quarta-feira, 9 de março de 2016

Irã testa mísseis capazes de atingir Israel

Míssil iraniano diante da imagem do aiatolá Ali Khamenei em desfile militar na capital Teerã

Testes foram realizados mesmo depois que os EUA advertiram que se fosse comprovado novos experimentos com mísseis balísticos, levaria o caso ao Conselho de Segurança.

 A Guarda Revolucionária Iraniana lançou dois mísseis balísticos em um teste na manhã desta quarta-feira que foram projetados para conseguir atingir Israel, desafiando uma ameaça de novas sanções dos Estados Unidos. Segundo a agência iraniana Tasnim, os mísseis Qadr-H e Qadr-F foram lançados de uma plataforma nas montanhas de Elbruz, no norte do país, e alcançaram com sucesso seus alvos no litoral sudeste, após percorrerem mais de 1.400 quilômetros.

Esses testes foram realizados mesmo depois que os EUA advertiram que se fosse comprovado que o Irã estava fazendo novos experimentos com mísseis balísticos, levaria o caso ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. Washington alega que, com essas ações, o Irã viola as proibições internacionais de realizar testes com armas que possam transportar ogivas nucleares, enquanto Teerã insiste em que se trata de armas estritamente convencionais, cuja finalidade é dissuasória.


O comandante da Guarda Revolucionária iraniana, Mohamad Ali Jafari, considerou após o início dessas manobras que é algo "natural que o rugido dos mísseis iranianos intimide seus inimigos". Jafari afirmou que esses testes, que se desenvolveram em todo o país desde a terça-feira, constituem "uma resposta forte e silenciosa às tentativas inúteis do inimigo de impor sanções ao Irã" por este motivo.

Jafari mencionou particularmente o "regime sionista", em referência a Israel, a quem considera a maior ameaça para seu país e que deve estar "naturalmente preocupado" porque o alcance de seus mísseis "vai além das cidades dos Territórios Ocupados". Apesar da troca de advertências, os EUA afirmaram que este caso não constitui uma violação do acordo nuclear alcançado no ano passado entre o Irã e o Grupo 5+1 (EUA, França, Rússia, Grã-Bretanha, China, mais Alemanha).

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