quarta-feira, 13 de abril de 2016

Centenas de refugiados abandonam o campo grego de Idomeni

Refugiados embarcam em ônibus para outro acampamento na Grécia, dia 12/04/2016

Ao menos 400 refugiados abandonaram a bordo de nove ônibus o acampamento de Idomeni, na fronteira greco-macedônia, desde os incidentes violentos do fim de semana e foram levados para centros de acolhida no norte da Grécia.

A ONG "Libertação das crianças cristãs e yazidis do Iraque" informou à AFP que se encarregou de enviar dezenas de pessoas para um centro em Veria, norte da Grécia, e Liene Veide, do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), disse que é cada vez maior o número de refugiados que querem abandonar Idomeni.

No domingo, cerca de 260 refugiados ficaram feridos pelos gases lacrimogêneos jogados pelas forças macedônias.

Segundo a ONG Médicos sem Fronteira, a polícia macedônia também disparou com balas de plástico quando um grupo de migrantes tentou forçar a fronteira.

Piada de Hillary em NY é vista como insulto a negros

Candidata Hillary Clinton em Nova York, dia 12/04/2016

Uma brincadeira da pré-candidata democrata à presidência dos Estados Unidos e Hillary Clinton e do prefeito de Nova York, Bill de Blasio, se transformou em uma gafe e desencadeou uma tempestade nas redes sociais, onde algumas pessoas a classificaram como falta de sensibilidade de ambos em relação aos afro-norte-americanos.

Os eleitores do Estado de Nova York irão às urnas no dia 19 de abril para votar nas primárias democratas.

Embora Hillary tenha grande apoio do eleitorado negro, alguns apoiadores temem que seu adversário na corrida partidária, Bernie Sanders, tenha começado a ganhar terreno neste grupo.

No sábado, Hillary e De Blasio subiram ao palco do Inner Circle, um evento anual no qual políticos são alvo de piadas e que tradicionalmente termina com o prefeito de Nova York reagindo com contundência na forma de uma esquete ensaiada, muitas vezes com a ajuda de atores da Broadway.

Neste ano, Leslie Odom Jr., que é negro e interpreta Aaron Burr na bem-sucedida peça "Hamilton", participou da brincadeira.

Na esquete, Hillary debochou de De Blasio por sua demora em declarar seu apoio a ela na disputa pela Casa Branca.

"Desculpe, Hillary, eu estava no horário C.P.," disse Blasio, referindo-se à frase "colored people time" (horário das pessoas de cor), usada para indicar atrasos crônicos.

"Não gosto de piadas assim", reagiu Odom.

Hillary então acrescentou: "'Horário dos políticos cautelosos'. Já passei por isso". A piada logo despertou uma reação raivosa nas redes sociais, nas quais comentaristas criticaram Hillary e De Blasio por se mostrarem insensíveis aos negros.

A esposa de De Blasio, Chirlane McCray, é afro-norte-americana.

"Em que tipo de mundo demente uma candidata a presidente dos Estados Unidos faz uma piada #CPTime em um evento "inner circle" de muita grana e as pessoas acham que está tudo bem... acordem", escreveu Jenny Li no Twitter nesta terça-feira.

"Hillary Clinton fez o equivalente a chutar os negros no traseiro ao participar de uma piada #CPtime na primária de NY", tuitou Anthony B.

De Blasio defendeu a piada em uma aparição no canal CNN na segunda-feira. "Está na cara que foi um evento ensaiado", disse. "Acho que as pessoas não estão entendendo o xis da questão".

Hillary não respondeu de imediato a um pedido de comentário da Reuters.

Moro confisca R$ 5,35 milhões de Argello

OAS Construtora

A Justiça Federal decretou o bloqueio de R$ 5,35 milhões do ex-senador Gim Argello (ex-PTB/DF) e de outros cinco alvos da Operação Vitória de Pirro, 28ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta terça-feira, dia 12.

O valor corresponde à propina que Argello teria tomado em 2014 das empreiteiras UTC Engenharia e OAS para livrá-las da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras no Congresso.

As investigações apontam que R$ 5 milhões foram repassados para quatro partidos da Coligação União e Força e R$ 350 mil foram parar em conta da paróquia São Pedro, de Taguatinga, frequentada pelo político.

"Viável o decreto do bloqueio dos ativos financeiros dos investigados em relação aos quais há prova de recebimento de propina. Não importa se tais valores, nas contas bancárias, foram misturados com valores de procedência lícita. O sequestro e confisco podem atingir tais ativos até o montante dos ganhos ilícitos. Considerando os valores da propina paga, resolvo decretar o bloqueio das contas dos investigados até o montante de cinco milhões e trezentos e cinquenta mil reais", assinalou o juiz federal Sérgio Moro.

A medida alcança ativos em contas e investimentos de Gim Argello e também de seu filho, Jorge Afonso Argello, do operador financeiro do ex-senador, Paulo César Roxo Ramos, e de três pessoas jurídicas - Argelo & Argelo Ltda., Garantia Imóveis Ltda. e Solo Investimentos e Participações Ltda.

Moro anotou que a medida cautelar apenas gera o bloqueio do saldo do dia constante nas contas ou nos investimentos, "não impedindo, portanto, continuidade das atividades das empresas ou entidades, considerando aquelas que eventualmente exerçam atividade econômica real". O juiz federal destacou que, em relação às pessoas físicas, caso haja bloqueio de valores atinentes a salários, promoverá, mediante requerimento, a liberação.

No mesmo despacho, o juiz da Lava Jato já se adiantou e cravou que a competência para mais essa etapa da investigação é mesmo da Justiça Federal em Curitiba - base de toda a operação.

"A investigação, na assim denominada Operação Lava Jato, abrange crimes de corrupção e lavagem de dinheiro transnacional, com pagamento de propinas a agentes da Petrobras em contas no exterior e a utilização de expedientes de ocultação e dissimulação no exterior para acobertar o produto desse crime. Embora a Petrobras seja sociedade de economia mista, a corrupção e a lavagem, com depósitos no exterior, têm caráter transnacional, ou seja iniciaram-se no Brasil e consumaram-se no exterior, o que atrai a competência da Justiça Federal", aponta o texto de Moro.

"O Brasil assumiu o compromisso de prevenir ou reprimir os crimes de corrupção e de lavagem transnacional, conforme Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção de 2003 e que foi promulgada no Brasil pelo Decreto 5.687/2006. Havendo previsão em tratado e sendo os crimes transnacionais, incide o artigo 109, V, da Constituição Federal, que estabelece o foro federal como competente", complementa o despacho.

O magistrado observou que "no presente caso, a toda obviedade, o crime teria sido praticado por Gim Argello, então na condição de senador, utilizando os poderes inerentes a sua condição de integrante das comissões parlamentares de inquérito, o que por si só atrai a competência da Justiça Federal, considerando a natureza federal do cargo e das instituições, bem como a superveniente perda do foro privilegiado.

Sérgio Moro ressaltou que as informações que deram origem à Vitória de Pirro foram compartilhadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com a Justiça Federal.

Ele se reporta aos dados contidos nas delações premiadas do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, e Walmir Pinheiro Santana, diretor da empreiteira. Ambos revelaram os pagamentos de propinas para o ex-senador.

"Oportuno ainda lembrar que foi o Supremo Tribunal Federal quem enviou a este Juízo cópia dos depoimentos de Ricardo Ribeiro Pessoa e de Walmir Pinheiro Santana, com o relato acerca da propina paga a Gim Argello, para a continuidade das investigações e do processo.

O que o mundo está falando sobre o impeachment de Dilma

Comissão de impeachment - 11/04/2016

A sessão de ontem da comissão especial que analisava o impeachment da presidente Dilma Rousseff foi notícia em vários meios de comunicação internacionais.

Além do resultado da votação, que deu prosseguimento ao processo de impedimento de Dilma, as publicações destacaram a confusão entre os parlamentares e a situação complexa em que o PT e a chefe do Executivo se encontram.

O pedido de impeachment deve ser votado no próximo fim de semana pelo Plenário da Câmara dos Deputados e, se aprovado, segue para o Senado.

Veja a seguir trechos do que a mídia intenacional andou falando sobre o Brasil:

The Guardian

O jornal britânico afirma que a disputa política no Brasil pode ter mais reviravoltas nos próximos seis dias que a série "House of Cards", da Netflix.

Enfatizando a discussão dos parlamentares, o jornalista diz: "Depois de um mal educado e, por vezes, caótico debate, os membros da comissão decidiram, por 27 contra 38 votos, prosseguir com o pedido de remover a líder do Partido dos Trabalhadores de seu gabinete por "estourar" as contas do governo antes da eleição de 2014."

The New York Times

A publicação americana investiu um parágrafo para explicar o que a bancada pró-governo define como "golpe" para tirar a presidente do poder.

Segundo o New York Times, a oposição à presidente é incapaz de buscar seu afastamento por corrupção e por isso tem tentado impedí-la com acusações de manipulação orçamentária, envolvendo o uso de fundos de bancos estatais para cobrir rombos nas contas.

O jornal ainda faz um parêntese: "Dilma é uma das raras figuras políticas no Brasil que não enfrenta acusações de enriquecimento pessoal ilícito"

Clarín

De forma quase bem humorada, o argentino Clarín desaprovou o comportamento dos parlamentares brasileiros.

Para a jornalista, os deputados só não chegaram a agressões físicas, pois havia TVs transmitindo o evento ao vivo. Ela conclui: "Mas a imagem que deixaram à sociedade brasileira não foi, precisamente, impecável".

O jornal destaca ainda que Michel Temer tem agora, aos 75 anos, sua última chance de ser presidente, mesmo com uma popularidade tão baixa.

El País

Para a publicação espanhola, apesar do resultado da votação de ontem já ser esperado, a diferença de 11 votos mostrou que o governo e seus aliados estão em uma situação pior do que imaginavam.

Apesar de dizer que ainda não há um resultado certo da votação em plenário que deve acontecer no fim de semana, o El País termina seu texto dizendo que a presidente Dilma "dá mais um passo para um abismo político".

Nomeação de Lula entra na pauta do STF em 20 de abril

Ex-presidente Lula

O pleno do Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar em 20 de abril a decisão liminar do ministro da corte Gilmar Mendes que suspendeu no mês passado a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil, de acordo com a pauta de julgamentos do Supremo.

Gilmar Mendes suspendeu a nomeação de Lula, que é investigado pela operação Lava Jato, um dia após o ex-presidente tomar posse no Palácio do Planalto como ministro do governo da presidente Dilma Rousseff, em 17 de março. 

Desde então, a questão segue indefinida, dependendo de decisão do plenário do STF.

Em sua decisão contra a posse de Lula, o ministro do STF citou conversas telefônicas de Lulainterceptadas pela Polícia Federal no âmbito da Lava Jato, entre elas uma em que Dilma diz que enviaria o termo de posse no ministério ao antecessor para que usasse "em caso de necessidade", e argumenta que o ex-presidente foi nomeado para evitar sua prisão.

Lula é investigado por suspeitas envolvendo imóveis com ligações com empreiteiras que estão na mira da Lava Jato, que apura bilionário esquema de corrupção na Petrobras. 

Ele foi alvo da 24ª fase da operação e obrigado a prestar depoimento à PF após mandado de condução coercitiva. O ex-presidente rejeita as acusações e nega irregularidades.

Dirigente do Fatah palestino morre em atentado no Líbano

Segurança e defesa civil no local de explosão que matou o Fatah palestino, Líbano, dia 12/04/2016

Ao menos uma pessoa, identificada como um dirigente palestino, morreu nesta terca-feira na explosão de um carro-bomba no centro de Sidon, uma cidade do sul do Líbano, indicou uma fonte dos serviços de segurança.

A fonte disse que o atentado aconteceu no campo de refugiados de Miye Miye, perto de Sidón, no qual morreu Fathi Zeidan, dirigente do partido palestino Fatah, do presidente Mahmud Abbas.

Segundo a fonte, perto do carro que explodiu foi encontrada sua carteira de identidade.

Mais de 450.000 palestinos estão registrados no Líbano ante a agência da ONU para refugiados palestinos. A maioria vive em condições miseráveis nos 12 campos oficiais.

Nos últimos anos, aumentou a tensão entre o Fatah e um grupo islamita, o Jund al Sham, em particular no campo de refugiados de Ain al Hilweh, perto de Sidon.

Caravaggio encontrado em sótão na França é autêntico

Quadro "Judith decapitando Holofernes" do pintor italiano Caravaggio

O quadro do pintor italiano Caravaggio (1571-1610) recentemente descoberto em um sótão de uma casa no sudoeste da França é uma obra autêntica, segundo vários especialistas, apesar da dúvida expressada por alguns colegas.

"Esta iluminação especial, esta energia típica de Caravaggio, sem correções, com a mão segura, e as matérias pictóricas, fazem com que este quadro seja autêntico", declarou o especialista Eric Turquin, admitindo, no entanto, que ainda haverá controvérsia das análises.

Nicola Spinoza, ex-diretor do museu de Nápoles e um dos grandes especialistas mundiais em Caravaggio, concorda com Turquin.

"É preciso ver nesta tela um verdadeiro original do mestre lombardo, identificável quase com certeza, apesar de não termos prova tangível e irrefutável", assinala Spinoza.

A pintura foi descoberta no sótão de uma casa no sudoeste da França e proibida de sair do país por parte das autoridades, à espera de sua análise.

Um decreto da ministra da Cultura, publicado em 31 de março, "rejeita o certificado de exportação pedido para uma pintura possivelmente atribuída a Michelangelo Merisi, conhecido como Caravaggio".

Trata-se da obra "Judite e Holofernes", uma pintura a óleo sobre tela de 1600 por 1610, "recentemente redescoberta e de grande valor artístico, que poderia ser identificada como uma composição perdida de Caravaggio", indica a ordem ministerial.

A existência da obra era conhecida por uma cópia atribuída a Louis Finson, pintor flamengo contemporâneo de Caravaggio.

A pintura mostra Judite, grande heroína bíblica, viúva da cidade de Betúlia, decapitando em sua tenda Holofernes, o general de Nabucodonosor, que sitiava a cidade.

Vendas no varejo brasileiro surpreendem e sobem 1,2%

Varejo: consumidora faz compras em supermercado nos Estados Unidos

Rio de Janeiro/ São Paulo - As vendas no varejo do Brasil surpreenderam em fevereiro e tiveram o melhor resultado mensal desde 2013 com bom desempenho de móveis e eletrodomésticos e de supermercados, apesar da recessão econômica e falta de confiança dos agentes econômicos.

As vendas varejistas registraram ganho de 1,2% em fevereiro, leitura mais alta desde o avanço de 3% em julho de 2013, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

Ainda que o número mensal tenha sido positivo, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, as vendas despencaram 4,2%, pior resultado da série iniciada em 2001.

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de queda de 0,20% na base mensal e de recuo de 5,90% sobre um ano antes.

A atividade que apresentou a maior alta nas vendas em fevereiro sobre o mês anterior foi Móveis e eletrodomésticos, de 5,0%. Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, setor com maior peso na estrutura do comércio varejista, mostrou avanço de 0,8% na mesma base de comparação.

O volume de vendas no varejo ampliado --que inclui veículos e material de construção-- teve alta mensal de 1,8%, com ganho de 3,8% em Veículos e motos, partes e peças e de 3,3% em Material de Construção.

Queda de helicóptero mata dois pilotos russos na Síria

Carro pega fogo com bombardeio russo na Síria

Dois pilotos militares russos morreram na queda de seu helicóptero Mi-28 perto da cidade de Homs (centro) na Síria, anunciou nesta terça-feira o ministério russo da Defesa, citado pela agência Ria Novosti.

"Morreram dois integrantes da tripulação. Os corpos foram recuperados em uma operação e estão na base de Hmeimim", noroeste da Síria, perto de Latakia, afirmou o ministério.

O incidente aconteceu na madrugada de terça-feira. "O helicóptero não foi alvo de tiros", afirmou o ministério da Defesa.

Sete militares russos morreram em missão desde o início da intervenção de Moscou na Síria em 30 de setembro. De acordo com o Estado-Maior, outro soldado russo cometeu suicídio.

No dia 14 de março, o presidente Vladimir Putin anunciou a retirada da maior parte do contingente militar da Síria. No entanto, as forças russas continuam bombardeando "alvos terroristas" e em apoio às forças do presidente Bashar al-Assad.

Dólar sobe mais de 1,5%, com forte atuação do BC

dólares

O dólar subia mais de 1,5% nesta terça-feira, voltando a se aproximar da casa dos 3,55 reais, impactado pela forte atuação do Banco Central após as recentes quedas, mas com o mercado ainda de olho nos próximos passos do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Às 10:15, o dólar avançava 1,57%, a 3,5495 reais na venda. Na véspera, a moeda norte-americana despencou quase 3%, indo abaixo de 3,50 reais e no menor patamar em quase oito meses.

Nas últimas duas sessões, acumulou queda de 5,39%, sob a expectativa dos investidores de que Dilma seja afastada do Palácio do Planalto.

O dólar futuro subia cerca de 1,30%.

"(O dólar) caiu muito ontem e o BC veio forte", afirmou o gerente de câmbio da corretora Fair, Mário Battistel, para quem o mercado já precificou o afastamento da presidente e, por isso, a moeda norte-americana deve ser negociada em torno do atual patamar.

"Pode variar um pouco para baixo ou para cima, dependendo das notícias", acrescentou, lembrando que o mercado já colocou na conta que a presidente será de fato afastada.

Na noite passada, a comissão especial do impeachment aprovou o parecer favorável à abertura do processo contra Dilma por 38 votos a 27, resultado comemorado pela oposição mas que não desagradou de todo os governistas por não chegar a dois terços de deputados a favor do impedimento.

No fim da semana, o plenário da Câmara dos Deputados deve votar a matéria.

Diante da forte queda do dólar, o BC mais uma vez entrou em campo e aumentou a artilharia.

Para este pregão, dobrou a dose dos leilões de swaps reversos --correspondentes à compra futura de dólares-- para 40 mil contratos, vendendo a oferta integral de uma vez só.

Ainda nesta manhã, o BC realizará uma nova oferta de swap reverso de até 40 mil contratos.

Na véspera, vendeu os 20 mil swaps reversos que ofertou, mas precisou fazer três leilões.

Além disso, pelo menos por enquanto, o BC não anunciou leilão de rolagem dos swaps tradicionais que vencem em maio.

Ele iniciou o mês ofertando 5,5 mil contratos --que equivalem à venda futura de dólares--, indicando que poderia rolar cerca de metade do lote do próximo mês.

Até a sexta-feira, o BC vinha vendendo todos os contratos ofertados, movimento que mudou na véspera, quando o BC colocou apenas parcialmente a oferta

Centros de comando do EI bombardeados no norte do Iraque

Militante do Estado Islâmico levanta bandeira e segura arma na rua de Mossul, no Iraque, dia 23/06/2014

Aviões da coalizão liderada pelos Estados Unidos bombardearam quatro centros de comando do grupo Estado Islâmico (EI) em Mossul, norte do Iraque, um sinal de aceleração da campanha para retomar a cidade, anunciou o ministro da Defesa da França.

"Estamos cercando Mossul para preparar a batalha, que será brutal. A melhor prova é que há dois dias as forças da coalizão conseguiram bombardear centros de comando na cidade de Mossul com a participação da aviação francesa", declarou Jean-Yves Le Drian durante sua visita ao Iraque.

A operação, realizada no sábado à noite por 10 aviões, incluindo quatro caças franceses, destruiu "quatro centros nervosos", disse Le Drian em Erbil (norte), a capital da região autônoma do Curdistão iraquiano a 80 km de Mossul.

Temer teve encontro secreto com Ciro Nogueira, líder do PP

Vice-presidente Michel Temer

O vice-presidente da República, Michel Temer, teve uma conversa secreta com o presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira (PI), na sexta-feira passada, dia 8, em São Paulo.

Ao contrário do que costuma fazer quando está na capital paulista, Temer não recebeu Ciro em seu escritório. Conforme o jornal O Estado de S. Paulo apurou, os dois estiveram juntos a convite de um amigo comum que pediu para não ser identificado.

O encontro entre Temer e Ciro ocorreu dois dias depois de o presidente do PP anunciar que seu partido decidiu permanecer na base do governo. Atualmente a legenda comanda o ministério da Integração Nacional.

Negação

Por meio de mensagem de voz enviada à reportagem, Ciro Nogueira negou ter se encontrado com Temer. "Isso não tem a menor veracidade. Nem me lembro a última vez que estive com ele. Acho que era articulador político do governo", afirmou o senador.

A reportagem checou a informação com duas fontes que reafirmaram o encontro realizado em São Paulo.

Nos bastidores, porém, a conversa é outra. Ciro sinalizou que pode levar o partido a apoiar o impeachment da presidente Dilma Rousseff se "fatos novos" surgirem até o fim da semana.

Pressão

O senador Ciro Nogueira tem sido pressionado pela bancada do PP. Até agora, apenas nove dos 48 deputados do partido afirmam que votarão contra o impeachment, segundo enquete do jornal O Estado de S. Paulo.

Vinte e cinco dizem que preferem a saída de Dilma do cargo - há oito indecisos e cinco não quiseram responder. No fim de semana, nove dos 24 diretórios da sigla anunciaram que vão defender voto contra a presidente.

Abbas afirma é urgente uma resolução da ONU sobre colônias


O líder palestino Mahmoud Abbas, em Estocolmo

O presidente palestino Mahmud Abbas afirmou em uma entrevista à AFP que é "urgente" uma resolução do Conselho de Segurança da ONU para condenar a colonização israelense nos Territórios Palestinos.

Uma resolução "agora é urgente porque Israel não cessou as atividades que ameaçam gravemente o projeto de dois Estados", disse Abbas em Ramallah na segunda-feira, antes de uma viagem internacional.

Os palestinos começaram a divulgar um projeto de resolução que condena a colonização israelense, ou seja, a construção de assentamentos civis na Cisjordânia ocupada ou em Jerusalém Oriental, nos Territórios Palestinos. A comunidade internacional considera ilegal esta colonização.

O esforço palestino coincide com o projeto iniciado em janeiro pela França para organizar uma conferência internacional nos próximos meses.

"Vamos vigiar para que não existam contradições entre os dois temas", o projeto de resolução e a iniciativa francesa, disse Abbas na sede da presidência palestina na Cisjordânia.

Abbas inicia nesta terça-feira uma viagem de duas semanas por Istambul, Paris, Moscou, Berlim e Nova York.

Na sexta-feira ele deve se reunir com o presidente francês, François Hollande, para obter informações sobre o avanço da iniciativa francesa.

Até o momento, Abbas afirma que ouviu sobretudo "ideias" da França.

"O que importa agora é ouvir do presidente se estas ideias se transformaram efetivamente em uma iniciativa que o governo francês vai realizar", disse.

Empreiteiras teriam pago R$ 5 mi a paróquia ligada a Argello

Construtora OAS

A força-tarefa da Lava Jato afirmou nesta terça-feira, 12, que 'foram colhidas evidências' de que o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) recebeu propina de R$ 5,35 milhões das empreiteiras UTC e OAS.

Gim Argello foi preso preventivamente nesta manhã na Operação Vitória de Pirro, 28ª fase da Lava Jato.

"Até o momento, foram colhidas evidências do pagamento de propina a Gim Argello pelas empreiteiras UTC Engenharia (R$ 5 milhões) e OAS (R$ 350 mil). Também estão sob investigação pedidos de propina dirigidos a outras empreiteiras envolvidas no esquema criminoso que se firmou na Petrobras", afirmam os procuradores.

A Vitoria de Pirro investiga obstrução dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado Federal e da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

As comissões foram instauradas em maio de 2014, após a deflagração da 1ª fase da Lava Jato, e tinham por objetivo a investigação de fatos relacionados à Petrobras.

Os investigadores apontaram que no telefone celular do presidente do Grupo OAS, José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, apreendido na 7ª fase da Lava Jato, foram encontradas mensagens relacionadas a Gim Argello.

Em mensagem enviada em 14 de maio de 2014 (data da instalação da CPI da Petrobras no Senado) a executivos do Grupo OAS, Léo Pinheiro solicita que seja feito pagamento no valor de R$ 350 mil para a conta bancária de uma paróquia do Distrito Federal, apontando como centro de custo a "Obra da Renest" (referência à RNEST, refinaria da Petrobras).

De acordo com a força-tarefa, nas mensagens, o pagamento à paróquia é associado a pessoa de alcunha "Alcoólico". A identificação de "Alcoólico" como sendo Gim Argello, num trocadilho com a bebida "Gim", 'foi evidenciada em troca de mensagens de Léo Pinheiro com Otávio Marques de Azevedo, presidente do Grupo Andrade Gutierrez, outra das empreiteiras envolvidas no pagamento de propinas a agentes da Petrobras'.

Os investigadores identificaram que Gim Argello é frequentador da paróquia e manteve contatos frequentes com executivos da OAS por meio de ligações e encontros pessoais no período de funcionamento da CPI da Petrobras no Senado e da CPMI da Petrobras.

O pagamento de R$ 350 mil, segundo a Procuradoria da República, à paróquia foi efetivamente realizado em 19 de maio de 2014, 'como demonstram as mensagens posteriores no celular de Léo Pinheiro e as informações fiscais da Construtora OAS'.

"Em contrapartida, não houve convocação de Léo Pinheiro para prestar depoimento nas referidas comissões parlamentares. Não há indicativo de que a paróquia tenha participado do ilícito ou de que tivesse conhecimento da origem ilícita dos valores", diz a força-tarefa.

Em sua delação premiada, o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa afirmou que teria procurado o então senador Gim Argello para evitar que fosse convocado a depor nas comissões parlamentares de inquérito.

Após acertos, pagou a quantia de R$ 5 milhões a Gim Argello, 'usando mecanismos de dissimulação (lavagem de dinheiro)'.

Segundo Ricardo Pessoa, Gim Argello teria orientado que tal valor fosse dividido e doado aos diretórios distritais de quatro partidos políticos: DEM/DF - R$ 1.7 milhões -, PR/DF - R$ 1 milhão -, PMN/DF - R$ 1.15 milhão - e PRTB/DF - R$ 1.15 milhão. Estes partidos, juntamente com o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB/DF), formaram, em 2014, a coligação "União e Força", pela qual Gim Argello era candidato a novo mandato de senador da República pelo Distrito Federal. A força-tarefa destaca que 'não há indício de que tais partidos tenham participado ou tivessem ciência da origem ilícita dos recursos'.

"Os R$ 5 milhões solicitados por Gim Argello foram efetivamente doados pela UTC Engenharia, entre julho e outubro de 2014, aos partidos citados, como demonstram recibos e documentos de transferências bancárias. Em contrapartida, não houve convocação de Ricardo Ribeiro Pessoa para prestar depoimento na CPI da Petrobras no Senado e na CPMI da Petrobras", diz nota da força-tarefa da Lava Jato.

A operação tem como alvos o ex-senador Gim Argello e pessoas a ele relacionadas. Foram cumpridos 1 mandado de prisão preventiva, 2 de prisão temporária, 5 de condução coercitiva e 14 de busca e apreensão, todos expedidos pelo juízo da 13.ª Vara Federal de Curitiba, que também determinou o bloqueio de ativos de 2 investigados e de 3 pessoas jurídicas.

Ao autorizar as medidas, requeridas pelo Ministério Público Federal, o juízo entendeu que foram "colhidas provas, em cognição sumária, de que dirigentes das empreiteiras envolvidas no esquema criminoso que vitimou a Petrobras pagaram vantagem indevida, ou seja propina, ao então Senador [Gim Argello] para que não fossem convocados a prestar depoimentos durante os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito [CPI] instaurada no Senado para apurar crimes havidos na Petrobras e da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito [CPMI] instaurada no Senado e na Câmara para apurar esses mesmos crimes, tudo durante o ano de 2014".

Para o procurador da República Athayde Ribeiro Costa, "os fatos são alarmantes porque há fortes indicativos de que uma comissão de investigação parlamentar, que tem um importante papel de investigação de fatos graves em nossa democracia, foi usado por um então senador para, em vez de combater a corrupção, praticá-la."

O coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, destaca que existe um compromisso do Ministério Público Federal em buscar desempenhar uma atividade de investigação de excelência, integrada com outros órgãos.

"O crime de corrupção é um crime de difícil investigação e muitas vezes exige, como nesse caso, o recurso a técnicas especiais de investigação, como a colaboração premiada, a quebra de sigilo telefônico e telemático bem como a avaliação da posição geográfica dos investigados ao tempo dos fatos."

O procurador ressaltou, ainda, a independência e o caráter técnico das investigações, neste momento de turbulência política. "A Constituição configurou o Ministério Público como um ente independente dos demais Poderes do Estado e deu independência a cada um de seus membros, de modo que a Força Tarefa segue apenas a Constituição e as Leis. A obrigação das dezenas de policiais, auditores e procuradores que atuam no caso, com a lei e a sociedade, é de avançar, de modo sereno, mas firme, para apurar a responsabilidade de todos aqueles que praticaram corrupção, seja quem for".

De acordo com a força-tarefa, a palavra de colaboradores indicando os crimes foi corroborada por diversas outras provas, tais como: mensagens de celular; registros de ligações telefônicas; relatórios confirmando, pela localização geográfica dos terminais telefônicos, a realização de reuniões; passagens aéreas; registros de ingresso em empresa; existência de requerimentos de convocação dos empresários nas CPIs sem resultado; uso de vocabulário cifrado em mensagens; e existência de ligações telefônicas entre membro da CPI e empresários que eram potenciais investigados.


Netflix pode aumentar preços a partir de junho

Logo do Netflix

A Netflix pode aumentar os preços dos planos de assinantes antigos do seu serviço de streaming de vídeos a partir de 10 de junho deste ano. Os valores cobrados por novos planos também podem ser alterados.

A notícia fora anunciada em uma reunião com acionistas em janeiro. Com a medida, sofrerá reajuste da tarifa quem tem conta no serviço no Brasil desde 2011.  

Nessa época, a Netflix oferecia somente um plano, com mensalidade de 16,90 reais. Em 2015, o valor passou para 19,90, um ano depois da empresa ter aumentado o preço do seu serviço para novos assinantes. 

Agora, os consumidores terão duas opções: continuar com o plano básico, que oferece vídeos com qualidade abaixo da HD e a possibilidade de uso de uma tela por vez, ou mudar para o plano mais caro, que mantém para o cliente tudo que ele tem hoje, ou seja, vídeos em HD e a possibilidade de uso em dois dispositivos diferentes ao mesmo tempo.  

No primeiro cenário, a mensalidade permanece como 19,90 reais. No segundo, o preço sobe para 22,90 reais.  

Contatada, a Netflix não confirmou se as medidas, anunciadas em âmbito global, também afetarão o Brasil. A empresa de limitou a dizer o seguinte: "Os membros impactados pelas mudanças serão claramente notificados por e-mail e também dentro do nosso próprio serviço, de forma que eles tenham tempo para decidir qual é o melhor plano/preço para eles".  

O preço baixo da assinatura e a oferta de séries americanas e originais são os motivos que levam parte dos brasileiros a escolher uma assinatura da Netflix ao invés de contratar um serviço de TV paga. No entanto, essa prática pode ser prejudicada em breve pelo limite de consumo de dados nos planos de internet banda larga fixa no Brasil.

A Netflix oferece atualmente três planos: básico (visualização em uma tela), padrão (duas telas e com resolução HD) e premium (quatro telas com resolução 4K.)

Atualização 17h 12/04/2016 – A Netflix Brasil enviou nota .com o seguinte posicionamento oficial, buscando esclarecer o aumento dos preços do seu serviço de streaming:

"Não houve aumento de preço, mas sim o fim do período que a Netflix chama de “grandfathering”: estes membros antigos já sabiam desde 2014 que teriam dois anos o preço de suas mensalidades mantidos quando ocorreu o aumento de preço em 2014. O que acontece agora é que eles apenas estão tendo o preço de suas mensalidades igualados ao que está em vigor nos Estados Unidos".

Receita líquida do GPA sobe 3% no 1º trimestre

Pão de Açúcar

O grupo Pão de Açúcar teve alta de 3% na receita líquida do primeiro trimestre sobre o mesmo período do ano passado, a 17,8 bilhões de reais, com resultado forte da bandeira Assaí ajudando a compensar o desempenho negativo da Via Varejo, cujas vendas mesmas lojas recuaram quase 12%.

O trimestre foi impulsionado pelo segmento alimentar, cuja receita totalizou 9,9 bilhões de reais, crescendo 10,9% no período. 

A rede de atacarejo teve salto de 36,2% na receita líquida do período, a 3,15 bilhões de reais, em um ambiente de retração da renda em que consumidores passaram a buscar alternativas mais econômicas a seus padrões de consumo.

De acordo com o GPA, o desempenho das 96 lojas do Assaí já tem maior representatividade sobre as vendas do segmento alimentar do que o formato hipermercado.

No sentido oposto, o segmento não alimentar teve recuo de 5,5% na receita líquida ante os primeiros três meses do ano passado, a 7,88 bilhões de reais. 

Isso ocorreu diante da queda de 12,7% na receita da rede de lojas de eletrodomésticos e móveis Via Varejo, a 4,7 bilhões de reais. 

As vendas da Via Varejo foram piores em janeiro do que em fevereiro e março devido à forte base de comparação de janeiro de 2014, disse a empresa, acrescentando que a rede de lojas de móveis e eletromésticos seguiu com o fechamento de pontos de venda de baixo desempenho no período.

No consolidado do grupo, a receita líquida na categoria mesmas lojas teve avanço de 0,8% nos três primeiros meses do ano sobre o mesmo período de 2015, com alta de 6% no segmento Multivarejo e Assaí e queda de 11,8% na Via Varejo.

Shell diz que pode vender ativos para melhorar portfólio

Shell

A petroleira Royal Dutch Shell pode vender alguns de seus ativos mais antigos e de menor qualidade no Mar do Norte para melhorar o seu portfólio, disse o presidente-executivo da companhia, Ben van Beurden, nesta terça-feira, como parte de um programa de dois anos para ajudar a financiar a compra da BG Group.

Após completar a aquisição de 52 bilhões de dólares da BG em fevereiro, a Shell disse que vai vender 30 bilhões de dólares em ativos entre 2016 e 2018 para ajudar no financiamento do acordo, e para manter seus dividendos ante a forte queda nos preços do petróleo desde 2014.

Os ativos da BG que a Shell adquiriu no Mar do Norte são mais novos e de maior qualidade, assim, a empresa vai buscar vender algumas de suas outras propriedades na região, disse.

Van Beurden também disse que a Shell ainda vê os ativos em águas profundas no Brasil, que adquiriu da BG, como altamente atrativos. Qualquer atraso potencial no desenvolvimento desses ativos devido aos problemas políticos e econômicos no país entraram na avaliação da BG pela Shell, disse.

"Estes ainda são fundamentalmente os melhores recursos em águas profundas disponíveis no planeta. E isso não vai mudar."

Ex-senador preso foi articulador e depois rompeu com governo

Gim Argello, do PTB

O ex-senador Gim Argello (PTB), preso nesta terça-feira, 12, na nova fase da Lava Jato, foi um dos principais articuladores da base governista no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (PT).

Ele assumiu a cadeira no Senado em julho 2007, pois era primeiro suplente de Joaquim Roriz, que renunciou ao cargo depois da repercussão de gravação telefônica em que ele discutia a partilha de um cheque de R$ 2,3 milhões.

Na ocasião, a posse de Argello foi questionada por algumas legendas, como o PSOL, em razão dele responder na época a, pelo menos, seis processos ou inquéritos civis e criminais.

Pela boa relação com o governo Dilma, em 2014 o petebista protagonizou uma disputa para a indicação a uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU).

O nome de Gim Argello tinha respaldo do Palácio do Planalto e de senadores da base aliada como estratégia para aproximar o PTB da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff naquele ano.

Mas diante das fortes resistências a seu nome, inclusive internas da própria instituição, ele teve de desistir da indicação.

Isso por conta das investigações que envolviam o seu nome e por ter sido condenado pela Justiça a devolver dinheiro por irregularidades cometidas na época em que presidiu a Câmara Legislativa do Distrito Federal, entre 2001 e 2002. Ele sempre negou as irregularidades.

Depois de ter atuado como um dos principais articuladores do governo Dilma em seu primeiro mandato, Gim Argello rompeu com o governo petista nas eleições para o governo do Distrito Federal, em 2014, quando apoiou o ex-governador José Roberto Arruda (PR), contra o candidato do PT Agnelo Queiroz, num pleito que foi vencido por Rodrigo Rollemberg (PSB). Gim Argello tentava a reeleição para o Senado federal, mas não se reelegeu.

A nova fase da Lava Jato, deflagrada nesta terça-feira e batizada de Vitória de Pirro, apura indícios de que "destacado integrante" da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada no Senado Federal e também da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), instaurada no Congresso Nacional, ambas com o objetivo de apurar irregularidades no âmbito da Petrobras, em 2014, teria atuado de forma incisiva no sentido de evitar a convocação de empreiteiros para prestarem depoimento, mediante a cobrança de pagamentos indevidos travestidos de doações eleitorais oficiais em favor dos partidos de sua base de sustentação.

O ex-senador Gim Argello (PTB) era o vice-presidente da CPMI, por indicação da base do governo no Senado. E participou também da CPI exclusiva do Senado.

As duas CPIs foram criadas após o jornal O Estado de S. Paulo revelar que a presidente Dilma Rousseff votou a favor da compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), quando presidente do conselho de administração da Petrobras. O negócio é considerado um dos piores da história da empresa.

Em depoimento de delação premiada, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) afirmou que integrantes da CPI mista da Petrobrás, encerrada em 2014, recebiam propina em dinheiro vivo para evitar a convocação de empreiteiros investigados na Lava Jato.

O senador citou Gim Argello (PTB-DF), então vice-presidente da comissão, como integrante do núcleo responsável pelo achaque.

Delcídio contou que reuniões semanais eram feitas entre os congressistas e os executivos para discutir requerimentos "sensíveis" da CPI e a estratégia para derrubá-los.

Os encontros ocorreriam nas noites de segunda-feira, alguns na casa de Gim. O petebista seria o coordenador do grupo que pedia dinheiro a empreiteiros.

O diretor financeiro da UTC Engenharia, Walmir Santana, outro delator da Lava Jato, afirmou que Gim Argello atuaria para que o empreiteiro Ricardo Pessoa não fosse chamado a depor na CPMI da Petrobras em 2014. Em contrapartida, Ricardo Pessoa faria contribuições em favor de pessoas indicadas por Gim Argello.

O nome de Argello apareceu também na delação premiada do empreiteiro da UTC, Ricardo Pessoa, da UTC, como beneficiário de mais de R$ 4 milhões, dos cerca de R$ 8 milhões doados pelas empreiteiras investigadas às campanhas de políticos da Capital Federal, para abafar apuração da CPMI.

Na nova etapa da Lava Jato deflagrada nesta terça, a 28ª, Gim Argello foi preso preventivamente. Endereços do ex-parlamentar foram revistados e dois assessores que trabalharam com ele também foram alvos da operação.

Netanyahu autoriza a construção da 1ª usina na Cisjordânia


O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, faz discurso Washington 

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, autorizou a Autoridade Nacional Palestina (ANP) a construir sua primeira usina elétrica na Cisjordânia em uma tentativa de atenuar a escassez e os altos custos.

A autorização foi tramitada pelo Fundo de Investimento Palestino e será edificada em um prazo de quatro anos no distrito de Jenin, no norte do território ocupado da Cisjordânia.

A nova usina, que será a primeira que os palestinos têm na Cisjordânia - a única existente agora está em Gaza, sob controle do Hamas - fornecerá 450 megawatts e sua construção será licitada após superar os obstáculos financeiros e burocráticos.

Até agora os palestinos da Cisjordânia recebem cerca de 85% de sua eletricidade de Israel e o resto da Jordânia, mas a capacidade de produção israelense tocou seu teto e o consumo palestino cresce constantemente.

A usina fornecerá eletricidade ao norte da Cisjordânia e a cota restante será transferida ao sul pelas infraestruturas da Companhia Elétrica israelense.

O projeto economizará aos cofres palestinos cerca de US$ 40 milhões anuais, dado que os custos de produção serão mais baratos que os israelenses, e além disso proporcionará emprego direto e indireto a mil palestinos.

O projeto preliminar estabelece que a usina estará conectada diretamente ao fornecimento de gás natural da jazida israelense Leviatã, em águas do Mediterrâneo e ainda por explorar.

Caso não seja possível, poderá ser também alimentada com diesel.

Segundo a fonte, a ANP está interessada também na criação de outra usina no sul da Cisjordânia, embora se trataria nesse caso de um projeto menor e que ainda não conta com aprovação israelense.

Autoridades dos EUA querem mais financiamento contra zika

Mosquitos Aedes aegypti são vistos no Instituto de Ciências Biomédicas de São Paulo

O vírus zika é "mais preocupante" do que tinha sido inicialmente previsto, afirmaram hoje as autoridades sanitárias norte-americanas, apelando ao Congresso por mais financiamento para investigação e vacinas.

A administração Obama pediu ao Congresso, em fevereiro passado, 1,9 bilhão de dólares para a pesquisa de vacinas e medicamentos antivirais contra esta epidemia.

Transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, presente na América Latina e no Caribe, o vírus zika é responsável por muitos casos de defeitos congênitos em recém-nascidos, incluindo microcefalia (malformação do crânio) e doenças neurológicas raras em adultos.

“Devemos estar prontos. Tudo o que estudamos sobre este vírus parece ser mais preocupante do que o que pensávamos inicialmente", afirmou a diretora-adjunta dos Centros para Prevenção de Doenças, Anne Schuchat, durante entrevista na Casa Branca.

"Eu tive que usar dinheiro inicialmente dedicado a outras pesquisas, não podíamos esperar", disse o diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, Anthony Fauci, salientando, ao mesmo tempo, que ainda era "insuficiente", insistiu Fauci.

O arquipélago americano de Porto Rico, que está numa situação econômica muito difícil, pode ter milhares de pessoas infectadas com o vírus até ao final deste ano, de acordo com as autoridades de saúde dos Estados Unidos.

PT questiona no Supremo legalidade da condução coercitiva

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acena da janela da sede do PT em São Paulo, dia 04/03/2016

O PT entrou nesta segunda-feira, 11, no Supremo Tribunal Federal (STF), com uma ação que questiona a legalidade da condução coercitiva em investigação penal.

A legenda defende o direito de investigados não produzirem provas contra si mesmos e compara a medida com técnicas de tortura para obtenção de provas.

"A tortura como meio de investigação dá lugar ao silêncio como meio de defesa", afirma o partido. Segundo o documento, a condução coercitiva ameaça direito do investigado de se defender, além de comprometer a liberdade e a dignidade do indivíduo.

O partido também diz que a proteção completa da liberdade individual de cada cidadão só é assegurada quando o direito ao silêncio é reconhecido.

"Sua natureza comum reside no uso da força para deslocar uma pessoa e submetê-la à autoridade do Estado. Quando utilizada com a finalidade, exclusiva ou não, de tomar-lhe o depoimento, essa medida cautelar revela-se como meio de isolar o indivíduo, ainda que temporariamente, do mundo exterior, criando uma atmosfera de intimidação que fragiliza da autonomia e vontade do indivíduo", argumenta o partido.

De acordo com o PT, o cenário de privação de liberdade criado pela condução coercitiva impõe no investigado um estado psicológico que o atrapalha a usar o direito de permanecer calado.

O ofício afirma que os defensores da "brutalização da autonomia individual" apresentam direitos e garantias fundamentais como impeditivos para o funcionamento do sistema.

Lula

A medida foi usada em março deste ano pelo juiz Sérgio Moro contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O petista foi conduzido até o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, para esclarecer se foi favorecido por empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato por meio de um sítio em Atibaia e de um tríplex em Guarujá (SP).

A medida foi criticada por juristas e Moro se justificou alegando que a medida foi utilizada para evitar "tumulto". Apesar do argumento, a condução coercitiva virou método comum nas investigações da Lava Jato em primeira instância. Desde o início das investigações, a medida já foi usada por Moro em pelo menos 50 vezes.

Enquanto o ex-presidente prestava depoimento, o aeroporto se transformou em palco de conflito entre militâncias pró e contrária ao impeachment. Houve ampla repercussão midiática internacional com ênfase no aparato policial utilizado pela força-tarefa.

A condução coercitiva está prevista no Código de Processo Penal desde 1941 para casos em que o acusado não atende a uma intimação anterior ou se recusa a colaborar com as investigações. De acordo com o advogado Thiago Bottino, do PT, a medida fere o preceito fundamental da vedação de autoincriminação estabelecido pela Constituição de 1988.

A ação do partido, uma arguição de descumprimento de preceito fundamental, está no Supremo sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes, tido como um dos principais opositores do PT na Corte. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Inflação entre idosos desacelera para 2,72% no 1º trimestre


Idosos (Arquivo)

A inflação que recai sobre os idosos encerrou o primeiro trimestre de 2016 com alta de 2,72%, abaixo da taxa de 2,87% apurada no quarto trimestre de 2015.

Os dados, anunciados nesta terça-feira, 12, pela Fundação Getulio Vargas (FGV), são do Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a inflação percebida pela população idosa.

Em 12 meses, o IPC-3i acumula alta de 9,60%. Com este resultado, a variação do indicador ficou acima da taxa acumulada pelo IPC-BR, que mede a inflação em todas as faixas etárias e ficou em 9,37% no mesmo período.

Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram taxas de variação menores na passagem do quarto trimestre de 2015 para o primeiro trimestre de 2016.

A principal contribuição partiu do grupo Transportes, que desacelerou de 4,52% no quarto trimestre de 2015 para 2,87% no primeiro trimestre de 2016.

O item que mais influenciou o comportamento desta classe de despesa foi a gasolina, que subiu 2,55% no primeiro trimestre ante aumento de 9,78% no trimestre anterior.

Também contribuíram também para a redução do IPC-3i os grupos Habitação (de 1,75% para 1,50%) e Vestuário (de 1,99% para 0,27%), com destaque para os itens tarifa de eletricidade residencial (de 3,81% para -3,08%) e roupas (de 2,22% para 0,30%).

Na direção oposta, o ritmo de aumento de preços acelerou em Despesas Diversas (de 0,49% para 3,87%), Educação, Leitura e Recreação (de 2,51% para 3,63%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,95% para 2,03%) e Comunicação (de 1,08% para 2,01%).

Os destaques foram os cigarros (de 0,01% para 8,08%), cursos formais (de 0,00% para 9,41%), plano e seguro de saúde (de 3,09% para 3,15%) e mensalidade para TV por assinatura (de 1,38% para 5,23%).

O grupo Alimentação repetiu a taxa de variação registrada no último trimestre: 5,37%. Houve influência das frutas (de 12,63% para 16,60%) e hortaliças e legumes (de 20,81% para 17,38%).

Ataque suicida do EI em Áden mata cinco milicianos iemenitas

Homem olha para veículo de suicida após ataque em Aden, Iêmen, dia 26/03/2016

Pelo menos cinco membros da milícia Resistência Sureña morreram nesta terça-feira e sete ficaram feridos em um atentado suicida, reivindicado pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI), na cidade de Áden, no sul do Iêmen.

Uma fonte de segurança explicou à Agência Efe que o suicida detonou seu cinto de explosivos junto a um posto de controle desta milícia, leal ao presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi.

Dezenas de jovens membros da Resistência Sureña esperavam neste posto para comparecer aos centros de recrutamento do Exército e da polícia.

O atentado aconteceu no bairro de Jor Maksar, perto do estádio de futebol 22 de Maio, o principal da cidade.

A explosão foi tão forte que foi ouvida em várias locais em torno, segundo contaram à Efe residentes de Áden, a segunda cidade do Iêmen e sede provisória do governo de Hadi.

O EI, através de sua agência de notícias "Amaq", anunciou que um combatente do grupo detonou uma carga explosiva em Áden causando a morte de cinco soldados do Exército iemenita e deixou sete feridos.

Tanto este grupo terrorista como Al Qaeda na Península Arábica (AQPA) aproveitaram a deterioração da segurança no Iêmen devido ao atual conflito entre Hadi e os rebeldes houthis para se expandir nas áreas do sul do país.

O EI reivindicou um triplo atentado suicida em 25 de março contra um quartel e dois postos de controle em Áden, que deixaram mais de 20 mortos.

Por sua vez, a AQPA tinha seu principal reduto em Áden no bairro de Al Mansura, mas em 30 de março o Exército e os milicianos da Resistência Sureña alcançaram reconquistar esse distrito.

O atentado de hoje ocorre no segundo dia de trégua entre as forças de Hadi e os houthis, que já se acusaram mutuamente de violar a cessação de hostilidades.

ONU se diz "preocupada" com crise política no Brasil


Manifestante balança bandeira do Brasil em frente ao Palácio do Planalto

A Organização das Nações Unidas (ONU) apela para que o processo de impeachment no Brasil não se transforme em um confronto social no País e que os princípios democráticos sejam preservados durante o processo.

A entidade, que se pronunciou na manhã desta terça-feira, 12, ainda apelou para que "todos os lados" respeitem o Judiciário.

"Estamos acompanhando de perto a situação e já fizemos alguns alertas em algumas ocasiões. A tensão, porém, não parece perder força e continuamos preocupados", afirmou Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos, falando em uma conferência de imprensa em Genebra, na Suíça.

"Renovamos nosso apelo para todos os lados para garantir que o Poder Judiciário seja respeitado, que as instituições democráticas pelas quais o Brasil lutou tanto para ter sejam respeitadas e não sejam minadas no processo", disse.

Na semana passada, a cúpula da ONU alertou que a crise política no Brasil poderia ter um impacto internacional e apelou para que os líderes nacionais atuem para solucionar o impasse que vive o País.

Em declarações exclusivas ao jornal O Estado de S. Paulo, o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, indicou que a instabilidade no País entrou no radar da entidade e pediu uma reação "harmoniosa" diante da crise.

"Por enquanto, esse é um problema político doméstico. Mas o Brasil é um País muito importante e qualquer instabilidade política no Brasil é uma preocupação social para nós", disse Ban, em Genebra.

O coreano fez um apelo, o primeiro em relação ao Brasil em quase dez anos de seu comando da ONU e uma atitude rara nos contatos das Nações Unidas com o País. "Peço que os líderes adotem soluções harmoniosas e tranquilas", declarou. "Sei que é um desafio que o País vive. Mas acho que vão conseguir superar", disse.

Na entidade, porém, o recado é tanto para a oposição quanto para o governo. Há apenas uma semana, a ONU rompeu seu silêncio e alertou para a crise brasileira.

Em um apelo tanto aos atuais ocupantes do governo federal como aos demais partidos políticos, a Organização das Nações Unidas disse esperar que os agentes públicos brasileiros "cooperem totalmente" com as autoridades judiciárias nas investigações sobre "suposta corrupção de alto nível, para evitar quaisquer ações que possam ser vistas como um meio de obstruir a Justiça".

Mas também lembrou que o Judiciário deve atuar com "escrúpulos, dentro das regras do direito doméstico e internacional, evitando adotar posições político-partidárias."

"Estamos preocupados com a possibilidade de que um círculo vicioso possa estar sendo desenvolvido que acabe afetando a credibilidade tanto do Executivo como do Judiciário", disse Rupert Colville, porta-voz da ONU.

Nesse inédito posicionamento da organização sobre a crise política brasileira, a entidade faz cobranças a todos os agentes protagonistas da atual situação ao se dizer "preocupada com os debates cada vez mais politizados e acalorados" registrados nas últimas semanas no País.

Para o Alto Comissariado, essa situação ameaça causar "um sério dano de longo prazo para o Estado e para as conquistas democráticas feitas nos últimos 20 anos nos quais o Brasil tem sido governado sob uma Constituição que dá fortes garantias de direitos humanos".

BNDES trava R$ 22 bilhões em crédito para a infraestrutura

Operários trabalham na área de infraestrutura em frente ao Itaquerão, que receberá o jogo inaugural da Copa do Mundo, na zona leste de São Paulo

Com boa parte da clientela envolvida na Operação Lava Jato, o BNDES travou desembolsos de R$ 22 bilhões a projetos de infraestrutura, estimam executivos de bancos e de grandes empresas consultados pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Para fugir do risco das operações, o banco ampliou a burocracia para efetuar os desembolsos que já foram aprovados há três anos. A maior parte desses recursos (R$ 8 bilhões) foi comprometida à Sete Brasil, empresa criada para fornecer as sondas para a Petrobras.

Segundo números fornecidos pelo próprio BNDES, na carteira de crédito do banco há R$ 14 bilhões de financiamento de longo prazo e R$ 3,23 bilhões em empréstimos-ponte que estão "aprovados, contratados e em fase de desembolso".

A relação entre o BNDES e as instituições financeiras atingiu um novo patamar de estresse depois que o banco de fomento passou a exigir garantias corporativas, avais da empresa que toma crédito, para a liberação dos recursos.

Trata-se da forma como o BNDES encontrou para se livrar dos riscos da operação, depois que se viu como foco até mesmo de uma CPI na Câmara.

As empresas, responsáveis pelas concessões, dizem que a exigência é impossível de cumprir porque não conseguem cartas de fiança dos bancos, que não confiam mais na liberação do empréstimo de longo prazo por parte do BNDES depois do recuo em relação à Sete Brasil.

Oficialmente, afirmam que estão em negociação com o banco de fomento, mas, nos bastidores, a crítica é generalizada e já chegou à equipe econômica.

No governo, há insatisfação com a postura mais "cautelosa" dos dirigentes do banco, que estaria contribuindo até mesmo para agravar a crise econômica ao emperrar os investimentos. "O banco do fomento virou o banco da muralha", critica um executivo.

Mudança

O modelo de financiamento às obras de infraestrutura seguia, até pouco tempo, o mesmo "modus operandi". Os vencedores das concessões tomavam empréstimos para financiar o início do negócio. Eles deveriam ser suficientes para que, entre seis meses e um ano, saísse o financiamento de longo prazo.

"O BNDES implodiu as pontes", diz um executivo de um grupo vencedor de um leilão. Algumas dessas operações já duram mais de dois anos. As taxas dos empréstimos-ponte são, em geral, o dobro das cobradas no financiamento subsidiado do BNDES, o que encarece as obras.

A maior parte barrada foi comprometida à Sete Brasil, empresa criada para ser a fornecedora de sondas para a Petrobras na exploração do pré-sal. A companhia está próximo de pedir recuperação judicial depois de ver a situação agravada pelo envolvimento na Lava Jato e pela desistência do BNDES de liberar os recursos. A primeira parcela prevista era de R$ 8 bilhões (o total previsto era de US$ 9,3 bilhões).

Entre R$ 3 bilhões e R$ 5 bilhões são financiamentos a rodovias e aeroportos. Algumas dessas concessões foram feitas em 2013. Sem os recursos, as obras foram paralisadas.

É o caso da rodovia BR-163, cujo leilão foi feito em novembro de 2013 e vencido pelo consórcio Rota do Oeste, da Odebrecht Transport. A rodovia estava com 45 quilômetros de duplicação adiantados, em relação às exigências do contrato, quando as obras foram paradas por causa da não liberação de R$ 1,4 bilhão.

"O fato de o BNDES não liberar o financiamento prejudica o setor produtivo porque nós estamos pagando por uma via de mão dupla com problemas de escoamento, com tráfego pesado", afirma Edeon Vaz Ferreira, consultor da Associação dos Produtos de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja).

O pedágio cobra R$ 4,50 por eixo. Diretor do Movimento Pró-Logística, Vaz busca uma agenda com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, para pressionar a liberação do financiamento.

Em nota, o BNDES disse que a análise do empréstimo de longo prazo "está em curso". Segundo a instituição, foram liberados R$ 762 milhões do empréstimo-ponte em setembro de 2014.

AB Inbev faz propostas pela aprovação da compra da SABMiller


Pessoa bebe cerveja em copo da SABMiller

A Anheuser-Busch InBev submeteu propostas de concessões a reguladores antitruste da União Europeia para tentar garantir aprovação para a aquisição de mais de 100 bilhões de dólares da SABMiller, maior acordo da história no setor de bens de consumo.

A Comissão Europeia disse que decidirá até 24 de maio se aprova o acordo, segundo um documento em seu site, sem dar mais detalhes.

A AB Inbev já fechou um acordo para vender as marcas Peroni e Grolsch, da SABMiller, e seus negócios relacionados na Itália, Holanda e Grã-Bretanha para a japonesa Asahi Group Holdings com o objetivo de combater preocupações regulatórias da UE.

A aquisição da SABMiller permitiria à AB InBev expandir-se para países como Colômbia, Peru e para o continente africano.

A maior cervejaria do mundo também está vendendo a fatia da SABMiller na joint-venture norte-americana MilerCoors à Molson Coors Brewing e a participação da SABMiller na CR Snow para a China Resources Beer a fim de reduzir preocupações concorrenciais em outras regiões.

Disparos de morteiros pelo EI deixam 8 feridos na Turquia

Tanques do Exército da Turquia na fronteira com a Síria

Ancara  Oito pessoas ficaram feridas após a queda, pelo segundo dia consecutivo, de morteiros na cidade turca de Kilis, situada junto à fronteira com a Síria, e que foram disparados desde território controlado pelo autodenominado Estado Islâmico (EI), informou o jornal "Hürriyet".

O governador da província de Kilis, Süleyman Tapsiz, declarou aos meios de comunicação que os feridos já foram hospitalizados e que dois deles estão em estado crítico.

A cidade, de cerca de 75 mil habitantes e que acolhe milhares de refugiados sírios que fogem da guerra em seu país, já recebeu ontem o impacto de cinco projéteis de tipo Katyusha que deixaram 12 feridos.

Após o impacto hoje de dois morteiros, a artilharia turca situada na fronteira começou a bombardear o local desde onde foram disparados os projéteis, uma resposta habitual neste tipo de incidentes.

Embora a zona desde onde dispararam os projéteis esteja em mãos do EI, não se sabe com toda certeza quem é o responsável pelos disparos.

Desde o começo do ano, quatro pessoas morreram em duas situações parecidas, em 18 de janeiro e em 8 de março.

Também na semana passada, três pessoas foram feridas pela queda de morteiros desde o país vizinho.

A Turquia é crítico do presidente sírio Bashar al-Assad e apoiou combatentes da oposição na guerra civil que se prolonga já durante cinco anos na vizinha Síria.

Plásticos são os principais predadores dos oceanos


Garrafa de plástico jogada na praia

Sob a forma de garrafas, sacos ou tampas, os plásticos são os principais predadores dos oceanos, mostra a organização Surfrider em relatório divulgado hoje (12) sobre a poluição em cinco regiões da França e Espanha.

Com a ajuda de centenas de voluntários, a organização não governamental  realizou em 2015 o primeiro censo de resíduos que poluem as praias, a orla costeira e os fundos marinhos, no âmbito de uma iniciativa que visa a recolher e analisar os dados na Europa.

“Todos os dias, 8 milhões de toneladas de lixo acabam no oceano. Oitenta por cento da poluição que afeta os nossos mares são de origem terrestre e resultam da atividade humana, com repercussões terríveis na biodiversidade e na globalidade do ambiente”, destaca o presidente da Surfrider Foundation Europe, Gilles Asenjo, em comunicado.

O plástico constitui “mais de 80%” do lixo na maior parte dos cinco locais analisados, observa a organização.

Na praia de Burumendi, em Mutriku (Espanha), por exemplo, 96,6% dos resíduos são de plástico e de poliestireno, que representam 94,5% dos 10.884 resíduos recolhidos na praia de La Barre, em Anglet, nos Pireneus atlânticos.

O plástico e o poliestireno também foram encontrados em massa na praia de Porsmilin, em Locmaria-Plouzané, em Finisterra (Espanha), com peso de 83,3% do total de 2.945 resíduos recolhidos no decorrer das quatro campanhas de levantamento de materiais.

Na praia de Murguita em San Sebastian (Espanha), o plástico e o poliestireno representaram 61% dos materiais recolhidos, dos quais 18% são vidro.

O vidro predomina, aliás, na praia de Inpernupe, em Zumaia (Espanha), representando quase metade (47,9%), contra o peso de 29,1% do plásticos e poliestireno.

Além dos materiais de plástico, os voluntários recolheram, nos diferentes locais, cordas, redes, cigarros, embalagens de alimentos, tampas, cápsulas, garrafas de vidro e até mesmo resíduos sanitários.

Para cada local, a Surfrider fez uma lista dos principais resíduos recolhidos.

“Nesta altura, são as primeiras indicações que nos dão uma percepção geral das estatísticas europeias”, disse Asenjo, acrescentando que, da Grã-Bretanha ao País Basco, os resíduos plásticos são claramente os principais predadores do oceano”, porque “levam centenas de anos para desaparecer”, ao contrário de outros materiais como a madeira ou o cartão.

“Quando eles não estão aos nossos pés na praia, são ingeridos pelos animais marinhos, que sufocam, para não falar das substâncias tóxicas que libertam e nas quais nos banhamos, e de sua possível integração na cadeia alimentar".

Presidente do PT defende novo programa econômico-social

Rui Falcão, presidente do PT

  O presidente nacional do PT, Rui Falcão, defendeu nesta segunda-feira, 11, a criação de um novo programa "econômico-social" para ser lançando pelo governo, caso a presidente Dilma Rousseff mantenha o mandato, após o processo de impeachment.

"Um novo programa econômico-social, com foco no emprego, na distribuição de renda, no investimento em infraestrutura, na melhoria dos serviços públicos e na reforma tributária - eis o que o nosso governo deveria apresentar ao País, logo após o pós-impeachment, ou seja, depois de vencermos o golpe em andamento no Congresso", diz Falcão, em artigo publicado na página do partido na internet.

O posicionamento de Falcão é igual ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para este, a crise econômica é o principal motivo dos problemas enfrentados pelo governo no Congresso. Falcão defendeu ainda a retomada do "debate sobre a reforma política".

O foco de possíveis mudanças na economia pós-impeachment deverá ser a classe média e classe média baixa.

Para isso, o ex-presidente quer retomar a ideia de "dinamizar a economia" com a facilitação da liberação de crédito. Inicialmente, líderes da legenda defendiam mexer com um terço das reservas internacionais.

Nas conversas da última semana, Lula avança nesta proposta e tem defendido o uso de dois terços.

As mudanças defendidas por ele tem tido, contudo, resistência do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, que afirma acreditar que o uso das reservas pode passar uma imagem ruim para os investidores estrangeiros.

Apesar de possíveis relutâncias no do Palácio do Planalto, o sentimento é de que, se não houver uma guinada conduzida por Lula, ele e a agremiação vai "sangrar" até a próxima eleição de 2018, podendo não ter forças para manter o projeto de poder em curso desde 2001.

No comunicado, o presidente nacional do PT também trata da possibilidade da divulgação de uma nova carta aos brasileiros como a que foi publicada pelo ex-presidente em 2002, para tentar acalmar o mercado financeiro, contrário à candidatura presidencial do partido.

Ele também convoca a militância para se manter mobilizada nos dias que antecedem a votação do impeachment no plenário da Câmara. "Esta é uma semana decisiva, com inúmeras manifestações já programadas." Falcão citou em seguida a manifestação de ontem no Rio e " jornadas do dia 15" no País.

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