terça-feira, 29 de março de 2016

Sou trabalhador informal. Devo declarar o Imposto de Renda?

Homem em dúvida

 Dúvida do internauta: Trabalho por conta própria e de modo informal, sem registro. Só tenho um carro no meu nome. Preciso declarar o Imposto de Renda?

Resposta de Alan Martins*

O pagamento do Imposto de Renda independe da origem dos seus rendimentos, seja por meio do trabalho formal ou informal, com vínculo empregatício ou como trabalhador autônomo. Ou seja, o trabalhador autônomo informal está obrigado a apresentar a Declaração de Imposto de Renda seguindo as mesmas regras aplicáveis aos empregados com registro em carteira ou profissionais autônomos formalizados.

Portanto, os ganhos de seu trabalho como autônomo são rendimentos tributáveis desde que tenham sido superiores a 28.123,91 reais no ano de 2015. Caso você tenha recebido quantia inferior a esse valor, fica dispensado de entregar a declaração 

Se você for obrigado a entregar a declaração e tiver recebido os valores de pessoas físicas, deverá declará-los na ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de PF/Exterior”.

Nesses casos, porém, não basta informar os rendimentos na declaração, pois é dever do profissional autônomo que recebe pagamentos de pessoa física recolher mensalmente o imposto. Para isso, você deve lançar esses rendimentos todos os meses no programa do Carnê-leão, que efetua o cálculo do imposto mensal devido e já faz a emissão de uma guia de recolhimento do IR mensal – a DARF, com vencimento no último dia útil do mês seguinte ao recebimento do valor.

Para recolher o Carnê-leão em atraso, é preciso utilizar o programa Sicalc, que calcula multa e juros e emite o DARF com esses acréscimos.

No programa gerador da declaração é possível importar os dados do programa do Carnê-Leão para a ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de PF/Exterior”, o que permitirá que os recolhimentos mensais apareçam na coluna “Darf pago cód. 0190”.

Agora, se você tiver recebido pagamento de empresas, informe na ficha “Rendimentos Tributáveis de Pessoa Jurídica”, preenchendo o nome e o CNPJ de cada fonte pagadora e os valores recebidos. 

Em razão da origem do trabalho informal, certamente você não tem comprovantes desses rendimentos, mas a sua declaração é suficiente para o pagamento do imposto, pois é caracterizada como confissão de débito.

Além disso, o carro em seu nome deve ser informado na ficha “Bens e Direitos” com o código "21 – “Veículo automotor terrestre: caminhão, automóvel, moto, etc”, Informe a descrição do veículo (marca, modelo, placas, ano, etc.) e os valores em 31/12/2014 e 31/12/2015. Se o veículo foi adquirido em 2015, você deve lançar o valor "R$ 0,00" na coluna "Situação em 31/12/2014".

Outro detalhe importante de se esclarecer é que, embora a origem da renda de atividade autônoma e informal impossibilite o cruzamento de dados com informações prestadas pelas fontes pagadoras, isso não significa que a Receita Federal não disponha de mecanismos de fiscalização capazes de detectar eventual omissão quanto à obrigação de entregar a declaração. Isso porque os bancos são obrigados a apresentar a Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira (Dimof), por meio da qual a Receita Federal tem acesso à movimentação financeira de correntistas. 

*Alan Martins é mestre em direito pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Especialista em direito tributário, professor e coordenador da área fiscal do CERS Cursos Online. Instrutor da Escola Fazendária da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Fazesp). Docente em cursos de especialização e MBAs USP, INPG, ESD, UniFacef, Estácio/CERS e de outras instituições. Autor de livros para concursos e coordenador da área fiscal da Editora Juspodivm.

Cunha prevê que processo de impeachment durará até outubro

Eduardo Cunha chega à Câmara dos Deputados

 Numa visão mais realista do andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), trabalha com um prazo que estenderia o trâmite do afastamento até outubro, mês das eleições municipais.

Nas contas do peemedebista, a Casa conclui o exame da admissibilidade da ação no máximo em 19 de abril, passando o processo para o Senado até 30 de abril.

O calendário de Cunha considera os prazos regimentais para análise do impeachment de Dilma. Na próxima segunda-feira, 4, termina o prazo para que a petista entregue sua defesa à comissão especial.

No dia seguinte, começa a contar o prazo de cinco sessões para a comissão apreciar e votar o parecer o relator Jovair Arantes (PTB-GO) e só no dia 12 de abril seria votado o documento.

O relator trabalha com a possibilidade de apresentar o relatório antes das cinco sessões para acelerar o processo.

O relatório precisa ser publicado no Diário da Câmara, o que aconteceria no dia 13, e o impeachment só poderá ir para pauta 48 horas após a publicação, ou seja, o pedido de impeachment estaria apto para votação a partir do dia 16, no máximo 19.

As contas não incluem a possibilidade dos governistas judicializarem o processo.

Na contabilidade de Cunha, o Senado receberia o pedido de impeachment entre os dias 26 e 30 de abril. A votação no plenário do Senado que definirá o afastamento imediato do cargo está prevista para primeira quinzena de maio.

Se Dilma for afastada, assume provisoriamente o vice Michel Temer.

A partir da segunda quinzena deste mês começaria a contar o prazo de 180 dias de prazo de julgamento por suposto crime de responsabilidade.

Será nessa sessão que o Senado será presidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

No calendário, Cunha lembra que em setembro a Corte será presidida pela ministra Cármen Lúcia, que substituirá Lewandowski no comando do julgamento da petista.

Na segunda quinzena de outubro terminaria o prazo para os senadores concluírem a votação do processo do impeachment.

O calendário de Cunha difere do cronograma informal usado por alguns parlamentares e que circulou hoje na Câmara.

Para os deputados de oposição, que pregam um ritmo acelerado de apreciação do impeachment, é possível concluir todo o rito do impeachment até meados agosto, passando por cima do tradicional recesso de meio de ano.

O documento, obtido pela reportagem, tem passado por gabinetes de parlamentares e também prevê o afastamento provisório de Dilma já no início de maio.

O que os deputados não contabilizam é o cumprimento dos 180 dias do trâmite no Senado, com apresentação de acusação e contraditório.

Competências

A Câmara apenas autoriza - ou não - a abertura do processo de impedimento em votação nominal. Caberá ao Senado formar uma nova comissão, com um quarto dos 81 senadores da Casa, para emitir um parecer reconhecendo ou não a denúncia.

Terá prazo de dez dias consecutivos para apresentar o parecer e, caso reconhecida a denúncia, instaurar processo.

No plenário do Senado, a votação do pedido vindo da Câmara é nominal e por maioria simples. Em caso de aprovação, ocorre a transmissão da presidência do Senado ao presidente do Supremo Tribunal Federal.

A presidente Dilma Rousseff é notificada no dia seguinte e terá prazo de 20 dias para apresentar resposta à acusação. No mesmo dia a presidente seria informada sobre a suspensão do exercício de suas funções até o fim do processo.

A sentença condenatória final só poderá ser proferida pelo voto de dois terços dos membros do Senado.

Imprensa internacional repercute saída do PMDB do governo

Presidente Dilma Rousseff durante reunião com governadores no Palácio do Planalto, dia 04/03/2016

  A decisão do PMDB de deixar o apoio ao governo de Dilma Rousseff ganhou repercussão na tarde desta terça-feira, 29, na imprensa internacional.

Na Argentina, os sites destacaram a rapidez com que a decisão foi tomada e a expressão "duro golpe" foi usada para dimensionar seu impacto.

Nos Estados Unidos, a avaliação das reportagens é que as chances de Dilma perder o mandato cresceram sem seu principal partido de apoio e algumas reportagens destacam o risco de piora da situação no País e de mais aliados deixando o governo.

Também foi ressaltado que o rompimento do PMDB com o governo pode desencadear a saída da base de apoio de outros partidos menores, aumentando a probabilidade de impedimento da presidente.

Times

O site do jornal americano ressalta que a saída do PMDB pode ampliar a crise política e econômica do Brasil, na medida em que o PMDB era "crucial" para o governo.

Outra fonte de preocupação é a saída de ministros do partido, incluindo de pastas importantes, como Saúde e Educação, que vão ocorrer no meio da epidemia do vírus Zika e a poucos meses do começo das Olimpíadas.

The Wall Street Journal

A publicação ressalta que a saída do PMDB, que longamente apoiou o PT no Planalto, reduz as chances de Dilma ficar na presidência.

"A saída pode tornar difícil para a presidente angariar apoio que precisa para evitar o impeachment", afirma o jornal, destacando que o PMDB tem mais deputados e senadores que outros partidos no Congresso.

A pior recessão no país desde a crise de 1929 e vários escândalos de corrupção azedaram a relação da dirigente com o partido.

CNN

A emissora destacou que em uma crise política profunda, que não dá sinais de que vai parar tão cedo, as coisas ficaram ainda mais difíceis para Dilma. "Não importa o que aconteça agora, a decisão do PMDB é mais uma má notícia para a presidente."

Clarín

A publicação argentina afirmou que a medida agrava sensivelmente a situação da presidente e mencionou a estratégia de Lula de contar com dissidentes peemedebistas para ter os votos necessários para barrar o impeachment.

La Nación

O jornal de Buenos Aires classificou o PMDB como a maior força política do País e destacou que a decisão levaria à possível demissão de sete ministros. Segundo La Nación, o vice-presidente Michel Temer tem um plano de governo que incluiria "cortes em programas sociais, privatizações e maior abertura comercial".

Ámbito Financiero

Por contar com grandes bancadas na Câmara e no Senado, afirmou o jornal, o partido "pode desequilibrar qualquer balança política". O site menciona ainda a participação do PMDB em todos os governos desde 1985. Por isso, segundo a publicação, "criou-se a lenda" de que é impossível governar sem ele.

Página 12

Mais alinhada ao kirchnerismo, a publicação usou o título "Uma saída anunciada rumo ao golpe brando contra Dilma" para definir a decisão peemedebista.

O jornal destacou que o PMDB se declarou independente, mesmo em relação a um julgamento no Congresso, ocupa a presidência das duas Casas e tem o maior número de afiliados no País, o que configura um revés para "o já frágil governo de Rousseff".

Moro admite equívoco ao divulgar conversa de Lula e Dilma

O juiz federal Sérgio Moro durante audiência pública na CCJ do Senado 

 O juiz federal Sérgio Moro admitiu hoje (29) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki que se equivocou ao autorizar a divulgação de escutas telefônicas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff.

Ao ministro, Moro também disse que não teve intenção de provocar polêmicas, conflitos ou constrangimentos.

"O levantamento do sigilo não teve por objetivo gerar fato político-partidário, polêmicas ou conflitos, algo estranho à função jurisdicional, mas, atendendo o requerimento do MPF, dar publicidade ao processo e especialmente a condutas relevantes do ponto de vista jurídico e criminal do investigado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que podem eventualmente caracterizar obstrução à Justiça ou tentativas de obstrução à Justiça", justificou Moro.

Moro enviou as informações a pedido de Zavascki após a decisão do ministro que determinou a suspensão das investigações da Operação Lava Jato que envolvem Lula e envio dos processos ao Supremo.

Na quinta-feira (31), o STF decidirá se o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela investigação da Operação Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal, continuará na condução dos inquéritos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na semana passada, o ministro Teori atendeu a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e suspendeu, com base em jurisprudência da Corte, a divulgação das interceptações envolvendo a Presidência da República e fixou prazo de dez dias para que Sérgio Moro preste informações sobre a divulgação dos áudios do diálogo entre a presidente Dilma Rousseff e Lula, tornadas públicas após decisão do juiz.

Governo central tem déficit primário de R$ 25,07 bilhões

Banco Central

 O governo central (Tesouro, Banco Central e INSS) registrou déficit primário de 25,07 bilhões de reais em fevereiro, pior resultado para esses meses desde o início da série histórica em 1997, em meio ao cenário de fracas receitas diante da economia em recessão.

O rombo nas contas públicas veio quase duas vezes maior que o saldo negativo de 13,10 bilhões de reais esperado por analistas em pesquisa Reuters. Nos dois primeiros meses do ano, o déficit somou 10,274 bilhões de reais.

O desempenho de fevereiro foi fortemente afetado pela queda real da receita líquida total, de 13 por cento sobre igual período de 2015, a 67,397 bilhões de reais, informou o Tesouro nesta terça-feira.

Em contrapartida, a despesa total mostrou avanço real (descontada a inflação) de 8 por cento, a 92,467 bilhões de reais, mesmo com corte expressivo no desembolso do programa Minha Casa, Minha Vida, de 32 por cento no período. Segundo o Tesouro, o aumento da despesa em fevereiro foi impactado pelo crescimento de 32,3 por cento em "outras despesas obrigatórias", que incluem gastos com abono e seguro desemprego, somando 15,167 bilhões de reais. No mês passado, Tesouro e BC registraram déficit primário de 14,807 bilhões de reais, ante rombo de 1,556 bilhão de reais em fevereiro de 2015. A Previdência Social viu o déficit saltar 58,3 por cento na comparação anual, a 10,263 bilhões de reais.

Reconhecendo a impossibilidade de reequilibrar as contas públicas em 2016, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, anunciou na semana passada que quer aval do Congresso para encerrar o ano com déficit primário de até 96,65 bilhões de reais, equivalente a 1,55 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

A meta de superávit primário para o governo central é de 24 bilhões de reais neste ano, ainda vigente na lei orçamentária.

A perspectiva de 2016 marcar o terceiro rombo primário para o governo central coloca em xeque a estabilização da dívida bruta, considerada um dos principais indicadores de solvência do país. Diante da intensa crise política, com processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff em andamento, o governo vem enfrentando forte resistência para aprovar medidas de ajuste fiscal no Congresso Nacional.

Juro do cheque especial sobe para 12,10% ao mês

Cartão de crédito (Arquivo) 

A taxa do cheque especial chegou a 293,9 % ao ano (12,10% ao mês), alta de 1,6 ponto percentual a relação a janeiro, informou hoje (29), o Banco Central (BC).

Os juros do cheque especial voltaram ao patamar recorde do início da série histórica, iniciada em julho de 1994 (293,9%).

A taxa do rotativo do cartão de crédito também subiu em fevereiro. O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. Essa é a modalidade com taxa de juros mais alta na pesquisa do BC.

Em fevereiro, a taxa chegou a 447,5% ao ano (15,22% ao mês), com alta de 8 pontos percentuais em relação a janeiro.

Essa taxa do rotativo do cartão de crédito é a mais alta da série histórica, iniciada em 2011.

A taxa média das compras parceladas com juros, do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos saques parcelados, subiu 1,1 ponto percentual para 145,6% ao ano.

A taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) subiu 0,2 ponto percentual para 29,5% ao ano.

A taxa do crédito pessoal (sem operações consignadas) aumentou 4,3 pontos percentuais para 122,8% ao ano.

Famílias

A taxa média de juros cobrada das famílias subiu 1,6 pontos percentuais para 68% ao ano.

A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas, ficou estável em fevereiro – comparada a janeiro – em 6,2%.

No caso das empresas, a taxa de inadimplência também não foi alterada, permanecendo em 4,7% em fevereiro.

A taxa média de juros cobrada das pessoas jurídicas subiu 0,2 ponto percentual para 31,9% ao ano.

Esses dados são do crédito livre em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.

No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) a taxa de juros para as pessoas físicas recuou 0,2 ponto percentual para 9,7% ao ano.

A taxa cobrada das empresas caiu 0,5 ponto percentual para 11,8% ao ano.

A inadimplência das famílias ficou em 2,2%, alta de 0,1 ponto percentual, e das empresas subiu 0,1 ponto percentual para 1%.

O saldo de todas as operações de crédito concedido pelos bancos voltou a cair em fevereiro, quando chegou a R$ 3,184 trilhões, com redução de 0,5%, em relação a janeiro.

Esse valor correspondeu a 53,6% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB), com uma redução de 0,4 ponto percentual em relação a janeiro.

Barbosa diz que Brasil não está em situação de insolvência

A presidente Dilma Rousseff ao lado do ministro da Fazenda Nelson Barbosa

 O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, enfatizou nesta terça-feira, 29, que o Brasil não está em situação de insolvência e irá honrar todos os seus compromissos.

"Não vamos confundir volatilidade com insolvência. O governo brasileiro não está deixando de honrar seus compromissos, muito pelo contrário", afirmou, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Para Barbosa, quem compra um título público, seja doméstico ou internacional, está fazendo um bom investimento. "O investidor que comprar título do Brasil está fazendo investimento seguro e de alta rentabilidade", defendeu.

O ministro citou a última emissão externa de títulos realizada no dia 10 de março para destacar que a demanda pelos papéis foi de quatro a cinco vezes superior à oferta de títulos.

Na ocasião, o Tesouro Nacional captou US$ 1,5 bilhão em bônus da dívida externa brasileira com prazo de vencimento em 10 anos, o Global 2026.

"Pagamos uma taxa 125 pontos básicos menor do que a que esperávamos. Mesmo após o downgrade, há grande demanda por títulos brasileiros no exterior", acrescentou.

Barbosa disse ainda que o governo irá honrar não apenas compromissos financeiros, mas também os compromissos com a população brasileira, como a conclusão de investimentos.

"Por isso pedimos a autorização do Congresso para reduzir a meta fiscal de 2016", completou.

Em resposta a questionamentos dos parlamentares, Barbosa avaliou também que uma taxa de juros menor, se possível, é melhor para todos. "Mas a inflação caindo vai possibilitar uma redução da taxa de juros", concluiu.

Democracia

Barbosa pediu no Senado que se dê tempo à democracia, para que os atuais problemas fiscais do Brasil possam ser enfrentados.

"Chegamos no momento de ter uma discussão fiscal ampla, profunda e muito bem detalhada. Desafio fiscal tem uma boa notícia: só depende de nós mesmos. Mas também tem uma má notícia: só depende de nós mesmos", afirmou.

Para o ministro, os problemas fiscais não têm solução rápida e não serão eliminados "num passe de mágica", qualquer que seja a solução política encontrada para o momento atual. "Se der tempo à democracia, a democracia resolve", disse aos parlamentares.

Depósito remunerado voluntário

Barbosa disse também que o depósito remunerado voluntário no Banco Central, cuja proposta de criação foi enviada pelo governo ao Congresso, provavelmente será de curto prazo.

Ele repetiu ainda que a taxa de remuneração desses recursos será próxima da Selic (a taxa básica de juros).

Segundo ele, alguns países pagam um pouco mais e outros um pouco menos que a taxa básica. "Essa é uma discussão que se tem no mundo.

Pode-se pagar acima porque não há título correspondente, ou abaixo para forçar os bancos a emprestarem", exemplificou. "Mas primeiro o Congresso tem que aprovar a criação do depósito. Discutir a remuneração será o passo seguinte", completou.

Os benefícios de se manter um negócio na família

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Os benefícios de se manter um negócio na família
Escrito por Herbert Steinberg, especialista em empresas familiares

O Manual de Governança para Empresas Familiares da International Finance Corporation (IFC) aponta como ponto forte das empresas familiares um melhor desempenho frente suas correspondentes não familiares, tanto em termos de vendas e lucros quanto de outras medidas de crescimento.

Em outro estudo, da Thompson Finance, que compara as empresas familiares com suas rivais em seis índices financeiros, o desempenho das famílias supera o das concorrentes em todos os parâmetros.

Essa resposta estatística se deve a algumas características: o forte compromisso que a família tem com o negócio, o alto nível de dedicação e o interesse em garantir a prosperidade para que a empresa possa ser transferida para a próxima geração.

Outros pontos altos são confiabilidade e orgulho. Por ter suas histórias de vida, seus nomes e sua reputação associados ao negócio, o esforço da família proprietária se dá no sentido de aumentar a qualidade de seus produtos e serviços e manter um bom relacionamento com seus funcionários e parceiros.

As empresas familiares também, em geral, trabalham com um horizonte de investimentos mais amplo, conseguem suportar melhor os momentos de desaquecimento da economia e continuam comprometidas e estáveis na relação família-empresa e mercado, enquanto outras são obrigadas a responder rapidamente a seus acionistas, reduzindo custos e muitas vezes cancelando projetos e produtos em momentos difíceis.

Por outro lado, características como a informalidade e a falta de disciplina – porque em sua maioria as empresas familiares são dirigidas pelas próprias famílias, que em geral têm pouco interesse em estabelecer processos e procedimentos que observem regras claras e respeitadas – são apontadas como desvantagens.

Inserir a cultura profissional em uma empresa familiar é sempre um desafio cuja dimensão e consequências dependem de como o assunto é trabalhado e absorvido internamente. Há de se diferenciar o que significa “profissionalização” para as corporações e para as empresas familiares. Muitos confundem este conceito com a prática de trazer alguém de mercado em substituição a um familiar que atue na gestão.

Trazer um profissional externo não é garantia de sucesso ou de competência. Abandonar o “fazer de forma doméstica” é adotar processos profissionais. Isso faz realmente diferença. O que prevalece, de fato, não é que o comando tenha um sobrenome da família.

Sobrenomes como Moraes, Gerdau, Sirotsky, não definem o grau de profissionalização de um grupo ou empresa, mas sim os processos profissionais que adotam. 

Herbert Steinberg é sócio da consultoria Mesa Corporate Governance.

5 erros que você pode cometer ao negociar salário na crise

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 Numa fase tão crítica para a economia brasileira e para grande parte das empresas que operam no país, pedir um salário maior soa como loucura.

Mas, na visão de Patrícia Tourinho, gerente da consultoria Michael Page, não é bem assim. “Discutir remuneração com o seu empregador jamais pode ser um tabu, independentemente de quão duro esteja o contexto do país”, afirma.

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Afinal, argumenta ela, as empresas devem valorizar financeiramente os profissionais que fazem a diferença e podem alavancar o negócio - ainda mais diante da crise.

No entanto, diz Ricardo Karpat, diretor da Gábor RH, é importante ter “muitos dedos” na hora de pedir um aumento salarial ou solicitar um valor maior do que o oferecido numa vaga de emprego.

“Nenhuma empresa quer aumentar seus custos com funcionários agora”, diz ele. “Se a sua abordagem não for muito delicada e bem embasada, pode gerar mal-estar e fechar portas para você”.

Veja a seguir 5 erros que muita gente comete em negociações salariais - e que são ainda mais graves no contexto da crise econômica que está abatendo o país:

1. Achar que dinheiro é mais importante do que tudo
Segundo Patrícia, muitos profissionais perdem boas oportunidades de carreira por terem como prioridade o enriquecimento imediato. “Se você já chega com o pensamento fixo de que precisa conseguir um salário mais alto, a conversa com o recrutador ou chefe será pesada, tensa e dificilmente renderá bons frutos”, diz a gerente da Michael Page.

É mais estratégico olhar além do número que aparecerá no seu holerite. O pacote total de remuneração, que inclui benefícios e bônus variáveis, tem mais significado do que o salário puro.

Sobretudo em um momento de crise, também vale considerar vantagens mais intangíveis, como as oportunidades de aprendizado trazidas pelo emprego, que podem se traduzir em sucesso profissional -e financeiro - a longo prazo.

2. Não ter “timing”
Outro equívoco grave é trazer o assunto à tona numa hora inoportuna. No caso de um candidato que tenta pleitear uma remuneração mais alta do que a oferecida numa vaga de emprego, o pior momento para falar sobre isso é o início da entrevista de emprego. “Não tenha pressa e, de preferência, deixe que o recrutador tome a iniciativa de puxar esse assunto”, orienta Patrícia.

Se você já está empregado e quer um reajuste salarial, a dica de Karpat é não dar um “susto” no chefe. O ideal é agendar uma conversa presencial, num momento minimamente tranquilo para a empresa, e introduzir o assunto aos poucos. 

Segundo o especialista, é importante cuidar das palavras para não soar alienado ou egoísta. “Mostre que está ciente do momento difícil que a economia brasileira está atravessando e garanta seu interesse em continuar na empresa”, afirma ele.

3. Não ter uma boa razão para pedir mais
Numa negociação salarial, você dificilmente convencerá seu interlocutor se não tiver argumentos fortes - ainda mais em tempos de “cinto apertado” para a maioria das empresas brasileiras.

De acordo com Karpat, você pode sustentar o seu pedido com base nos resultados que apresentou até o momento, se estiver empregado, ou em passagens profissionais anteriores, caso esteja participando de um processo seletivo. Quanto mais números e fatos concretos puder apresentar para provar o seu merecimento de um salário mais alto, melhor.

O seu discurso deve ser inteiramente racional. “Traga argumentos sensatos, não pressione o outro e evite transmitir ansiedade”, aconselha Patrícia.

4. Mentir ou blefar 
O método definitivo para fracassar numa negociação salarial é faltar com a verdade. Dizer que você tem outra oferta de trabalho que paga mais, por exemplo, é um típico ultimato que costuma azedar qualquer negociação - ainda mais se a história for fictícia.

Segundo Karpat, honestidade é fundamental para fazer a conversa funcionar. Se você for pego numa mentira, pode perder a sua credibilidade e até o seu emprego, o que é ainda mais grave num momento em que o desemprego passa de 8% no Brasil.

Patrícia também defende a transparência total em processos seletivos. Segundo ela, muitos profissionais não gostam de falar sobre a sua remuneração anterior - e acabam escondendo ou distorcendo valores. “É melhor dizer abertamente quanto você ganhava no emprego anterior, se não a conversa fica travada, sem qualquer ponto de referência”, explica.

5. Estar desinformado
Para evitar constrangimentos, é importante conhecer bem a realidade do mercado quando o assunto é remuneração. Não tem intimidade com muitos colegas de profissão para perguntar quanto eles ganham? Vale consultar headhunters e fazer pesquisas em sites especializados, como o Love Mondays e o Glassdoor.

“Nenhuma fonte de informação trará precisão absoluta, mas pode dar uma ideia geral sobre a realidade salarial da sua área e evitará 'chutes' na hora de pedir um ajuste”, diz Patrícia.

Além dos salários em si, é importante entender até que ponto a sua posição é vista como estratégica pelo mercado brasileiro neste momento, completa a gerente da Michael Page. Dependendo da resposta, você terá mais ou menos espaço para negociar.

MP começa a ouvir presos por fraude na merenda escolar em SP

Manifestante com faixa "Roubaram a merenda do meu filho" em protesto em São Paulo

 A Polícia Civil e o Ministério Público começam a ouvir na tarde desta terça-feira, 29, em Bebedouro (SP), as sete pessoas presas por fraude na merenda escolar.

Os suspeitos estavam em diferentes cidades e alguns ainda estão a caminho do município paulista - que é sede das investigações do escândalo que envolve pelo menos 20 prefeituras e vários políticos.

A "Operação Alba Branca" está em sua segunda fase e, segundo o promotor Leonardo Romanelli, não é possível saber se haverá outras etapas.

Tudo dependerá das investigações em curso que incluem, além dos depoimentos, as análises de documentos e computadores apreendidos.

Entre os presos agora estão pessoas que intermediavam os negócios. "Alguns usavam empresas para emitir notas fiscais falsas", falou Romanelli. Ele contou que políticos com foro privilegiado terão o caso encaminhado para a Procuradoria-Geral.

Segundo o apurado, a Cooperativa de Agricultura Familiar (Coaf) fazia contato com lobistas que combinavam com as prefeituras a fraude na merenda. O promotor diz que os contratos já verificados somam R$ 7 milhões e que 10% deste valor, R$ 700 mil, foram para propinas.

Lista

Os envolvidos foram presos nesta terça, 29, nas cidades de Bebedouro, Barretos, Severínia, Campinas e na capital. O esquema envolvia pagamento de propina a servidores e deputados paulistas.

Entre os presos estão Sebastião Miziara (presidente da Uvesp - União dos Vereadores do Estado de São Paulo), Leonel Júlio (que tem 81 anos de idade e é ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo), Emerson Girardi (vendedor que teria negociado merenda com a Prefeitura de Barueri) e Aluísio Girardi Cardoso (empresário).

Completam a relação Joaquim Geraldo Pereira da Silva (empresário de Campinas), Carlos Eduardo da Silva (ex-diretor da Coaf) e Luis Carlos da Silva Santos (ex-vendedor da cooperativa).

Ativistas são presos em Angola por conspirar contra governo

Quatro dos 17 ativistas angolanos que foram presos por contrariarem o governo do país - 29/03/2016

 A mídia de Angola relatou nesta terça-feira que 17 ativistas políticos foram condenados à prisão depois de serem acusados de conspirar para derrubar o governo do país sul-africano. O presidente de Angola está no poder há 36 anos.

Um jornal estatal informou hoje que os jovens ativistas foram considerados culpados por preparar uma rebelião e conspiração criminosa. Segundo o Jornal de Angola, os advogados de defesa irão recorrer da decisão.

O site de notícias independente Rede Angola disse que os ativistas pegaram penas de prisão que variam de dois a oito anos e cada um foi condenado a pagar US$ 315 em custos legais.

O ativista angolano e jornalista Rafael Marques de Morais disse que o grupo foi preso durante uma reunião em 2015 onde eles estavam estudando um livro sobre resistência não-violenta.

O Anistia Internacional, um grupo de direitos humanos, condenou a decisão, dizendo que o julgamento foi politizado.

Projeto propõe baixar Central Park e revelar suas montanhas

Projeto para rebaixar o Central Park

 Não é bem um arranha-céu, mas o projeto dos designers Yitan Sun e Jianshi Wu ganhou recentemente o concurso anual de arranha-céus promovido pela revista eVolo com uma proposta bastante inusitada: rebaixar o Central Park, em Nova York, a fim de tornar o parque ainda mais acessível e de quebra revelar as montanhas que nele estão escondidas. 

A ideia é retirar muita terra do local, ou seja, cavar o quanto for possível para baixo e criar ao redor do parque uma megaestrutura com mais 300 metros de altura e 30 metros de profundidade - o que representa algo 80 vezes maior que o Empire State Building, por exemplo.

Depois de deixar o parque mais baixo em relação com a cidade, todo o parque seria cercado por vidros espalhados, que dariam a ilusão de paisagem infinita. "A ambição é inverter a tradicional relação entre paisagem e arquitetura, de uma forma que cada espaço tenha conexão direta com a natureza", segundo a apresentação do projeto. 

A proposta pode parecer um tanto surreal, mas os idealizadores garantem que ela tem o objetivo de dar um novo horizonte para um dos parques mais famosos do mundo.

Defesa de Dilma será entregue no último dia, diz governista

Presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, dia 22/03/2016

 Aliados do governo afirmaram que a defesa da presidente Dilma Rousseff será apresentada na comissão especial do impeachment no último dia do prazo regimental de 10 sessões, que se encerrará na próxima segunda-feira, 4.

Os governistas aguardam apenas a resposta para o questionamento feito pelo vice-líder do governo, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), em que solicita reabertura de prazo para defesa.

Hoje, Teixeira apresentou questão de ordem na comissão especial pedindo que Dilma seja notificada de novo.

O petista argumenta que, se a comissão retirou do processo a delação premiada do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), a presidente precisaria ser novamente citada com base no que permaneceu nos autos, de forma a ser reaberto o prazo das 10 sessões para apresentação da defesa.

Os governistas têm se valido de uma série de questionamentos ao andamento do processo para ganhar tempo. Só na sessão de hoje foram apresentadas três questões de ordem dos aliados - além de Teixeira, de Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e de Pepe Vargas (PT-RS) - ponderando sobre decisões tomadas pelo colegiado.

Eles não descartam a possibilidade de entrar com ações judiciais no Supremo Tribunal Federal por cerceamento do direito de defesa caso os pedidos sejam rejeitados.

A defesa de Dilma será construída pelo advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo, e deve ter a colaboração dos principais defensores da petista na comissão, entre eles o deputado Wadih Damous (PT-RJ), ex-presidente da OAB-RJ.

Os governistas querem que Cardozo tenha a oportunidade de fazer a defesa pessoalmente na comissão para promover o embate "político-jurídico".

Se a apresentação de Cardozo for barrada, os aliados do governo ameaçam judicializar o processo por cerceamento do direito de defesa.

15 dias no centro do terremoto político do Brasil

Manifestante deitado na bandeira do Brasil na Avenida Paulista, dia 17/03/2016

A seguir os momentos-chave dos últimos dias do terremoto político-jurídico que abala o Brasil, com a presidente Dilma Rousseff ameaçada por um processo de impeachment e seu predecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, investigado por suposta corrupção e envolvimento no escândalo do Petrolão.

A Operação Lava Jato, iniciada em 2014, revelou um complexo esquema de corrupção dentro da Petrobras envolvendo as empreiteiras mais poderosas do país, que pagavam comissões distribuídas a parlamentares da coalizão no poder.

4 de março

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) é interrogado pela Polícia Federal, que revistou seu apartamento em São Paulo, a casa de vários colaboradores e as instalações do Instituto Lula.

Esta operação aconteceu um dia depois de uma avalanche de novas acusações de corrupção, incluindo a divulgação de declarações da delação premiada do senador Delcídio Amaral envolvendo Lula e a presidente Dilma Rousseff.

Lula se defende com veemência das acusações durante uma coletiva, anuncia que vai lutar até o fim e convoca seus partidários a saírem às ruas.

7 de março

Lula declara sua intenção de disputar a Presidência em 2018 e classifica de "canalhice homérica" as acusações contra ele.

Dilma, que enfrenta a ameaça de um processo de impeachment por suposta maquiagem das contas públicas, acusa a oposição de querer antecipar as eleições de 2018.

10 de março

O Ministério Público de São Paulo denuncia o ex-presidente por ocultação de patrimônio, já que suspeita que é dono de um elegante apartamento no Guarujá, o que Lula nega categoricamente.

Os promotores consideram que Lula "violou a ordem pública" ao convocar seus seguidores a sair às ruas para denunciar a "perseguição judicial" da qual é alvo.

11 de março

Dilma descarta renunciar e convida Lula, fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) a se integrar ao governo.

12 de março

O PMDB, um pilar chave da coalizão parlamentar, deu como prazo 30 dias para decidir se fechar a porta da maioria, o que seria fatal para Dilma.

Se a presidente for destituída em um impeachment, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumiria o poder até as eleições de 2018.

13 de março

Três milhões de pessoas, segundo a polícia, e cerca de seis milhões, segundo os organizadores, saíram às ruas de todo o país ao grito de "Fora Dilma" em um clima de forte descontentamento social pela recessão econômica e pela fraude na Petrobras.

14 de março 

A juíza de São Paulo que deveria se pronunciar sobre um pedido de prisão preventiva contra o ex-presidente por suposta lavagem de dinheiro transfere o caso ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo caso de corrupção na Petrobras.

Assim, o juiz centraliza as duas investigações contra Lula.

15 de março

Quando Lula chega a Brasília para discutir sua entrada no governo, a justiça torna pública a delação de um senador do PT, acusando o ministro Aloízio Mercadante de tentar ganhar seu silêncio para proteger o governo de Dilma Rousseff.

Também acusa Lula, Dilma, o vice-presidente Michel Temer e o líder da oposição Aécio Neves (PSDB).

16 de março

Lula é nomeado "ministro de Estado, chefe da Casa Civil", cargo que o livra da ameaça de ser detido pelo juiz Sérgio Moro. Os ministros só podem responder penalmente por seus atos ante o Supremo Tribunal Federal.

Manifestações de indignação nas ruas e no Congresso após a divulgação, pelo juiz Sérgio Moro, da gravação de uma conversa telefônica entre Dilma e Lula sugerindo que a nomeação seria para livrá-lo da prisão.

17 de março

Lula é investido como chefe da Casa Civil, mas um juiz suspende, em caráter liminar, sua posse.

Deputados iniciam o processo de impeachment contra a presidente Dilma, ao eleger uma comissão especial encarregada de preparar um primeiro informe que será submetido ao plenário da Câmara.

Em plena crise política, a Bolsa de São Paulo fecha em alta de 6,6%, o maior aumento em um dia em sete anos.

18 de março

Um tribunal do Rio de Janeiro derruba liminar que suspendia a posse de Lula como chefe da Casa Civil, liberando o ex-presidente a assumir o cargo do gabinete de Dilma.

A Advocacia-geral da União (AGU) pede que o Supremo Tribunal Federal (STF), defina um marco legal que unifique juridicamente outras liminares semelhantes, apresentadas em instâncias inferiores.

O juiz Gilmar Mendes, do STF, acata liminar apresentada pelos partidos da oposição PSDB e PPS para suspender a nomeação de Lula e mantém competência da justiça de primeira instância para analisar os processos criminais contra ele.

Com isto, as investigações sobre Lula voltam a ser de competência do juiz Sérgio Moro.

A decisão é passível de recurso.

19 de março 

Manifestações provocadas pelo PT e sindicatos "em defesa da democracia" reúnem 267.000 pessoas em 55 cidades.

22 de março

Dilma afirma que não vai renunciar e denuncia uma tentativa de "golpe de Estado" institucional, sem bases legais.

23 de março

O juiz Teori Zavascki critica a divulgação das gravações de conversas por telefone entre Lula e autoridades com foro privilegiado como Dilma, e ordena ao juiz Sérgio Moro que entregue todas as investigações sobre Lula, para determinar quais podem ser investigadas pela justiça comum.

29 de março

A direção do PMDB se prepara para oficializar sua ruptura com o governo Dilma, que tenta evitar uma debandada de outras forças aliadas.

A Câmara de Deputados pode votar o parecer da Comissão de impeachment até meados de abril.

Governo leva ao STF manifestação em favor da posse de Lula

Ex presidente Lula em São Paulo - 28/03/2016

 A Presidência da República entregou hoje (29) ao Supremo Tribunal Federal manifestação sobre uma das ações levadas à Corte pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) contra a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil.

O documento tem duas análises: uma da Advocacia-Geral da União (AGU) e outra da Casa Civil.

A análise da AGU traz que o ato da nomeação de Lula não violou o princípio do juiz natural, como alegado pela legenda.

Na ação, o PSB pede que, mesmo com a nomeação, os processos sobre Lula permaneçam na 13ª Vara Federal de Curitiba, com o juiz Sérgio Moro.

Para a AGU, é “equivocada” a ideia de que a nomeação do ex-presidente como ministro seria para que houvesse um favorecimento.

“Tal conclusão, quanto a um efeito secundário do ato impugnado, adota pressuposto de que o Supremo seria leniente, menos capaz ou eficaz do que qualquer juízo inferior no processamento e julgamento das ações penais originárias, o que não é o caso."

A AGU diz ainda que o STF tem “se mostrado rigoroso, célere, prudente e independente” em ações que envolvem pessoas com foro especial por prerrogativa de função.

Sobre a alegação de que a nomeação do ex-presidente teria o objetivo de fazer com que Lula passasse a ter foro, a AGU disse que o PSB não aponta “a origem da certeza quanto à motivação da Chefe do Poder Executivo ao praticar o ato de nomeação” e que esta argumentação “se baseia apenas em meras suposições e afirmações desamparadas de um conteúdo probatório lícito mínimo”, diz o texto.

A AGU alega também que a nomeação de ministro é ato de competência da presidenta e que uma “intromissão” do poder judiciário representaria “afronta ao princípio da separação dos poderes”. 

A AGU alega ainda que o ex-presidente Lula tem os requisitos para ocupar o cargo.

A análise feita Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil também rebate as alegações do partido. No documento, a Casa Civil lembra que o PSB cita a conversa gravada entre a presidenta e o ex-presidente, em que falam sobre o termo de posse de Lula.

Segundo o documento, não há ilegalidade no diálogo.

“Ora, com a devida vênia, o conteúdo do diálogo nada tem de ilegal ou desabonador de sua conduta.

Em verdade, se refere com exclusividade a trâmites burocráticos relativos à prática do ato de posse, competência inarredável e circunscrita ao exercício regular da competência sob a responsabilidade da Excelentíssima Senhora Presidenta da República”.

A Casa Civil alega que o ex-presidente está em pleno gozo de seus direito políticos.

“Estando o ato de nomeação dentro da esfera de competência discricionária da Excelentíssima Senhora Presidente da República para a nomeação e, concomitantemente, estando o Ministro Luiz Inácio Lula da Silva no pleno gozo de seus direitos políticos, não há que se impor limitações que a Constituição Federal ou a lei não o fazem, e a eventual intromissão do Poder Judiciário nesta seara representa afronta cabal de separação dos poderes”, diz o texto.

O documento diz que a pose do ex-presidente tem o objetivo de auxiliar o governo em um momento de crise.

“Remarca-se ainda que o país vive circunstancial crise econômica e política, que amplia a complexidade da condução do Governo. Tal situação demanda a tomada de medidas imediatas para auxiliar na superação de desafios apresentados. A nomeação e posse do Ministro Luiz Inácio Lula da Silva se insere neste contexto de busca de alternativas para a interlocução de Governo, dado que o Ministro é um reconhecido articulador político com larguíssima experiência e que tem como uma de suas mais fortes características a liderança e a facilidade de diálogo com o Congresso Nacional e demais instituições.”

Mercado pressiona projeto de perfuração no país, diz Moody's

Exploração de petróleo

 Os baixos preços do petróleo e a menor demanda por serviços de perfuração vão continuar a colocar sob pressão o perfil de crédito de projetos de sondas de perfuração em mar do Brasil nos próximos três a cinco anos, afirmou nesta terça-feira a agência de classificação de risco Moody´s em um relatório.

A agência ressaltou que grande parte da redução dos investimentos anunciada pela Petrobras no início deste ano vai afetar as atividades de exploração e produção, impactando perfuradores que têm significativo risco de mudanças contratuais e uma grande quantidade de dívida.

Em janeiro, a Petrobras anunciou a redução do seu plano de investimentos de 2015-2019 para 98,4 bilhões de dólares, queda de 32 bilhões ante a projeção inicial.

"Como a Petrobras continua a cortar suas despesas operacionais e de capital, há um aumento do risco de que os navios de perfuração tenham o seu contrato rescindido", afirmou a Moody´s.

Há também, na avaliação da Moody´s, um risco ainda mais elevado de que a Petrobras possa tentar renegociar algumas condições de contratos com navios que tenham taxas diárias muito mais elevadas do que o nível atual do mercado.

Na semana passada, a petroleira concluiu a renegociação do contrato de uma sonda em operação na área gigante de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, com a Seadrill.

Golf 1.4 TSI é nacional mais potente e menos refinado

Golf 1.4 TSI Flex - Volkswagen

A chegada do Golf mais básico afetou a vida do modelo equipado com o excelente motor 1.4 TSI. Para compor o catálogo dos 1.6, a Volks tirou de linha o 1.4 Comfortline – só o Highline será oferecido.

Além disso, para simplificar a produção nacional (e viabilizar a configuração de entrada), foi necessário trocar a suspensão traseira independente pelo eixo de torção.

Por fim, o câmbio automatizado DSG de sete marchas foi substituído pelo Tiptronic automático convencional (conversor de torque) de seis velocidades.

“Fizemos uma adequação de acordo com as exigências de nossos clientes”, diz José Loureiro, gerente da VW.

Na prática, a perda de refinamento mecânico é sentida principalmente para quem já tinha como referência o câmbio DSG.

Com o Tiptronic, as respostas se assemelham à de outras transmissões automáticas convencionais, com uma certo retardo na hora de acelerar, logo seguido pela subida de giro repentina e a atuação do conversor de torque.

Para manter uma aceleração linear, sem trancos, é preciso mais sensibilidade e paciência na hora de pisar no acelerador - fazem falta a naturalidade e a rapidez da transmissão de dupla embreagem.


Golf 1.4 TSI Flex - Volkswagen

Em relação à suspensão, a diferença só é sentida em trechos de curva de alta velocidade em asfalto irregular, onde a arquitetura multilink garante um melhor contato das rodas com a superfície, transmitindo maior confiança.

Para a maior parte das situações, porém, não há uma grande diferença perceptível. Ao rodar, mesmo com o eixo de torção, o Golf continua exibindo solidez e estabilidade exemplares.

Apesar dos downgrades técnicos, a lista de equipamentos da versão Highline continua farta.

Estão inclusos de série sete airbags, ar-condicionado digital, volante multifuncional, lanternas de led, sensores de chuva e luminosidade, ABS com EBD, controles de tração e estabilidade, bloqueio eletrônico do diferencial, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, alerta de pressão dos pneus, piloto automático, sistema ISOFIX para fixação de cadeirinhas infantis, sistema de infotainment com tela de 6,5 polegadas e sistema start-stop (na configuração automática).

A versão manual da configuração 1.4 Flex usa um câmbio de seis relações (no 1.6 são apenas cinco, por questões de marketing).

Outra mudança é o aumento da potência de 140 cv para 150 cv (com etanol ou gasolina), por conta da adoção da tecnologia flex.

Golf 1.4 TSI Flex - Volkswagen

Para beber álcool, apesar dos 10 cv a mais, o Golf piorou no 0 a 100 km/h: em nossas medições, sempre feitas com gasolina, o 1.4 a gasolina fez a prova em 9 s ante 9,5 s do flex.

Mas o consumo melhorou: 12,3 km/l (urbano) e 15,9 (estrada), usando gasolina. O anterior fez 11,7 km/l e 15,6 km/l nos mesmos ciclos.

Com câmbio manual, o Golf 1.4 TSI Flex agora parte de R$ 92.290, enquanto o automático sai por R$ 97.690, criando um espaço de quase 20 mil reais para o modelo Comfortline com motor 1.6 MSI.

Seu principal concorrente continua a ser o Ford Focus, cuja versão Titanium 2.0 custa a partir de R$ 95.290 (com câmbio Powershit).

TESTE DE PISTA  
ACELERAÇÃO  
de 0 a 100 km/h 9,5 s
de 0 a 1.000 m 30,7 s - 169,5 km/h
RETOMADAS  
de 40 a 80 km/h (em D) 4 s
de 60 a 100 km/h (em D) 5,2 s
de 80 a 120 km/h (em D) 6,7 s
FRENAGENS  
60 / 80 / 120 km/h a 0 14,7 / 26,6 / 62,3 m
CONSUMO  
Urbano 12,3 km/l
Rodoviário 15,9 km/l
FICHA TÉCNICA  
Preço: R$ 97.690 (automático)
Motor: flex, diant., transv., turbo, 4 cil., 1.395 cm3; 16V, 150 cv a 4.500 rpm, 25,5 mkgf a 1.500 rpm
Câmbio: aut., seis mar­­chas, tração dianteira
Suspensão: McPherson (diant.) / eixo de torção (tras.)
Freios: disco vent. (diant.) / disco (tras.)
Direção: elétrica
Dimensões: comp., 425,5 cm; larg., 179,9 cm; entre-eixos, 263,8 cm; tanque, 51 l

Aécio diz que saída do PMDB "fecha caixão" do governo

O senador Aécio Neves

 O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse nesta terça-feira que o desembarque do PMDB do governo da presidente Dilma Rousseff fecha o caixão da gestão da petista, e afirmou que os tucanos estão dispostos a colaborar em um eventual governo liderado pelo vice-presidente Michel Temer.

Dilma é alvo de um pedido de abertura de processo de impeachment que tramita em comissão especial na Câmara dos Deputados, e o rompimento do PMDB com o governo, que deve ser oficializado nesta terça, complica as chances de o governo ter os votos necessários para barrar o impedimento.

"O governo Dilma acabou. A saída do PMDB fecha a tampa de um caixão de um governo moribundo que não tem mais condições mínimas para sinalizar o que todos nós queremos, a retomada do crescimento, a geração de empregos, a melhoria dos indicadores sociais", disse o tucano em entrevista a correspondentes estrangeiros.

“A saída do PMDB levará com ele outras forças partidárias que ainda sustentavam o governo", acrescentou.

Aécio disse ter se reunido com Temer e oferecido ao vice, que também preside o PMDB, apoio em um governo de transição, que assumiria o país em caso de impeachment de Dilma. O tucano garantiu que não condicionou o apoio a cargos, alegando que ocupar ministérios em um eventual governo Temer "não é prioridade para o PSDB".

"A nossa primeira aliança deve ser em torno de um programa mínimo e emergencial", disse. "Nós estaremos dispostos a construir um ambiente adequado para que essa agenda emergencial possa ser colocada em curso."

O PMDB reunirá nesta tarde seu diretório nacional e deve decidir por aclamação pelo rompimento do partido, o maior da base aliada, com o governo da presidente Dilma Rousseff.

Vendas em supermercados caem 1,61% em fevereiro

Homem e mulher empurram carrinho no supermercado

 As vendas do setor supermercadista tiveram queda de 1,61% em fevereiro na comparação com janeiro deste ano e alta de 2,92% em relação a fevereiro de 2015, de acordo com o Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

No acumulado dos dois primeiros meses deste ano, as vendas caíram 0,36%, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Em valores nominais, as vendas tiveram queda de 0,73% em fevereiro, comparadas às de janeiro, e alta de 13,64% com relação a fevereiro de 2015. No acumulado do ano, houve crescimento de 10,22%.

“Janeiro veio com um número negativo forte, mas fevereiro já apresenta um número melhor com relação ao ano passado. Mostra certa recuperação porque, apesar de muitos indicadores ruins, nosso varejo tem apresentado um número melhor do que vinha tendo. Sempre levando em consideração que em fevereiro tivemos carnaval e o ano bissexto, com um dia a mais no mês”, disse o presidente do Conselho Consultivo da Abras, Sussumu Honda.

A cesta de produtos Abrasmercado – que analisa 35 produtos de largo consumo – teve alta de 0,88%, passando de R$ 452,22 em janeiro para R$ 456,22 em fevereiro.

Entre os produtos com as maiores altas estão: ovo (9,46%), a farinha de mandioca (7,31%), arroz (6,69%) e feijão (4,87%). As maiores quedas ficaram com tomate (-14,39%) e pernil (-4,73%).

“Houve influências pontuais em alguns produtos. Em janeiro e fevereiro, choveu muito em algumas regiões. O preço do arroz aumentou porque choveu no Rio Grande do Sul no momento da colheita e isso diminuiu a oferta”, disse o diretor de Relacionamento da GK, empresa que faz a pesquisa, Marco Aurélio.

A maior alta de preços foi registrada na Região Norte (4,18%).

No Sul,  o aumento foi de 0,39%, seguido do Nordeste, com 0,28%, e do Sudeste, com 0,11%. No Centro-Oeste, houve queda de 0,93%.

Maioria das pessoas apoia proibição de "Internet paralela"

Internet 

  Sete em cada dez pessoas disseram que a "Internet paralela", refúgio de criminosos e ativistas que temem a vigilância governamental, deveria ser desligada, de acordo com uma pesquisa global da Ipsos divulgada nesta terça-feira.

As conclusões da pesquisa realizada com pelo menos 1.000 pessoas em cada um de 24 países avaliados acontece em um momento em que legisladores e empresas de tecnologia discutem se a privacidade digital deve ser limitada para ajudar reguladores e agentes da lei a combaterem mais facilmente hackers e outras ameaças digitais.

A porção de pessoas que respondeu concordando fortemente ou concordando parcialmente que esta Internet paralela deveria ser fechada variou entre 61 e 85 por cento, com maior suporte na Indonésia, Índia, Egito e México e menor na Suécia, Coreia do Sul e Quênia.

Segundo os pesquisadores, esta Internet paralela é uma área da Internet acessada somente via navegadores especiais que garantem anonimato, em que o conteúdo é escondido e os dados são tipicamente criptografados.

A questão apresentada na pesquisa apontou que o anonimato da Internet paralela pode proteger jornalistas, ativistas dos direitos humanos, dissidentes e informantes, mas também esconde redes de abuso infantil e mercados ilegais de vendas de armas e narcóticos.

"O público claramente quer que os agentes da lei tenham as ferramentas para fazer seu trabalho. Mas se você inverte o assunto e diz que eles deveriam ter acesso a seus dados, eles tendem a sentir de maneira diferente", disse Fen Osler Hampson, diretor do programa de políticas e segurança global do Centro Internacional para Inovação de Governança (Cigi, na sigla em inglês), que comissionou a pesquisa do Ipsos.

Oposição reúne mídia internacional para defender impeachment

Reunião com parlamentares da oposição da Câmara e do Senado para discutir as estratégias para os próximos quatro anos. Na foto, senador Aécio Neves

 Líderes de oposição no Congresso se reuniram na manhã desta terça-feira, 29, com jornalistas da imprensa internacional para argumentar em favor da legalidade do processo de impeachment que está atualmente em curso contra Dilma Rousseff.

O objetivo é rebater entrevistas concedidas pela presidente na semana passada.

"Viemos enfrentar a narrativa do PT e da própria presidente da República de que o Brasil está prestes a sofrer um golpe. Reunimos a imprensa internacional para dizer que no Brasil se respeita a Constituição", afirmou o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG).

Além do PSDB, participaram do encontro parlamentares do PPS, PSC, DEM e PSB.

Segundo jornalistas que estiveram na reunião, os partidos também foram questionados sobre participarem de um possível novo governo, coordenado pelo vice-presidente da República, Michel Temer, que também preside o PMDB, um dos partidos envolvidos no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.

Argumentos

Na tentativa de rebater a presidente Dilma, que concedeu entrevista na semana passada, alegando que o processo em curso é um golpe, os interlocutores defenderam a legalidade do impeachment com o argumento de que o processo é previsto na Constituição e que a condução do rito foi determinada pela Suprema Corte.

"Não existe um golpe quando se cumpre a Constituição, quando o Supremo Tribunal Federal determina o rito a ser seguido, quando os parlamentares eleitos pela população brasileira é que definirão o que vai acontecer com o País", afirmou Aécio a jornalistas brasileiros após o encontro.

A oposição, entretanto, não respondeu precisamente aos argumentos governistas. Nos últimos dias, tanto Dilma Rousseff quanto o ex-presidente Lula concederam entrevistas à imprensa internacional criticando o processo de impeachment com base no mérito e não na possibilidade de que o processo seja aberto conforme previsto na Constituição.

O processo de impeachment que tramita no Congresso leva em consideração as pedaladas fiscais que foram cometidas em 2014 e 2015.

Governistas argumentam que o processo não poderia ser aberto, uma vez que o Congresso ainda não julgou as contas governamentais de 2014 e o Tribunal de Contas da União (TCU) também não deliberou sobre as contas de 2015.

Na comissão especial do impeachment na Câmara, o deputado Assis Carvalho (PT-PI) apresentou uma questão de ordem pedindo a suspensão do processo por esta razão.

"Estão desesperados para encontrar um crime que não existe", disse Carvalho. Nesta manhã, ao abrir a sessão, o presidente da comissão Rogério Rosso (PSD-DF) negou a questão de ordem. O petista afirmou que vai recorrer.

Ártico tem mínima recorde de gelo no inverno — e isso é ruim

Imagem da NASA mostra a menor extensão máxima de gelo já registrada no inverno do Ártico, em março de 2016.

 O manto de gelo no mar do Ártico atingiu o seu limite máximo para o ano no dia 24 de março — 14,52 milhões de quilômetros quadrados. Achou muito? Pois essa é a menor cobertura já registrada por satélite, em quatro décadas, para o período de inverno na região. 

A informação é do Centro Nacional de Neve e Gelo da Universidade do Colorado (NSIDC) e da NASA. Esse novo recorde superou a mínima histórica do inverno passado, de 14,54 milhões de quilômetros quadrados, e isso não é nada bom.

O declínio do gelo do mar tem acelerado nas duas últimas décadas, e está associado ao clima mais quente na região, que é afetado tanto pelas mudanças climáticas quanto por variabilidades temporais de curto prazo.

"O Ártico está em crise. Ano após ano, ele entra em um novo estado, e é difícil ver que efeito isso pode ter sobre o hemisfério norte ao longo do tempo", disse Ted Scambos, cientista-chefe do NSIDC, em comunicado.

Para se ter uma ideia da intensidade das mudanças, as 13 menores extensões máximas já registradas por satélites ocorreram nos últimos 13 anos.

Esta curta animação abaixo mostra o ciclo de congelamento no mar do Ártico a partir da extensão mínima do último verão até o dia 24 de março, quando a superfície gelada atingiu sua máxima extensão para o inverno:


Segundo a NASA, o nova mínima histórica para o inverno resulta, em parte, das temperaturas recordes de dezembro, janeiro e fevereiro em todo o mundo e também no Ártico.

“O calor atmosférico contribuiu para isso, com temperaturas do ar até 10 graus acima da média em algumas partes do Ártico”, disse Walt Meier, cientista marinho da NASA.

"Mas os padrões de vento na região durante os meses de janeiro e fevereiro também foram desfavoráveis, eles trouxeram ar quente e impediram a expansão da cobertura de gelo", acrescentou. 

Contudo, alerta o cientista, o que provavelmente irá desempenhar um papel maior na evolução futura das extensões máximas do Ártico é o aquecimento das águas do oceano.

A extensão do gelo do mar do Ártico desempenha um papel crítico no sistema climático do Planeta. Fisicamente, sua superfície branca reflete até 80 por cento da luz solar recebida durante os longos dias de verão no hemisfério norte, exercendo uma influência de resfriamento sobre o clima.

Além disso, os ursos polares, morsas, baleias e outros animais dependem do gelo marinho para sobreviver.

Menos gelo também significa mais transporte pelo Ártico e exploração (principalmente de petróleo), com grandes implicações para a economia mundial e a segurança climática. 

Queda da economia leva à redução de empréstimos dos bancos

Empréstimo 

 O encolhimento da economia levou a uma queda no saldo do crédito ofertado pelos bancos a empresas e famílias.

Em fevereiro, pelo segundo mês consecutivo, o saldo das operações de crédito recuou e fechou o período em R$ 3,184 trilhões.

Em relação a janeiro, houve redução de 0,5%. O saldo do mês correspondeu a 53,6% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB), queda de 0,4 ponto percentual em relação a janeiro.

As informações foram divulgadas hoje (29) pelo Banco Central (BC).

O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, afirmou que no inicio do ano é comum haver menor expansão do crédito, porque atividade econômica é normalmente mais fraca. Mas, atualmente, a retração da economia leva à queda do crédito.

Projeções

Para o ano, o BC revisou a projeção de crescimento do saldo das operações de crédito de 7% para 5%.

No caso do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros, a projeção de expansão passou de 5% para 2%.

A estimativa para o crescimento do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) foi alterada de 9% para 7%.

Em relação ao PIB, o crédito deve corresponder a 54%, abaixo da projeção anterior de 55%. No ano passado, essa relação ficou em 54,5%.

Os bancos públicos devem apresentar expansão do saldo dos seus empréstimos de 9%. A projeção anterior era 8%. Já os bancos privados nacionais devem ter queda de 1%. A projeção anterior era de crescimento de 2%.

De acordo com as estimativas do BC, o saldo do crédito dos bancos privados estrangeiros vai crescer 4%, estimativa cortada pela metade em relação à divulgada em dezembro (8%).

Famílias

De acordo com o Banco Central, o recuo no crédito para as famílias foi influenciado, em fevereiro, pela redução nos gastos com cartão de crédito à vista.

Em janeiro, comparado ao mês anterior, houve recuo 3,4% no saldo dessa modalidade. “Fevereiro é um mês de ajuste, depois das férias. Tem pagamento de impostos, material escolar.

Com isso, há uma contenção de despesas de consumo. O número de dias úteis a menos também influencia nessa sazonalidade”, disse Maciel.

O chefe do Departamento Econômico do BC também destacou a queda no saldo dos empréstimos para a compra de veículos, que foi de 1,6% de janeiro para fevereiro deste ano.

“A aquisição de veículos continua caindo de forma significativa. O ciclo de atividade impacta a renda. Mais do que isso, é uma modalidade que requer comprometimento de renda futura, por período importante, e aí os indicadores de confiança pesam. Em períodos de maior incerteza, há maior restrição por parte das pessoas em comprometer renda futura”, acrescentou.

No total, o saldo do crédito livre para as famílias recuou 0,3%, em fevereiro.

Maciel também destacou a desaceleração do crédito imobiliário (uma das modalidades do crédito direcionado). Em fevereiro deste ano, o saldo dessa modalidade cresceu 0,5% em relação a janeiro.

No mesmo período do ano passado, a expansão ficou em 1%. “É natural que, após crescimento expressivo [em anos anteriores], se tenha taxas de expansão menores. Mas teve elevação de taxas de juros do financiamento imobiliário. Isso tende a refletir também na evolução da carteira”, acrescentou.

Empresas

O crédito livre para as empresas também recuou no mês passado: 1%. A principal modalidade desse tipo de crédito, o capital de giro, recuou 1,3%.

Maciel disse que o capital de giro com prazo inferior a 365 dias, concedido principalmente a pequenas e médias empresas, caiu 2,2%.“Isso reflete um encolhimento do crédito para esses segmentos.

Há maior cautela na concessão diante desse quadro de incertezas e as próprias empresas têm maior cautela no comprometimento de receita futura”, disse.

Os dados do BC também mostram recuo no saldo dos empréstimos às empresas com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que caiu 1%, no mês.

Segundo Tulio Maciel, o motivo para a retração é a elevação dos juros, a redução dos investimentos devido à conjuntura econômica e a menor demanda. Para ele, essa redução ainda está se intensificando.

Inadimplência

A inadimplência, quando são considerados os atrasos superiores a 90 dias, do crédito livre para as famílias ficou estável em 6,2%, em fevereiro em relação a janeiro.

Para Tulio Maciel, os bancos estão mais seletivos na concessão de crédito e as famílias estão preocupadas com a gestão financeira e com maior cautela.

No caso das pessoas jurídicas, Maciel destacou que há uma tendência de aumento da inadimplência associada, principalmente, a pequenas e médias empresas.

Para Maciel, a evolução “gradual” da inadimplência tem o aspecto positivo de fazer com que os bancos se preparem antecipadamente, aumentando as provisões (recursos reservados para casos de inadimplência).

Em fevereiro, a inadimplência das empresas no caso do crédito livre ficou estável em 4,7%, em relação a janeiro. No caso específico do capital de giro, houve aumento da inadimplência em 0,2 ponto percentual, com a taxa em 5%.

Ataques russos na Síria são mais letais que os da coalizão

Homem observa prédios destruídos em bombardeio de Israel no distrito de Damasco, na Síria, dia 20/12/2015

Os bombardeios aéreos russos na Síria foram muito mais mortíferos que os da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, aponta um relatório do grupo de monitoramento Airwars divulgado nesta terça-feira.

Segundo o Airwars, uma ONG baseada em Londres que trabalha com base em informações disponíveis publicamente sobre os bombardeios, os aviões russos mataram provavelmente "entre 1.096 e 1.448 civis" entre outubro e dezembro de 2015, em 192 ataques realizados apenas na Síria.

Em comparação, os bombardeios da coalizão internacional provocaram provavelmente a morte de 1.044 pessoas no Iraque e na Síria desde o início da campanha contra o grupo Estado Islâmico (EI) em agosto de 2014, afirma.

No período outubro-dezembro do ano passado, a coalizão teria matado entre 178 e 223 civis no Iraque e na Síria, seis vezes menos que os russos apenas na Síria, destaca a ONG.

Aliada chave do governo sírio de Bashar al-Assad, a Rússia negou que tome como alvo civis e sustentou que só ataca o EI e outros grupos terroristas contrários ao regime.

Os ocidentais e os grupos contrários a Assad a acusam, pelo contrário, de concentrar seus bombardeios nos grupos rebeldes opositores sírios e em "infraestruturas civis", como uma usina de tratamento de água, padarias, depósitos de alimentos e comboios de ajuda humanitária, denuncia a Airwars.

Os ataques russos diminuíram consideravelmente desde a entrada em vigor de um cessar-fogo entre o governo de Assad e os rebeldes. Moscou repatriou parte de sua frota aérea, embora conserve na Síria algumas aeronaves que continuam realizando ataques ao EI, não envolvido na trégua.

Mais de 270.000 pessoas morreram no total desde o início do conflito na Síria, em 2011, e milhares foram deslocadas pelos combates.

A coalizão dirigida pelos Estados Unidos admitiu ter matado apenas 21 civis desde o início de sua campanha aérea, mas várias investigações em andamento aumentarão certamente este saldo.

EUA aciona Volkswagen na justiça por propaganda enganosa

Volkswagen

Os Estados Unidos entraram com uma ação nesta terça-feira contra a Volkswagen por enganar os consumidores ao promover carros a diesel supostamente "limpos", mas que, na verdade, tinham dispositivos fraudulentos sobre a quantidade de gases poluentes emitidos.

A Comissão Federal de Comércio disse que solicitou à corte uma indenização aos que compraram veículos VW e Audi com esse sistema de 2008 ao final de 2015.

A Comissão também pediu que a justiça proíba a VW voltar a utilizar esse tipo de dispositivo.

Novo incidente no Capitólio evacua prédio e para trânsito

Policial faz segurança do Capitólio, em Washington. 28/3/2016

Dois pacotes encontrados nesta terça-feira no Capitólio em Washington, sede do Legislativo dos Estados Unidos, obrigaram a polícia a evacuar um grupo de turistas e a cortar o trânsito, informou à Agência Efe um porta-voz das forças de segurança do Congresso.

O incidente aconteceu depois que ontem um homem armado entrou no Centro de Visitantes do Congresso, sacou uma pistola e semeou o caos ao apontar para um dos agentes que estavam conduzindo os visitantes enquanto estes passavam pelos detectores de metais.

Diante desta situação, um agente disparou contra o intruso, que já foi operado em um hospital da capital americana e se encontra detido.

O Centro de Visitantes do Congresso fechou ontem devido ao caos provocado pelos disparos, mas hoje voltou a abrir em seu horário habitual, de 08h15 às 16h30.

Pouco depois de abrir suas portas, a polícia do Capitólio encontrou um pacote que aparentemente não pertencia a ninguém e, por precaução, decidiu afastar um grupo de turistas que esperava fora do Centro de Visitantes do Congresso.

Um segundo pacote foi achado na praça próxima ao edifício Thomas Jefferson da Biblioteca do Congresso, acrescentou em comunicado a polícia do Capitólio.

A atividade policial provocou cortes de trânsito durante 45 minutos nas ruas próximas ao Capitólio, segundo informaram em sua conta no Twitter as forças de segurança do Senado.

As forças de segurança do Legislativo estão agora investigando a origem e características destes pacotes, dos quais não ofereceram mais detalhes.

O Congresso se encontra em período de recesso pelas festividades de Páscoa e não voltará à atividade legislativa regular até meados do próximo mês, mas muitos escritórios dos congressistas continuam seu trabalho e parte dos edifícios está aberta aos turistas.

99Taxis e Shell surpreendem pessoas na noite paulistana

Ação da Shell e da 99Taxis com Mustang 65

Para reforçar sua mais recente campanha sobre o Shell V-Power Nitro+, a Raízen, licenciada da marca no Brasil, criou uma ação de co-marketing com o aplicativo 99Taxis que, por sua vez, divulga o lançamento da categoria de luxo 99TOP.

Com a assinatura da VML, a nova agência full digital da marca, a ação de live marketing protagonizada pelo Mustang 1965 surpreendeu usuários do app no último final de semana.

Alguns frequentadores de um bar na Zona Sul de São Paulo que chamaram um táxi através do 99TOP foram abordados pelo modelo icônico, o mesmo exibido no filme da campanha.

As reações espontâneas dos clientes ao verem o carro foram captadas e integraram a estratégia digital, que contemplou um vídeo nas plataformas digitais da Raízen e da 99.

 "A ação de co-branding abordou os clientes de um jeito lúdico e transformou a volta para casa em mais uma fonte de entretenimento, o que intensifica o engajamento", afirma Fernando Taralli, presidente da VML, que acrescenta que agora os usuários do app 99 que pedirem um 99TOP terão a dúvida: "Será que virá o Mustang 1965 do comercial da Shell V-Power Nitro+?.

Eduardo Cunha pode renunciar para salvar mandato

Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, em Brasília, dia 16/02/2016

 O agravamento da crise política faz crescer rumores sobre a renúncia de outro agente político além da presidente da República, Dilma Rousseff.

É cada vez mais recorrente a tese de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pode abrir mão do cargo para salvar o mandato de deputado. A cassação é a pena máxima que o Conselho de Ética pode lhe conferir, quando o arrastado processo chegar ao fim.

Réu na Lava Jato, Cunha continua negando com veemência a possibilidade de renunciar. "Óbvio que não. Menor possibilidade. Chance zero" afirmou o presidente da Câmara nesta manhã, quando questionado sobre um eventual plano de renúncia.

Se é para uma eventual cassação ou afastamento por força do Supremo Tribunal Federal (STF) ou mesmo porque sua temporada à frente da Casa termina no início do próximo ano, é fato que a sucessão de Eduardo Cunha é pauta nas conversas de bastidores.

O cargo, inclusive, entra nas negociações de apoio ao eventual governo do atual vice-presidente da República, Michel Temer, que assume o comando do País caso Dilma seja defenestrada no processo de impeachment que corre na Câmara.

Deputados que articulam o impeachment de Dilma defendem que o próximo presidente da Câmara seja do grupo conhecido como "centrão", que envolve partidos como PP, PR, PSD e PDT, legendas que, inclusive, tendem a deixar o governo Dilma após a oficialização do rompimento do PMDB, na tarde de hoje.

A reportagem mostrou na última sexta-feira que o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), atual presidente da comissão do impeachment, é um dos cotados a assumir a vaga.

Rosso circula bem por todos os grupos do Parlamento, característica que interessa a Temer, que, se seguido o script, terá que fazer um governo de coalizão, administrando muitos partidos e interesses.

Aliados de Cunha dizem que ele tem apreço pelo nome de Rosso, assim como tem pelo nome de Jovair Arantes (PTB-GO), atual relator da comissão de impeachment.

A escolha de Rosso e Jovair para comandar o colegiado que discute a admissibilidade do processo de impedimento da petista foi feita, inclusive, em reunião comandada por Cunha, em sua residência oficial, na noite anterior à eleição que os confirmou nos cargos

O iPhone SE é bom mesmo? Veja as opiniões dos críticos

iPhone SE

 O iPhone SE, o novo smartphone da Apple com tela de quatro polegadas, chega ao mercado norte-americano nesta semana. Além do preço relativamente baixo para um dispositivo da empresa – o valor varia de 399 dólares (16 GB) e 499 dólares (64 GB) – o iPhone SE surpreendeu os críticos devido à sua configuração de ponta.

Segundo o site CNET, o novo iPhone “embala quase todas as funcionalidades interessantes (processador, ótima câmera, Apple Pay, Siri sempre alerta) do iPhone 6s em um telefone menor e mais acessível de quatro polegadas”.

O tamanho do iPhone SE também foi o foco do site Mashable, que chamou o dispositivo de “um dos produtos mais interessantes a serem lançados neste ano”. No entanto, ele faz uma ressalva: o iPhone SE, na realidade, não é um smartphone novo.

Essa pontuação feita pelo Mashable está relacionada com o fato de que o aparelho tem um design praticamente igual ao do iPhone 5s e sua configuração interna é extremamente similar ao do iPhone 6s.

Desse modo, “o iPhone SE não é um produto inovador. É tecnologia de hoje no corpo do telefone de ontem”, resume o site The Verge. Veja agora o que os especialistas desses portais acharam de cada uma das especificidades do novo iPhone.

Design do 5s

O iPhone SE tem um visual igual ao do iPhone 5s. Ele tem o mesmo tamanho de tela (quatro polegadas com resolução de 1136 x 640), as mesmas bordas chanfradas e o mesmo posicionamento dos botões.

Lauren Goode, repórter do The Verge que testou o novo smartphone, disse em sua análise que carregou o SE e o 5s no bolso por alguns dias e pegou o iPhone antigo por engano diversas vezes.  

Uma das únicas diferenças físicas é que o iPhone SE pode ser adquirido na cor rosa (ou rosé gold, como a Apple gosta). Além desse modelo, o aparelho também vem nas cores cinza, dourado e prata. Outra mudança no visual foi que as bordas são foscas e, não, brilhantes como as do 5s.  

O design antigo ainda carrega outra característica que irá deixar muitos usuários felizes: ele será compatível com todos os acessórios dos iPhones 5 ou 5s.

Configurações do 6s

O iPhone SE tem um chip A9 (o mesmo do iPhone 6s) e 2 GB de RAM. “Os aplicativos e páginas da web abrem rapidamente. Não há qualquer problema em alternar apps e os jogos de alta performance funcionam muito bem”, resume Christina Warren, repórter do Mashable.

Outra configuração dos dispositivos recentes que foram implementadas no iPhone SE é o suporte para Wi-Fi de alta velocidade e internet móvel de bandas mais rápidas. Além disso, ele já vem com o iOS atualizado para a versão 9.3.

O iPhone SE também tem leitor de biometria digital no botão de home e tem tecnologia NFC para o uso do Apple Pay. No entanto, uma das características mais interessantes do 6s não veio com o novo dispositivo: o 3D Touch – tecnologia que possibilita que o smartphone responda de várias maneiras dependendo da pressão do toque do usuário.

Justin Sullivan/Getty Images
iPhone SE

Câmera traseira potente

A câmera traseira do SE tem 12 megapixels e tira fotos tão vibrantes quanto o smartphone topo de linha da Apple, segundo o Mashable. Uma função que foi lançada com o 6s e continua no SE é o Live Photos, uma ferramenta que captura alguns segundos de vídeo antes e depois da fotografia ser tirada.

Também é possível fazer vídeos com resolução 4K. Apesar de a qualidade das imagens ser impecável, a gravação de vídeos em 4K consome muito espaço de armazenamento do smartphone. Por isso, essa característica não deve agradar muitos usuários – principalmente, por que o iPhone SE vem apenas em dois modelos: um com 16 GB de armazenamento e outro com 64 GB.

A câmera dianteira, no entanto, vem com apenas 1,2 megapixels, o que pode prejudicar a qualidade das selfies. Porém, vale apontar que a câmera tem flash de retina, uma função que aumenta o brilho da tela para que as fotos saiam mais iluminadas.

Boa bateria

Devido ao processador A9 e o software iOS 9.3, o iPhone SE tem uma bateria que dura mais tempo do que a do 5s, segundo testes feitos pelo Mashable. A bateria do novo dispositivo tem uma performance melhor em comparação com a do iPhone 6s.

De acordo com Lauren Goode do The Verge, a bateria do SE tem 50% a mais de duração do que a do iPhone 5s. “Até agora, o iPhone SE durou muito além de um dia de trabalho completo”, afirma.

O iPhone SE começa a ser vendido nos EUA por 399 dólares, na versão de 16 GB, e 499 dólares com 64 GB.  Ainda não há previsão de quando e por quanto os novos modelos serão vendidos no Brasil.

8 ferramentas do Google para pequenos empreendedores

Google

Recebemos aqui na redação um convite para um evento do Google. A única informação no convite era que iríamos descobrir como o Google ajuda o negócio dos empreendedores e PMEs do Brasil a brilhar.

Na semana passada chegamos por volta das 18h na Feira Qualquer Coisa, na Praça Benedito Calixto e nos surpreendemos com um happy hour em um formato super descontraído no estilo mercado de pulgas, local onde diversos vendedores se reúnem para comercializar bens antigos, usados e outras mercadorias, inclusive de fabricação artesanal. Os empreendedores, dos mais diversos setores, tinham cada um sua “barraquinha” onde estavam expondo seus produtos.

Conhecemos 16 empresas de pequeno e médio porte que iam desde brigadeiro até e-commerce especializado em kimono, mas todos os negócios tinham um denominador comum: investimentos nas ferramentas de negócios do Google, como AdWords, AdSense e Apps for Work.

Durante o evento, além dos produtos pagos, foram apresentadas as soluções gratuitas do Google para as empresas, como o Google Meu Negócio e o Google Analytics. A ocasião ainda marcou o lançamento no Brasil da versão em português do aplicativo Primer, com lições básicas de marketing voltado para o público que deseja aprender mais sobre esta disciplina mas não tem tempo para estudá-la de forma mais aprofundada.

“Em um momento de uma profunda crise econômica como esta, é crucial que o pequeno empresário saiba que pode contar com o Google no que for preciso para prosperar”, afirma Luciano Santos, diretor de PMEs do Google Brasil.

Conheça as soluções do Google para os Negócios das PMEs:

AdWords: Ferramenta para criação de anúncios que são exibidos nos resultados da busca do Google. A empresa escolhe os termos de pesquisa que exibirão seu anúncio e um orçamento diário. Se as palavras que as pessoas digitarem no Google corresponderem a suas palavras-chave, seu anúncio pode ser exibido acima dos resultados de pesquisa.

AdSense: Forma gratuita e simples de ganhar dinheiro veiculando anúncios em seu website. Os anúncios são revisados para garantir que sejam de alta qualidade e relevantes para seu conteúdo ou público-alvo, mesmo quando visualizados em smartphones e tablets.

Google Meu Negócio: Cadastro gratuito oferecido pelo Google às empresas que querem divulgar suas informações de contato, como website, endereço físico, telefone e horário de funcionamento. Os dados são exibidos na Pesquisa do Google, no Google Maps e no Google+.

Apps for Work: Pacote das ferramentas do Google voltado para as empresas, como e-mail profissional, armazenamento de arquivos on-line, agendas compartilhadas e reuniões por vídeo, entre outros. Baseado na nuvem, o pacote de Apps for Work permite a conexão de qualquer lugar e com qualquer dispositivo.

Primer: Aplicativo para smartphones que ensina de forma rápida os mais variados conceitos de marketing. Possui atividades interativas para que os conceitos sejam absorvidos de forma mais fácil.

True View: Anúncios em vídeo TrueView oferecem aos usuários escolha e controle sobre qual anúncio eles desejam assistir e quando. Os anunciantes pagam somente quando o usuário optar por assistir a seu anúncio.

Analytics: Para quem quer aumentar as vendas ou encontrar mais visitantes, o Google Analytics oferece coleta de dados e gestão de forma única e precisa que pode ser personalizado de acordo com suas necessidades.

Agências Parceiras: Criado em novembro de 2013, o Programa de Parceiros busca ter uma relação mais próxima com pequenas e médias agências de publicidade, oferecendo treinamentos, campanhas de incentivos, ofertas promocionais e um apoio exclusivo às agências e freelancers.

Empreendedores + Google

Durante o evento conheci diversos empreendedores com histórias e produtos fantásticos e a cada barraquinha que eu passava ficava com a sensação de “Como não pensei nisso antes?”. Confira abaixo a lista das empresas que estavam expondo seus produtos e entenda como cada uma delas utiliza os produtos do Google.

alavadeira.com – Oferece o serviço de roupas lavadas e passadas para toda a grande São Paulo de acordo com o plano de assinatura que o cliente escolher.

aLavadeira.com + Google: “Hoje o Google é uma das principais ferramentas de marketing utilizadas para obter novos assinantes. A empresa utiliza a plataforma Adwords para anunciar a todas as pessoas que buscam por serviços de lavanderia e serviços domésticos”, conta Gilson Gonçalves, um dos fundadores.

BistroBox – Pelo site as pessoas se inscrevem, pagam uma mensalidade e todo mês recebem uma caixa com cinco produtos. A ideia é que as pessoas possam criar refeições diferentes e conhecer novos sabores.

BistroBox + Google: “Usando o Google é que a grande maioria dos nossos clientes chegam até nós, seja pelas buscas orgânicas ou pelas campanhas que fazemos no AdWords. O Google Analytics é a base da maioria das nossas decisões, com ele analisamos o comportamento de nossos clientes e mudamos o site ou estratégias de marketing digital”, diz Gabriel, um dos fundadores da Bistro.

Espaço Nobre Evento – Surgiu da oportunidade que sua fundadora encontrou ao procurar locais de festas para o seu casamento e tinha poucas opções à disposição. Atualmente, a empresa conta com dois endereços para festas.

Espaço Nobre + Google: Segundo a fundadora Carina, estar na internet é um fator especial para o sucesso: “Começamos a perceber que a maioria dos clientes conhecia nosso espaço através da internet. Por essa razão, com o passar dos anos fomos direcionando nossa verba de publicidade para a internet. Hoje, a empresa direcionou a sua verba de anúncios toda para a internet, abandonando publicações do ramo. Atualmente, cerca de 80% dos nossos clientes conheceram o Espaço Nobre pela internet”.

Hand Talk – Aplicativo homônimo que realiza tradução digital e automática para Língua de Sinais, utilizada pela comunidade surda.

Hand Talk + Google: “As soluções de trabalho e anúncios oferecidos pelo Google permitem que a gente consiga otimizar nosso tempo de trabalho e realizar campanhas que alcancem direto o público-alvo, sem perder escala.”, explica Ronaldo Tenório, CEO da empresa.

Iná – Escritório de arquitetura fundado em 2011 pelos paulistas Julio Beraldo e Marcos Mendes que tem como um dos destaques a repaginação de apartamentos antigos.

Iná + Google: “A plataforma de anúncios do Google é muito democrática e fácil de usar: podemos alterar o orçamento quando quisermos e nos focarmos no perfil de público que desejarmos”, explica Julio.

Leiturinha – Clube de assinaturas de livros infantis. A ideia da plataforma surgiu da percepção de que faltava no mercado um serviço que levasse livros de qualidade e adequados a faixa etária das crianças, direto para suas casas.

Leiturinha + Google: “O Google assiste como plataforma empresarial através do Google Apps. O Google Analytics é uma ferramenta essencial na produção de insights para a nossa landing page; e por fim, o Google Adwords é imprescindível na divulgação da nossa marca e na captação de clientes”, diz Rodolfo Reis, um dos fundadores.

Loggi – Plataforma que utiliza motoboys numa rede logística rápida e confiável.

Loggi + Google: “O Google ajuda a Loggi em vários sentidos. Tanto na produtividade e organização com e-mail, Hangout, Calendar e Drive como em ads e Analytics. Para garantir serviço de qualidade e preço baixo nós empregamos algoritmos avançados de roteamento e geolocalização. Sem o Google Maps isso não seria possível”, diz Arthur, um dos fundadores.

Meu Kimono – E-commerce paulistano especializado na venda de kimonos.

Meu Kimono + Google: “Desde o início, o Google foi fundamental para aumentar a visibilidade da nossa empresa. Por conta disso, estamos otimizando as campanhas para termos melhores resultados com menores custos”, diz Diego Shimohirao. A empresa vê a crise como uma oportunidade para renegociar contratos (e assim reduzir custos). “Também buscamos usar o marketing digital de forma mais assertiva e inteligente. Esse conjunto tem feito o nosso faturamento aumentar a cada mês”, afirma.

Nina Bruni – E-commerce de joias fundado em 2012 e com vendas exclusivamente pela web.

Nina Bruni + Google: “O Google tem sido uma ferramenta muito importante para a divulgação da Nina Bruni e é fonte de uma parte significativa do faturamento da empresa. Com o AdWords, conseguimos divulgar as linhas que tem maior poder de conversão assim como linhas novas que queremos testar, sempre de forma muito específica e direcionada.”

Parafuzo – Empresa 100% on-line que conecta pessoas físicas e jurídicas com profissionais de limpeza.

Parafuzo + Google: “A plataforma do Google é ideal para uma empresa como a nossa, que faz marketing 100% online e que precisa de flexibilidade e automação na criação de campanhas. Conseguimos criar centenas de campanhas distintas de forma automatizada, otimizando assim o retorno sobre o investimento e alcance do público-alvo. Sem isso, não teríamos conseguido expandir nosso negócio para 10 cidades em 2 anos e levar atendimento de qualidade aos mais de 50 mil clientes da Parafuzo. Daqui pra frente, pretendemos ampliar ainda mais a parceria com o Google em busca de mais 10X de crescimento, rumo aos 500 mil clientes”, diz Felipe Brasileiro, CMO da Parafuzo.

PetiteBox – Clube on-line de assinaturas de produtos voltados para a gestação e os primeiros anos de vida da criança.

PetiteBox + Google: “Como somos uma empresa 100% online, é difícil dissociar o Google de nossa rotina diária. Usamos diversos produtos da empresa: fazemos anúncios através de AdWords, acompanhamos o desempenho do nosso site pelo Analytics e no dia a dia usamos todas as ferramentas do Google Apps for Work.”, explica Ivy Assis.

Ponto de Brigadeiro – Em 2011 Rafael Aurichi viu a oportunidade de ter um negócio próprio com a popularização dos brigadeiros gourmet.

Ponto de Brigadeiro + Google: “O Adwords sempre foi a nossa principal ferramenta para conquistar novos clientes, desde o início quando o valor que tínhamos para divulgação era realmente muito pouco”, diz Rodrigo. “Foi justamente essa possibilidade de começar a anunciar com um orçamento pequeno que nos permitiu aos poucos ir conquistando novos clientes e gradativamente aumentando nossas vendas”.

Tress Cabelos – E-commerce de perucas de fibras sintéticas aberto em fevereiro de 2015 pela relações públicas Letícia Korndorfer.

Tress + Google: Desde o começo, o Google foi fundamental para o crescimento da empresa. “As ferramentas de busca do Google fazem com que o potencial cliente vá ao lugar certo, aumentando o interesse pela marca. Hoje, 66% do tráfego da Tress Cabelos é por conta do Google”, diz Letícia.

Webfoco – Empresa de marketing digital fundada em 2008 com o objetivo de fornecer atendimento personalizado a pequenas e médias empresas para aumentar suas vendas on-line.

Webfoco + Google: “Somos uma agência parceira do Google. Com os treinamentos que realizamos, eventos que participamos e indicações, conseguimos ajudar nossos clientes a crescer e, consequentemente, crescemos juntos.”

Zee-Dog – Marca de acessórios para cachorros e gatos (coleiras, guias, brinquedos e outros itens) fundada em 2012.

Zee-Dog + Google: De acordo com Igor Nabhan, Diretor de Marketing da Zee-Dog, as ferramentas de trabalho do Google a suas soluções de publicidade são essenciais para garantir o crescimento e produtividade da empresa: “A gente brinca que o Google é sócio da empresa; que participa das reuniões e influencia nas nossas decisões. Tudo que desenvolvemos, procuramos fazer de acordo com as recomendações desse “sócio”. Nosso principal canal é o e-commerce, então não poderia ser diferente. Além disso, as ferramentas atreladas ao Google permitem que tenhamos uma equipe mais enxuta e altamente eficiente”.

Zoo – Plataforma de negócios de comércio eletrônico com sede em São Paulo, detentora das marcas Girafa, Bee Fitness e Ovelha Negra.

Zoo + Google: “O Google é um dos principais parceiros ao longo da história do Zoo. Temos total suporte dos estrategistas de conta e do atendimento telefônico para revisar ou ajustar nossas metas. Esse acompanhamento é o grande diferencial para o nosso crescimento.”, explica Paolo Rocha, gerente de Marketing da Zoo.

Sabe aquele evento que você não gostaria que acabasse? Pois é, foi essa sensação que senti com o Goole PMEs, poderia ficar por lá muito mais horas conversando com os empreendedores e trocando experiências.

E você? utiliza algum produto do Google na sua startup? Conte pra gente nos comentários.

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