segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Governo investe R$ 251,7 bilhões no PAC

Dinheiro: pessoa segura notas de cinquenta reais

 

O governo federal divulgou hoje (29) que, em 2015, aplicou R$ 251,7 bilhões no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2015-2018, em parceria com estados, municípios e o setor privado.

O valor equivale a 24,2% do total que deverá ser investido até 2018, estimado em R$ 1,04 trilhão. Este é o segundo balanço dessa fase do PAC.

Só no ano passado, as obras entregues contaram com R$ 159,7 bilhões, o que representa 23,8% do previsto (R$ 672 bilhões).

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O investimento foi distribuído em ações de três áreas estruturantes: social e urbana (R$ 91,2 bilhões), energia (R$ 63,6 bilhões) e logística (R$ 4,9 bilhões).

Segundo o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, mesmo com o atual cenário econômico desfavorável, registrado no país e no mundo e com os ajustes promovidos na contenção dos gastos públicos, o PAC continua sendo um importante programa de aplicação sequenciada de recursos em infraestrutura no Brasil desde 2007.

São aproximadamente 37 mil empreendimentos em diversas áreas e a sua continuidade promove a geração de empregos, a melhoria de vida de milhões de brasileiros e reduz as desigualdades regionais.

O governo também informou que, do total dos recursos executados em 2015 pelo PAC, R$ 99,9 bilhões correspondem a valores de financiamento ao setor público, financiamento habitacional de imóveis novos e do programa Minha Casa, Minha Vida, R$ 55,8 bilhões das empresas estatais, R$ 47,3 bilhões do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social, R$ 45,4 bilhões do setor privado e R$ 3,3 bilhões de contrapartidas de estados e municípios.

Empreendimentos concluídos

Entre os empreendimentos de infraestrutura concluídos em 2015, o Ministério do Planejamento informou que figuram 270 quilômetros de rodovias (como 84,5 km da BR-418, que tem início em Minas Gerais, e 51 km da BR-235, que liga Sergipe ao Pará), a ponte Anita Garibaldi e o túnel do Morro do Formigão na BR-101(SC), 163 quilômetros da ferrovia Transnordestina, em Pernambuco, dois terminais hidroviários de passageiros na região Norte, o Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), a recuperação do pátio do Aeroporto Santos Dumont (RJ) e a ampliação dos aeroportos de Santarém (PA) e Tabatinga (AM).

Na área de infraestrutura energética, destaca-se a conclusão de 108 novos empreendimentos de energia eólica, aumentando a capacidade instalada em mais 2.717 megawatts na matriz energética nacional.

Entre as ações de infraestrutura social e urbana entregues no ano passado, 445.305 unidades habitacionais são do programa Minha Casa, Minha Vida, e 163 empreendimentos envolvem urbanização de assentamentos precários (beneficiando 70 mil famílias).

Há, ainda, 632 projetos de saneamento, esgotamento sanitário e resíduos sólidos em 584 municípios (beneficiando mais de 6,3 milhões de pessoas) e 13 restaurações em monumentos históricos.

O programa Luz para Todos efetivou 57.676 novas ligações em todo país, o que corresponde a 28% da meta estabelecida para o período 2015-2018. Atualmente, o programa beneficia 3.258.086 de famílias, ou cerca de 15,6 milhões de moradores em áreas rurais.

Para melhorar a oferta de serviços e a disponibilidade de novos equipamentos públicos nas áreas da saúde, educação, cultura, lazer e esporte, o governo federal entregou à população 4.589 novos empreendimentos, como Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centros de Artes e Esportes Unificados (CEU), quadras esportivas, creches e pré-escolas.

“Os resultados do Programa de Aceleração do Crescimento no ano de 2015 confirmam que ele é um importante instrumento de planejamento e monitoramento dos investimentos prioritários em infraestrutura”, destacou o governo.

Como a perda do selo de bom pagador do país afeta seu bolso

Bolso vazio

 A agência de classificação de risco Moody's anunciou nesta quarta-feira (24) o rebaixamento da nota de crédito do Brasil. A Moody's era a última agência entre as três maiores que mantinha o país como grau de investimento.

A nota caiu de Baa3, último nível de grau de investimento, para Ba2. Em dezembro, a agência havia sinalizado que poderia cortar a nota do país, ao revistar a perspectiva de "estável" para "negativa".

O anúncio ocorreu exatamente uma semana após a Standard & Poor's cortar pela segunda vez a nota do país nos últimos cinco meses. Em dezembro, a Fitch rebaixou a nota do país e retirou o selo de bom pagador.

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Mas, na prática, o que isto significa para todo o país e para os brasileiros?

Basicamente, o grau de investimento é um selo de qualidade que assegura aos investidores um menor risco de calote.

É a partir deste selo que os investidores avaliam se vale a pena investir em ativos do país ou se a possibilidade de ganhos (como os juros) compensa o risco de perder o capital investido com a instabilidade econômica interna.

Isto significa que, enquanto o Brasil tinha contava com o selo das agências, ele tinha credibilidade de um "bom pagador".

Agora, sem este selo das três maiores agências do mundo, o país receberá menos capital de investimentos e o crédito ficará mais caro, explica Luciano D'Agostini, economista da COFECON (Confederação Federal de Economia) e pós-doutorando da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

O corte da nota de crédito e a retirada do selo de bom pagador das três maiores agências de classificação de risco tem um primeiro impacto no mercado financeiro.

Isto porque grandes fundos de pensão e investimento internacionais têm que sair do país, pois eles têm cláusulas que proíbem sua permanência em países que não possuem grau de investimento.

"O Brasil está perdendo o chamado 'dinheiro bom', que é aquele que causa menos volatilidade, que não é o especulativo. São investimentos estrangeiros de longo prazo. Agora teremos em maior quantidade o chamado 'dinheiro ruim', que é o especulativo, que fica pouco tempo e causa volatilidade de preços", conta.

Em um segundo efeito, as empresas são afetadas. Se o Brasil perdeu o título de "bom pagador", as empresas brasileiras perdem essa "janela" para capitar recursos com juros mais atrativos.

A lógica é simples: se aumenta o risco de calote, os juros de empréstimos serão mais altos. Além disso, para atrair investidores, o retorno do investimento terá de ser maior.

Se a empresa tem um custo maior para se manter e crescer, ela terá de reduzir a produção e os gastos. Ou seja, diminui a oferta de produtos e serviços -- o que impacta nos preços e pressiona a inflação --, e freia a geração de empregos, já que a firma está produzindo menos.

"Essas demissões não são causadas porque somos ruins, mas porque a gente está fora de um sistema muito simples: rentabilidade do negócio", diz o economista da COFECON. "Não adianta ter a mesma estrutura se menos dinheiro vai entrar."

Segundo D'Agostini, o corte de crédito das três agências vai aumentar ainda mais o desemprego. "Em um ou dois meses já estaremos com uma taxa de desemprego batendo os dois dígitos. E ela vai permanecer nos próximos dois anos, no mínimo."

Além de pressionar a inflação e aumentar o desemprego, o crédito para a pessoa física e para os pequenos negócios vai aumentar.

"Para tornar os títulos públicos e outros investimentos indexados à Selic mais atraentes, o Banco Central deve continuar aumentando a taxa básica de juros". Hoje, a Selic está a 14,25% por ano, uma taxa considerada bem elevada por economistas.

Isto significa que os juros do seu cartão de crédito, empréstimo bancário, financiamento imobiliário, entre outros, vão ficar mais caros.

Por fim, outro conhecido vilão da inflação e de quem pretende viajar pra fora volta a assustar. "O dólar pode chegar a R$ 4,50 ou R$ 5 neste ano, o que certamente vai impactar nos preços dos importados", disse D'Agostini, acrescentando que:

"Como reflexo, o Brasil está ficando mais pobre. Com menos dinheiro circulando e diminuição da produção, aumenta a pobreza, aumenta o desemprego e temos juros astronômicos. Este é um ciclo negativo que só vai ter fim quando tivermos uma mudança no plano econômico."

Por ajuste nas contas, estados cortam investimentos

Notas de real

 A queda nas receitas e o aumento das despesas obrigatórias estão tornando as finanças estaduais insustentáveis. Essa combinação perversa provocou a suspensão de obras, interrupção de serviços públicos básicos e atraso no salário dos funcionários em diversos Estados.

As finanças estaduais se agravaram no ano passado em meio a um cenário de forte recessão - o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter recuado 4% em 2015 - e a inflação superou 10%. A crise atual já arrastou importantes Estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal.

Com pouca margem de manobra, os governadores escolheram um corte profundo nas despesas de investimento como uma das maneiras de fazer o ajuste fiscal. No ano passado, os governos estaduais reduziram os investimentos em 37% na comparação com 2014, de acordo com um levantamento feito por Pedro Jucá Maciel, consultor econômico do Senado, com base nos dados disponíveis de 24 Estados e do Distrito Federal.

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Os Estados brasileiros já vinham com uma estrutura fiscal bastante ruim. Os primeiros sinais começaram em 2012, quando a economia brasileira começou a desacelerar. Para evitar um agravamento maior do quadro, o governo federal promoveu uma série de empréstimos para os Estados, o que resultou numa nova onda de endividamento.

"Se a lição de casa tivesse sido feita em 2012, não estaríamos passando pela dificuldade que enfrentamos agora", afirma Maciel. Segundo o consultor, no ano passado, o avanço da receita ficou abaixo da inflação em todos os Estados.

Diante desse quadro, a conta dos Estados passou a não fechar porque os governadores não conseguiram um alívio nas despesas. Pelo contrário. Elas continuaram crescendo. O aumento da inflação contribuiu para a elevação do gasto com pessoal. "É preciso atentar que atrasar pagamento é como febre: um sintoma da doença. É preciso combater as razões estruturais para a crise federativa e também recuperar a economia", afirma José Roberto Afonso, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e professor do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).

Na avaliação dos analistas em finanças públicas, está claro que o problema fiscal dos Estados não é conjuntural, mas estrutural. Na semana passada, o governo federal começou a acenar com uma série de medidas para tentar aliviar os Estados.

Uma das propostas em estudo é a possibilidade de federalizar as empresas estaduais como parte da renegociação do débito dos Estados. "Como o diabo mora nos detalhes, é preciso assegurar que as mudanças serão promovidas e em profundidade para salvar os Estados. E não seja apenas uma forma de angariar apoio de governadores para salvar o mandato da Presidenta Dilma", diz Afonso, do Ibre/FGV.

Movimento do comércio tem novo recorde de baixa em 12 meses

Comércio: -1,8%

 O movimento do comércio varejista caiu 3,4% em janeiro, no acumulado em 12 meses, e atingiu novo recorde de baixa, segundo pesquisa da Boa Vista SCPC.

A série histórica começa em 2010. Na comparação da janeiro com dezembro, na série com ajuste sazonal, houve baixa de 1,4%. Ante janeiro de 2014 a baixa foi de 6,1%.

"Desta forma, janeiro continua a consolidar a tendência de queda mostrada pelo varejo, que desde julho de 2015 ano já se encontrava em território negativo. Fatores como elevação de juros, piora do mercado de trabalho, queda no consumo das famílias e inflação em patamar elevado podem ser considerados como os principais condicionantes deste cenário", diz a Boa Vista em comunicado.

Segundo a empresa, o cenário para 2016 permanece desafiador e possivelmente o varejo terá outro ano de perdas.

Na análise mensal, o setor de "Móveis e Eletrodomésticos" apresentou queda de 4,6% em janeiro e "outros artigos do varejo" teve retração de 9,9%.

A categoria de "Tecidos, Vestuários e Calçados" subiu 2,4% no mês. Já a atividade do setor de "Supermercados, Alimentos e Bebidas" avançou 1,0%, enquanto o segmento de "Combustíveis e Lubrificantes" apresentou pequena elevação de 0,2%.

O indicador de movimento do comércio é elaborado a partir da quantidade de consultas à base de dados da Boa Vista SCPC, por empresas do setor varejista.

As séries têm como ano base a média de 2011 = 100, e passam por ajuste sazonal para avaliação da variação mensal.

Congresso propõe agenda econômica independente do governo

Congresso Nacional

  À revelia do Palácio do Planalto, o Senado e a Câmara querem assumir um papel de protagonista e vão propor uma agenda econômica independente para ser apreciada pelos parlamentares no primeiro semestre.

A pauta do Congresso deverá conter propostas que contrariam as prioridades do governo ou do PT, como a concessão de independência ao Banco Central, a proibição de mudanças em contratos de concessão, a fixação de teto para o endividamento da União e as reformas tributária e previdenciária.

Animado com a aprovação do projeto que muda as regras de participação da Petrobras na área do pré-sal, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), quer fechar esta semana a pauta "expressa" que será votada até julho. Ele se reúne nesta terça-feira, dia 1º, com a bancada do PT, uma das mais críticas à sua agenda.

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Mas, em conversa com aliados, Renan já adiantou que quer priorizar a independência do BC, uma proposta que altera a Constituição para impedir que o governo mude as regras das concessões públicas depois de realizada a licitação, a chamada PEC dos Contratos.

O avanço dessas propostas pode atrapalhar as medidas de ajuste, como retorno da CPMF. Parlamentares chegam a defender que não se vote medidas como a volta do imposto do cheque.

"Por mim, não vota nenhum aumento de imposto enquanto o governo não fizer as reformas estruturais. Senão você só vai aumentar imposto e não vai votar coisa nenhuma porque o PT não quis votar a mudança das regras do pré-sal, imagina a reforma da Previdência?", disse o senador Romero Jucá (PMDB-RR) ao jornal O Estado de S. Paulo. Jucá é hoje um dos mais próximos interlocutores do Congresso com o ministro Nelson Barbosa (Fazenda).

Numa demonstração de dificuldades que o governo poderá ter, Jucá classificou como "doidice" a proposta do ministro Barbosa de adotar uma "banda fiscal" para acomodar a frustração de arrecadação deste ano. "Precisamos ter realismo fiscal", afirmou o senador. Jucá se diz a favor do projeto de endividamento da União, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP).

O diagnóstico de aliados de Renan é que o governo Dilma Rousseff não tem reagido e se mantém inerte sem propor sólidas alternativas para tirar o país da recessão e reverter o aumento do desemprego e do aumento da inflação.

Dessa forma, será necessário ter um papel mais ativo em 2016, uma vez que o governo não "abraçou" a Agenda Brasil, conjunto de propostas lançadas por Renan em agosto passado. Por isso, querem votar outras medidas que tragam segurança jurídica para os investidores.

Comissões

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também anunciou nesta segunda-feira, 29, uma agenda própria para os deputados. Ele vai criar comissões temáticas que devem atuar por 30 dias para discutir uma série de assuntos.

A primeira delas debaterá todas as propostas de exploração do pré-sal, tanto a que tramita na Câmara como a que foi aprovada pelos senadores na semana passada. "A resultante da comissão especial é que será levada ao plenário", disse Cunha.

Pesquisadores criam colírio capaz de dissolver cataratas sem necessidade de cirurgia

<p>O colírio com lanosterol foi testado com sucesso em cachorros portadores da doença nos olhos</p>

A catarata é uma opacidade no cristalino do olho e é responsável por cerca de metade dos casos de cegueira registrados no mundo. Apesar de essa doença ser tratável, as cirurgias são caras e precisam de profissionais altamente especializados. Isso é um problema para pacientes que vivem em países subdesenvolvidos e com sistemas de saúde precários. Mas um novo estudo, que usou colírios para regredir cataratas em cachorros, pode tornar o tratamento da doença mais barato e acessível.

A maioria dos casos de catarata é relacionada ao envelhecimento, mas algumas pessoas desenvolvem a doença após sofrer alguma lesão ou por terem nascido com uma anomalia genética. Interessada nesta última hipótese, a equipe do professor Kang Zhang, da Universidade da Califórnia, decidiu estudar duas famílias com filhos nascidos com catarata congênita.

Os cientistas descobriram que as crianças eram portadoras de uma mutação no gene que produz uma pequena molécula chamada lanosterol. A versão saudável dessa molécula impede que as proteínas causadoras da catarata se reproduzam no olho. Mas, em sua versão anormal, o lanesterol permite que as proteínas se reproduzam e causem a opacidade no cristalino.

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Divulgação
cataratas

A equipe do professor Zhang desenvolveu um colírio contendo lanosterol, para ser usado no tratamento da catarata. Para verificar a eficácia do colírio, os pesquisadores retiraram o cristalino de coelhos portadores da doença e mergulhando-os, por seis dias seguidos, em uma solução de lanesterol. Ao final do teste, os cientistas descobriram que a solução reduzia a severidade da catarata e aumentava a claridade do cristalino.

Então, os cientistas mudaram de cobaia. "Resolvemos testar o efeito do colírio em cachorros com cataratas. Aplicamos o colírio duas vezes por dia durante seis semanas e descobrimos que ele efetivamente reduzia os efeitos da catarata", afirma Zhang. O estudo, publicado na revista científica Nature, durou apenas alguns meses, então é provável que as cataratas tenham voltado após os cachorros deixarem de receber o colírio.

Mas o professor Kang Zhang acredita que os colírios podem ter um papel importante na prevenção de cataratas que estejam em seus estágios iniciais. O objetivo dos pesquisadores é desenvolver um medicamento barato e eficaz que possa ser usado em regiões mais carentes, considerando o aumento na expectativa de vida média dos habitantes do planeta.

Empresas veem recorde de rebaixamento de crédito no Brasil

Gestor de compliance/riscos/auditoria

A nota de crédito das empresas brasileiras está piorando a um ritmo recorde em um momento em que a paralisia política do país prejudica os esforços para combater uma recessão cada vez mais profunda.

A Standard & Poor’s, a Fitch Ratings e a Moody’s Investors Service distribuíram um total combinado de 129 rebaixamentos a empresas brasileiras não financeiras até esta altura do ano, média de mais de três a cada dia útil, segundo dados compilados pela Bloomberg. 

É mais do que o total de rebaixamentos dos dois primeiros meses de cada ano entre 2000 e 2015.

O número provavelmente continuará subindo porque o país não consegue resolver seu crescente déficit fiscal em meio a uma recessão, segundo Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil, que ocupa o quarto lugar do ranking da Bloomberg para os analistas mais precisos da economia brasileira.

Após desfrutar de seu status de grau de investimento por sete anos, o Brasil foi rebaixado de volta para junk em 2015 em um momento em que o enfraquecimento da economia reduziu a arrecadação de impostos, tornando mais difícil para o governo Dilma Rousseff reduzir o déficit orçamentário recorde. 

Além disso, a capacidade de Dilma para convencer o Congresso a aprovar medidas de austeridade tem sido prejudicada pela queda em seus índices de aprovação e pelas acusações de corrupção envolvendo alguns de seus principais assessores. 

As métricas de crédito do país continuarão piorando nos próximos três anos, disse a Moody’s. E quanto mais baixa a classificação do governo, mais as empresas brasileiras precisam pagar pelos empréstimos, tornando o refinanciamento de dívidas mais difícil para elas.

“Estamos claramente vendo uma perspectiva desfavorável para as classificações de crédito do país”, disse Rostagno, de São Paulo. “O crédito continuará encarecendo cada vez mais, o que leva a uma economia mais fraca, mina a arrecadação de impostos e piora a situação fiscal do governo. Tudo isso levará a mais rebaixamentos. É um círculo vicioso”.

A nota de crédito soberana atua como um teto informal para as classificações, por isso muitas emissoras corporativas têm sua classificação reduzida como consequência do rebaixamento do governo.

Com a crise econômica do país e a queda dos preços das exportações, os tomadores de empréstimos já estão enfrentando suas próprias dificuldades.

A produção industrial caiu 11,9 por cento em dezembro em relação ao ano anterior e as vendas do varejo estão entrando em colapso.

A maioria das empresas brasileiras que informou resultados para o quarto trimestre ficou abaixo das estimativas já desanimadoras dos analistas.

Justiça bloqueia R$ 31,4 mi nas contas de Santana e esposa

O marqueteiro João Santana desembarca com sua mulher Monica em Cumbica, São Paulo

 A Justiça bloqueou R$ 28,7 milhões em duas contas de Mônica Moura, esposa do publicitário João Santana, por determinação do juiz federal Sérgio Moro.

Por meio do sistema de bloqueio eletrônico do Banco Central, foram bloqueados também R$ 2,7 milhões nas contas de Santana. A decisão de Moro foi proferida como medida cautelar na investigação da Operação Acarajé, deflagrada na semana passada.

O bloqueio atingiu também outros investigados e empresas do publicitário. Na conta da Polis Propaganda foram bloqueados R$ 407 mil.

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Preso na Suíça, o funcionário da Odebrecht Fernando Migliaccio teve bloqueados R$ 1,9 milhão. Na conta do empresário Zwi Skornicki, acusado operar repasses ao publicitário no exterior, o banco bloqueou R$ 4,4 milhões.

Na Operação Acarajé, os investigadores suspeitam que Santana e sua esposa receberam US$ 7,5 milhões, que teriam sido pagos por meio de empresas offshores controladas pela Odebrecht no exterior.

Em depoimentos, o casal confirmou que recebeu dinheiro no exterior por campanhas eleitorais na Venezuela e em Angola. A suspeita é de que os valores sejam oriundos do esquema de corrupção na Petrobras

De acordo com a decisão do juiz, as instituições bancárias deveriam bloquear até R$ 25 milhões de cada investigado, valor que eventualmente estaria depositado nas contas. O valor do bloqueio é padrão e não significa que dinheiro tenha origem ilícita.

Seu smartphone sabe quem você é e o que você está fazendo

Mulher segura smartphone

Seu telefone sabe mais sobre você do que você imagina.

Ele sabe por onde você andou e com quem você estava, sabe qual foi o presente de aniversário que você comprou para sua mãe e em quem você pretende votar. 

Sexo ontem à noite? Ele também sabe disso se você estiver usando um dos aplicativos para casais que estão tentando engravidar.

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Dos aplicativos pré-instalados que contam o número de passos às senhas guardadas de contas bancárias e de redes sociais, os smartphones evoluíram de aparelhos que fazem ligações a serem depósitos digitais com os detalhes mais íntimos de sua vida.

“É possível extrair do telefone de uma pessoa comum informação suficiente para criar um clone virtual desse indivíduo”, disse Elad Yoran, presidente do conselho executivo da Koolspan, uma empresa de segurança de comunicações. 

“Os aparelhos são janelas não apenas para nossa vida pessoal, mas também para nossas vidas profissionais”.

E, como mostra a batalha entre o FBI e a Apple, eles se tornaram minas de ouro para os investigadores. 

O FBI ganhou na Justiça uma ordem para que a Apple ajude a desbloquear um iPhone usado por Syed Rizwan Farook, que atirou em dezenas de colegas de trabalho em dezembro durante um evento corporativo em San Bernardino, na Califórnia, matando 14 deles.

A Apple está contestando a decisão judicial, montando um caso altamente público contra o que considera uma exigência fora dos limites do governo e em defesa da privacidade. 

A empresa alerta que qualquer coisa que fizer para anular a criptografia de seus smartphones poderia ajudar os hackers.

Localização dos filhos

“É provável que haja mais informações sobre você em seu telefone do que em sua casa”, disse o CEO da Apple, Tim Cook, à ABC News na semana passada. 

“Nossos smartphones estão repletos de nossas conversas particulares, de nossos dados financeiros, de nossos registros de saúde. Em muitos casos, eles também estão cheios de informações sobre a localização dos nossos filhos”.

Estima-se que as 7,3 bilhões de pessoas do planeta possuem atualmente 3,4 bilhões de smartphones. Esse número deve chegar a 6,4 bilhões até 2021, de acordo com a empresa de comunicações Telefonaktiebolaget LM Ericsson. 

Os telefones são potentes, processam uma quantidade maior de informações mais rapidamente do que os computadores da NASA usados para colocar o homem na Lua.

Isso permite que eles realizem um impressionante leque de funções e coletem grandes quantidades de dados.

Há um registro das ligações feitas e recebidas, de mensagens de textos, fotos, listas de contatos, compromissos do calendário, histórico de navegação na internet e notas, assim como do acesso a contas de e-mail, bancos e sites como Amazon, Facebook, Twitter e Netflix, disse Yoran, da Koolspan.

Compartilhamento de dados

A maioria dos usuários não percebe até que ponto o próprio telefone está conectado ao mundo exterior porque as contas permanecem conectadas automaticamente, disse Mike Murray, vice-presidente de pesquisa de segurança da empresa de segurança de aparelhos móveis Lookout.

Os telefones também podem revelar segredos corporativos. Murray disse que muitas empresas Fortune 500 têm um aplicativo móvel para telefones que permite que os funcionários se conectem a redes através de uma rede virtual particular.

Todos esses dados podem ser valiosos para a polícia. James Comey, diretor do FBI, disse aos parlamentares na semana passada que o telefone de Farook poderia ajudar a desvendar o mistério de onde ele esteve durante 18 minutos após o tumulto. 

Apesar de terem vasculhado câmeras de segurança e entrevistado testemunhas, os agentes não conseguiram descobrir aonde ele e a esposa foram antes de serem identificados pela polícia em um SUV alugado, perseguidos e depois mortos em um tiroteio.

Comey disse que é consciente da necessidade de privacidade.

Yorgen Edholm, CEO da empresa de segurança cibernética Accellion, disse que a capacidade de monitorar uma pessoa, de passar-se por ela e até de manipulá-la através de um smartphone mostra a necessidade de estar atento à segurança e de ter cuidado para que o governo não passe dos limites.

“Eu chamo o smartphone de aparelho ciborgue, porque ele está muito conectado a nós”, disse Edholm. “Se o governo quisesse uma chave de criptografia para mim, seria meu smartphone”.

Cerimônia do Oscar registra audiência mais baixa desde 2008

Chris Rock

 A 88ª edição do Oscar, realizada neste domingo em Los Angeles (Estados Unidos), foi acompanhada pela televisão por 34,3 milhões de pessoas, o que representa a audiência mais baixa da cerimônia da Academia de Hollywood desde 2008, segundo os números divulgados nesta segunda-feira pela empresa de pesquisas Nielsen.

A cerimônia, que foi apresentada pelo comediante Chris Rock e que coroou "Spotlight - Segredos Revelados" como melhor filme, obteve um índice de audiência de 10,4% entre o público adulto de 18 a 49 anos.

A festa do Oscar de 2015, que teve Neil Patrick Harris como mestre de cerimônias, conseguiu um melhor resultado que a deste ano, uma vez que foi vista por 37,3 milhões de espectadores, com uma audiência de 11%.

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A edição deste domingo marca, além disso, o pior resultado de audiência televisiva para a cerimônia do Oscar desde 2008, quando 32 milhões de pessoas assistiram a premiação apresentada por Jon Stewart.

De acordo com os dados divulgados hoje pelo site especializado "Deadline", a edição de 2014, com Ellen Degeneres como apresentadora, se mantém como a mais vista das realizadas no século XXI ao atrair 43,7 milhões de espectadores.

A 88ª edição do Oscar aconteceu este domingo envolvida na polêmica pela falta de diversidade entre os indicados, já que, pelo segundo ano consecutivo, não houve atores negros indicados nas categorias de interpretação.

Este fato provocou a ameaça de um boicote por parte da comunidade negra e hoje, após a divulgação dos dados da audiência, responsáveis pelo protesto asseguraram que suas ações de rejeição provocaram, em parte, os maus resultados televisivos.

"O boicote ao Oscar branco este ano foi um sucesso fantástico", disseram hoje Earl Ofari Hutchinson, presidente da Mesa Redonda de Política Urbana de Los Angeles, e Najee Ali, presidente do Projeto de Esperança Islámica, segundo o "Deadline".

Como organizadores do boicote ao Oscar, Hutchinson e Ali alertaram que, se não houver mudanças para favorecer a diversidade em Hollywood, o próximo passo será organizar um boicote dirigido aos anunciantes televisivos.

Lucro da Smiles sobe 37% no 4º trimestre, para R$ 112,3 mi

Smiles

 A Smiles, gestora do programa de milhagens da Gol Linhas Aéreas, registrou um lucro líquido de R$ 112,3 milhões no quarto trimestre de 2015, alta de 37,2% frente ao reportado em igual período de 2014, quando o lucro líquido foi de R$ 81,9 milhões.

A margem líquida nos três últimos meses do ano passado ficou em 32,2%, recuando 1,4 ponto porcentual (p.p.) ante o mesmo período do ano anterior.

O lucro operacional, por sua vez, alcançou R$ 109,2 milhões entre outubro e dezembro de 2015, o que corresponde a um crescimento de 23,4% ante os R$ 88,5 milhões contabilizados no mesmo intervalo de 2014. A margem operacional teve queda de 5 p.p. ante o quarto trimestre de 2014, para 31,3%.

A receita líquida da companhia somou R$ 349 milhões nos três últimos meses do ano passado, uma alta de 43,1% na comparação com igual intervalo de 2014, quando a receita apurada ficou em R$ 243,8 milhões.

O resultado financeiro líquido da Smiles no último trimestre do ano passado somou R$ 49,189 milhões positivos, alta de 142,8% ante os R$ 20,258 milhões de resultado financeiro líquido no quarto trimestre de 2014.

Segundo a companhia, o avanço foi decorrente da quitação completa da dívida atrelada à debênture e da evolução da posição de caixa, além do aumento da média de juros, que rentabilizaram as aplicações financeiras.

2015

O lucro líquido da Smiles no acumulado de 2015 totalizou R$ 369,9 milhões, alta de 30,3% ante 2014. A margem líquida no ano passado ficou em 30,3%, queda de 4,8 p.p. ante o ano anterior.

O lucro operacional apurado em 2015 foi de R$ 409,9 milhões, avançando 49,9% em relação ao ano anterior - a margem operacional recuou 0,2 p.p., ficando em 33,6%. A receita líquida somou R$ 1,219 bilhão, aumento de 50,9%.

O resultado financeiro líquido em 2015 somou R$ 138,69 milhões positivos, recuando 3% ante 2014.

"A Smiles apresentou crescimento anual de dois dígitos tanto em lucro líquido trimestral quanto anual, reflexo da contínua evolução dos resultados operacionais e manutenção de resultado financeiro", disse a empresa, por meio de comunicado.

Votorantim deve encolher para focar em negócios-chave

Ensacadeira na Unidade de cimentos de Sobradinho (DF), Brasil da Votorantim Cimentos

 O grupo Votorantim, da família Ermírio de Moraes, que atua em diversos setores da economia - de cimento e siderurgia à produção de suco de laranja - está revendo seu portfólio de negócios.

O conglomerado, que fatura R$ 30,5 bilhões (dados anualizados até setembro), deverá concentrar seus investimentos em áreas consideradas prioritárias, apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

"Esse movimento no grupo já ocorre há um bom tempo e foi intensificado, sobretudo, durante a crise financeira de 2008, em função das perdas com derivativos (que afetaram, sobretudo, os negócios de celulose e o banco). O objetivo do grupo é permanecer em áreas nos quais é líder e em setores relevantes. Ele deve sair, aos poucos, de negócios que não tenham sustentação no longo prazo (Citrosuco, Fibria e Banco Votorantim)", afirmou uma fonte com conhecimento no assunto.

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Apesar de o setor de cimento estar em uma má fase, com queda da demanda no Brasil, essa divisão continua como uma das principais apostas do grupo.

A companhia é a maior do país nesse mercado e o cimento responde hoje por nada menos que 43% da Votorantim Industrial. Há três anos, a família tentou abrir o capital dessa divisão, mas voltou atrás por conta das condições adversas do mercado.

Na outra ponta, a Citrosuco - produtora de suco de laranja na qual o conglomerado possui 50% - é um dos negócios que podem ser revistos. Fontes próximas à companhia afirmam que o horizonte de consumo global de suco de laranja é de declínio e não faz sentido fazer fortes apostas nesse setor.

Em celulose, o grupo chegou a ser sondado para vender sua participação, mas a pressa de vender a Fibria diminuiu por conta da alta do dólar, o que elevou as exportações da commodity, afirmou uma fonte ao Estado.

No ano passado, segundo fontes, a fatia de 29,42% da Votorantim na Fibria (fusão entre Aracruz e VCP) foi alvo de cobiça de seus principais concorrentes - Eldorado (da J&F) e Suzano.

O BNDES, que é importante sócio da Fibria, aproveitou a valorização das ações da companhia para reduzir sua fatia no grupo ao longo de 2015. Procurada, a Votorantim diz que não tem interesse de se vender a Fibria e que essas "notícias são especulativas".

Encolhimento

Entre 2008 e 2011, a Votorantim teve de vender alguns ativos para fazer caixa. Entre eles, sua fatia na Usiminas, vendida para o grupo Techint; a participação na CPFL, arrematada pela Camargo Corrêa; e a CanaVialis, que parou mãos da Monsanto.

"Grandes grupos brasileiros, como Votorantim, Camargo Corrêa e Odebrecht, diversificaram seus negócios nos últimos anos. Muitos aproveitaram o movimento de privatização na década de 1990 para entrar em infraestrutura e energia. Alguns encolheram com as crises no início dos anos 2000 e em 2008 e, agora com a turbulência atual, seja por conta da Operação Lava Jato ou problemas de financeiros, têm de vender ativos para fazer caixa", diz Sérgio Lazzarini, do Insper.

No caso do Votorantim, no entanto, fontes ressaltam que, apesar da crise no país, diferentemente de outros, o grupo não enfrenta pressão para fazer caixa e tem recursos para atravessar esse momento. "Não há dívida de curto prazo e os bonds (títulos da dívida) são de 30 anos", afirmou uma fonte de mercado.

Fundado em 1918, como uma fábrica de tecidos, o Votorantim - que se diversificou nas últimas décadas e intensificou seu processo de internacionalização nos anos 2000 - diz que "frequentemente avalia seus investimentos atuais e futuros" e que todos seus negócios são "core" e não estão à venda.

Furnas pode captar até R$1,5 bi este ano, diz executivo

Trabalhadores consertam turbina na usina hidrelétrica de Furnas, na cidade de São José da Barra, em Minas Gerais

 A estatal Furnas, subsidiária da Eletrobras, poderá captar até 1,5 bilhão de reais no mercado brasileiro este ano, com o volume exato dependendo do quanto conseguirá receber de indenizações que pleiteia junto ao governo federal pela renovação antecipada de concessões de geração e transmissão de energia, disse um executivo nesta quarta-feira.

A companhia estima ter cerca de 14 bilhões de reais a receber como compensação por investimentos ainda não amortizados nas linhas de transmissão e usinas que renovaram concessão ao final de 2012, afirmou o superintendente de estratégia e sustentabilidade, Celso de Oliveira Sant’Ana.

Segundo ele, o valor deverá ser quitado ao longo do novo prazo de concessão dos ativos, de 30 anos, e há uma perspectiva da estatal de receber ainda neste ano uma parcela dessas indenizações que poderia somar 600 milhões de reais.

“Nós consideramos as indenizações como parte dos recursos necessários para investimentos… A gente conta com esse recurso para definir nossa necessidade de captação”, disse Sant'Ana.

O governo, no entanto, ainda não definiu como viabilizará o pagamento, o que poderia envolver um repasse à tarifa de energia dos consumidores ou outros mecanismos.

Se essa primeira parcela for paga ainda em 2016, a necessidade de captação de Furnas pode ser menor.

O superintendente afirmou ainda que Furnas conseguiu reduzir a relação entre dívida liquida e geração de caixa (Ebitda) de 8 vezes para 4,5 vezes em 2015.

Haveria espaço, de acordo com Sant'Anna, para baixar esse índice para 3 vezes em 2016.

"Isso nos credencia para (captar) recursos mais competitivos".

Bolsa seria captação atraente

O superintendente ainda comentou as especulações sobre o eventual lançamento de ações de Furnas na bolsa como forma de captar recursos.

Sindicatos de funcionários da empresa disseram que o presidente de Furnas, Flávio Decat, apresentou a seus dirigentes estudos que mostrariam que a companhia estaria avaliada entre 14 e 18 bilhões de reais no caso de eventual lançamento de papéis no mercado.

Sant’Ana confirmou que há estudos internos sobre o tema, mas disse que não há previsão de colocá-los em prática no curto prazo.

“São estudos internos, incipientes, nada de maneira formal e nem de maneira econômico-financeira”, frisou ele.

“É uma fonte muito mais barata (de captação) e se a gente conseguir preparar a empresa para isso, num momento oportuno, seria atraente. É um trabalho para ao menos 12 meses“ complementou.

Após a divulgação de notícias referentes à eventual abertura de capital de Furnas, a Eletrobras disse que não estuda o assunto e que "qualquer avaliação que porventura existe... é preliminar e inicial, no âmbito exclusivo" da subsidiária.

EUA investigam motores a diesel da Mercedes após acusações

Logo da Mercedes-Benz

As autoridades americanas abriram uma investigação sobre os motores diesel da Mercedes-Benz que usam a tecnologia "BlueTEC", após a acusação de que estes emitem níveis de óxidos de nitrogênio superiores ao autorizado.

"Entramos em contato com a Mercedes e pedimos os resultados dos testes dos motores diesel nos Estados Unidos", informou à AFP Julia Valentine, porta-voz da Agência de Proteção Ambiental (EPA) do país.

A intervenção da agência ocorreu após o processo de ação de classe arquivado em meados de fevereiro no tribunal federal no estado de New Jersey, acusando a fabricante de vender carros a diesel nos Estados Unidos que emitem níveis de óxidos de azoto mais altos do que o autorizado, e para esconder este mecanismo do órgão regulador automotivo.

A ação listou 14 modelos de carros fabricados pela filial da Daimler Mercedes que supostamente contêm a tecnologia chamada "BlueTEC" que permitiria enganar estes níveis.

Os demandantes, representados pelo escritório de advocacia Hagens Berman, afirmam que a Mercedes-Benz concebeu esta tecnologia para incapacitar o sistema de redução de óxidos de azoto quando a temperatura ambiente cai abaixo de 10 graus Celsius.

Uma porta-voz da fabricante, que insiste que o processo é "infundado", disse à AFP nesta segunda-feira que a Mercedes-Benz se defenderá "com todos os meios legais" possíveis.

"Nós levamos muito a sério a proteção do ambiente e apreciamos a confiança e colaboração que tivemos anteriormente com as agências reguladoras (como a EPA). Também é do nosso interesse em responder às suas perguntas", afirmou a porta-voz.

"Vamos continuar apoiando estas agências em seus testes de emissões de diesel", acrescentou.

Em seu site, a Mercedes-Benz apresenta sua tecnologia BlueTEC como capaz de reduzir "a um mínimo as emissões dos (...) motores a diesel"

Citigroup venderá 20% de banco chinês por US$ 3 bilhões

Citigroup

 O Citigroup chegou a um acordo para vender a fatia de 20% que possui no China Guangfa Bank para a China Life Insurance, a maior empresa de seguro de vida do país, por US$ 3 bilhões.

Com a venda, o Citi deixará com lucro um investimento que fez depois de uma batalha com o francês Société Générale em 2006.

O banco norte-americano está ampliando sua rede própria na China, que se estende por 13 cidades.

"Essa transição é consistente com a simplificação do Citi e nos permite concentrar nossos recursos na China em ampliar nossa marca própria", afirmou Francisco Aristeguieta, executivo-chefe do Citi Asia Pacific.

A China "permanece como uma das nossas maiores prioridades ao redor do mundo", acrescentou.

Bancos dos EUA adquiriram mais de US$ 14 bilhões em participações em bancos chineses entre 2002 e 2010, de acordo com dados da Dealogic.

Em seguida à crise financeira de 2008, porém, a maioria dos bancos se desfez dos investimentos com pequenos lucros.

A venda da fatia no China Guangfa Bank, que deverá ser concluída no segundo semestre deste ano, não terá impacto substancial sobre o balanço do Citi que será divulgado em abril, segundo o banco norte-americano. A China Life agora terá 43,7% do China Guangfa Bank.

Jornal do Vaticano elogia "Spotlight" por dar voz a vítimas

Filme Spotlight: Segredos Revelados

 O "Osservatore Romano", o jornal semi-oficial do Vaticano, publicou nesta segunda-feira dois artigos sobre o filme Spotlight, vencedor do Oscar de melhor filme deste ano, em que elogia o longa por ter dado voz à "profunda dor" dos fiéis que foram expostos a abusos por parte de padres pedófilos.

O filme narra a história da investigação feita pelo jornal Boston Globe sobre casos de centenas de crianças sendo molestadas por padres em Boston, uma prática que era encoberta por instâncias superiores da instituição.

A série de reportagens, publicadas em 2002, ganhou diversos prêmios jornalísticos e golpeou a credibilidade da Igreja Católica em todo o mundo.

O jornal afirmou que o filme não é anti-católico, e que mesmo a declaração do produtor do filme, Michael Sugar é positiva.

Ao receber o prêmio, Sugar afirmou: "Papa Francisco, é hora de proteger as crianças e restaurar a fé".

Segundo o diário, o apelo mostra que ainda há fé na igreja e na capacidade do papa de proteger as crianças.

Microsoft alfineta Apple em nova campanha

Campanha da Microsoft

Na onda da Lenovo, que há algum tempo aposta na estratégia de zoar as concorrentes, a Microsoft resolveu alfinetar a Apple em sua nova campanha publicitária.

Lançados durante a cerimônia do Oscar, os comerciais exaltam as funcionalidades do Windows 10 que os usuários do Macbook não têm.

Os spots de 15 segundos mostram duas mulheres, usuárias das empresas, conversando sobre recursos como o reconhecimento facial e a tela supersensível da Microsoft que, segundo a campanha, são capazes de deixar qualquer usuário da Apple com inveja.

Confira os comerciais abaixo:

WhatsApp deixará de funcionar em celulares mais antigos

O app WhatsApp

 O aplicativo de mensagens WhatsApp anunciou na última sexta-feira (26) que, até o final deste ano, deixará de funcionar nos celulares BlackBerry (incluindo o BlackBerry 10), Nokia S40, Nokia Symbian S60, além dos aparelhos que utilizarem os sistemas Android 2.1, Android 2.2 e Windows Phone 7.1.

Segundo post publicado no Blog do WhastApp, o objetivo da marca daqui em diante é focar em plataformas de celular que a maioria das pessoas têm.

A marca pontua que, quando o aplicativo foi lançado em 2009, 70% dos smartphones vendidos utilizavam sistemas da BlackBerry ou Nokia - diferente dos tempos atuais, nos quais o Google, Apple e Microsoft dominam esse ramo.

 Pesquisas realizadas pela consultoria especializada IDC, por exemplo, mostram que Android e IOS foram responsáveis por 96% das vendas de smartphones no ano passado, enquanto Windows Phone e BlackBerry tiveram participações de 2,7% e 0,3%, respectivamente, no mercado.

Ainda de acordo com a publicação, os aparelhos citados não tem a "capacidade requerida" para as atualizações futuras do app.

A marca ainda sugere que os usuários troquem seus celulares por um aparelho Android, Apple ou Windows Phone mais atualizados até o fim do ano para continuar usando a plataforma.

Paciente vira cleptomaníaca após anestesia mal aplicada

Cirurgia

os médicos sabiam que algo estava errado quando sua paciente de 40 anos - cujo nome não foi revelado - acordou do procedimento múltiplo de lipoaspiração, implante de silicone e outras reformas gerais. Sentia-se confusa e letárgica e tinha problemas de memória.

Fizeram então dois tipos de tomografia, que revelaram danos na região do núcleo caudado, relacionados à memória e aprendizado. Esse é um risco da anestesia: o acidente foi causado por má oxigenação durante o procedimento.

Após sua aparente recuperação, ela foi mandada para casa. E, então, uma coisa bizarra aconteceu: ela passou a ter pensamentos recorrentes e compulsivos de roubar coisas. Que só se acalmavam quando ela cedia, estendia suas mãos leves e saía com os pertences alheios.

 Um dia, ela estava comprando um presente para o amigo de sua filha numa loja e sentiu a vontade irresistível de pegar um item da prateleira - que ela tinha mais que o suficiente para pagar - e enfiar na sua bolsa.

Um segurança viu e ela foi mandada para a delegacia. Acabou liberada quando se provou que o roubo era causado por dano neurológico, não na moral e bons costumes.

Os estranho caso foi publicado no journal BGM Case Reports, onde médicos compartilham suas histórias mais peculiares.

O estudo foi comandado pelo brasileiro Fábio A. Nascimento, da Universidade de Toronto (Canadá), que caiu de estar no Brasil no mesmo dia, acompanhando as tomografias.

A cirurgia foi em 2013. O dano não era permanente e a mulher se recuperou, não roubando mais nada e curtindo seu novo visual.

Facebook explica por que não criou botão de "dislike"

Mark Zuckerberg

Na semana passada, o Facebook lançou a funcionalidade de "reações", permitindo que seus usuários tivessem mais opções para expressar suas opiniões em relação a um post além do tradicional "curtir".
A novidade foi celebrada pelos usuários da rede social, mas há quem questione ainda por que Mark Zuckerberg e companhia não atenderam o já antigo pedido dos internautas criando simplesmente um botão de "não curti" no lugar das novas figuras.
Como já é de praxe, executivos do Facebook logo se propuseram a sanar a dúvida do público. Segundo Samantha Krug, gerente de produtos da empresa, a criação de um botão de "unlike" seria algo simplista e "binário" demais para a companhia de Mark Zuckerberg.

O diretor de design de produtos da rede social, Geoff Teehan, explicou o que eles querem dizer com "binário" quando falam do assunto: "As pessoas precisam de um grau maior de sofisticação nas escolhas que nós fornecemos para suas comunicações. Um sistema binário de like ou ‘disike’ não reflete da melhor forma a maneira como nós reagimos à enorme quantidade de coisas que encontramos na vida real", declarou.
A explicação foi dada pelo através de uma publicação no Medium do Facebok Designs, em que o executivo aborda também detalhes sobre o Reactions e suas funcionalidades (clique aqui para ler na íntegra).
No ano passado, Mark Zuckerberg já havia falado sobre o assunto durante uma apresentação. À época, o CEO do Facebook disse que o novo botão não havia surgido por não querer que a rede se tornasse "um fórum que as pessoas votassem contra ou a favor de algo".

Oposição venezuelana anunciou ao Brasil que derrubará Maduro

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, no Panamá

  A oposição da Venezuela afirmou nesta segunda-feira que comunicou oficialmente ao Executivo e ao Legislativo do Brasil, assim como a autoridades eleitorais, judiciais e empresariais, sua decisão "de pôr fim em breve" ao governo do presidente Nicolás Maduro.

Devido à "importância do Brasil na geopolítica da América Latina" e sua "grande influência sobre o resto" das nações, o parlamento da Venezuela, agora sob controle da oposição, decidiu que sua primeira viagem internacional fosse a esse país e assim aconteceu na semana passada, disse em entrevista coletiva o deputado Luis Florido.

O presidente da comissão parlamentar das Relações Exteriores disse que deixou os poderes brasileiros cientes dos "mecanismos constitucionais que serão ativados nos próximos dias para substituir de forma pacífica, constitucional e popular o governo de Maduro".

 

Franqueado pelo vice-presidente do Legislativo, Simón Calzadilla, e o deputado William Dávila, que também visitaram o Brasil, Florido deu especial importância ao fato de que os membros da delegação venezuelana foram recebidos pelo chanceler brasileiro, Mauro Vieira.

"Foi um fato histórico porque mudou o que vinha sendo a política (governamental) do Brasil, de se esquivar da oposição venezuelana", ressaltou Florido sobre sua reunião com Vieira em Brasília.

Segundo ele, se tratou da "primeira reunião de representantes da MUD (a aliança partidária opositora venezuelana) com um representante do mais alto nível do governo brasileiro".

Além de informar-lhe da decisão da MUD de antecipar o fim da gestão de Maduro, "pudemos falar da grave crise humanitária que existe na Venezuela, dos presos políticos e também dos exilados", relatou.

"Ter sido recebido pelo chanceler joga por terra toda essa argumentação que vieram desenvolvendo os setores governistas de que a oposição está conspirando (...); isso é mentira, caso contrário, não teríamos sido recebidos", destacou Dávila.

O mesmo aconteceu nas reuniões com autoridades legislativas brasileiras, tanto da Câmara dos Deputados como do Senado, e em outras com autoridades eleitorais e judiciais, segundo Florido.

Dávila e Florido detalharam a esse respeito que solicitaram a investigação de acordos entre o governo de Maduro e empresas brasileiras como JBS, Hypermarcas e Odebrecht.

"A Odebrecht tem contratações que passam dos US$ 20 bilhões na Venezuela", enquanto a JBS, que atende 50% do consumo venezuelano de carne, "assinou contratos no valor de US$ 2,1 bilhões em 2015 e de 1,5 bilhão em 2014", ressaltou Dávila.

Sobre a Hypermarcas, que negou que exista algum tipo de contrato com o governo da Venezuela, Dávila assegurou que o deputado governista Diosdado Cabello, presidente do parlamento venezuelano até o ano passado, informou publicamente que negociava com o conglomerado a compra e venda de remédios.

Foram selados "compromissos de cooperação e troca de informação com o Tribunal de Contas do Brasil para investigar as irregularidades" com as três empresas brasileiras, garantiu Florido.

Também assegurou que o Legislativo brasileiro emitirá esta semana "uma resolução" que "se solidariza" com a lei de anistia que os legisladores venezuelanos se preparam para sancionar a favor dos opositores presos.

Essa resolução, destacou, também incluirá uma solicitação à presidente Dilma Rousseff para que "ative" instrumentos do Mercosul frente a "desconhecimentos" de Maduro em relação a decisões parlamentares, o que "atenta contra a democracia".

Na cidade de São Paulo os parlamentares tiveram reuniões com as autoridades da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que adquiriram "o compromisso", segundo os opositores, de doar remédios à Venezuela.

 

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Com 100 mil lojas fechadas, varejo se preocupa com 2016

Logo do Magazine Luiza na entrada do escritório da empresa em São Paulo

 O apelo à criatividade, às promoções e ao corte de custos tem sido o mantra dos comerciantes brasileiros neste início de ano, mas nada deve salvar o varejo de uma nova retração nas vendas em 2016. Desemprego crescente, elevado endividamento das famílias e crédito caro persistem e habitam os piores pesadelos dos empresários, que no ano passado já assistiram ao maior tombo nas vendas desde 2001 e fecharam quase 100 mil lojas. O baque foi tão grande que o comércio acabou perdendo espaço para outras atividades na economia.

Como nada mudou na passagem do ano, o encolhimento deve continuar. Neste mês, a Fundação Getulio Vargas (FGV) mostrou que os comerciantes reclamam cada vez mais da demanda insuficiente e dos custos com mão de obra, o que pode incentivar demissões nos próximos meses. O próprio indicador de emprego previsto caiu 3,3 pontos, para o menor nível da série histórica, iniciada em março de 2010. "Isso é um sinal de que o ritmo de redução de pessoal ocupado no setor deve aumentar nos próximos meses", explica Aloisio Campelo, superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) espera pela demissão de aproximadamente 245 mil trabalhadores formais neste ano - o comércio já fechou quase 181 mil vagas em 2015. Mas o problema não deve se limitar a demissões. Sem clientela suficiente, quase 100 mil lojas deixaram de existir no ano passado. "A tendência de fechamento deve continuar. O comércio continua com o pé na lama", afirma o economista da CNC Fabio Bentes.

Sem uma via de escape, o varejo depende do consumo doméstico. Só que os brasileiros seguem pessimistas diante do aumento do desemprego e da queda na renda e, na tentativa de equilibrar o orçamento doméstico, acabam freando os gastos. Muitos inclusive têm recorrido à poupança para conseguir manter as contas em dia. "Há menos pessoas trabalhando e muitas pessoas ganhando menos. Isso impacta", diz o economista Thiago Biscuola, da RC Consultores.

No ano passado, as vendas no varejo restrito encolheram 4,3%, o pior resultado desde o início da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2001. No segmento ampliado, que inclui veículos e material de construção, o tombo foi ainda maior, de 8,6%. Como resultado, o Produto Interno Bruto (PIB) do comércio deve ter encolhido 8% no ano passado, o pior resultado desde o início das Contas Nacionais em 1948, estima a CNC.

A forte queda no PIB do comércio em 2015 abortou o processo de crescimento do peso da atividade na economia brasileira, um caminho encarado como natural pelos economistas. No ano passado, 10,5% da renda gerada no País veio do comércio, contra 11,1% em 2014, segundo estimativas do Monitor do PIB, produzido pela FGV.

Perdas

Com a disputa pelo cliente cada vez mais acirrada, os lojistas tentam lançar mão de promoções para atrair os brasileiros. Renegociação de prazos e valores com fornecedores e medidas de redução de custo também estão no 'script' das empresas. Mesmo assim, o crédito travado e a inadimplência em crescimento mínguam os planos de grandes varejistas.

O Grupo Pão de Açúcar teve prejuízo de R$ 314 milhões no ano passado. Os investimentos de R$ 2 bilhões feitos em 2015 devem cair a R$ 1,5 bilhão neste ano, segundo a companhia.

A Via Varejo, braço do Grupo Pão de Açúcar que reúne as marcas Casas Bahia e Ponto Frio, também vai intensificar os cortes de investimentos e deve ser mais seletiva no crédito diante do preocupante aumento da inadimplência observado atualmente. A rede fechou 23 lojas e demitiu mais de 11 mil funcionários durante o ano passado. O lucro líquido da empresa encolheu expressivos 99,7% ante o ano anterior, para R$ 3 milhões.

A Magazine Luiza é outra gigante do comércio brasileiro que espera dificuldades em 2016. O presidente da companhia, Frederico Trajano, afirmou em recente entrevista ao Estado que a gestão tem mirado em cortes de custos para enfrentar a crise.

Taxistas protestam contra Uber na Avenida Paulista

Taxistas em protesto contra o Uber em São Paulo

 Um grupo de cerca de 400 taxistas e seus familiares realizou protesto contra o Uber e "em favor do transporte legalizado" na Avenida Paulista na manhã deste domingo, 28. A estimativa é da Polícia Militar, mas os manifestantes falam em "milhares" de pessoas.

A manifestação foi realizada pelo Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores nas Empresas de Táxis do Estado de São Paulo (Simtetaxis). O sindicato busca conquistas assinaturas para um abaixo-assinado contra a liberação do aplicativo de caronas. Segundo a entidade, mais de 40 mil tsxistas já aderiram à causa.

Os taxistas usaram camisetas brancas com a frase "Encontro da Família Taxistas pela Legalidade e pela Justiça", além de carregar bandeiras do Brasil e faixas de protesto.

"Lideranças sindicais de Estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Paraná e Distrito Federal também somaram esforços a esta causa nobre", diz nota do Simtetaxis. O objetivo é reunir 200 mil assinaturas, que serão levadas ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Violência. Neste mês o presidente de outro sindicato ligado aos taxis, o das empresas de táxi de São Paulo (Sintetaxi-SP), virou alvo de inquérito da Polícia Civil por incitar violência e apologia ao crime. Antonio Matias, o Ceará, compartilhou um vídeo nas redes sociais incentivando violência contra motoristas do Uber. "Agora é cacete, prefeito", disse ele ao prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT). O dirigente sindical, no entanto, negou o incentivo e disse que é contra a violência.

Apoiadores de Doria fazem campanha em prévias do PSDB

João Dória Junior, do Grupo Dória

 Apoiadores da candidatura de João Doria Jr. à Prefeitura de São Paulo instalaram cavaletes do empresário nos entornos do diretório zonal de Perdizes do PSDB. O partido decide neste domingo, 28, quem vai ser o candidato do PSDB a prefeito no processo de prévias. Doria disputa a vaga com o vereador Andrea Matarazzo e o deputado federal, Ricardo Tripoli.

O zonal de Perdizes é o local onde vota Tripoli, um dos adversários de Doria na disputa interna. Além do parlamentar, vota também nesse diretório o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

A iniciativa do empresário irritou os tucanos da região. "Isso é um desserviço para o processo das prévias. Simboliza o chorume no qual se tornou isso (as prévias)", afirmou o ex-presidente do zonal de Perdizes, Fabio Fortes.

Duas estudantes vestidas com coletes de apoio a Doria foram orientadas a ficar na região do zonal de Perdizes fazendo campanha para o candidato.

Graziela Matias (25) e Tainá Olímpio (19) afirmaram que estão trabalhando de graça para o empresário. Segundo Graziela, ela está apoiando a candidatura porque Doria "ajuda a comunidade" onde elas moram. As duas residem no Butantã, na zona sul da capital. "Estamos ajudando porque ele ajuda nossa comunidade. Ele promove eventos, ajuda crianças", disse Graziela.

Pouco depois de falarem com a reportagem, as duas apoiadoras da candidatura de Doria foram abordadas por Carlos Ávila, fiscal da campanha do empresário, que quis saber delas o que o Estado questionou na entrevista.

Fifa congela verbas à CBF até que reformas sejam feitas

Novo presidente da Fifa, Gianni Infantino, dia 26/02/2016

 A Fifa congelou todo o repasse de dinheiro para a CBF até que uma reforma na entidade brasileira seja feita, a situação de seu presidente seja esclarecida e controles independentes sejam realizados. Pessoas próximas à cúpula da entidade internacional revelaram ao jornal O Estado de S. Paulo que a situação sul-americana é "a mais dramática" entre os membros afetados pelo escândalo de corrupção e que, desde as prisões de cartolas em maio de 2015, "nada mudou" na CBF.

A decisão não tem uma relação com a escolha de Gianni Infantino como novo presidente, que terá um poder limitado de influenciar as decisões do Comitê de Auditoria Independente. Como o jornal O Estado de S. Paulo revelou em sua edição da última quinta-feira, a CBF será obrigada a publicar suas contas, revelar detalhes de seus gastos e ser auditada. Além disso, o Comitê de Ética da Fifa prepara desde janeiro uma punição "exemplar" a Marco Polo del Nero, presidente licenciado da CBF, e denunciado por corrupção nos Estados Unidos.

Mas, enquanto uma decisão não vem, a opção encontrada pela Fifa foi a de estrangular qualquer fonte extra de recursos. A CBF não depende do dinheiro da entidade em Zurique, que de fato bloqueou os repasses a todas as confederações envolvidas nos escândalos de corrupção. Mas enquanto entidades como a Concacaf já se reformam e mudam sua estrutura, a Conmebol e a CBF caminham em passos lentos neste sentido. Para complicar, a CBF tem como presidente interino uma pessoa que não toma decisões, enquanto Del Nero, o presidente de fato, não pode deixar o Brasil sob o risco de ser preso.

Já em dezembro, a Fifa decidiu interromper qualquer tipo de relação financeira com a CBF e vai ainda impedir que parte das promessas de Infantino sejam cumpridas. O suíço, que venceu as eleições na sexta-feira, havia indicado que repassaria US$ 5 milhões (R$ 19,9 milhões) a cada federação nacional logo no discurso de posse: "esse dinheiro é seu".

Os recursos que a Fifa enviaria para a Conmebol também foram congelados. Prova que a entidade sabe que não tem direito aos recursos é que ela jamais se queixou do bloqueio, que podem chegar a US$ 10 milhões (R$ 39,9 milhões) por ano. Neste sábado, membros da Fifa questionaram o presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, sobre quando viriam as reformas e ficaram sem resposta.

Mas é o dinheiro do fundo da Copa do Mundo de 2014 que mais preocupa a Fifa. A entidade prometeu US$ 100 milhões (R$ 399 milhões) ao Brasil. Mas, por enquanto, enviou US$ 8 milhões (31,9 milhões) e congelou o restante. A promessa de pessoas envolvidas com o processo é de que vão "sentar sobre o dinheiro" para pressionar por mudanças.

A falta de um comitê de ética na Conmebol ou regras na CBF sobre o comportamento dos dirigentes preocupam a Fifa. A entidade defende que desde que a crise começou e 41 pessoas foram indiciadas apenas a América do Sul não se mexeu.

Ginecologistas sugerem mutilações genitais "minimalistas"

Cadeira de ginecologista; aborto; saúde

Excisões "minimalistas", que permitam respeitar as tradições culturais sem pôr em perigo a saúde das mulheres, devem ser toleradas - dizem dois ginecologistas americanos em um artigo que despertou controvérsia entre os especialistas.

"Nós não estamos dizendo que as intervenções sobre os órgãos genitais de mulheres são desejáveis, mas sim que certas intervenções deve ser toleradas pelas sociedades liberais", escrevem os dois autores em uma revista especializada, o Jornal de Ética Médica.

Em vez de falar sobre a mutilação genital, eles recomendam o uso do termo "alteração genital" para descrever os diferentes métodos de excisão e os riscos associados a eles.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), que lançou uma campanha contra a prática, cerca de 200 milhões de mulheres foram vítimas de excisão no mundo, principalmente na África e no Oriente Médio.

O procedimento envolve a remoção parcial ou total da genitália externa feminina (clitóris, lábios maiores e minora) e é realizada em crianças, às vezes muito jovens e em adolescentes por razões culturais, religiosas ou sociais.

A prática pode levar à morte em caso de choque hemorrágico.

Para os médicos Shah Kavita Arora e Allan J. Jacobs, ambos de Cleveland (EUA), dois tipos de excisão podem ser tolerados: as que não têm efeito duradouro sobre a aparência ou o funcionamento dos órgãos genitais e aquelas que mudam "ligeiramente" sua aparência, sem ter um efeito duradouro sobre a capacidade reprodutiva ou satisfação sexual das mulheres.

Eles comparam essas intervenções à circuncisão masculina, que é legal no mundo ocidental.

Todas as excisões que levam a perturbar a sexualidade e o curso da gravidez ou o parto devem ser proibidas, segundo eles.

Sua postura despertou fortes reações.

Para a médica Ruth Mackin, da Escola de Medicina Albert Einstein de Nova York, "uma tradição cultural destinada a controlar as mulheres, mesmo da forma menos nociva, deve ser abandonada".

Brian D. Earp, pesquisador americano especialista em bioética teme que a autorização de excisões "mínimas" leve a um "fiasco", multiplicando os problemas legais, regulamentares, médicos e sexuais.

Ele prega também uma "atitude menos tolerante" diante da circuncisão, ressaltando que as crianças dos dois sexos "não devem ter seus órgãos sexuais alterados ou retirados antes que eles possam compreender e autorizar este tipo de intervenção".

Arianne Shahvisi, da universidade britânica de Sussex estima que uma abordagem minimalista teria poucas chances de culminar no objetivo desejado por estas mutilações, "que é controlar o apetite sexual das mulheres".

Entenda a separação entre cristãos ortodoxos e católicos

Patriarca de Moscou da Igreja Ortodoxa, na Rússia, dia 20/04/2014

 A separação entre os cristãos do Oriente e do Ocidente, que se tornaram ortodoxos e católicos, teve como pano de fundo questões teológicas complexas, mas também profundas divisões políticas.

Desde os primeiros séculos do cristianismo, as diferenças se fizeram sentir entre as Igrejas do Oriente e do Ocidente: alguns observam o rito greco-bizantino, os demais, o rito latino, e cada um reivindica para si a verdadeira doutrina, em especial sobre a natureza da Trindade (Pai, ​​Filho e Espírito Santo).

Acima de tudo, o Oriente, a terra dos Pais da Igreja, questiona quando o Papa, bispo de Roma, se apresenta como o sucessor de Pedro, o discípulo a quem Jesus confiou a missão de fundar e conduzir sua Igreja.

Em 451, o Concílio de Calcedônia estabeleceu o primado de Roma, mas Constantinopla o interpretou como um primado de honra não dando autoridade ao Papa sobre seus próprios fiéis.

Mas, à medida que a autoridade do Papa começou a aparecer como uma ameaça do Ocidente carolíngio frente ao patriarca e ao imperador de Constantinopla, a ruptura tornou-se inevitável.

Em 1054, na Catedral de Santa Sofia de Constantinopla, o cardeal Humberto excomungou o patriarca Miguel I Cerulçário, iniciando o Grande Cisma que perdura até hoje.

Mas foram sobretudo as Cruzadas, temidas pela maioria dos cristãos do Oriente, que materializaram a separação, especialmente quando os cruzados estabeleceram patriarcados latinos paralelos aos patriarcados gregos.

Em 1964, o encontro em Jerusalém entre o papa Paulo VI e Atenágoras, patriarca de Constantinopla, deu início a um processo de reconciliação: as excomunhões mútuas foram levantadas.

Os encontros passaram a ser frequentes entre os seus sucessores - Francisco encontrou Bartholomeu em 2014 em Jerusalém e em 2015 em Istambul - e os gestos de boa vontade se multiplicaram.

Desta forma, João Paulo II, em um gesto solene em 2004, devolveu aos ortodoxos as relíquias dos santos Gregório, o Teólogo, e João Crisóstomo, sequestrado em 1204 durante uma das cruzada.

Em 1979, uma "comissão mista para o diálogo teológico" foi criada com o objetivo de uma reconciliação entre as duas tradições cristãs que, fora a liturgia, permaneceram bastante próximas.

Mas ao longo dos séculos, foi o patriarcado de Moscou, com pelo menos 130 milhões de seguidores contra menos de 3,5 milhões de Constantinopla, que assumiu a liderança sobre o mundo ortodoxo, formado por 14 Igrejas autocéfalas.

Mas as relações entre Moscou e a Santa Sé permaneceram por muito tempo em ponto morto, com os russos acusando o Vaticano de promover o proselitismo católico em terra ortodoxa.

Despedida de solteiro em pleno voo obriga pouso antecipado

Aviões da companhia aérea irlandesa Ryanair no aeroporto de Stansted, no Reino Unido

Um avião da companhia irlandesa Ryanair que seguia para a Eslováquia teve que pousar em Berlim porque seis jovens que celebravam uma despedida de solteiro em pleno voo se tornaram incontroláveis.

O noivo e cinco amigos, todos embriagados, foram colocados em prisão preventiva pela polícia alemã na última sexta-feira, antes de serem libertados.

Os jovens, da região de Southampton (sul de Londres), tinham de 25 a 28 anos e podem ser multados em 25 mil euros.

No voo, de Londres-Luton a Bratislava, com 170 passageiros, os seis "se comportaram muito mal" e obrigaram o piloto a retirá-los, segundo a Polícia Federal alemã. Eles foram acusados de pôr em risco a segurança do voo e ignorar as advertências da tripulação.

O comandante decidiu fazer um pouso de emergência no aeroporto internacional de Berlim-Schoenefeld, às 19h30 GMT de sexta-feira.

Reformistas e aliados do presidente ganham eleições no Irã

Mohammad Reza Aref (C) durante ato de campanha em Teerã

A lista "Esperança", que junta reformistas e moderados que apoiam o presidente do Irã, ganhou todos os 30 assentos parlamentares de Teerã, a capital do pais, nas eleições de sexta-feira (26), informou neste domingo a televisão estatal.

Segundo os resultados (quando já foram contados 90% dos votos), o candidato que encabeçava a lista dos conservadores Gholam-Ali Hadad Adel, aparece em 31º lugar, o que não garante sua eleição.

A lista de reformistas e moderados em Teerã é liderada por Mohammad Reza Aref, antigo candidato reformista às eleições presidenciais de 2013, que se retirou a favor do moderado Hassan Rohani, hoje presidente do Irã, que foi eleito em primeiro turno.

Hassan Rohani espera obter uma maioria no Parlamento, atualmente dominado pelos conservadores, para poder prosseguir a sua política de abertura.

As eleições realizadas na sexta-feira elegem o Parlamento e a Assembleia de Especialistas, religiosos que escolhem e podem demitir o guia supremo.

Foram as primeiras eleições desde o acordo nuclear do governo de Rohani com as potências mundiais.

As eleições são um teste à influência do presidente, que luta para reconstruir a economia do Irã após o levantamento das sanções internacionais na sequência do acordo.

O impasse nuclear durante 13 anos levou a moeda iraniana, o rial, a desvalorizar-se em dois terços, destruindo o poder de compra. A taxa de desemprego oficial é de 10%, mas sobe para os 25% entre os jovens.

Empreendedores criam negócio que faz o supermercado por você

Ricardo Prelhaz e David Russell, da Carrinho em Casa

 Você provavelmente é ou conhece alguém tão ocupado que nunca tem tempo para ir ao supermercado. Ou alguém que adoraria receber itens recorrentes em casa, como fraldas para os filhos, sem ir comprar toda semana. Ou, ainda, um idoso que tem dificuldades em se locomover – inclusive para o mercado. Esses clientes são justamente os que procuram a Carrinho em Casa, startup que registra pedidos online de compras e entrega em até duas horas na porta de casa. O serviço deu tão certo que a expectativa é faturar quatro milhões de reais em 2016.

Os idealizadores do empreendimento são o português Ricardo Prelhaz e o americano David Russell, que se conheceram enquanto faziam mestrado em Portugal. Enquanto Prelhaz tinha experiência em e-commerce, ocupando cargos em empresas como a Dafiti, Russell trabalhava no mercado financeiro.

Após algum tempo de amizade, os dois conversaram sobre trazer uma ideia vista nos Estados Unidos para o Brasil: o Instacart, modelo de pedidos online de compras lançado em 2012 e que estava dando muito certo por lá.

O mínimo produto viável (MVP) foi criado em maio de 2015, por meio da contratação de uma agência de desenvolvimento, e o negócio foi inaugurado em agosto do mesmo ano. Prelhaz conta que ele e o sócio apostaram mais na própria experiência, e não em algum estudo de mercado sobre o setor em que atuariam.

“A ideia era lançar o mais rápido possível e ver se haveria aceitação. Se desse certo, nos escalaríamos. Se não desse, começaríamos outra empresa”, resume. “Hoje, tudo é muito rápido no mundo do empreendedorismo. Se você não fizer agora, outra pessoa irá fazer.”

O primeiro bairro de atuação foi o Jardins, em São Paulo, onde os empreendedores moram. “No começo, quando surgia um pedido, eu mesmo vestia a camiseta da Carrinho em Casa, ia fazer as compras e entregava. Se surgia um outro pedido, meu sócio fazia a mesma coisa. Era uma coisa muito básica mesmo”, conta Prelhaz. Nas primeiras semanas, os pedidos ainda podiam ser contados nos dedos da mão.

Porém, o número de pedidos foi aumentando com o tempo, e a startup teve de contratar pessoas tanto para desenvolver o e-commerce internamente quanto para fazer as compras – os chamados “shoppers”. Ao todo, são oito membros na equipe (incluindo os dois sócios) e mais dez compradores.

Hoje, cerca de 1.800 usuários já usaram a plataforma e o negócio tem um faturamento mensal de 120 mil reais. Quase 40 bairros são atendidos, todos na cidade de São Paulo. Os campeões de pedidos são Jardim Paulista, Jardim Europa, Consolação, Moema e Pinheiros.

Como funciona?

O cliente entra no site da Carrinho em Casa, coloca seu CEP e vê quais são os supermercados cadastrados dentro do bairro indicado. Ele escolhe o estabelecimento e os produtos adicionados ao carrinho. Após a confirmação, o “shopper” mais próximo realiza as compras no supermercado e entrega o produto para o cliente em até duas horas (ou mais tarde, se o usuário desejar).

O prazo é um grande diferencial do negócio - segundo Prelhaz, isso é conseguido porque há um estudo de demanda em cada bairro e os compradores são alocados de acordo.

Outra vantagem é poder comprar em supermercados que não possuem um sistema online de pedidos, que é um processo mais conveniente e menos propenso a erros do que o de pedir pelo telefone, completa o empreendedor. Também é possível ver diversas opções de oferta na mesma plataforma, comparando supermercados ou olhando serviços complementares, como pet shops.

Hoje, a Carrinho em Casa tem parcerias com Casa Santa Luzia, Carrefour, Cobasi, Emporium São Paulo, Mambo, Mundo Verde e Quitanda. Negociações para incluir o grupo GPA, da rede Pão de Açúcar, estão em andamento.

Para financiar sua operação, a startup cobra um acréscimo de 5 a 10% em cada produto. Cada estabelecimento pode escolher se irá cobrir o valor (assim, os produtos na plataforma têm o mesmo preço do que no supermercado, o que pode aumentar as vendas) ou não (repassando o acréscimo ao consumidor final).

Expansão e planos

O faturamento da Carrinho em Casa cresce de 30 a 40% por mês, ressalta Prelhaz. Assim, as projeções para 2016 são ambiciosas: a ideia é fechar o ano com um faturamento acumulado de quatro milhões de reais, cadastrar dez mil clientes, ter 30 varejistas (mesmo que alguns ainda em negociação) e cobrir, além de toda a Grande São Paulo, outras quatro cidades: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba e Rio de Janeiro. A expansão de área deve acompanhar a contratação de mais “shoppers”: o plano é ter entre 300 a 400 até o fim do ano.

Para isso, a startup também conta que pretende conseguir um investimento ainda este ano. As áreas favorecidas serão a de marketing, para divulgar mais o negócio; tecnologia, com a contratação de desenvolvedores para aprimorar o e-commerce e lançar aplicativos para Android e iOS; e também melhorar o app que os “shoppers” usam, integrando o Waze dentro da aplicação para sugerir o melhor caminho de entrega, por exemplo. A ideia é ter um serviço similar ao que o Uber pratica, mostrando os estabelecimentos e “shoppers” próximos.

4 descobertas inusitadas da ciência sobre a morte

Morte

 A ciência ainda não descobriu como driblar a morte, mas já sabe algumas coisas interessantes sobre o assunto.

Você sabia que, por exemplo, que é falsa a afirmação de que pelos e unhas continuam a crescer em cadáveres? Esse e outros três fatos sobre a morte, calcados por pesquisas científicas, podem ser vistos na lista abaixo.

Carne humana em decomposição tem cheiro “doce”

O cheiro da morte consiste em mais de 400 compostos orgânicos voláteis. Eles são produzidos pela ação das bactérias, que transformam os tecidos do corpo em gases e sais.

Seres humanos e outros animais compartilham vários desses compostos. No entanto, um estudo feito por cientistas da Universidade de Leuven, na Bélgica, revelou que cinco ésteres orgânicos (compostos que reagem com a água para produzir álcoois e ácidos) são exclusivos dos seres humanos.

Esses cinco compostos também são produzidos por frutas, particularmente quando elas apodrecem. Por isso, cadáveres humanos desprendem um odor adocicado, que o neurobiologista Moheb Costandi afirma ser “imediatamente reconhecível e difícil de esquecer”, em um artigo.

Unhas e pelos não continuam a crescer

Você, provavelmente, já ouviu falar que as unhas e os pelos das pessoas continuam a crescer depois da morte. Essa informação é falsa, pois apenas o folículo do pelo e a matriz da unha continuam vivas após a morte da pessoa – e essas partes exigem regulação hormonal e o fornecimento de proteínas e óleos para a produção de pelos e unhas.

Na realidade, o que acontece é que devido à desidratação do corpo após a morte, a pele ao redor da unha se retrai. Isso faz com que ela pareça mais longa do que é.

A explicação do “crescimento” do pelo também é simples: a pele do queixo de uma pessoa morta também resseca, fazendo com que ele fique afundado e os pelos da face pareçam mais proeminentes.

O medo da morte diminui com a idade

Pesquisadores norte-americanos descobriram que pessoas entre 60 e 70 anos expressam menos medo de morrer do que adultos entre 40 e 50 anos. De acordo com o estudo, os indivíduos do segundo grupo são mais amedrontados pela morte devido, principalmente, à crise de meia-idade. Além disso, acontecimentos biográficos e históricos também podem afetar a opinião de cada pessoa sobre a morte.

Outro estudo feito nos Estados Unidos com mais de 340 mil pessoas descobriu que o medo da morte começa na meia-idade e diminui a partir dos 60 anos. Jovens de 20 anos, segundo a análise, também relatam baixa angústia com relação à morte.

Pensar sobre a morte torna você preconceituoso

Uma metanálise feita com mais de 200 estudos realizados ao longo de 25 anos revelou que pensar sobre a morte torna as pessoas mais preconceituosas.

Os resultados sugerem que indivíduos com pensamentos mórbidos são mais tolerantes com racistas, mais severos com prostitutas, menos favoráveis aos direitos LGBT e ainda menos dispostos a consumir produtos estrangeiros.

Contudo, pensar sobre a morte também faz os indivíduos terem vontade de ter filhos e nomeá-los com seus próprios nomes. Isso significa que as pessoas querem se manter vivas simbolicamente, através de seus filhos.

Por que o ano bissexto é tão importante para a humanidade

Calendário no celular

 O ano de 2016 é bissexto e, por isso, a humanidade será agraciada com um dia a mais – para ser mais exato, 29 de fevereiro. A cada quatro anos é a mesma história. No entanto, o que essa adição significa para o cotidiano das pessoas?

Nosso calendário ocidental é amarrado ao ano tropical – o tempo entre sucessivos equinócios de primavera. Nessa época, a posição do sol no céu é exatamente onde a eclíptica cruza o equador celeste. Assim, o astro divide seu tempo exatamente entre o lado diário e o lado noturno da Terra. Ele retorna para seu lugar de origem em cerca de 365,24219 dias.  

Por isso, um ano tem, geralmente, uma duração de 365 dias, cinco horas, 48 minutos e 48 segundos, ou 365,24219 dias. Essa fração, arredondada para seis horas, é compensada no ano bissexto, que tem 366 dias – afinal, seis horas em quatro anos significa 24 horas, ou seja, um dia a mais.

Esse dia extra mantém o nosso calendário em funcionamento. Se mantivéssemos todos os anos com 365 dias, os meses iriam gradualmente variar com o sol até que o verão se transformaria em inverno, por exemplo.

Desse modo, planejar o futuro seria extremamente complicado, principalmente, quando o assunto é a manutenção de tradições religiosas – como a Páscoa e o Natal – e as temporadas agrícolas. Por isso, várias culturas estabeleceram um sistema preciso e previsível.

Senta que lá vem história

O primeiro calendário com o comprimento atual de dias e anos foi criado pelo imperador romano Júlio Cesar – porém, ele incluiu o ano bissexto com uma frequência de três em três anos.

Foi com o Papa Gregório XIII que esse erro foi corrigido e o ano bissexto passou a ser contado de quatro em quatro anos. Além disso, ele também optou pela perda de três dias no ano a cada 400 anos.

O resultado disso foi o calendário como conhecemos. Entretanto, para ajustar essa fração desigual, essa regra é ignorada a cada 100 anos e o dia não é adicionado. Mas essa regra dos 100 anos é desconsiderada a cada 400 anos e, com isso, o ano recebe um dia extra.

Um ano que explica muito bem essa confusão de regras é o 2000. Ele não deveria ter sido considerado um ano bissexto, pois caiu na norma dos 100 anos. No entanto, como ele é divisível por quatro e por 400 anos, a regra dos 100 anos foi ignorada e o dia 29 de fevereiro foi incluído.

Problemas na regra

Devido a essa solução de longo prazo em 2000, o comprimento do ano ficou com 365,2425 dias – ainda um pouco distante dos usuais 365,24219 dias. Esse erro deixou uma diferença de quase um dia em um período de um pouco menos de quatro mil anos

Por isso, há a inclusão de um segundo no final de junho ou dezembro. Esse ajuste é determinado pelo Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra, de acordo com os movimentos do planeta e do Sol. 

Desse modo, no fim, o ano bissexto é uma invenção do homem para controlar suas ações e se sentir parte do universo ao seu redor.

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