segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Governo investe R$ 251,7 bilhões no PAC

Dinheiro: pessoa segura notas de cinquenta reais

 

O governo federal divulgou hoje (29) que, em 2015, aplicou R$ 251,7 bilhões no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2015-2018, em parceria com estados, municípios e o setor privado.

O valor equivale a 24,2% do total que deverá ser investido até 2018, estimado em R$ 1,04 trilhão. Este é o segundo balanço dessa fase do PAC.

Só no ano passado, as obras entregues contaram com R$ 159,7 bilhões, o que representa 23,8% do previsto (R$ 672 bilhões).

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O investimento foi distribuído em ações de três áreas estruturantes: social e urbana (R$ 91,2 bilhões), energia (R$ 63,6 bilhões) e logística (R$ 4,9 bilhões).

Segundo o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, mesmo com o atual cenário econômico desfavorável, registrado no país e no mundo e com os ajustes promovidos na contenção dos gastos públicos, o PAC continua sendo um importante programa de aplicação sequenciada de recursos em infraestrutura no Brasil desde 2007.

São aproximadamente 37 mil empreendimentos em diversas áreas e a sua continuidade promove a geração de empregos, a melhoria de vida de milhões de brasileiros e reduz as desigualdades regionais.

O governo também informou que, do total dos recursos executados em 2015 pelo PAC, R$ 99,9 bilhões correspondem a valores de financiamento ao setor público, financiamento habitacional de imóveis novos e do programa Minha Casa, Minha Vida, R$ 55,8 bilhões das empresas estatais, R$ 47,3 bilhões do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social, R$ 45,4 bilhões do setor privado e R$ 3,3 bilhões de contrapartidas de estados e municípios.

Empreendimentos concluídos

Entre os empreendimentos de infraestrutura concluídos em 2015, o Ministério do Planejamento informou que figuram 270 quilômetros de rodovias (como 84,5 km da BR-418, que tem início em Minas Gerais, e 51 km da BR-235, que liga Sergipe ao Pará), a ponte Anita Garibaldi e o túnel do Morro do Formigão na BR-101(SC), 163 quilômetros da ferrovia Transnordestina, em Pernambuco, dois terminais hidroviários de passageiros na região Norte, o Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), a recuperação do pátio do Aeroporto Santos Dumont (RJ) e a ampliação dos aeroportos de Santarém (PA) e Tabatinga (AM).

Na área de infraestrutura energética, destaca-se a conclusão de 108 novos empreendimentos de energia eólica, aumentando a capacidade instalada em mais 2.717 megawatts na matriz energética nacional.

Entre as ações de infraestrutura social e urbana entregues no ano passado, 445.305 unidades habitacionais são do programa Minha Casa, Minha Vida, e 163 empreendimentos envolvem urbanização de assentamentos precários (beneficiando 70 mil famílias).

Há, ainda, 632 projetos de saneamento, esgotamento sanitário e resíduos sólidos em 584 municípios (beneficiando mais de 6,3 milhões de pessoas) e 13 restaurações em monumentos históricos.

O programa Luz para Todos efetivou 57.676 novas ligações em todo país, o que corresponde a 28% da meta estabelecida para o período 2015-2018. Atualmente, o programa beneficia 3.258.086 de famílias, ou cerca de 15,6 milhões de moradores em áreas rurais.

Para melhorar a oferta de serviços e a disponibilidade de novos equipamentos públicos nas áreas da saúde, educação, cultura, lazer e esporte, o governo federal entregou à população 4.589 novos empreendimentos, como Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centros de Artes e Esportes Unificados (CEU), quadras esportivas, creches e pré-escolas.

“Os resultados do Programa de Aceleração do Crescimento no ano de 2015 confirmam que ele é um importante instrumento de planejamento e monitoramento dos investimentos prioritários em infraestrutura”, destacou o governo.

Como a perda do selo de bom pagador do país afeta seu bolso

Bolso vazio

 A agência de classificação de risco Moody's anunciou nesta quarta-feira (24) o rebaixamento da nota de crédito do Brasil. A Moody's era a última agência entre as três maiores que mantinha o país como grau de investimento.

A nota caiu de Baa3, último nível de grau de investimento, para Ba2. Em dezembro, a agência havia sinalizado que poderia cortar a nota do país, ao revistar a perspectiva de "estável" para "negativa".

O anúncio ocorreu exatamente uma semana após a Standard & Poor's cortar pela segunda vez a nota do país nos últimos cinco meses. Em dezembro, a Fitch rebaixou a nota do país e retirou o selo de bom pagador.

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Mas, na prática, o que isto significa para todo o país e para os brasileiros?

Basicamente, o grau de investimento é um selo de qualidade que assegura aos investidores um menor risco de calote.

É a partir deste selo que os investidores avaliam se vale a pena investir em ativos do país ou se a possibilidade de ganhos (como os juros) compensa o risco de perder o capital investido com a instabilidade econômica interna.

Isto significa que, enquanto o Brasil tinha contava com o selo das agências, ele tinha credibilidade de um "bom pagador".

Agora, sem este selo das três maiores agências do mundo, o país receberá menos capital de investimentos e o crédito ficará mais caro, explica Luciano D'Agostini, economista da COFECON (Confederação Federal de Economia) e pós-doutorando da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

O corte da nota de crédito e a retirada do selo de bom pagador das três maiores agências de classificação de risco tem um primeiro impacto no mercado financeiro.

Isto porque grandes fundos de pensão e investimento internacionais têm que sair do país, pois eles têm cláusulas que proíbem sua permanência em países que não possuem grau de investimento.

"O Brasil está perdendo o chamado 'dinheiro bom', que é aquele que causa menos volatilidade, que não é o especulativo. São investimentos estrangeiros de longo prazo. Agora teremos em maior quantidade o chamado 'dinheiro ruim', que é o especulativo, que fica pouco tempo e causa volatilidade de preços", conta.

Em um segundo efeito, as empresas são afetadas. Se o Brasil perdeu o título de "bom pagador", as empresas brasileiras perdem essa "janela" para capitar recursos com juros mais atrativos.

A lógica é simples: se aumenta o risco de calote, os juros de empréstimos serão mais altos. Além disso, para atrair investidores, o retorno do investimento terá de ser maior.

Se a empresa tem um custo maior para se manter e crescer, ela terá de reduzir a produção e os gastos. Ou seja, diminui a oferta de produtos e serviços -- o que impacta nos preços e pressiona a inflação --, e freia a geração de empregos, já que a firma está produzindo menos.

"Essas demissões não são causadas porque somos ruins, mas porque a gente está fora de um sistema muito simples: rentabilidade do negócio", diz o economista da COFECON. "Não adianta ter a mesma estrutura se menos dinheiro vai entrar."

Segundo D'Agostini, o corte de crédito das três agências vai aumentar ainda mais o desemprego. "Em um ou dois meses já estaremos com uma taxa de desemprego batendo os dois dígitos. E ela vai permanecer nos próximos dois anos, no mínimo."

Além de pressionar a inflação e aumentar o desemprego, o crédito para a pessoa física e para os pequenos negócios vai aumentar.

"Para tornar os títulos públicos e outros investimentos indexados à Selic mais atraentes, o Banco Central deve continuar aumentando a taxa básica de juros". Hoje, a Selic está a 14,25% por ano, uma taxa considerada bem elevada por economistas.

Isto significa que os juros do seu cartão de crédito, empréstimo bancário, financiamento imobiliário, entre outros, vão ficar mais caros.

Por fim, outro conhecido vilão da inflação e de quem pretende viajar pra fora volta a assustar. "O dólar pode chegar a R$ 4,50 ou R$ 5 neste ano, o que certamente vai impactar nos preços dos importados", disse D'Agostini, acrescentando que:

"Como reflexo, o Brasil está ficando mais pobre. Com menos dinheiro circulando e diminuição da produção, aumenta a pobreza, aumenta o desemprego e temos juros astronômicos. Este é um ciclo negativo que só vai ter fim quando tivermos uma mudança no plano econômico."

Por ajuste nas contas, estados cortam investimentos

Notas de real

 A queda nas receitas e o aumento das despesas obrigatórias estão tornando as finanças estaduais insustentáveis. Essa combinação perversa provocou a suspensão de obras, interrupção de serviços públicos básicos e atraso no salário dos funcionários em diversos Estados.

As finanças estaduais se agravaram no ano passado em meio a um cenário de forte recessão - o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter recuado 4% em 2015 - e a inflação superou 10%. A crise atual já arrastou importantes Estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal.

Com pouca margem de manobra, os governadores escolheram um corte profundo nas despesas de investimento como uma das maneiras de fazer o ajuste fiscal. No ano passado, os governos estaduais reduziram os investimentos em 37% na comparação com 2014, de acordo com um levantamento feito por Pedro Jucá Maciel, consultor econômico do Senado, com base nos dados disponíveis de 24 Estados e do Distrito Federal.

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Os Estados brasileiros já vinham com uma estrutura fiscal bastante ruim. Os primeiros sinais começaram em 2012, quando a economia brasileira começou a desacelerar. Para evitar um agravamento maior do quadro, o governo federal promoveu uma série de empréstimos para os Estados, o que resultou numa nova onda de endividamento.

"Se a lição de casa tivesse sido feita em 2012, não estaríamos passando pela dificuldade que enfrentamos agora", afirma Maciel. Segundo o consultor, no ano passado, o avanço da receita ficou abaixo da inflação em todos os Estados.

Diante desse quadro, a conta dos Estados passou a não fechar porque os governadores não conseguiram um alívio nas despesas. Pelo contrário. Elas continuaram crescendo. O aumento da inflação contribuiu para a elevação do gasto com pessoal. "É preciso atentar que atrasar pagamento é como febre: um sintoma da doença. É preciso combater as razões estruturais para a crise federativa e também recuperar a economia", afirma José Roberto Afonso, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e professor do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP).

Na avaliação dos analistas em finanças públicas, está claro que o problema fiscal dos Estados não é conjuntural, mas estrutural. Na semana passada, o governo federal começou a acenar com uma série de medidas para tentar aliviar os Estados.

Uma das propostas em estudo é a possibilidade de federalizar as empresas estaduais como parte da renegociação do débito dos Estados. "Como o diabo mora nos detalhes, é preciso assegurar que as mudanças serão promovidas e em profundidade para salvar os Estados. E não seja apenas uma forma de angariar apoio de governadores para salvar o mandato da Presidenta Dilma", diz Afonso, do Ibre/FGV.

Movimento do comércio tem novo recorde de baixa em 12 meses

Comércio: -1,8%

 O movimento do comércio varejista caiu 3,4% em janeiro, no acumulado em 12 meses, e atingiu novo recorde de baixa, segundo pesquisa da Boa Vista SCPC.

A série histórica começa em 2010. Na comparação da janeiro com dezembro, na série com ajuste sazonal, houve baixa de 1,4%. Ante janeiro de 2014 a baixa foi de 6,1%.

"Desta forma, janeiro continua a consolidar a tendência de queda mostrada pelo varejo, que desde julho de 2015 ano já se encontrava em território negativo. Fatores como elevação de juros, piora do mercado de trabalho, queda no consumo das famílias e inflação em patamar elevado podem ser considerados como os principais condicionantes deste cenário", diz a Boa Vista em comunicado.

Segundo a empresa, o cenário para 2016 permanece desafiador e possivelmente o varejo terá outro ano de perdas.

Na análise mensal, o setor de "Móveis e Eletrodomésticos" apresentou queda de 4,6% em janeiro e "outros artigos do varejo" teve retração de 9,9%.

A categoria de "Tecidos, Vestuários e Calçados" subiu 2,4% no mês. Já a atividade do setor de "Supermercados, Alimentos e Bebidas" avançou 1,0%, enquanto o segmento de "Combustíveis e Lubrificantes" apresentou pequena elevação de 0,2%.

O indicador de movimento do comércio é elaborado a partir da quantidade de consultas à base de dados da Boa Vista SCPC, por empresas do setor varejista.

As séries têm como ano base a média de 2011 = 100, e passam por ajuste sazonal para avaliação da variação mensal.

Congresso propõe agenda econômica independente do governo

Congresso Nacional

  À revelia do Palácio do Planalto, o Senado e a Câmara querem assumir um papel de protagonista e vão propor uma agenda econômica independente para ser apreciada pelos parlamentares no primeiro semestre.

A pauta do Congresso deverá conter propostas que contrariam as prioridades do governo ou do PT, como a concessão de independência ao Banco Central, a proibição de mudanças em contratos de concessão, a fixação de teto para o endividamento da União e as reformas tributária e previdenciária.

Animado com a aprovação do projeto que muda as regras de participação da Petrobras na área do pré-sal, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), quer fechar esta semana a pauta "expressa" que será votada até julho. Ele se reúne nesta terça-feira, dia 1º, com a bancada do PT, uma das mais críticas à sua agenda.

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Mas, em conversa com aliados, Renan já adiantou que quer priorizar a independência do BC, uma proposta que altera a Constituição para impedir que o governo mude as regras das concessões públicas depois de realizada a licitação, a chamada PEC dos Contratos.

O avanço dessas propostas pode atrapalhar as medidas de ajuste, como retorno da CPMF. Parlamentares chegam a defender que não se vote medidas como a volta do imposto do cheque.

"Por mim, não vota nenhum aumento de imposto enquanto o governo não fizer as reformas estruturais. Senão você só vai aumentar imposto e não vai votar coisa nenhuma porque o PT não quis votar a mudança das regras do pré-sal, imagina a reforma da Previdência?", disse o senador Romero Jucá (PMDB-RR) ao jornal O Estado de S. Paulo. Jucá é hoje um dos mais próximos interlocutores do Congresso com o ministro Nelson Barbosa (Fazenda).

Numa demonstração de dificuldades que o governo poderá ter, Jucá classificou como "doidice" a proposta do ministro Barbosa de adotar uma "banda fiscal" para acomodar a frustração de arrecadação deste ano. "Precisamos ter realismo fiscal", afirmou o senador. Jucá se diz a favor do projeto de endividamento da União, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP).

O diagnóstico de aliados de Renan é que o governo Dilma Rousseff não tem reagido e se mantém inerte sem propor sólidas alternativas para tirar o país da recessão e reverter o aumento do desemprego e do aumento da inflação.

Dessa forma, será necessário ter um papel mais ativo em 2016, uma vez que o governo não "abraçou" a Agenda Brasil, conjunto de propostas lançadas por Renan em agosto passado. Por isso, querem votar outras medidas que tragam segurança jurídica para os investidores.

Comissões

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também anunciou nesta segunda-feira, 29, uma agenda própria para os deputados. Ele vai criar comissões temáticas que devem atuar por 30 dias para discutir uma série de assuntos.

A primeira delas debaterá todas as propostas de exploração do pré-sal, tanto a que tramita na Câmara como a que foi aprovada pelos senadores na semana passada. "A resultante da comissão especial é que será levada ao plenário", disse Cunha.

Pesquisadores criam colírio capaz de dissolver cataratas sem necessidade de cirurgia

<p>O colírio com lanosterol foi testado com sucesso em cachorros portadores da doença nos olhos</p>

A catarata é uma opacidade no cristalino do olho e é responsável por cerca de metade dos casos de cegueira registrados no mundo. Apesar de essa doença ser tratável, as cirurgias são caras e precisam de profissionais altamente especializados. Isso é um problema para pacientes que vivem em países subdesenvolvidos e com sistemas de saúde precários. Mas um novo estudo, que usou colírios para regredir cataratas em cachorros, pode tornar o tratamento da doença mais barato e acessível.

A maioria dos casos de catarata é relacionada ao envelhecimento, mas algumas pessoas desenvolvem a doença após sofrer alguma lesão ou por terem nascido com uma anomalia genética. Interessada nesta última hipótese, a equipe do professor Kang Zhang, da Universidade da Califórnia, decidiu estudar duas famílias com filhos nascidos com catarata congênita.

Os cientistas descobriram que as crianças eram portadoras de uma mutação no gene que produz uma pequena molécula chamada lanosterol. A versão saudável dessa molécula impede que as proteínas causadoras da catarata se reproduzam no olho. Mas, em sua versão anormal, o lanesterol permite que as proteínas se reproduzam e causem a opacidade no cristalino.

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Divulgação
cataratas

A equipe do professor Zhang desenvolveu um colírio contendo lanosterol, para ser usado no tratamento da catarata. Para verificar a eficácia do colírio, os pesquisadores retiraram o cristalino de coelhos portadores da doença e mergulhando-os, por seis dias seguidos, em uma solução de lanesterol. Ao final do teste, os cientistas descobriram que a solução reduzia a severidade da catarata e aumentava a claridade do cristalino.

Então, os cientistas mudaram de cobaia. "Resolvemos testar o efeito do colírio em cachorros com cataratas. Aplicamos o colírio duas vezes por dia durante seis semanas e descobrimos que ele efetivamente reduzia os efeitos da catarata", afirma Zhang. O estudo, publicado na revista científica Nature, durou apenas alguns meses, então é provável que as cataratas tenham voltado após os cachorros deixarem de receber o colírio.

Mas o professor Kang Zhang acredita que os colírios podem ter um papel importante na prevenção de cataratas que estejam em seus estágios iniciais. O objetivo dos pesquisadores é desenvolver um medicamento barato e eficaz que possa ser usado em regiões mais carentes, considerando o aumento na expectativa de vida média dos habitantes do planeta.

Empresas veem recorde de rebaixamento de crédito no Brasil

Gestor de compliance/riscos/auditoria

A nota de crédito das empresas brasileiras está piorando a um ritmo recorde em um momento em que a paralisia política do país prejudica os esforços para combater uma recessão cada vez mais profunda.

A Standard & Poor’s, a Fitch Ratings e a Moody’s Investors Service distribuíram um total combinado de 129 rebaixamentos a empresas brasileiras não financeiras até esta altura do ano, média de mais de três a cada dia útil, segundo dados compilados pela Bloomberg. 

É mais do que o total de rebaixamentos dos dois primeiros meses de cada ano entre 2000 e 2015.

O número provavelmente continuará subindo porque o país não consegue resolver seu crescente déficit fiscal em meio a uma recessão, segundo Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil, que ocupa o quarto lugar do ranking da Bloomberg para os analistas mais precisos da economia brasileira.

Após desfrutar de seu status de grau de investimento por sete anos, o Brasil foi rebaixado de volta para junk em 2015 em um momento em que o enfraquecimento da economia reduziu a arrecadação de impostos, tornando mais difícil para o governo Dilma Rousseff reduzir o déficit orçamentário recorde. 

Além disso, a capacidade de Dilma para convencer o Congresso a aprovar medidas de austeridade tem sido prejudicada pela queda em seus índices de aprovação e pelas acusações de corrupção envolvendo alguns de seus principais assessores. 

As métricas de crédito do país continuarão piorando nos próximos três anos, disse a Moody’s. E quanto mais baixa a classificação do governo, mais as empresas brasileiras precisam pagar pelos empréstimos, tornando o refinanciamento de dívidas mais difícil para elas.

“Estamos claramente vendo uma perspectiva desfavorável para as classificações de crédito do país”, disse Rostagno, de São Paulo. “O crédito continuará encarecendo cada vez mais, o que leva a uma economia mais fraca, mina a arrecadação de impostos e piora a situação fiscal do governo. Tudo isso levará a mais rebaixamentos. É um círculo vicioso”.

A nota de crédito soberana atua como um teto informal para as classificações, por isso muitas emissoras corporativas têm sua classificação reduzida como consequência do rebaixamento do governo.

Com a crise econômica do país e a queda dos preços das exportações, os tomadores de empréstimos já estão enfrentando suas próprias dificuldades.

A produção industrial caiu 11,9 por cento em dezembro em relação ao ano anterior e as vendas do varejo estão entrando em colapso.

A maioria das empresas brasileiras que informou resultados para o quarto trimestre ficou abaixo das estimativas já desanimadoras dos analistas.

Justiça bloqueia R$ 31,4 mi nas contas de Santana e esposa

O marqueteiro João Santana desembarca com sua mulher Monica em Cumbica, São Paulo

 A Justiça bloqueou R$ 28,7 milhões em duas contas de Mônica Moura, esposa do publicitário João Santana, por determinação do juiz federal Sérgio Moro.

Por meio do sistema de bloqueio eletrônico do Banco Central, foram bloqueados também R$ 2,7 milhões nas contas de Santana. A decisão de Moro foi proferida como medida cautelar na investigação da Operação Acarajé, deflagrada na semana passada.

O bloqueio atingiu também outros investigados e empresas do publicitário. Na conta da Polis Propaganda foram bloqueados R$ 407 mil.

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Preso na Suíça, o funcionário da Odebrecht Fernando Migliaccio teve bloqueados R$ 1,9 milhão. Na conta do empresário Zwi Skornicki, acusado operar repasses ao publicitário no exterior, o banco bloqueou R$ 4,4 milhões.

Na Operação Acarajé, os investigadores suspeitam que Santana e sua esposa receberam US$ 7,5 milhões, que teriam sido pagos por meio de empresas offshores controladas pela Odebrecht no exterior.

Em depoimentos, o casal confirmou que recebeu dinheiro no exterior por campanhas eleitorais na Venezuela e em Angola. A suspeita é de que os valores sejam oriundos do esquema de corrupção na Petrobras

De acordo com a decisão do juiz, as instituições bancárias deveriam bloquear até R$ 25 milhões de cada investigado, valor que eventualmente estaria depositado nas contas. O valor do bloqueio é padrão e não significa que dinheiro tenha origem ilícita.

Seu smartphone sabe quem você é e o que você está fazendo

Mulher segura smartphone

Seu telefone sabe mais sobre você do que você imagina.

Ele sabe por onde você andou e com quem você estava, sabe qual foi o presente de aniversário que você comprou para sua mãe e em quem você pretende votar. 

Sexo ontem à noite? Ele também sabe disso se você estiver usando um dos aplicativos para casais que estão tentando engravidar.

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Dos aplicativos pré-instalados que contam o número de passos às senhas guardadas de contas bancárias e de redes sociais, os smartphones evoluíram de aparelhos que fazem ligações a serem depósitos digitais com os detalhes mais íntimos de sua vida.

“É possível extrair do telefone de uma pessoa comum informação suficiente para criar um clone virtual desse indivíduo”, disse Elad Yoran, presidente do conselho executivo da Koolspan, uma empresa de segurança de comunicações. 

“Os aparelhos são janelas não apenas para nossa vida pessoal, mas também para nossas vidas profissionais”.

E, como mostra a batalha entre o FBI e a Apple, eles se tornaram minas de ouro para os investigadores. 

O FBI ganhou na Justiça uma ordem para que a Apple ajude a desbloquear um iPhone usado por Syed Rizwan Farook, que atirou em dezenas de colegas de trabalho em dezembro durante um evento corporativo em San Bernardino, na Califórnia, matando 14 deles.

A Apple está contestando a decisão judicial, montando um caso altamente público contra o que considera uma exigência fora dos limites do governo e em defesa da privacidade. 

A empresa alerta que qualquer coisa que fizer para anular a criptografia de seus smartphones poderia ajudar os hackers.

Localização dos filhos

“É provável que haja mais informações sobre você em seu telefone do que em sua casa”, disse o CEO da Apple, Tim Cook, à ABC News na semana passada. 

“Nossos smartphones estão repletos de nossas conversas particulares, de nossos dados financeiros, de nossos registros de saúde. Em muitos casos, eles também estão cheios de informações sobre a localização dos nossos filhos”.

Estima-se que as 7,3 bilhões de pessoas do planeta possuem atualmente 3,4 bilhões de smartphones. Esse número deve chegar a 6,4 bilhões até 2021, de acordo com a empresa de comunicações Telefonaktiebolaget LM Ericsson. 

Os telefones são potentes, processam uma quantidade maior de informações mais rapidamente do que os computadores da NASA usados para colocar o homem na Lua.

Isso permite que eles realizem um impressionante leque de funções e coletem grandes quantidades de dados.

Há um registro das ligações feitas e recebidas, de mensagens de textos, fotos, listas de contatos, compromissos do calendário, histórico de navegação na internet e notas, assim como do acesso a contas de e-mail, bancos e sites como Amazon, Facebook, Twitter e Netflix, disse Yoran, da Koolspan.

Compartilhamento de dados

A maioria dos usuários não percebe até que ponto o próprio telefone está conectado ao mundo exterior porque as contas permanecem conectadas automaticamente, disse Mike Murray, vice-presidente de pesquisa de segurança da empresa de segurança de aparelhos móveis Lookout.

Os telefones também podem revelar segredos corporativos. Murray disse que muitas empresas Fortune 500 têm um aplicativo móvel para telefones que permite que os funcionários se conectem a redes através de uma rede virtual particular.

Todos esses dados podem ser valiosos para a polícia. James Comey, diretor do FBI, disse aos parlamentares na semana passada que o telefone de Farook poderia ajudar a desvendar o mistério de onde ele esteve durante 18 minutos após o tumulto. 

Apesar de terem vasculhado câmeras de segurança e entrevistado testemunhas, os agentes não conseguiram descobrir aonde ele e a esposa foram antes de serem identificados pela polícia em um SUV alugado, perseguidos e depois mortos em um tiroteio.

Comey disse que é consciente da necessidade de privacidade.

Yorgen Edholm, CEO da empresa de segurança cibernética Accellion, disse que a capacidade de monitorar uma pessoa, de passar-se por ela e até de manipulá-la através de um smartphone mostra a necessidade de estar atento à segurança e de ter cuidado para que o governo não passe dos limites.

“Eu chamo o smartphone de aparelho ciborgue, porque ele está muito conectado a nós”, disse Edholm. “Se o governo quisesse uma chave de criptografia para mim, seria meu smartphone”.

Cerimônia do Oscar registra audiência mais baixa desde 2008

Chris Rock

 A 88ª edição do Oscar, realizada neste domingo em Los Angeles (Estados Unidos), foi acompanhada pela televisão por 34,3 milhões de pessoas, o que representa a audiência mais baixa da cerimônia da Academia de Hollywood desde 2008, segundo os números divulgados nesta segunda-feira pela empresa de pesquisas Nielsen.

A cerimônia, que foi apresentada pelo comediante Chris Rock e que coroou "Spotlight - Segredos Revelados" como melhor filme, obteve um índice de audiência de 10,4% entre o público adulto de 18 a 49 anos.

A festa do Oscar de 2015, que teve Neil Patrick Harris como mestre de cerimônias, conseguiu um melhor resultado que a deste ano, uma vez que foi vista por 37,3 milhões de espectadores, com uma audiência de 11%.

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A edição deste domingo marca, além disso, o pior resultado de audiência televisiva para a cerimônia do Oscar desde 2008, quando 32 milhões de pessoas assistiram a premiação apresentada por Jon Stewart.

De acordo com os dados divulgados hoje pelo site especializado "Deadline", a edição de 2014, com Ellen Degeneres como apresentadora, se mantém como a mais vista das realizadas no século XXI ao atrair 43,7 milhões de espectadores.

A 88ª edição do Oscar aconteceu este domingo envolvida na polêmica pela falta de diversidade entre os indicados, já que, pelo segundo ano consecutivo, não houve atores negros indicados nas categorias de interpretação.

Este fato provocou a ameaça de um boicote por parte da comunidade negra e hoje, após a divulgação dos dados da audiência, responsáveis pelo protesto asseguraram que suas ações de rejeição provocaram, em parte, os maus resultados televisivos.

"O boicote ao Oscar branco este ano foi um sucesso fantástico", disseram hoje Earl Ofari Hutchinson, presidente da Mesa Redonda de Política Urbana de Los Angeles, e Najee Ali, presidente do Projeto de Esperança Islámica, segundo o "Deadline".

Como organizadores do boicote ao Oscar, Hutchinson e Ali alertaram que, se não houver mudanças para favorecer a diversidade em Hollywood, o próximo passo será organizar um boicote dirigido aos anunciantes televisivos.

Lucro da Smiles sobe 37% no 4º trimestre, para R$ 112,3 mi

Smiles

 A Smiles, gestora do programa de milhagens da Gol Linhas Aéreas, registrou um lucro líquido de R$ 112,3 milhões no quarto trimestre de 2015, alta de 37,2% frente ao reportado em igual período de 2014, quando o lucro líquido foi de R$ 81,9 milhões.

A margem líquida nos três últimos meses do ano passado ficou em 32,2%, recuando 1,4 ponto porcentual (p.p.) ante o mesmo período do ano anterior.

O lucro operacional, por sua vez, alcançou R$ 109,2 milhões entre outubro e dezembro de 2015, o que corresponde a um crescimento de 23,4% ante os R$ 88,5 milhões contabilizados no mesmo intervalo de 2014. A margem operacional teve queda de 5 p.p. ante o quarto trimestre de 2014, para 31,3%.

A receita líquida da companhia somou R$ 349 milhões nos três últimos meses do ano passado, uma alta de 43,1% na comparação com igual intervalo de 2014, quando a receita apurada ficou em R$ 243,8 milhões.

O resultado financeiro líquido da Smiles no último trimestre do ano passado somou R$ 49,189 milhões positivos, alta de 142,8% ante os R$ 20,258 milhões de resultado financeiro líquido no quarto trimestre de 2014.

Segundo a companhia, o avanço foi decorrente da quitação completa da dívida atrelada à debênture e da evolução da posição de caixa, além do aumento da média de juros, que rentabilizaram as aplicações financeiras.

2015

O lucro líquido da Smiles no acumulado de 2015 totalizou R$ 369,9 milhões, alta de 30,3% ante 2014. A margem líquida no ano passado ficou em 30,3%, queda de 4,8 p.p. ante o ano anterior.

O lucro operacional apurado em 2015 foi de R$ 409,9 milhões, avançando 49,9% em relação ao ano anterior - a margem operacional recuou 0,2 p.p., ficando em 33,6%. A receita líquida somou R$ 1,219 bilhão, aumento de 50,9%.

O resultado financeiro líquido em 2015 somou R$ 138,69 milhões positivos, recuando 3% ante 2014.

"A Smiles apresentou crescimento anual de dois dígitos tanto em lucro líquido trimestral quanto anual, reflexo da contínua evolução dos resultados operacionais e manutenção de resultado financeiro", disse a empresa, por meio de comunicado.

Votorantim deve encolher para focar em negócios-chave

Ensacadeira na Unidade de cimentos de Sobradinho (DF), Brasil da Votorantim Cimentos

 O grupo Votorantim, da família Ermírio de Moraes, que atua em diversos setores da economia - de cimento e siderurgia à produção de suco de laranja - está revendo seu portfólio de negócios.

O conglomerado, que fatura R$ 30,5 bilhões (dados anualizados até setembro), deverá concentrar seus investimentos em áreas consideradas prioritárias, apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

"Esse movimento no grupo já ocorre há um bom tempo e foi intensificado, sobretudo, durante a crise financeira de 2008, em função das perdas com derivativos (que afetaram, sobretudo, os negócios de celulose e o banco). O objetivo do grupo é permanecer em áreas nos quais é líder e em setores relevantes. Ele deve sair, aos poucos, de negócios que não tenham sustentação no longo prazo (Citrosuco, Fibria e Banco Votorantim)", afirmou uma fonte com conhecimento no assunto.

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Apesar de o setor de cimento estar em uma má fase, com queda da demanda no Brasil, essa divisão continua como uma das principais apostas do grupo.

A companhia é a maior do país nesse mercado e o cimento responde hoje por nada menos que 43% da Votorantim Industrial. Há três anos, a família tentou abrir o capital dessa divisão, mas voltou atrás por conta das condições adversas do mercado.

Na outra ponta, a Citrosuco - produtora de suco de laranja na qual o conglomerado possui 50% - é um dos negócios que podem ser revistos. Fontes próximas à companhia afirmam que o horizonte de consumo global de suco de laranja é de declínio e não faz sentido fazer fortes apostas nesse setor.

Em celulose, o grupo chegou a ser sondado para vender sua participação, mas a pressa de vender a Fibria diminuiu por conta da alta do dólar, o que elevou as exportações da commodity, afirmou uma fonte ao Estado.

No ano passado, segundo fontes, a fatia de 29,42% da Votorantim na Fibria (fusão entre Aracruz e VCP) foi alvo de cobiça de seus principais concorrentes - Eldorado (da J&F) e Suzano.

O BNDES, que é importante sócio da Fibria, aproveitou a valorização das ações da companhia para reduzir sua fatia no grupo ao longo de 2015. Procurada, a Votorantim diz que não tem interesse de se vender a Fibria e que essas "notícias são especulativas".

Encolhimento

Entre 2008 e 2011, a Votorantim teve de vender alguns ativos para fazer caixa. Entre eles, sua fatia na Usiminas, vendida para o grupo Techint; a participação na CPFL, arrematada pela Camargo Corrêa; e a CanaVialis, que parou mãos da Monsanto.

"Grandes grupos brasileiros, como Votorantim, Camargo Corrêa e Odebrecht, diversificaram seus negócios nos últimos anos. Muitos aproveitaram o movimento de privatização na década de 1990 para entrar em infraestrutura e energia. Alguns encolheram com as crises no início dos anos 2000 e em 2008 e, agora com a turbulência atual, seja por conta da Operação Lava Jato ou problemas de financeiros, têm de vender ativos para fazer caixa", diz Sérgio Lazzarini, do Insper.

No caso do Votorantim, no entanto, fontes ressaltam que, apesar da crise no país, diferentemente de outros, o grupo não enfrenta pressão para fazer caixa e tem recursos para atravessar esse momento. "Não há dívida de curto prazo e os bonds (títulos da dívida) são de 30 anos", afirmou uma fonte de mercado.

Fundado em 1918, como uma fábrica de tecidos, o Votorantim - que se diversificou nas últimas décadas e intensificou seu processo de internacionalização nos anos 2000 - diz que "frequentemente avalia seus investimentos atuais e futuros" e que todos seus negócios são "core" e não estão à venda.

Furnas pode captar até R$1,5 bi este ano, diz executivo

Trabalhadores consertam turbina na usina hidrelétrica de Furnas, na cidade de São José da Barra, em Minas Gerais

 A estatal Furnas, subsidiária da Eletrobras, poderá captar até 1,5 bilhão de reais no mercado brasileiro este ano, com o volume exato dependendo do quanto conseguirá receber de indenizações que pleiteia junto ao governo federal pela renovação antecipada de concessões de geração e transmissão de energia, disse um executivo nesta quarta-feira.

A companhia estima ter cerca de 14 bilhões de reais a receber como compensação por investimentos ainda não amortizados nas linhas de transmissão e usinas que renovaram concessão ao final de 2012, afirmou o superintendente de estratégia e sustentabilidade, Celso de Oliveira Sant’Ana.

Segundo ele, o valor deverá ser quitado ao longo do novo prazo de concessão dos ativos, de 30 anos, e há uma perspectiva da estatal de receber ainda neste ano uma parcela dessas indenizações que poderia somar 600 milhões de reais.

“Nós consideramos as indenizações como parte dos recursos necessários para investimentos… A gente conta com esse recurso para definir nossa necessidade de captação”, disse Sant'Ana.

O governo, no entanto, ainda não definiu como viabilizará o pagamento, o que poderia envolver um repasse à tarifa de energia dos consumidores ou outros mecanismos.

Se essa primeira parcela for paga ainda em 2016, a necessidade de captação de Furnas pode ser menor.

O superintendente afirmou ainda que Furnas conseguiu reduzir a relação entre dívida liquida e geração de caixa (Ebitda) de 8 vezes para 4,5 vezes em 2015.

Haveria espaço, de acordo com Sant'Anna, para baixar esse índice para 3 vezes em 2016.

"Isso nos credencia para (captar) recursos mais competitivos".

Bolsa seria captação atraente

O superintendente ainda comentou as especulações sobre o eventual lançamento de ações de Furnas na bolsa como forma de captar recursos.

Sindicatos de funcionários da empresa disseram que o presidente de Furnas, Flávio Decat, apresentou a seus dirigentes estudos que mostrariam que a companhia estaria avaliada entre 14 e 18 bilhões de reais no caso de eventual lançamento de papéis no mercado.

Sant’Ana confirmou que há estudos internos sobre o tema, mas disse que não há previsão de colocá-los em prática no curto prazo.

“São estudos internos, incipientes, nada de maneira formal e nem de maneira econômico-financeira”, frisou ele.

“É uma fonte muito mais barata (de captação) e se a gente conseguir preparar a empresa para isso, num momento oportuno, seria atraente. É um trabalho para ao menos 12 meses“ complementou.

Após a divulgação de notícias referentes à eventual abertura de capital de Furnas, a Eletrobras disse que não estuda o assunto e que "qualquer avaliação que porventura existe... é preliminar e inicial, no âmbito exclusivo" da subsidiária.

EUA investigam motores a diesel da Mercedes após acusações

Logo da Mercedes-Benz

As autoridades americanas abriram uma investigação sobre os motores diesel da Mercedes-Benz que usam a tecnologia "BlueTEC", após a acusação de que estes emitem níveis de óxidos de nitrogênio superiores ao autorizado.

"Entramos em contato com a Mercedes e pedimos os resultados dos testes dos motores diesel nos Estados Unidos", informou à AFP Julia Valentine, porta-voz da Agência de Proteção Ambiental (EPA) do país.

A intervenção da agência ocorreu após o processo de ação de classe arquivado em meados de fevereiro no tribunal federal no estado de New Jersey, acusando a fabricante de vender carros a diesel nos Estados Unidos que emitem níveis de óxidos de azoto mais altos do que o autorizado, e para esconder este mecanismo do órgão regulador automotivo.

A ação listou 14 modelos de carros fabricados pela filial da Daimler Mercedes que supostamente contêm a tecnologia chamada "BlueTEC" que permitiria enganar estes níveis.

Os demandantes, representados pelo escritório de advocacia Hagens Berman, afirmam que a Mercedes-Benz concebeu esta tecnologia para incapacitar o sistema de redução de óxidos de azoto quando a temperatura ambiente cai abaixo de 10 graus Celsius.

Uma porta-voz da fabricante, que insiste que o processo é "infundado", disse à AFP nesta segunda-feira que a Mercedes-Benz se defenderá "com todos os meios legais" possíveis.

"Nós levamos muito a sério a proteção do ambiente e apreciamos a confiança e colaboração que tivemos anteriormente com as agências reguladoras (como a EPA). Também é do nosso interesse em responder às suas perguntas", afirmou a porta-voz.

"Vamos continuar apoiando estas agências em seus testes de emissões de diesel", acrescentou.

Em seu site, a Mercedes-Benz apresenta sua tecnologia BlueTEC como capaz de reduzir "a um mínimo as emissões dos (...) motores a diesel"

Citigroup venderá 20% de banco chinês por US$ 3 bilhões

Citigroup

 O Citigroup chegou a um acordo para vender a fatia de 20% que possui no China Guangfa Bank para a China Life Insurance, a maior empresa de seguro de vida do país, por US$ 3 bilhões.

Com a venda, o Citi deixará com lucro um investimento que fez depois de uma batalha com o francês Société Générale em 2006.

O banco norte-americano está ampliando sua rede própria na China, que se estende por 13 cidades.

"Essa transição é consistente com a simplificação do Citi e nos permite concentrar nossos recursos na China em ampliar nossa marca própria", afirmou Francisco Aristeguieta, executivo-chefe do Citi Asia Pacific.

A China "permanece como uma das nossas maiores prioridades ao redor do mundo", acrescentou.

Bancos dos EUA adquiriram mais de US$ 14 bilhões em participações em bancos chineses entre 2002 e 2010, de acordo com dados da Dealogic.

Em seguida à crise financeira de 2008, porém, a maioria dos bancos se desfez dos investimentos com pequenos lucros.

A venda da fatia no China Guangfa Bank, que deverá ser concluída no segundo semestre deste ano, não terá impacto substancial sobre o balanço do Citi que será divulgado em abril, segundo o banco norte-americano. A China Life agora terá 43,7% do China Guangfa Bank.

Jornal do Vaticano elogia "Spotlight" por dar voz a vítimas

Filme Spotlight: Segredos Revelados

 O "Osservatore Romano", o jornal semi-oficial do Vaticano, publicou nesta segunda-feira dois artigos sobre o filme Spotlight, vencedor do Oscar de melhor filme deste ano, em que elogia o longa por ter dado voz à "profunda dor" dos fiéis que foram expostos a abusos por parte de padres pedófilos.

O filme narra a história da investigação feita pelo jornal Boston Globe sobre casos de centenas de crianças sendo molestadas por padres em Boston, uma prática que era encoberta por instâncias superiores da instituição.

A série de reportagens, publicadas em 2002, ganhou diversos prêmios jornalísticos e golpeou a credibilidade da Igreja Católica em todo o mundo.

O jornal afirmou que o filme não é anti-católico, e que mesmo a declaração do produtor do filme, Michael Sugar é positiva.

Ao receber o prêmio, Sugar afirmou: "Papa Francisco, é hora de proteger as crianças e restaurar a fé".

Segundo o diário, o apelo mostra que ainda há fé na igreja e na capacidade do papa de proteger as crianças.

Microsoft alfineta Apple em nova campanha

Campanha da Microsoft

Na onda da Lenovo, que há algum tempo aposta na estratégia de zoar as concorrentes, a Microsoft resolveu alfinetar a Apple em sua nova campanha publicitária.

Lançados durante a cerimônia do Oscar, os comerciais exaltam as funcionalidades do Windows 10 que os usuários do Macbook não têm.

Os spots de 15 segundos mostram duas mulheres, usuárias das empresas, conversando sobre recursos como o reconhecimento facial e a tela supersensível da Microsoft que, segundo a campanha, são capazes de deixar qualquer usuário da Apple com inveja.

Confira os comerciais abaixo:

WhatsApp deixará de funcionar em celulares mais antigos

O app WhatsApp

 O aplicativo de mensagens WhatsApp anunciou na última sexta-feira (26) que, até o final deste ano, deixará de funcionar nos celulares BlackBerry (incluindo o BlackBerry 10), Nokia S40, Nokia Symbian S60, além dos aparelhos que utilizarem os sistemas Android 2.1, Android 2.2 e Windows Phone 7.1.

Segundo post publicado no Blog do WhastApp, o objetivo da marca daqui em diante é focar em plataformas de celular que a maioria das pessoas têm.

A marca pontua que, quando o aplicativo foi lançado em 2009, 70% dos smartphones vendidos utilizavam sistemas da BlackBerry ou Nokia - diferente dos tempos atuais, nos quais o Google, Apple e Microsoft dominam esse ramo.

 Pesquisas realizadas pela consultoria especializada IDC, por exemplo, mostram que Android e IOS foram responsáveis por 96% das vendas de smartphones no ano passado, enquanto Windows Phone e BlackBerry tiveram participações de 2,7% e 0,3%, respectivamente, no mercado.

Ainda de acordo com a publicação, os aparelhos citados não tem a "capacidade requerida" para as atualizações futuras do app.

A marca ainda sugere que os usuários troquem seus celulares por um aparelho Android, Apple ou Windows Phone mais atualizados até o fim do ano para continuar usando a plataforma.

Paciente vira cleptomaníaca após anestesia mal aplicada

Cirurgia

os médicos sabiam que algo estava errado quando sua paciente de 40 anos - cujo nome não foi revelado - acordou do procedimento múltiplo de lipoaspiração, implante de silicone e outras reformas gerais. Sentia-se confusa e letárgica e tinha problemas de memória.

Fizeram então dois tipos de tomografia, que revelaram danos na região do núcleo caudado, relacionados à memória e aprendizado. Esse é um risco da anestesia: o acidente foi causado por má oxigenação durante o procedimento.

Após sua aparente recuperação, ela foi mandada para casa. E, então, uma coisa bizarra aconteceu: ela passou a ter pensamentos recorrentes e compulsivos de roubar coisas. Que só se acalmavam quando ela cedia, estendia suas mãos leves e saía com os pertences alheios.

 Um dia, ela estava comprando um presente para o amigo de sua filha numa loja e sentiu a vontade irresistível de pegar um item da prateleira - que ela tinha mais que o suficiente para pagar - e enfiar na sua bolsa.

Um segurança viu e ela foi mandada para a delegacia. Acabou liberada quando se provou que o roubo era causado por dano neurológico, não na moral e bons costumes.

Os estranho caso foi publicado no journal BGM Case Reports, onde médicos compartilham suas histórias mais peculiares.

O estudo foi comandado pelo brasileiro Fábio A. Nascimento, da Universidade de Toronto (Canadá), que caiu de estar no Brasil no mesmo dia, acompanhando as tomografias.

A cirurgia foi em 2013. O dano não era permanente e a mulher se recuperou, não roubando mais nada e curtindo seu novo visual.

Facebook explica por que não criou botão de "dislike"

Mark Zuckerberg

Na semana passada, o Facebook lançou a funcionalidade de "reações", permitindo que seus usuários tivessem mais opções para expressar suas opiniões em relação a um post além do tradicional "curtir".
A novidade foi celebrada pelos usuários da rede social, mas há quem questione ainda por que Mark Zuckerberg e companhia não atenderam o já antigo pedido dos internautas criando simplesmente um botão de "não curti" no lugar das novas figuras.
Como já é de praxe, executivos do Facebook logo se propuseram a sanar a dúvida do público. Segundo Samantha Krug, gerente de produtos da empresa, a criação de um botão de "unlike" seria algo simplista e "binário" demais para a companhia de Mark Zuckerberg.

O diretor de design de produtos da rede social, Geoff Teehan, explicou o que eles querem dizer com "binário" quando falam do assunto: "As pessoas precisam de um grau maior de sofisticação nas escolhas que nós fornecemos para suas comunicações. Um sistema binário de like ou ‘disike’ não reflete da melhor forma a maneira como nós reagimos à enorme quantidade de coisas que encontramos na vida real", declarou.
A explicação foi dada pelo através de uma publicação no Medium do Facebok Designs, em que o executivo aborda também detalhes sobre o Reactions e suas funcionalidades (clique aqui para ler na íntegra).
No ano passado, Mark Zuckerberg já havia falado sobre o assunto durante uma apresentação. À época, o CEO do Facebook disse que o novo botão não havia surgido por não querer que a rede se tornasse "um fórum que as pessoas votassem contra ou a favor de algo".

Oposição venezuelana anunciou ao Brasil que derrubará Maduro

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, no Panamá

  A oposição da Venezuela afirmou nesta segunda-feira que comunicou oficialmente ao Executivo e ao Legislativo do Brasil, assim como a autoridades eleitorais, judiciais e empresariais, sua decisão "de pôr fim em breve" ao governo do presidente Nicolás Maduro.

Devido à "importância do Brasil na geopolítica da América Latina" e sua "grande influência sobre o resto" das nações, o parlamento da Venezuela, agora sob controle da oposição, decidiu que sua primeira viagem internacional fosse a esse país e assim aconteceu na semana passada, disse em entrevista coletiva o deputado Luis Florido.

O presidente da comissão parlamentar das Relações Exteriores disse que deixou os poderes brasileiros cientes dos "mecanismos constitucionais que serão ativados nos próximos dias para substituir de forma pacífica, constitucional e popular o governo de Maduro".

 

Franqueado pelo vice-presidente do Legislativo, Simón Calzadilla, e o deputado William Dávila, que também visitaram o Brasil, Florido deu especial importância ao fato de que os membros da delegação venezuelana foram recebidos pelo chanceler brasileiro, Mauro Vieira.

"Foi um fato histórico porque mudou o que vinha sendo a política (governamental) do Brasil, de se esquivar da oposição venezuelana", ressaltou Florido sobre sua reunião com Vieira em Brasília.

Segundo ele, se tratou da "primeira reunião de representantes da MUD (a aliança partidária opositora venezuelana) com um representante do mais alto nível do governo brasileiro".

Além de informar-lhe da decisão da MUD de antecipar o fim da gestão de Maduro, "pudemos falar da grave crise humanitária que existe na Venezuela, dos presos políticos e também dos exilados", relatou.

"Ter sido recebido pelo chanceler joga por terra toda essa argumentação que vieram desenvolvendo os setores governistas de que a oposição está conspirando (...); isso é mentira, caso contrário, não teríamos sido recebidos", destacou Dávila.

O mesmo aconteceu nas reuniões com autoridades legislativas brasileiras, tanto da Câmara dos Deputados como do Senado, e em outras com autoridades eleitorais e judiciais, segundo Florido.

Dávila e Florido detalharam a esse respeito que solicitaram a investigação de acordos entre o governo de Maduro e empresas brasileiras como JBS, Hypermarcas e Odebrecht.

"A Odebrecht tem contratações que passam dos US$ 20 bilhões na Venezuela", enquanto a JBS, que atende 50% do consumo venezuelano de carne, "assinou contratos no valor de US$ 2,1 bilhões em 2015 e de 1,5 bilhão em 2014", ressaltou Dávila.

Sobre a Hypermarcas, que negou que exista algum tipo de contrato com o governo da Venezuela, Dávila assegurou que o deputado governista Diosdado Cabello, presidente do parlamento venezuelano até o ano passado, informou publicamente que negociava com o conglomerado a compra e venda de remédios.

Foram selados "compromissos de cooperação e troca de informação com o Tribunal de Contas do Brasil para investigar as irregularidades" com as três empresas brasileiras, garantiu Florido.

Também assegurou que o Legislativo brasileiro emitirá esta semana "uma resolução" que "se solidariza" com a lei de anistia que os legisladores venezuelanos se preparam para sancionar a favor dos opositores presos.

Essa resolução, destacou, também incluirá uma solicitação à presidente Dilma Rousseff para que "ative" instrumentos do Mercosul frente a "desconhecimentos" de Maduro em relação a decisões parlamentares, o que "atenta contra a democracia".

Na cidade de São Paulo os parlamentares tiveram reuniões com as autoridades da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que adquiriram "o compromisso", segundo os opositores, de doar remédios à Venezuela.

 

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