quarta-feira, 9 de março de 2016

Barcelona aprova projeto para reforma do Camp Nou

Barcelona divulgou esboços do projeto para o novo Camp Nou

A casa do Barcelona será totalmente repaginada. Nesta quarta-feira, o clube catalão revelou o projeto vencedor para a reforma do Camp Nou, apresentado pela empresa japonesa Nikken Sekkei em parceria com a catalã Joan Pascual i Ramon Ausió Arquitectes. O estádio terá sua capacidade ampliada de 99.000 para 105.000 lugares e deve ter as obras concluídas entre 2021 e 2022 - o time seguirá jogando no local durante as reformas.

Além do estádio, será reformado todo o complexo esportivo em torno do Camp Nou, incluindo os ginásios de basquete e futsal e o miniestádio onde o time B atua. Segundo o diário Mundo Deportivo, o custo total da reforma está orçado em 600 milhões de euros (cerca de 2,4 bilhões de reais).

O clube informou que todos os assentos serão cobertos, para melhorar o conforto dos torcedores que atualmente sofrem com chuva, sol e vento nas arquibancadas. O Barcelona destacou ainda que as cadeiras serão maiores e com maior intervalo entre elas e que telões gigantes serão instalados atrás dos gols.

O clube explicou nesta quarta-feira que a proposta que venceu o concurso foi a escolhida por "ser mais aberta, elegante, serena, de estilo mediterrâneo e democrática". Pelo projeto, a atual fachada dará lugar a uma estrutura que permite ver de fora as arquibancadas e parte do interior do estádio.

Para tirar Lula das mãos de Moro, PT pressiona ex-presidente a assumir ministério

Ex-Presidente Luiz Inacio Lula da Silva em entrevista coletiva na sede nacional do Partido dos Trabalhadores, no centro de São Paulo (SP), na tarde desta sexta-feira (4)

 Com o cerco da Polícia Federal se fechando contra Lula, o PT está pressionando o ex-presidente para que ele assuma um ministério, a fim de conseguir foro privilegiado. A estratégia é que, se ocupar uma pasta, o petista não ficará nas mãos do juiz Sergio Moro, que conduz os processos da Lava Jato em Curitiba (PR) e foi quem expediu o mandado de condução coercitiva contra o petista, na última sexta-feira, no âmbito da 24ª fase da operação. O assunto foi tratado em uma reunião na noite desta terça-feira entre Lula, Dilma e ministros, no Palácio da Alvorada, em Brasília. "Aumentou no PT a pressão para que Lula assuma um ministério, para tentar também esboçar uma reação do governo às arbitrariedades que estão ocorrendo", afirmou um amigo do ex-presidente. Lula, porém, está resistindo à ideia. Ele não quer aceitar nenhum cargo no governo sob o argumento de que isso passaria a impressão de confissão de culpa. Apesar da pressão, Lula tem feito um diagnóstico positivo sobre a ação da Lava Jato. "A partir de agora, se me prenderem, eu viro herói. Se me matarem, viro mártir. E, se me deixarem solto, viro presidente de novo", disse Lula a mais de um interlocutor.

Irã testa mísseis capazes de atingir Israel

Míssil iraniano diante da imagem do aiatolá Ali Khamenei em desfile militar na capital Teerã

Testes foram realizados mesmo depois que os EUA advertiram que se fosse comprovado novos experimentos com mísseis balísticos, levaria o caso ao Conselho de Segurança.

 A Guarda Revolucionária Iraniana lançou dois mísseis balísticos em um teste na manhã desta quarta-feira que foram projetados para conseguir atingir Israel, desafiando uma ameaça de novas sanções dos Estados Unidos. Segundo a agência iraniana Tasnim, os mísseis Qadr-H e Qadr-F foram lançados de uma plataforma nas montanhas de Elbruz, no norte do país, e alcançaram com sucesso seus alvos no litoral sudeste, após percorrerem mais de 1.400 quilômetros.

Esses testes foram realizados mesmo depois que os EUA advertiram que se fosse comprovado que o Irã estava fazendo novos experimentos com mísseis balísticos, levaria o caso ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. Washington alega que, com essas ações, o Irã viola as proibições internacionais de realizar testes com armas que possam transportar ogivas nucleares, enquanto Teerã insiste em que se trata de armas estritamente convencionais, cuja finalidade é dissuasória.


O comandante da Guarda Revolucionária iraniana, Mohamad Ali Jafari, considerou após o início dessas manobras que é algo "natural que o rugido dos mísseis iranianos intimide seus inimigos". Jafari afirmou que esses testes, que se desenvolveram em todo o país desde a terça-feira, constituem "uma resposta forte e silenciosa às tentativas inúteis do inimigo de impor sanções ao Irã" por este motivo.

Jafari mencionou particularmente o "regime sionista", em referência a Israel, a quem considera a maior ameaça para seu país e que deve estar "naturalmente preocupado" porque o alcance de seus mísseis "vai além das cidades dos Territórios Ocupados". Apesar da troca de advertências, os EUA afirmaram que este caso não constitui uma violação do acordo nuclear alcançado no ano passado entre o Irã e o Grupo 5+1 (EUA, França, Rússia, Grã-Bretanha, China, mais Alemanha).

Deputado diz que assinatura não é falsa e emenda: 'Tomo remédio tarja preta'

O deputado federal Vinícius Gurgel (PR-AP)

Dizendo-se em licença médica, o deputado Vinícius Gurgel (PR-AP) compareceu ao final da sessão do Conselho de Ética desta quarta-feira para dar explicações sobre a suspeita de fraude na carta de renúncia apresentada por ele horas antes da votação da abertura de investigação contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na semana passada. Aos deputados, Gurgel disse estar sob tratamento psicológico há três anos, tomar remédio tarja preta e ter ingerido bebida alcoólica antes de assinar a documentação.

Conforme reportagem da Folha de S. Paulo, laudos grafotécnicos apontam que a assinatura que consta no documento é uma falsificação "grosseira" e "primária". A renúncia de Gurgel, que não estava em Brasília no momento da votação de relatório, era necessária para evitar a deliberação de suplente que daria voto contrário ao presidente da Câmara e, assim, permitiria a instauração de investigação contra Eduardo Cunha. No lugar de Gurgel, assumiu o líder do PR, deputado Maurício Quintella (AL), que seguiu posicionamento do correligionário e votou no sentido de salvar Cunha.

"Faço tratamentos psicológicos, tenho problemas de foro pessoal, tomo remédio controlado. Na quinta bebi um pouco antes de viajar. Na sexta assinei esses documentos. Acabei não assinando da maneira que costumo assinar", disse Gurgel. "Não falsifiquei, a assinatura é minha. Queria que pedissem para a Mesa Diretora laudos psicológicos que atestam que eu tenho problemas. Tomo remédio tarja preta que pode alterar minha assinatura", continuou o deputado.


Em uma explicação confusa, Gurgel disse que deixou o documento assinado há semanas, e não na véspera da sessão. Deputados chamam atenção para o fato de que Eduardo Cunha arrastou a sessão do plenário até às 23 horas no dia da votação do conselho, muito embora houvesse pouco mais que uma dezena de parlamentares e nada mais seria deliberado. A suspeita é a de que estava-se usando o tempo para providenciar a assinatura de Gurgel.

Depois do pronunciamento, Gurgel fez uma peregrinação pelo conselho sustentando a versão a deputados que ameaçam se insurgir contra ele com representação no Ministério Público e no próprio conselho por quebra de decoro. Ele chegou a sentar-se ao lado do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), que assina a representação que pode levar Cunha à cassação, para se explicar pessoalmente sobre o caso.

Polícia faz operação de busca na Federação Francesa em ação contra Blatter

Os presidentes da Uefa, Michel Platini, e da Fifa, Joseph Blatter, na tribuna de honra do Estádio Nacional de Varsóvia durante uma das semifinais da Eurocopa 2012

Policiais franceses apreenderam documentos em buscas realizadas na sede da Federação Francesa de Futebol (FFF), em Paris, nesta quarta-feira. A Justiça Suíça informou que a operação faz parte da investigação contra o ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter, no caso envolvendo o pagamento suspeito de 2 milhões de francos suíços (7,6 milhões de reais pela cotação atual), feito pelo cartola suíço a Michel Platini, em 2011.

Blatter, que nesta quinta-feira completará 80 anos e foi indiciado em 24 de setembro por suspeita de gestão desleal e abuso de confiança, disse estar surpreso com as buscas na FFF. "Estou muito surpreso por uma única razão: o dinheiro que a Fifa pagou a Michel Platini em um contrato verbal não foi depositado na FFF nem na Uefa, e sim em uma conta particular de Platini, em um banco suíço", afirmou.

No último dia 24, Blatter e Platini tiveram suas suspensões reduzidas de oito para seis anos, após o recurso de ambos os dirigentes ser julgado pela comissão de apelação da Fifa. Os dois foram suspensos de qualquer atividade ligada ao futebol.

Segundo o MP suíço, o país solicitou no dia 14 de novembro a cooperação dos franceses para investigar o caso. Parte da ajuda teve início nesta quarta, justamente com a operação na sede da Federação francesa.

A investigação foi iniciada em setembro de 2015, sob a suspeita de que os 2 milhões de francos suíços tenham sido enviados como forma de propina para Platini retirar sua candidatura às eleições presidenciais da Fifa em 2011. Blatter, seu antigo aliado, foi candidato único no pleito e conquistou seu quarto mandato.

Os dois cartolas insistem que o dinheiro se refere a um salário atrasado de Platini, que trabalhava na Fifa como conselheiro de Blatter até 2002. Mas, para a Justiça, o atraso de nove anos para a realização do pagamento e o fato de Platini ter passado a ser vice-presidente da Fifa o obrigariam a declarar os valores.

Na Suíça, Blatter ainda corre o risco de ser detido por suspeita de administração criminosa e apropriação indevida de recursos. Já Platini foi ouvido até agora apenas na condição de "parte envolvida".

DEM vai recorrer à Justiça se Lula virar ministro

Ex-presidente Lula discursa no Sindicato dos Bancários, em São Paulo, na noite desta sexta-feira (04)

 A possibilidade de o ex-presidente Lula se tornar ministro do governo Dilma para adquirir foro privilegiado e evitar cair nas mãos do juiz Sergio Moro pode terminar em uma batalha judicial. O partido Democratas pretende ingressar com ações populares em diversos estados caso se confirme a nomeação de Lula. A versão Lula-ministro é estimulada pelo PT e encarada como uma forma instantânea de garantir foro ao ex-presidente, que é investigado na Operação Lava Jato por suspeitas de ter recebido vantagens indevidas de empreiteiras enroladas com o petrolão. "A intenção é entrar em todos os estados com medidas de ação popular para derrubarmos esse ato que, além de imoral, é, sem dúvida nenhuma, um ato de apoio à criminalidade e de desrespeito às instituições. Vamos provar que se trata de uma fraude", afirmou o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO). Em 2004, o próprio Lula, enquanto presidente, usou o status de ministério para blindar um aliado de primeira hora. Na época, ele editou uma medida provisória para transformar o Banco Central, então comandado por Henrique Meirelles, em uma pasta com prerrogativas de ministério. Meirelles era alvo de suspeitas de lavagem de dinheiro, crime contra o sistema financeiro nacional e crime eleitoral. No atual governo, os ministros Edinho Silva (Secretaria de Comunicação) e Aloizio Mercadante (Educação) são investigados por suspeitas de terem recebido dinheiro de caixa dois de campanha. Sem foro privilegiado, os inquéritos contra eles seriam analisados na 1ª instância.

Mundial de Surfe começa com 10 brasileiros 'rumo ao tri'

DISPUTA - Filipe Toledo, 20 anos (2º no ranking), Adriano de Souza (Mineirinho) 28 anos (3º no ranking) e Gabriel Medina, 21 anos (4º no ranking)

O Mundial de Surfe 2016 começará nesta quinta-feira com as atenções redobradas para os surfistas brasileiros, já que os últimos dois títulos vieram para o país, com Gabriel Medina, em 2014, e Adriano de Souza, o Mineirinho, em 2015. No total, serão 10 atletas nacionais ao longo da competição, que terá sua primeira etapa na famosa praia de Snapper Rocks, na cidade de Gold Coast, na Austrália. Apenas a Austrália tem mais competidores nacionais do que o Brasil: são 14 ao todo.

Os outros representantes brasileiros, além dos dois campeões mundiais, são: Filipe Toledo, Ítalo Ferreira, Wiggolly Dantas, Jadson André, Miguel Pupo, Alejo Muniz e os novatos Caio Ibelli e Alex Ribeiro. O único que não confirmou presença para participar da Gold Coast foi Alejo, que ainda se recupera de lesão no joelho.

As chances de o Brasil conquistar mais um caneco são grandes, não só por causa do bicampeonato consecutivo, mas pelo desenvolvimento de todos os brasileiros do circuito nos últimos dois anos. Em 2014, definitivamente, foi o ano de Medina, que, além do título, saiu vitorioso em três etapas de todas as onze do circuito - nenhum outro brasileiro havia ganhado uma etapa naquele ano. No ano passado, o número dobrou: foram seis fases ganhas por brasileiros, três com Filipe Toledo, duas com Mineirinho, o campeão, e uma com Medina.

Filipinho vinha como franco favorito no ano passado com três etapas vitoriosas, mas na última, em Pipeline, caiu na terceira fase e terminou na quarta colocação do Mundial. Neste ano, o "rei dos aéreos", como é conhecido no circuito, já começa a etapa de Gold Coast defendendo o título - no ano passado venceu o australiano Julian Wilson na estreia do torneio.

 Medina, Mineirinho e Toledo são nomes óbvios para o título em 2016, mas fora eles, há outros que se destacam e prometem fazer uma boa temporada. O potiguar Ítalo Ferreira, de 21 anos, eleito o estreante do ano no Mundial de 2015, é um dos surfistas que devem brigar pela ponta da tabela neste ano. No ano passado conquistou um surpreendente sétimo lugar e, em entrevista ao programa Papo de Esporte, de TVEJA, disse que o Brasil vem forte novamente: "Os gringos que se cuidem".

O estreante Caio Ibelli é o nome mais esperado para despontar como novo ídolo do surfe brasileiro. O paulista de 22 anos sagrou-se campeão da WQS, a divisão de acesso à elite do surfe, e, em 2012, já era considerado um grande talento ao faturar o Mundial de Surfe na categoria juvenil.

O australiano Mick Fanning, atual vice-campeão e principal ameaça aos brasileiros no último campeonato, não vai brigar pelo título em 2016. O tricampeão decidiu disputar apenas algumas etapas após ter um ano turbulento, com um ataque de tubarão, em julho, e a notícia da morte de seu irmão, em dezembro, logo quando disputava o título em Pipeline, no Havaí. Com Fanning fora da disputa, os australianos Julian Wilson e Owen Wright, o havaiano John John Florence, e o onze vezes campeão mundial Kelly Slater, de 44 anos, devem ser os principais postulantes ao título do Mundial de Surfe junto com os brasileiros.


As baterias de Snapper Rocks, na Austrália, etapa de abertura do Mundial de Surfe 2016:

1 - Ítalo Ferreira (BRA) x Keanu Asing (HAV) x Ryan Callinan (AUS)

2 - Julian Wilson (AUS) x Michel Bourez (TAI) x Adam Melling (AUS)

3 - Filipe Toledo (BRA) x Jadson Andre (BRA) x Stuart Kennedy (AUS)

4 - Gabriel Medina (BRA) x Caio Ibelli (BRA) x Sebastian Zietz (HAV)

5 - Mick Fanning (AUS) x Matt Banting (AUS) x convidado

6 - Adriano de Souza (BRA) x Kolohe Andino (EUA) x convidado

7 - Jeremy Flores (FRA) x Adrian Buchan (AUS) x Davey Cathels (AUS)

8 - Kelly Slater (EUA) x Matt Wilkinson (AUS) x Conner Coffin (EUA)

9 - Nat Young (EUA) x Kai Otton (AUS) x Alex Ribeiro (BRA)

10 - Josh Kerr (AUS) x Taj Burrow (AUS) x Kanoa Igarashi (EUA)

11 - Jordy Smith (AFS) x Wiggolly Dantas (BRA) x Miguel Pupo (BRA)

12 - Joel Parkinson (AUS) x John John Florence (HAV) x Jack Freestone (AUS)

deputado que fraudou assinatura chamou conselho de ‘suruba’

O deputado federal Vinícius Gurgel (PR-AP)

 A falsificação da assinatura do deputado Vinícius Gurgel (PR-AP) ultrapassou todos os limites do ultraje do Conselho de Ética, mas não é de hoje que o deputado vem chocando o colegiado - órgão que deveria justamente prezar pela moralidade e imagem da Câmara, mas se tornou palco de manobras para livrar o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da cassação. É do parlamentar a inusitada declaração de que o Conselho de Ética "é uma suruba política", dada em meio a discursos protelatórios para evitar a votação de relatório que pedia investigação contra Cunha. Ele ainda foi além: afirmou que o conselho tem "fachada de igreja e fundo de cabaré", demonstrando o claro desrespeito ao órgão que analisa o decoro dos parlamentares. Gurgel é conhecido ainda no colegiado por agir em prol de Eduardo Cunha e costuma ter presença garantida nas sessões para evitar o avanço dos trabalhos contra o presidente da Câmara. Após reportagem da Folha de S. Paulo que aponta fraude na assinatura dele em uma tentativa de garantir quórum para livrar o presidente da Câmara, no entanto, a ausência do parlamentar chamou atenção na sessão desta quarta-feira. Depois de ser alvo de críticas, porém, ele chegou ao plenário. Sorridente.

Com mandato de Dilma sob ameaça, PT mira em Marina e Aécio no TSE

Marina Silva durante campanha em Curitiba

 

O avanço do processo de cassação da chapa da presidente Dilma Rousseff e do vice Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) impôs ao governo uma nova estratégia para tentar constranger seus adversários das eleições de 2014, cujas prestações de contas aguardam análise da corte.

A artilharia está voltada para a ex-ministra Marina Silva (Rede) que, segundo o PT, ainda deve explicações sobre supostas irregularidades no uso, durante a campanha, do avião que caiu em Santos, no litoral paulista, em agosto de 2014 - o presidenciável do PSB, Eduardo Campos, morreu no acidente. Também haverá pressão para que as contas do senador Aécio Neves (MG), candidato derrotado do PSDB, sejam analisadas o quanto antes.


A Polícia Federal investiga desde 2014 possíveis irregularidades no uso da aeronave durante a campanha presidencial daquele ano pelo PSB, partido pelo qual Marina foi candidata. Ela era a vice de Campos e assumiu a candidatura após a morte do governador de Pernambuco.

Um dos três donos do avião - que não havia sido declarado à Justiça Eleitoral até a morte de Campos - é o empresário João Carlos Lyra, apontado como "laranja" usado para ocultar a compra da aeronave, que teria entrado na campanha como "caixa 2". Ele também é investigado na Operação Lava Jato por suspeita de agiotagem. A ideia do PT é questionar a prestação de contas de Marina sobre o uso do jato.

Colaborou para a definição dessa estratégia o fato de Marina ter dito que o caminho para tirar Dilma da Presidência deve ser o TSE, e não o Congresso, onde há a avaliação de que o impeachment perdeu força. As declarações da ex-ministra foram mal recebidas pelo governo e pelo PT. Marina disse que a corte eleitoral precisará responder se as doações feitas à chapa de Dilma e Temer pelas empreiteiras investigadas na Lava Jato foram pagas com recursos desviados da Petrobras. Para o PT, se o argumento valer para Dilma e Temer, deverá também ser aplicado no julgamento das contas de seus adversários.

O PT protocolou um requerimento que questiona a prestação de contas do PSDB apresentada ao TSE em 2014. O partido aponta irregularidades na documentação enviada pela legenda ao tribunal que comprometem a legalidade do processo. O documento afirma que houve a substituição de mais de 2.000 recibos de doações eleitorais, referentes a quase 80% dos lançamentos declarados por Aécio, além de repasses em dinheiro e contribuições de empresas investigadas pela Operação Lava Jato. Os advogados do PT pedem nova auditoria nas contas do senador tucano.

Na defesa de Michel Temer apresentada na semana passada no âmbito da ação de impugnação de seu mandato, os advogados do vice-presidente criticam a campanha de Aécio por receber 40 milhões de reais das mesmas empreiteiras. Além de constranger Aécio e Marina, há uma avaliação de que é importante que as contas de ambos sejam julgadas antes da conclusão sobre o processo contra Dilma e Temer. O motivo é que, caso a petista e o peemedebista sejam derrotados na corte eleitoral, haveria a impossibilidade de que o tucano e a ex-ministra pudessem se candidatar em uma nova eleição em razão de pendências em suas prestações de contas.

Partidos em situação irregular perdem o direito de receber sua cota do Fundo Partidário e, ao mesmo tempo, os candidatos ficam impedidos de obter a certidão de quitação eleitoral, o que os torna inelegíveis pelo menos até 2018. O prazo, no entanto, para que a corte eleitoral julgue as contas dos candidatos derrotados é de cinco anos. Mas a possibilidade - ainda remota - de que uma nova eleição presidencial seja convocada ainda em 2016 pode obrigar os ministros a acelerar a análise dos processos.

As prestações de contas de Marina e de Aécio no TSE estão em fase de juntada de documentos e análise por órgão interno responsável por reunir os papéis nos quais se basearão os julgamentos dos dois processos. Antes disso, a assessoria deverá emitir um parecer técnico sobre o material e remetê-lo ao Ministério Público, que também deverá se manifestar.

O obstáculo para essa estratégia petista é que o tribunal eleitoral costuma permitir que os candidatos regularizem sua situação antes de decidir sobre a documentação.

Para Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, não há possibilidade de Marina responder no Tribunal Superior Eleitoral pelo avião Cessna usado na campanha, já que a doação foi declarada na prestação de contas feita em nome de Campos. "As contas de Campos e de Marina foram apresentadas separadamente. Se houver qualquer questionamento sobre esse assunto, ele será esclarecido, mas não vejo por que isso atrapalharia a candidatura dela", afirmou Siqueira

Entidade de magistrados sai em defesa de Moro: ‘Ninguém está imune à investigação’

Sérgio Moro durante evento realizado pela revista The Economist no Hotel Grand Hyatt em São Paulo

Em meio às críticas do ex-presidente Lula às investigações da Operação Lava Jato, a Rede Nacional de Magistrados Ambientais divulgou nesta quarta-feira nota de apoio ao juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos do petrolão em Curitiba, e defendeu que "ninguém está imune à investigação criminal e ao processo penal".

A entidade, composta de juízes e desembargadores da Justiça Estadual, Federal e do Trabalho de 25 Estados e do Distrito Federal, diz que apoia o juiz Moro e as instituições que conduzem as investigações da 24ª fase da Lava Jato. Batizada de Aletheia, a última etapa da Lava Jato determinou a condução coercitiva do ex-presidente Lula, na última sexta-feira, para prestar esclarecimentos à Polícia Federal e explicar as suspeitas de que tenha recebido vantagens indevidas de empreiteiras investigadas no petrolão. Embora a condução do petista tenha sido embasada pelo juiz Moro, militantes do PT e de partidos da base governista criticaram a decisão de levar o ex-presidente ao depoimento. Durante as quase quatro horas da oitiva de Lula, manifestantes se confrontaram em São Paulo. Protestos nas ruas terminaram em atos de violência contra anti-petistas e veículos de imprensa.

"No Estado Democrático de Direito ninguém está imune à investigação criminal e ao processo penal, se, eventualmente, houver evidências da prática de crimes. Manifestações a favor ou contra a Operação fazem parte da democracia, porém, incitações à violência, explícitas ou implícitas, inclusive pelas redes sociais, não condizem com os valores democráticos e constitucionais", disse a nota da entidade, assinada por 36 juízes e desembargadores.

Pedófilo belga queria criar 'cidade subterrânea de crianças sequestradas'

Crianças colorem um mapa de Paris em um painel às margens do rio Sena, durante a 14ª edição do 'Paris Plages'

O pedófilo e assassino belga dos anos 1990, Marc Dutroux, queria sequestrar muitas crianças e criar uma "cidade subterrânea para aprisioná-las", revelou nesta quarta-feira seu antigo advogado Julien Pierre em entrevista ao jornal Le Soir. Dutroux, que sacudiu a Bélgica 20 atrás e ganhou o apelido de "inimigo público número um" do país, foi condenado em 1996 à prisão perpétua pelo sequestro e estupro de seis jovens entre 8 e 19 anos, das quais quatro foram assassinadas.

Sua ex-mulher foi condenada em 2004 por ter participado dos sequestros, além de ter deixado morrer de fome duas meninas de 8 anos, fechadas em um esconderijo subterrâneo na residência do casal em Charleroi, no sul do país. De acordo com Pierre, advogado de Dutroux até 2003, o assassino uma vez o questionou: "Você já percebeu que nunca me perguntaram o motivo pelo qual escolhi aquela casa naquela região?".

A explicação é a grande quantidade de túneis e minas que existem em Charleroi, o que facilitaria seu plano de "sequestrar muitas crianças e criá-las no subsolo, nas galerias da mina, em uma espécie de cidade subterrânea onde reinaria o bem, a harmonia e a segurança", disse Pierre. "Foi impressionante escutar Dutroux dizer isso. Creio que realmente seja um psicopata. Sei disso melhor do que qualquer psiquiatra", declarou o ex-advogado do pedófilo.

Grupo Hon Hai/Foxconn compra a problemática Sharp

No ano em que completa 100 anos, Sharp prevê cortes e prejuízo de 70 milhões de reais

 Empresa japonesa há anos enfrenta risco de falência; transação exigirá emissão especial de ações da companhia no valor de mais de 4 bilhões de dólares.

 O grupo japonês Sharp, há muito tempo à beira da falência, aceitou nesta quinta-feira uma oferta de compra da Hon Hai/Foxconn, de Taiwan, na primeira aquisição de um gigante japonês da eletrônica por uma empresa estrangeira.

A Hon Hai e várias de suas filiais, entre as quais a Foxconn, vão assumir 65,91% do capital da Sharp, segundo a empresa japonesa em documentos entregues à Agência de Serviços Financeiros (FSA).

A negociação será realizada mediante uma emissão especial de ações da Sharp, no valor de 489 bilhões de ienes (4,34 bilhões de dólares). Segundo a imprensa, a operação poderá totalizar 700 bilhões de ienes, se levado em conta o montante da dívida da Sharp.

 O anúncio foi mal recebido pelos investidores, descontentes com a ampliação de capital. A cotação da Sharp foi suspensa temporariamente na Bolsa de Tóquio e suas ações fecharam com uma queda de quase 15%.

Medidas podem destravar US$ 120 bi em investimentos no setor de petróleo

Plataforma de petróleo

Governo anunciou nesta quarta-feira pacote de estímulos, que inclui a autorização para prorrogação de concessões de campos da Rodada Zero de 1998

 O governo federal anunciou nesta quarta-feira medidas de incentivo ao setor de petróleo e gás que poderão destravar 120 bilhões de dólares em investimentos, segundo estimativa do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. As medidas incluem autorização para prorrogação de concessões de campos da Rodada Zero de 1998, a notificação de concessionárias para retomada da produção em campos parados, a prorrogação do Repetro e estudos para contratação sob regime de partilha de áreas unitizáveis.

As iniciativas foram listadas em resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que afirmou que "o atual cenário mundial vem produzindo fortes impactos no mercado de petróleo e gás com preços que dificultam a viabilização econômica dos investimentos".

Na resolução, o CNPE autorizou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a prorrogar os contratos de concessão da Rodada Zero, quando foram ratificados os direitos da Petrobras sobre os campos que se encontravam em produção antes da quebra do monopólio da estatal nas atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural no país.

A prorrogação será feita apenas para campos cuja extensão do prazo de produção se mostre viável para além do período contratual original. As concessionárias interessadas deverão apresentar novo plano de desenvolvimento, com indicação de investimentos a serem realizados.

"O prazo de prorrogação deverá ser compatível com as expectativas de produção decorrentes do novo plano de desenvolvimento e dos novos investimentos, limitado a 27 anos", segundo o texto no Diário Oficial da União.

O CNPE também determinou à ANP que em até 30 dias notifique concessionárias de campos sem produção nos últimos seis meses para que retomem a atividade nos próximos 12 meses ou transfiram os direitos sobre esses campos para outras empresas. De acordo com a resolução, a ANP deverá iniciar processo de extinção das concessões das empresas que não cumprirem a determinação.

O conselho também propôs a prorrogação da vigência do regime aduaneiro especial de exportação e importação de bens destinados a atividades de pesquisa e produção de petróleo, o Repetro.

Por fim, o CNPE determinou ao Ministério de Minas e Energia que conclua estudos necessários para propor ao conselho os parâmetros técnicos e econômicos a serem considerados na contratação, sob o regime de partilha, de áreas unitizáveis que extrapolem os blocos concedidos e estejam localizadas dentro do polígono do pré-sal.

Telefônica vende cabos submarinos por R$ 460 milhões

Fibra ótica


Aquisição, feita pela colombiana Internexa, envolve 19 mil quilômetros de dois cabos submarinos que interligam o Brasil e a Colômbia com os Estados Unidos.

 A empresa colombiana Internexa deve anunciar nesta terça-feira a compra de parte dos cabos submarinos que chegam ao Brasil e à Colômbia da TIWS, empresa do grupo Telefônica, em um negócio avaliado em 120 milhões de dólares (ou cerca de 460 milhões de reais no câmbio atual). Com o investimento, a empresa terá uma capacidade própria de fibra óptica para oferecer às operadoras de telefonia e provedores de internet em conexões internacionais.

Cada vez que alguém acessa, por exemplo, sites estrangeiros e parte do acervo de serviços de transmissão de vídeo como Netflix ou YouTube, os dados devem trafegar até o Brasil por meio de cabos submarinos. Essas estruturas são controladas por empresas de telefonia ou por companhias como a Internexa, as chamadas "atacadistas da internet", que alugam sua rede para as operadoras.

A empresa estima que cerca de 40% do conteúdo distribuído no Brasil depende de cabos submarinos para chegar aos internautas. Mas, até então, a Internexa não tinha uma estrutura própria e pagava para utilizar a rede de terceiros. "Agora temos uma conectividade direta com os Estados Unidos e não estaremos mais sujeito a saltos de qualidade no sistema", explica o presidente mundial da Internexa, Genaro Garcia.

A aquisição envolve 19 mil quilômetros de dois cabos submarinos da empresa da Telefônica - o SAM1 e o PCCS-, que interligam o Brasil e a Colômbia com os Estados Unidos. Além dessa estrutura, a Internexa já tinha 30 mil quilômetros de fibra óptica instalado em cabos terrestres - cerca de 6,8 mil quilômetros no Brasil. Procurado, o grupo Telefônica não se manifestou.

Infraestrutura - A fibra óptica é um negócio similar a outros do ramo de infraestrutura, em que há um investimento alto no início e retorno de longo prazo. Essa visão fez a Internexa investir no mercado brasileiro mesmo em meio às incertezas políticas e econômicas atuais, diz Garcia. "Não somos capital especulativo. Nosso foco é de longo prazo." Segundo ele, a crise "não muda o fato de o Brasil ser o maior país da América Latina", nem o potencial de expansão da internet no País.

De acordo com o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude, os cabos submarinos ainda são estratégicos para as empresas de telecomunicação, ao contrário das antenas de telefonia, que foram vendidas pelas empresas para fazer caixa. "Mas eles exigem investimentos altos. A tendência hoje é compartilhar as estruturas para reduzir o custo", afirmou.

O segmento costuma atrair fundos de investimento interessados em um fluxo de caixa constante e de longo prazo. Um fundo do BTG Pactual comprou em 2013 a Globenet, a empresa de cabos submarinos da Oi, por 1,745 bilhão de reais. A própria Internexa tem entre os sócios da operação brasileira a IFC, braço de investimentos do Banco Mundial.

Grupo - A Internexa é parte do grupo ISA, um conglomerado com faturamento anual de 2,5 bilhões de dólares, presente em 33 países e controlador da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep). O grupo aproveita a estrutura de transmissão elétrica para instalar cabos de fibra óptica.

Neste ano, a Internexa prevê faturar 150 milhões de dólares, cerca de 60% na Colômbia. A companhia está em expansão internacional e entrou no mercado brasileiro em 2012. Um ano depois comprou a Nelson Quintas Filhos (NQF Brasil), que tinha redes de transmissão de dados no Rio. García diz que a empresa poderá fazer novas aquisições de empresas regionais com redes terrestres de fibra óptica.

Nasa fabricará avião de passageiros supersônico

O Concorde da Air France

A Nasa vai fabricar um avião supersônica para o transporte de passageiros que será o mais silencioso e eficiente possível, informou nesta segunda-feira a agência espacial americana. O protótipo de avião é dos chamados low-boom, capaz de voar na velocidade supersônica sem criar explosões.

O administrador da Nasa, Charles Bolden, anunciou nesta terça-feira que foi assinado um contrato no valor de 20 milhões de dólares com a empresa americana Lockheed Martin para desenvolver um projeto preliminar de um avião que supere a velocidade do som.

Apesar de usar um motor de reação, que tradicionalmente causa um grande estrondo, o barulho produzido por essa nova aeronave seria mínimo.

Telefônica conectará Brasil e EUA com novo cabo submarino

Logo em prédio sede da Telefonica em Madri, Espanha

A espanhola Telefônica anunciou nesta quarta-feira que instalará um novo cabo submarino de quase 11 mil quilômetros para conectar Rio de Janeiro e Fortaleza a San Juan, em Porto Rico, e a Virginia Beach, nos Estados Unidos.

O grupo de telecomunicações disse que o cabo, cuja entrada em funcionamento está prevista para o começo de 2018, permitirá "reforçar sua liderança em infraestrutura em toda a América".

O BRUSA, como é denominado o cabo, se incorporará à Telxius, a nova companhia global de infraestruturas criada pela Telefônica e que irá incorporar de forma progressiva outras empresas e serviços como a rede de torres de telefonia e de cabo de fibra óptica.

Segundo a companhia, a tecnologia de ponta do cabo permitirá proporcionar uma capacidade de transmissão muito rápida, aumentar a conectividade de ponta a ponta e a disponibilidade de serviços de banda larga.

Governo volta a usar crédito de bancos públicos para tentar reanimar economia

Fachada de agência da Caixa Econômica Federal

O governo deu início a uma nova ofensiva para tentar reanimar a economia com o uso de crédito dos bancos públicos. Nesta terça-feira, a Caixa anunciou que o limite para financiamento de imóveis usados passará de 50% para 70%, e que vai voltar a dar crédito para quem quiser comprar um segundo imóvel. Na segunda-feira, o BNDES já havia anunciado a redução das taxas para obras de infraestrutura. Além disso, devem ser aprovadas hoje novas regras para o microcrédito.

O aumento do crédito é há tempos uma demanda do PT, que acredita ser essa uma forma de criar uma "agenda positiva" e fazer a economia avançar. No caso do BNDES, segundo o secretário executivo do Ministério da Fazenda, "as medidas se justificam para dar mais dinamismo aos investimentos do país". Na casa própria, o argumento é o mesmo: a presidente da Caixa, Miriam Belchior, estima que este ano serão financiadas 64 mil unidades habitacionais a mais que no ano passado.

Na terça, ao receber integrantes da bancada do PT na Câmara, que pressionaram por medidas para combater o desemprego, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse que enviará um projeto de lei expandindo os gastos públicos em 9 bilhões de reais. Os recursos serão utilizados para bancar obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que já estão em andamento.

Diante do acirramento da crise política, Barbosa orientou a equipe a prosseguir com a elaboração de medidas. Mas se depara com duas muralhas. Na área de estímulo ao crédito, o problema é a falta de confiança. E aquelas que dependem de alteração na lei vão para um Congresso cuja agenda é cada vez mais dominada pelas discussões em torno do impeachment da presidente Dilma. Na frente legislativa, a Fazenda reconhece que a tramitação das propostas vai ficar mais difícil, e a estratégia é intensificar o diálogo.

Efeito limitado - Mas na opinião de especialistas, essas medidas deverão ter efeito limitado na economia brasileira. Para os economistas, o governo busca estimular a oferta em um momento no qual existe problema na demanda. Ou seja, deve haver pouca disposição das empresas e consumidores para a tomada de novos empréstimos, diante das incertezas com o futuro da economia brasileira e do quadro político.

"As medidas anunciadas estão longe de resolverem o problema. São paliativas. Há uma redução de demanda de crédito por parte das famílias e das empresas", afirma Juan Jensen, sócio da 4E Consultoria.

Na avaliação dos economistas, as medidas recentes também prejudicam o ajuste fiscal em andamento. "Atalhos via estímulo à demanda tendem a não funcionar, principalmente se podem implicar passivo fiscal futuro", afirma Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos.

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