os juros do financiamento0,61

Modelo sedan – Toyota Corolla (Versão 2.0 XEI Multi-Drive-S)
Gasto por mêsValor (R$)
Depreciação794,66
Juros do financiamento910,99
Gasolina385,42
Seguro265,28
Revisões em concessionárias59,53
Manutenção*83,63
Pneus**49,22
Impostos (DPVAT, Licenciamento e IPVA)142,44
Total em três anos96.882,19
Total por mês2.691,17
Total por quilômetro2,15
Total por mês sem a depreciação e os juros do financiamento985,52
Total por quilômetro sem a depreciação e os juros do financiamento0,79

Modelo SUV – Honda HR-V (Versão 1.8 EXL CVT)
Gasto por mêsValor (R$)
Depreciação783,81
Juros do financiamento994,73
Gasolina420,44
Seguro491,03
Revisões em concessionárias86,11
Manutenção*98,16
Pneus**60,83
Impostos (DPVAT, Licenciamento e IPVA)153,22
Total em três anos111.180,04
Total por mês3.088,33
Total por quilômetro2,47
Total por mês sem a depreciação e os juros do financiamento1309,79
Total por quilômetro sem a depreciação e os juros do financiamento1,05
*Manutenção calculada com base na média de trocas de peças a cada três anos ou 45 mil quilômetros rodados. Inclui trocas de peças como limpadores, pastilhas e discos de freio, que não estão previstas no manual do veículo e não são incluídas nas revisões das concessionárias.
**Pneus originais dianteiros trocados a cada 30 mil quilômetros rodados e pneus originais traseiros traseiros trocados a cada 40 mil quilômetros. 

Os três itens que mais pesam no orçamento

1. Juros do financiamento
Muitas vezes, entrar em um financiamento é a única alternativa que torna possível ter um bem de valor alto, como um carro. No entanto, os juros ocupam um espaço impressionante do orçamento, especialmente em tempos de taxas de juros altas como agora.
Por isso, antes de entrar em um financiamento, é imprescindível comparar as taxas de juros e de administração cobradas por diferentes bancos (confira as taxas de juros no site do Banco Central). Outra dica é dar sempre a maior entrada possível.
2. Depreciação
A desvalorização do carro com o tempo é um valor que você não sente sair do bolso, mas que pode fazer você perder muito dinheiro ao revender o veículo futuramente. Por isso, na hora de escolher qual modelo comprar, é importante saber o nível de depreciação do carro, que pode variar bastante de um modelo para o outro.
Em geral, quanto mais procurado é um carro, menos valor ele perde no tempo, porque ele tende a ser revendido com mais facilidade no futuro.
3. Seguro
Não esqueça de olhar para o preço do seguro ao escolher qual carro comprar. Seu valor pode variar bastante, conforme uma infinidade de itens. Entre eles, o modelo, o perfil do motorista, o local onde mora e quanto tempo costuma rodar por dia.
O custo de reparo, o índice de roubos e acidentes, onde você estaciona e até se possui filhos que tiraram a CNH recentemente também pesam nessa conta feita pelas seguradoras. 

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