quinta-feira, 3 de março de 2016

"Tá Tranquilo, Tá Favorável" é tema de comercial da Renault

O comercial "Tá Tranquilo, Tá Favorável" exibe o ator Alexandre Nero, que circula pela linha de montagem da fábrica da Renault
  A música pode ser uma carta na manga da propaganda, ela pode popularizar uma campanha ou até mesmo fazê-la marcar época.
Mas como jingles não nascem todos os dias, a publicidade sabe a importância de adotar os hits da temporada.
O último exemplo não poderia ser mais óbvio. O funk "Tá Tranquilo, Tá Favorável", de Mc Bin Laden, é o tema da mais recente ação de varejo da montadora Renault, intitulada "Feirão de Fábrica Extraordinário".
Assinado pela Neogama, o comercial "Tá Tranquilo, Tá Favorável" exibe o ator Alexandre Nero que circula pela linha de montagem da fábrica da Renault, em São José dos Pinhais, anunciando a nova condição comercial da montadora: preço de nova fiscal de fábrica mais taxa zero, valendo em todo o Brasil.
Em seguida, o hit é tocado enquanto clientes dançam a vibram que "tá tranquilo, tá favorável".
A campanha tem veiculação nacional e está sendo exibida em TV aberta, digital, mídia impressa e ações de PDV.

Pedidos de falência em SP sobem 28% no bimestre, diz ACSP

Placa de fechado, falência

 A quantidade de solicitações de falência na cidade de São Paulo aumentou 28% no primeiro bimestre de 2016 ante o mesmo período do ano passado, segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Nos dois primeiros meses do ano, os pedidos de falência totalizaram 50, sendo 20 em janeiro e 30 em fevereiro. No ano passado, foram 39 requerimentos, dos quais 19 em janeiro e 20 em fevereiro.

"Até quando os pedidos de falência continuarão a subir dependerá de quanto tempo a crise vai durar. Portanto, temos que começar a resolver os problemas políticos e econômicos do país o mais rapidamente possível, evitando o prolongamento dessa situação", avaliou o presidente da ACSP, Alencar Burti.

O número divulgado pela ACSP é coletado com base em dados de cartórios da cidade.

50% das vítimas de homicídio nos EUA é negra, mostra estudo

Manifestantes protestam após decisão de júri de não indiciar policial que matou jovem negro nos EUA

 Um estudo divulgado nesta quinta-feira pela organização "Violence Policy Center" revelou que a metade das vítimas de homicídio nos Estados Unidos é negra e, delas, 7% tem menos de 18 anos.

De acordo com a ONG, que considera que se trata de um problema com características de "crise nacional", o foco dos esforços para reduzir os números de homicídios nos Estados Unidos passa por "reduzir o acesso e a exposição às armas de fogo".

O estudo, segundo a VPC, foi elaborado a partir dos dados mais recentes do FBI sobre o tema, contidos no "Relatório Suplementar de Homicídios" até agora não publicado e correspondente ao ano de 2013.

Nesse ano, 6.217 negros foram vítimas de homicídio, o que significa 16,91 para cada 100 mil habitantes, enquanto no caso dos brancos a taxa foi de 2,54 para cada 100 mil.

A taxa nacional de homicídios foi em 2013 nos Estados Unidos de 4,27 por 100 mil. A maioria das vítimas é homem (87%) e a idade média é 31 anos.

Para a VPC, esses números mostram a "devastação" que os homicídios estão causando entre os adultos e as crianças negras, uma comunidade à qual pertence 13% da população do país.

Ao todo, 84% dos homicídios de negros que se tem conhecimento foram cometidos com arma de fogo. Em 72% dos casos o autor do crime era alguém conhecido da vítima.

Na metade dos casos contabilizados em 2013 nos quais a vítima era negra houve uma discussão antes. Dos 6.217 negros assassinados em 2013, 140 o FBI classifica como "justificado" pela lei, ou seja, cometido por policiais.

A VPC não indica se houve casos "injustificados" nessa mesma categoria e lembra que o FBI prometeu fornecer em 2017 mais dados sobre as mortes de negros provocadas por agentes da lei.

O estado com maior índice de homicídios com vítimas negras em 2013 foi Indiana (34,15 por cada 100 mil), seguido do Missouri (30,42) e Michigan (30,34).

Delcídio pode depor na CPI dos Fundos de Pensão

Delcídio Amaral (PT-MS)

 A oposição ao governo na Câmara quer convocar o senador Delcídio Amaral (PT-MS) para depor na CPI dos Fundos de Pensão.

O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) protocolou nesta quinta-feira, 3, o requerimento para que o petista explique declarações feitas em delação premiada ainda não homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a revista IstoÉ, Delcídio teria dito em delação premiada que a presidente Dilma Rousseff tentou atuar ao menos três vezes para interferir na Operação Lava Jato por meio do Judiciário.

"É indiscutível e inegável a movimentação sistemática do ex-ministro da Justiça e atual advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, e da própria presidente Dilma no sentido de promover a soltura de réus presos na operação", afirmou Delcídio na delação, segundo a revista. Cardozo deixou esta semana o ministério alegando sofrer pressões do PT.

Na delação, Delcídio teria citado também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e detalhado os bastidores da compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras. As primeiras revelações do ex-líder do governo fazem parte de um documento preliminar da colaboração.

Nessa fase, o delator indica temas e nomes que pretende citar em seus futuros depoimentos após a homologação do acordo.

Delcídio foi preso no dia 25 de novembro do ano passado acusado de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e solto no dia 19 de fevereiro.

O senador foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo pela tentativa de atrapalhar investigações.

Em conversas gravadas pelo filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, o senador aparece negociando o silêncio do ex-diretor da estatal.

Nas gravações, Delcídio sugere uma rota de fuga e dinheiro à família de Cerveró, para não ser mencionado em eventual acordo de delação premiada.

Na delação, de acordo com a revista, o senador teria negociado com Cerveró a mando do ex-presidente Lula.

De acordo com a revista, em sua delação, Delcídio afirma que Lula pediu para que ele ajudasse seu amigo, o pecuarista José Carlos Bumlai, que estaria implicado nas delações de Fernando Baiano e Nestor Cerveró.

Em nota divulgada nesta tarde, Delcídio Amaral diz que nem ele nem sua defesa confirmam o conteúdo da matéria.

"Não conhecemos a origem, tampouco reconhecemos a autenticidade dos documentos que vão acostados ao texto", diz o comunicado.

Os alimentos estão na mira do clima — e isso pode ser fatal

Agricultor segura milho da safra castigada pela seca nos EUA

 Todos os dias, pelo menos 800 milhões de pessoas no mundo vão dormir com fome, e mais que o dobro (até 2 bilhões) sofrem de desnutrição ou "fome oculta", um problema que mata. Se ainda hoje, não conseguimos sanar este mal, como garantir a segurança alimentar e nutricional de um mundo que terá 9 bilhões de pessoas em 2050?

Segundo um novo estudo, se não reduzirmos, significativamente, as emissões de gases efeito estufa, vilões do aquecimento global, as gerações futuras vão sofrer consequências pesadas.

Estimativas publicadas pela revista científica Lancet nesta semana fazem o alerta: as mudanças climáticas poderão matar mais de 500 000 adultos até 2050 no mundo inteiro devido  a mudanças nas dietas e no peso corporal causadas pela redução da produtividade das culturas agrícolas.

O estudo é a primeira iniciativa desse tipo a avaliar o impacto das mudanças climáticas sobre a composição da alimentação e o peso corporal, e a  estimar o número de óbitos que o clima causará em 155 países até 2050.

De acordo com a pesquisa, se não forem tomadas medidas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, as mudanças climáticas poderão diminuir a disponibilidade de alimentos por pessoa em média em 3,2% (99 kcal por dia), o consumo de frutas e verduras em 4,0% (14,9 g por dia) e o de carne vermelha em 0,7% (0,5 g por dia).

A ingestão insuficiente de vitaminas, minerais e nutrientes debilita o sistema imunológico, o que aumenta a mortalidade, principalmente entre crianças. Os países mais afetados provavelmente serão de renda baixa ou média, em especial na região do Pacífico Ocidental (264 000 óbitos) e no Sudeste Asiático (164.000), sendo que quase três quartos desses óbitos deverão ocorrer na China (248000) e na Índia (136 000).

A modelagem foi liderada pelo Dr. Marco Springmann, do Programa Oxford Martin sobre o Futuro dos Alimentos, realizado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Segundo Springmann, as mudanças climáticas provavelmente terão graves efeitos negativos sobre a mortalidade futura, mesmo nos cenários mais otimistas. "As iniciativas de adaptação precisam ser expandidas rapidamente. Programas de saúde pública de prevenção e tratamento de fatores de risco relacionados à dieta e ao peso corporal, tais como aumento do consumo de frutas e verduras, devem ser reforçados prioritariamente para ajudar a reduzir os efeitos do clima sobre a saúde”.  

O pesquisador destaca que muitas pesquisas estão analisando a segurança alimentar, mas poucas vêm estudando de forma mais geral os efeitos da produção agrícola sobre a saúde. “Mudanças na disponibilidade e no consumo também influenciam fatores de risco relacionados à dieta e ao peso corporal, tais como baixo consumo de frutas e verduras, consumo elevado de carne vermelha e ganho de peso corporal. Todos esses fatores aumentam a incidência de doenças não-transmissíveis como doenças cardíacas, acidente vascular e câncer, além dos óbitos causados por essas doenças”, explica. 

Cai ou não? Como fica imagem de Cunha como réu da Lava Jato

Cunha SIM ou Não

 O Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou hoje (3) denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), no âmbito da Operação Lava Jato. O plenário analisou envolvimento do deputado no escândalo pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, formalizou a denúncia em agosto passado por conta do suposto recebimento de US$ 5 milhões por parte de Cunha pela facilitação e garantia de vantagens indevidas na contratação de navios-sonda para a estatal.

Por unanimidade, o Supremo definiu um recorte temporal na denúncia para aceitá-la parcialmente. Para o relator Teori Zavascki, até o ano de 2011, os indícios apresentados pelo MPF para aceite da denúncia são baseados apenas nas delações premiadas de Julio Camargo e Fernando Baiano, sem provas que corroborem com as suspeitas. Dali em diante, Cunha será julgado.

Em paralelo, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar aceitou na madrugada de ontem (2) o relatório pedindo abertura do processo de cassação de Cunha por quebra de decoro parlamentar. O presidente da Câmara teria omitido quatro contas no exterior, que foram posteriormente descobertas pelo Ministério Público Federal.

Apesar de se tratar do momento de maior constrangimento para a carreira parlamentar e do clamor popular por sua saída, Cunha já declarou a jornalistas que não pretende renunciar à presidência da Casa, muito menos ao mandato.

Enquanto as denúncias vão se aprofundando, fica a dúvida: com tantos processos, Cunha cai ou não?

Dilma não discutiu sobre STJ com Delcídio, diz Cardozo

O ministro da Justiça José Eduardo Cardozo durante primeira reunião ministerial em janeiro de 2015

 O ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que a presidente Dilma Rousseff nunca se reuniu com o senador Delcídio Amaral para tratar da indicação do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Marcelo Navarro.

"Dilma garantiu que nunca se reuniu com Delcídio para discutir indicação do STJ e que, se fosse discutir, me chamaria, Luís Inácio Adams ou a Casa Civil. Sempre estive presente nas reuniões da presidente para tratar da Justiça", disse Cardozo sobre conversa que teve com a presidente na manhã desta quinta-feira, 03.

De acordo com o ministro, ele e a presidente receberam com indignação a reportagem da revista IstoÉ sobre a delação de Delcídio.

Cardozo aproveitou para falar que desconhece um suposto encontro com Navarro na antessala do Palácio do Planalto, como também diz a reportagem. "Eu nem sei que sala é essa", disse.

O ministro, que foi questionado se deveria responder às acusações já que nega o seu envolvimento e o da presidente, afirmou que era preciso responder, mas que, pela própria revista que revelou o teor da delação, ela ainda não existe porque não foi homologada.

"Delcídio não tem credibilidade se fez delação e escondeu para manter o mandato", destacou.

O novo advogado-geral da União criticou veementemente o senador, a quem chegou a chamar de amigo em outras épocas. "Parece que ele (Delcídio) quer dividir o ônus do que fez", disse.

Por diversas vezes, Cardozo disse que Delcídio não tem credibilidade. "Se alguém quer dar credibilidade a isso, que dê", afirmou.

Para ele, as partes da delação que envolvem a presidente Dilma, Pasadena e ele "não sobrevivem", e Dilma concordou que ele desmentisse o que aconteceu por meio de uma coletiva de imprensa.

Sobre vazamentos de informações, o ministro afirmou que todo tipo de vazamento é crime, seja o vazamento seletivo ou não. O ministro também afirmou que sabia das críticas que recebia de Delcídio por ele não interferir na operação Lava Jato.

Lula

Cardozo afirmou ainda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ligou para ele diversas vezes quando ele estava à frente da pasta, mas nunca o pressionou para deixar o cargo ou fez crítica direta pela atuação.

Apesar de, nos bastidores, circular a informação de que Lula tem mágoas de Cardozo por divergências internas no PT, o novo chefe da AGU afirmou que sempre teve uma relação "muito cortês e muito afável". "Tenho o ex-presidente Lula como um grande líder", afirmou.

O ex-ministro voltou a afirmar que deixou o cargo em razão de uma fadiga de material e por ter recebido críticas e pressões tanto de setores oposicionistas como governistas.

"Eu era quase uma unanimidade nacional", brincou. De acordo com ele, toda essa situação tornou necessária a renovação do comando do Ministério da Justiça.

Delação de Delcídio não acelera expulsão, diz Falcão

O presidente do PT, Rui Falcão

  O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou nesta quinta-feira, 3, que as notícias do suposto acordo de delação do senador Delcídio Amaral, ex-líder do governo no Senado, não têm impacto sobre o processo de análise de possível expulsão do parlamentar do partido.

Segundo o dirigente, a comissão - de três integrantes ainda a serem apontados pela legenda para analisar o caso - o fará com base em fatos e não em clima político.

"Não acelera nem desacelera. Eles vão examinar os fatos e não o clima", afirmou Falcão. Segundo o presidente do PT, não há um prazo fixado, mas ele espera que a questão da expulsão de Delcídio seja resolvida daqui a dois ou três meses.

Rui Falcão não quis se pronunciar sobre o processo de cassação de Delcídio na Comissão de Ética do Senado. O presidente do PT afirmou apenas que o processo deve ser encaminhado "normalmente" na Casa.

Depois de se reunir com o ex-presidente Lula na capital paulista, Rui Falcão destacou a jornalistas que Delcídio está suspenso e que, portanto, não é neste momento considerado um filiado do Partido dos Trabalhadores.

O dirigente petista também questionou a credibilidade de Delcídio ao lembrar que ele foi preso preventivamente pela Lava Jato depois de ser gravado negociando uma fuga para o exterior do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró - também preso na Lava Jato.

Na conversa gravada, Delcídio dava a entender que poderia influenciar ministros do Supremo, como Teori Zavascki, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Edson Fachin.

"Se é verdade que ele fez as declarações que estão mencionando por aí, não merece nenhuma credibilidade, porque nunca o presidente Lula fez qualquer tipo de tratativa como aquelas que são mencionadas e tampouco a presidente da República interferiu em nomeações", declarou Falcão.

O dirigente evitou falar sobre o teor de sua conversa com Lula nesta tarde. Na reunião, que ocorreu no instituto do ex-presidente, Falcão disse não ter tratado do tema Delcídio, mas apenas falado sobre questões do PT.

O presidente do partido disse que ele e Lula falaram sobre as repercussões da festa de aniversário do PT na semana passada, no Rio, e sobre o projeto do partido de fazer uma conferência para discutir os rumos da economia - a proposta de realizar o encontro foi aprovada na reunião do diretório nacional do PT realizada também na semana passada na capital fluminense.

A revista IstoÉ divulgou nesta quinta-feira os detalhes da delação de Delcídio, que teria 400 páginas.

O senador citou vários nomes, entre eles os da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e detalhou os bastidores da compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras, entre outros assuntos.

Segundo Delcídio, teria partido de Lula a ordem para que o senador tentasse convencer o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, preso na Lava Jato, a não implicar o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente, em uma eventual delação premiada.

A delação de Delcídio também traria informações de que a presidente Dilma Rousseff teria tentado intervir ao menos três vezes na condução da operação Lava Jato.

Uma das investidas da presidente Dilma, segundo o suposto conteúdo da delação de Delcídio, passaria pela nomeação do desembargador Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

"Tal nomeação seria relevante para o governo", pois o nomeado cuidaria dos "habeas corpus e recursos da Lava Jato no STJ", informou a IstoÉ.

As revelações do ex-líder do governo fazem parte de um documento preliminar da colaboração, que aguarda homologação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Dilma recebeu com indignação delação de Delcídio, diz Wagner

Ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, durante evento no Palácio do Planalto, Brasília. 03/12/2015

 O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, disse hoje (3) que a presidente Dilma Rousseff está preocupada e recebeu com indignação a notícia de que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) teria firmado um acordo de delação premiada em que teria declarado que a presidente e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras.

A notícia foi publicada em reportagem da revista Isto É.

“Ela [presidente Dilma] está preocupada, porque eu acho que é uma coisa totalmente fora de qualquer padrão, uma delação que eu não sei se foi, pelo que sei não foi homologada, que envolve ministros e principalmente a figura da presidente da República”, disse Jaques Wagner a jornalistas, após evento no Palácio do Planalto.

Segundo o ministro, Dilma recebeu a notícia "com a mesma indignação" que ele "ou talvez mais", já que "envolve diretamente o nome dela".

Para Jaques Wagner, se o senador fechou acordo, as declarações deveriam ser mantidas em sigilo. Cabe à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal investigar se houve vazamento, o que considerou "gravíssimo" e "intolerável".

"Se ela [delação premiada] deveria estar protegida por sigilo, estou entendendo que a delação perdeu o seu valor de fato, do ponto de vista do processo judicial, e virou o que tem virado muitas vezes: a execração pública para depois alguém provar que algo está diferente", disse o ministro.

Segundo ele, é "intolerável" num Estado democrático de Direito haver o linchamento público de uma pessoa para depois se dizer se realmente foi válido.

"Quem fez o vazamento? Alguém vai apurar? Ou fica pelas calendas isso? Isso é um crime gravíssimo, porque está sob sigilo de Justiça, deveria ir às mãos do ministro Teori [Zavascki, relator dos inquéritos da Lava Jato no STF], que é quem preside esse feito, e de repente sai. É mérito talvez da revista, do órgão de imprensa que conseguiu", afirmou.

Jaques Wagner citou o caso da escola Base, ocorrido na década de 1990, quando diversas reportagens relataram casos de abuso sexual por parte dos donos da instituição. O caso foi arquivado por falta de provas.

"Depois que você execra, quem paga o prejuízo da execração? Isso não constrói democracia. Este ambiente que estamos vivendo destrói democracia e crença nas instituições. Estamos indo para o tudo ou nada, para o vale-tudo. Qualquer um faz o que quer para atingir o seu objetivo. Eu acho, como democrata, gravíssimo isso aí", disse.

“Muita poeira”

Para Wagner, o suposto relato de Delcídio "não tem consistência" e há "muita poeira". 

"Alguém viu alguma prova ali? Não, eu só vi suposição onde ele próprio é o delator, ele é a testemunha, ele é tudo. Acho que não tem nenhuma consistência ali não. Tem muita poeira e pouca materialidade, mas eu não vou entrar nessa discussão", disse o ministro.

Segundo a revista Isto É, Delcídio do Amaral teria firmado um acordo de delação premiada com a equipe que investiga a Operação Lava Jato e nos depoimentos teria dito que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras.

Dólar despenca 2,2% e vai a R$3,80, menor patamar em 3 meses

Notas de dólar

 O dólar fechou em queda de mais de 2 por cento e voltou à casa dos 3,80 reais nesta quinta-feira, menor patamar em quase três meses, reagindo à notícia de suposta delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) na operação Lava Jato envolvendo a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O dólar recuou 2,20 por cento, a 3,8022 reais na venda, após atingir 3,7767 reais na mínima da sessão.

Trata-se do menor nível de fechamento desde 10 de dezembro, quando a moeda norte-americana ficou em 3,8005 reais. Nas últimas três sessões, a divisa acumulou queda de 5,03 por cento.

"Está crescendo no mercado a aposta de que Dilma não vai terminar seu mandato", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

Ele ressaltou, porém, que o quadro é bastante incerto e eventual impeachment pode dificultar o reequilíbrio da economia.

Reportagem da revista IstoÉ diz que o senador Delcídio, ex-líder do governo no Senado, teria feito acordo de delação premiada citando Dilma e Lula, o que poderia aumentar as chances de afastamento da presidente.

Em comunicado, Delcídio disse não confirmar a reportagem e não conhecer a origem ou a autenticidade de documentos apresentados pela revista.

"Se a Lava Jato chegar no Lula, é praticamente certo que o PT não volta ao governo nem em 2018 e isso significa que aumenta a chance de mudança no governo", disse o operador de um banco internacional.

Outro foco importante foi a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de acatar por unanimidade denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que passa a ser réu em processo ligado à operação Lava Jato.

Operadores ressaltam que o acirramento das tensões com Cunha pode levá-lo a reagir com ataques ao governo. Por outro lado, eventual cassação do mandato do deputado pode arrefecer as tensões entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional.

Alguns analistas ponderaram que as turbulências políticas podem prejudicar ainda mais a situação brasileira e os movimentos do mercado podem estar sendo exagerados.

"(A notícia sobre Delcídio) prejudica ainda mais a atual governabilidade e pode adiar os ajustes fiscais necessários", escreveram analistas do banco JPMorgan em nota a clientes.

A queda do dólar nesta sessão veio também da percepção de que o Banco Central não deve cortar os juros tão cedo, após o Comitê de Política Monetária (Copom) manter a Selic em 14,25 por cento em decisão dividida na noite passada.

A manutenção de juros elevados sustentaria a atratividade de ativos brasileiros, possivelmente atraindo capitais para o país.

Segundo pesquisa da Reuters, a alta recente do dólar frente ao real parece estar perdendo força em meio às promessas de mais estímulo monetário pelos bancos centrais e sinais de estabilização nos mercados de commodities. Analistas esperam que o dólar seja cotado a 4,015 reais em um mês, 4,16 reais em seis meses e 4,25 reais em 12 meses.

Nesta manhã, o BC promoveu mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em abril, vendendo a oferta total de 9,6 mil contratos. Ao todo, a autoridade monetária já rolou 1,402 bilhão de dólares, ou cerca de 14 por cento do lote total, que equivale a 10,092 bilhões de dólares.

Juros absorvem Copom e recuam com delação de Delcídio

Bolsa de Valores

 Durou pouco a repercussão da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) no mercado futuro de juros. As taxas, que chegaram ser ajustadas para cima na manhã desta quinta-feira, 3, acabaram o dia em queda, influenciadas pelo noticiário político.

Um acordo preliminar de delação premiada feito pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS) gerou forte especulação otimista nos mercados em geral. Com isso, todo o restante do noticiário ficou em segundo plano.

Ao grupo de trabalho da Procuradoria-Geral da República na Operação Lava Jato, Delcídio Amaral citou vários nomes, entre eles o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O senador também detalhou os bastidores da compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras, entre outros assuntos.

As primeiras revelações do ex-líder do governo no Senado fazem parte de um documento preliminar da colaboração. Nessa fase, o delator indica temas e nomes que pretende citar em seus futuros depoimentos após a homologação do acordo.

Delcídio foi preso em 25 de novembro, acusado de tentar atrapalhar as investigações da Lava Jato e solto em 19 de fevereiro. Desde que saiu da prisão, ele negava ter feito delação premiada.

O impacto da notícia foi forte em todos os mercados e ganhou força à tarde, quando ficou mais nítida a presença de investidores estrangeiros nos mercados de ações e renda fixa.

Com isso, a Bovespa subiu acima dos 4%, o dólar caiu além dos 2% e as taxas de juros fecharam, acompanhando a tendência do dólar e o ingresso de recursos externos na venda de taxas.

A reação positiva dos mercados se explica pela tese de que as informações de Delcídio podem complicar mais a situação da presidente Dilma Rousseff, aumentando as chances de seu afastamento do governo.

Para uma parcela importante do mercado, a saída de Dilma seria a chance de solução dos impasses políticos que vêm impedindo o avanço das medidas de ajuste fiscal no País.

O ex-ministro da Justiça e atual advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, fez uma grave crítica à delação premiada de Delcídio Amaral.

Cardozo acusou o senador de ter mentido na suposta delação e ter construído sua tese de delação por "vingança para sair da prisão". "Tivemos, no conjunto em que eu e a presidente somos citados, um conjunto de mentiras", disse.

Ao final dos negócios no horário regular da BM&F, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2017 tinha taxa de 14,04%, ante 14,06% do ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2018 terminou em 14,26%, de 14,33%. Na ponta mais longa da curva, o vencimento de janeiro de 2021 ficou com taxa de 15,07%, ante 15,30% do ajuste de quarta-feira.

No início do dia, no entanto, ainda houve espaço para uma discreta correção das taxas para cima.

A alta já era esperada pelos economistas logo após o Copom ter decidido pela manutenção da taxa Selic em 14,25% ao ano, em um placar de 6 votos pela manutenção e 2 por um aumento de 0,50 ponto porcentual.

O manutenção do dissenso entre os membros do comitê afastou a possibilidade de cortes de juros no curto prazo, segundo os analistas, o que justificou o ajuste pontual nas taxas.

Outra notícia com repercussão limitada foi o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015.

Os dados mostraram que a economia brasileira teve queda de 3,8% em 2015 ante 2014.

O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções, que esperavam uma queda entre 3,70% a 4,00%, que resultou em mediana negativa de 3,90%.

Kirin aposta em bebidas não alcóolicas e lança energético

O energético K, da Brasil Kirin

 A Brasil Kirin, fabricante das cervejas Schin, Baden Baden e Eisenbahn e também dos refrigerantes Itubaína e Viva Schin, acaba de entrar em um novo mercado.

Ela já começou a distribuir o energético K, que deve estar presente inicialmente em pontos de vendas de São Paulo, Bahia e Sergipe dentro de um mês.

A bebida ganhou duas versões de embalagem: em garrafas PET de meio litro e 2 litros. O foco, segundo a Kirin, é o consumo compartilhado.

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A categoria de energéticos era estudada pela companhia desde 2013. Ela não revela quanto investiu para desenvolver o novo produto.

O lançamento é parte das apostas da Kirin em bebidas não alcóolicas. Em janeiro, elas corresponderam a 39% do total do volume vendido pela fabricante.

A empresa não abre o quanto isso representa do seu faturamento por considerar a informação "estratégica".

"Mas podemos afirmar que é uma fatia considerável", diz Bruno Piccirello, gerente de marketing de bebidas não alcóolicas da Brasil Kirin.

O K está sendo feito na planta de Itu (SP). Por enquanto, não houve expansão da linha de produção nem da força de trabalho local para produzi-lo.

A promoção do produto ocorrerá principalmente por meio de ações em pontos de venda e meios digitais.

Até então, a companhia só estava presente nos segmentos não alcóolicos de água, sucos, refrigerantes e bebidas mistas.

Sem álcool

Neste ano, a Brasil Kirin vai colocar 64% mais dinheiro na categoria de bebidas não alcoólicas. Os valores não são divulgados.

No ano passado, o refrigerante Viva Schin foi um dos que recebeu atenção especial.

Ele ganhou nome e embalagens novas e ações de marketing protagonizadas pela apresentadora Xuxa, o que ajudou suas vendas a crescer 5,1% no último trimestre do ano passado, em comparação com o mesmo período de 2014, segundo a fabricante.

A marca Itubaína também teve destaque. Sua identidade visual foi unificada e as receitas cresceram 23,7% de setembro a dezembro de 2015 ante os mesmos meses do ano anterior, ainda de acordo com a empresa.

Crescimento

O mercado de bebidas sem álcool cresce em ritmo mais acelerado do que das alcóolicas no Brasil, conforme dados da Euromonitor.

De 2010 a 2014 (os números de 2015 ainda não foram fechados), enquanto as vendas do primeiro cresceram 63,3% no país, as do segundo avançaram um pouco menos: 62,8%.

O segmento de energéticos, isolado, teve uma expansão de 180% no período.

Brasil pode voltar a crescer no 4º tri do ano, diz Fazenda

Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, falando com a imprensa

 A economia brasileira pode se estabilizar no terceiro trimestre deste ano e voltar a crescer no quarto trimestre, uma vez que diversos fatores que pressionaram a atividade no ano passado não devem se repetir na mesma intensidade agora, informou o Ministério da Fazenda nesta quinta-feira por meio de comunicado.

Pela manhã, foi divulgado que o Produto Interno Bruto (PIB) do país encolheu 3,8 por cento em 2015 e, segundo a Fazenda, afetado por uma série de acontecimentos, como a queda nos preços das commodities, a crise hídrica e o "ajuste macroeconômico necessário".

Mendes vota pela rejeição de denúncia contra aliada de Cunha

Ministro Gilmar Mendes em plenário do STF

 O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu o segundo voto a favor da rejeição da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a ex-deputada federal e atual prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Almeida, pelo crime de corrupção.

Acompanhando maioria já formada, Mendes também votou a favor da denúncia contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de quem Solange é aliada.

Seguindo divergência aberta pelo ministro Dias Toffoli, Gilmar Mendes disse que, no inquérito, não há provas suficientes de que a ex-deputada tinha conhecimento dos propósitos de Eduardo Cunha de retaliar a empresa Mitsui e o empresário Júlio Camargo para que eles voltassem a pagar propina por um contrato de navios-sonda da Petrobras, que foi suspenso pro questões jurídicas.

Mendes também disse que a Operação Lava Jato é um "filhote maior do mensalão".

"O que parece demonstrado é esse parlamentar em posição de destaque [Cunha] apresentou à colega de bancada, Solange, um requerimento que parecia perfeitamente adequado às circunstâncias, um pedido de apuração, e solicitou que ela o apresentasse em comissão na qual tomava parte. Se, de fato, estava comprometido com a corrupção, o deputado Cunha não teria razão para informar a deputada do ilícito ou de dividir com ela os lucros.", argumentou Mendes.

Segundo a denúncia, Solange Almeida, em 2011, quando era deputada federal, atuou em favor de Cunha e apresentou requerimentos à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara para pressionar o empresário e delator da Operação Lava Jato Júlio Camargo, representante da Mitsui, que parou de pagar as parcelas da propina em um contrato de navios-sonda da Petrobras, que foi suspenso por entraves jurídicos.

Até momento, o placar do julgamento, iniciado ontem (2), está em 8 votos a favor do recebimento de denúncia contra Eduardo Cunha, que também foi deunciado por corrupção e lavagem de dinheiro, e dois votos pela rejeição das acusações contra Solange Amaral.

Delação de Delcídio envolveu Dilma em mentiras, diz Cardozo

“O ministro da Justiça não tem esse poder. É crime”, explicou José Eduardo Cardozo na CPI da Petrobras

 O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, disse nesta quinta-feira que, o que chamou de "suposta" delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), envolveu a presidente Dilma Rousseff em um "conjunto de mentiras".

Em entrevista coletiva, Cardozo, que ocupava o Ministério da Justiça, afirmou ainda não saber se há uma delação de Delcídio, mas disse que, se confirmada, é uma clara retaliação.

Delcídio, que chegou a ser preso acusado de tentar obstruir as investigações da Lava Jato, fechou, segundo a revista Isto É, um acordo de delação premiada em que faz acusações a Dilma e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ibovespa salta 4% com cenário político sob holofotes

Homem conversa ao celular e observa tela eletrônica na bolsa de valores BMeFBovespa, em São Paulo

 O principal índice da Bovespa saltava 4 por cento na tarde desta quinta-feira, renovando máxima intradia em três meses e chegando a superar os 47 mil pontos, com a cena política dominando a atenção dos investidores.

Às 16:05, o Ibovespa subia F1 por cento 4 por cento, a 46.684 pontos. Na máxima, chegou aos 47.059 pontos, máxima intradia desde 3 de dezembro de 2015.

O volume financeiro do pregão era de 8,45 bilhões de reais.

Operadores citaram que o movimento reflete em grande parte desmonte e cobertura de posições vendidas, principalmente em papéis com participação estatal, como Petrobras e Banco do Brasil.

O principal foco era reportagem da revista IstoÉ dizendo que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado, teria feito acordo de delação premiada como parte da operação Lava Jato citando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff.

"Se isso for verdade, a já desgastada governabilidade do atual morre de vez", disse o chefe da mesa de renda variável da corretora de um banco em São Paulo.

No mercado financeiro, notícias potencialmente desfavoráveis para o governo tendem a repercutir positivamente, uma vez que favorecem apostas de mudança no cenário político e econômico.

Há também expectativa entre agentes financeiros de que a sexta-feira traga nova fase da operação Lava Jato, com risco de afetar nomes ainda mais relevantes na política nacional.

Esse noticiário se sobrepunha ao anúncio que o PIB do quarto trimestre, que mostrou contração de 3,8 por cento da economia brasileira em 2015, no pior resultado desde 1990.

Ainda no radar estava rebalanceamento do índice FTSE All World com a exclusão de nove ações de sete companhias brasileiras, enquanto uma foi adicionada na composição que entra em vigor após o fechamento do dia 18.

Destaques

Petrobras tinhas as preferenciais saltando 15 por cento e as ordinárias disparando 12,6 por cento, contagiadas pelas expectativas relacionadas ao cenário político, mesmo com a fraqueza nos preços do petróleo mostrando fraqueza.

Banco do Brasil acompanhava o tom, com salto de 13 por cento. O Credit Suisse cortou o preço-alvo da ação de 19 para 12,50 reais e manteve recomendação "underperform", enquanto o Goldman Sachs elevou o preço-alvo de 14,6 para 15 reais, com recomendação "neutra".

Itaú Unibanco e Bradesco subiam 6,2 e 6,5 por cento, respectivamente, tendo ainda no radar aprovação na Câmara dos Deputados de medida provisória que aumenta para 18 por cento a alíquota de Imposto de Renda sobre o juro sobre capital próprio, conforme esperado. Santander Brasil avançava 5,7 por cento.

Vale era contagiada pelo viés otimista, com as preferenciais de classe A subindo 7,7 por cento, tendo como pano de fundo a alta recente dos preços do minério de ferro na China.

Agentes financeiros também avaliavam os termos do acordo da Samarco sobre o desastre em Minas Gerais, considerados por analistas favoráveis às empresas.

Embraer desabava 14 por cento, após reportar resultado trimestral considerado fraco por analistas, assim como estimativas para 2016, que desapontaram.

O Itaú BBA cortou a recomendação do papel para "market perform" e citou entres seus argumentos a incapacidade da empresa de traduzir um real mais fraco em margens operacionais mais altas.

CETIP perdia 0,8 por cento e BM&FBOVESPA avançava 6,7 por cento, após a primeira autorizar assessores a iniciar discussões sobre a oferta de união com a BM&FBovespa, após seu Conselho de Administração não aceitar a oferta com os termos atualmente propostos.

Energias do Brasil ganhava 3,1 por cento, em meio à alta anual de 20,7 por cento no lucro do quarto trimestre e crescimento de 3,3 por cento do Ebitda ante o último trimestre de 2014.

Para ver as maiores altas do Ibovespa, clique em Para ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em (Por Paula Arend Laier; edição de Aluísio Alves)

Mendes vota com maioria para aceitar denúncia contra Cunha

Ministro Gilmar Mendes durante sessão plenária do Supremo Tribunal Federal (STF)

 O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também votou pelo recebimento da denúncia contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sob acusação de receber propina do esquema de corrupção na Petrobras.

Assim como outros sete ministros que já proferiram seus votos, Mendes acredita haver indícios para levar Cunha à condição de réu em ação ligada à Lava Jato.

O ministro não acredita, no entanto, que há elementos para aceitar a denúncia contra a ex-deputada Solange Almeida, que teria ajudado o deputado a pressionar pelo recebimento de propinas relacionadas à contratação de navios-sonda para a Petrobras.

“Eu também não tenho como divergir do voto do relator Teori Zavascki... em relação ao deputado Eduardo Cunha”, disse Mendes.

Ao cumprimentar elogiosamente o advogado de Cunha, Antonio Fernando de Souza, o ministro lembrou que o defensor foi o procurador-geral da República responsável pela denúncia do esquema de corrupção que ficou conhecido como mensalão.

Ao fazer o registro da “situação peculiar” do advogado, referiu-se ao “petrolão” como “filhote maior do mensalão”.

Na quarta-feira, o relator do caso, ministro Teori Zavascki, apontou indícios contra o presidente da Câmara de recebimento de valores ilícitos --ao menos 5 milhões de dólares relacionados a contratos para fornecimento de navios-sonda à Petrobras--, da utilização do mandato para pressionar pelos pagamentos e da prática de lavagem de dinheiro, argumentos que utilizou para aceitar parcialmente a denúncia.

A aceitação foi parcial porque Zavascki discorda da primeira parte da acusação oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

O relator considerou que “nada foi produzido, em termos probatórios” para comprovar conduta ilícita do deputado à época da celebração dos contratos de navios-sonda.

Votaram pelo recebimento parcial da denúncia, além de Zavascki, Cármen Lúcia, Marco Aurélio Mello, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Dias Toffoli e Gilmar Mendes.

Produção de petróleo em janeiro cai 7,1%, diz ANP

Exploração de petróleo

 A produção total de petróleo no país recuou 7,1% em janeiro ante o mês anterior, somando 2,353 milhões de barris por dia, de acordo com o levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP).

Segundo a agência reguladora, a redução deveu-se a paradas programadas em plataformas da Petrobras, principal produtora no país que paralisou duas unidades em janeiro, de acordo com relatório divulgado no início da semana.

A produção total de petróleo e gás, em janeiro, ficou em 2,959 milhões de barris de óleo equivalente - uma queda de 3,9% em relação ao mesmo mês de 2015.

A produção exclusiva do pré-sal somou 823 mil barris de petróleo e 32,8 milhões de metros cúbicos por dia de gás - um volume total de 1,029 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boe/d).

O volume representa uma queda de 5,6% em relação ao mês anterior. A agência reguladora não apontou causas específicas para a redução de produção nas águas ultraprofundas, mesmo com um poço produtor a mais (53) do que o registrado em dezembro.

O Campo de Lula, no pré-sal de Santos, foi o principal produtor de petróleo com 404 mil barris de óleo produzidos por dia - um volume 9% menor que o registrado em dezembro.

O campo também foi o principal produtor de gás, com 19,3 milhões de metros cúbicos por dia, e teve a plataforma com maior produção, Cidade de Mangaratiba.

A Bacia de Santos, onde estão concentrados os campos do pré-sal, representa 27% de toda a produção nacional de óleo.

Já a produção de gás natural somou 97,2 milhões de metros cúbicos por dia, uma queda de 3,1% em relação a dezembro.

Em comparação com janeiro de 2015, houve uma melhora na produção, com alta de 0,7% na produção.

Já a queima de gás caiu 19% na comparação com o mesmo mês do último ano, e 3,4% em relação a dezembro. O aproveitamento do gás chegou a 96,6%

George Clooney chama Donald Trump de "fascista xenófobo"

George Clooney ajusta a gravata durante a pré-estreia do filme Gravidade, no 70º Festival de Venice, em agosto de 2013

 Em entrevista publicada nesta quinta-feira pelo jornal britânico "The Guardian", o ator americano George Clooney tachou o candidato presidencial republicano Donald Trump de "fascista xenófobo".

"Vamos colocar as coisas em perspectiva. Você sabe, a verdade é que, em época de eleição, as coisas ficam loucas, e as vozes mais altas estão mais e mais extremas. Então você ouve uma ideia extremamente estúpida, como vamos proibir os muçulmanos do país", disse o ator.

Clooney, de 54 anos, disse estar apoiando a pré-candidata democrata Hillary Clinton.

"Sou fã da Hillary", disse ele, que em 2012 arrecadou cerca de US$ 12 milhões para a campanha de Barack Obama.

Ao ser perguntado sobre Trump, Clooney não titubeou: "Ele é um oportunista. Ele é um fascista; um fascista xenófobo".

"Encontrei Donald uma vez. Eu estava sentado em um lugar reservado e nós conversamos por um momento. Então ele foi (ao programa) de Larry King, e disse que eu era muito baixinho. E eu pensei: 'Fiquei sentado o tempo todo, Donald'", relatou o ator.

Sobre o oponente democrata de Hillary, Clooney disse admirar.

"Eu realmente amo Bernie Sanders, e estou muito feliz que ele esteja no debate. Ele está forçando a conversa para coisas que nunca foram faladas na política dos Estados Unidos, como disparidade entre os ricos e os pobres", afirmou.

Delcídio não confirma matéria de revista sobre delação

Senador Delcidio Amaral (PT-MS) - 25 de agosto de 2015

  O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) disse em nota divulgada nesta quinta-feira que "não confirma" o conteúdo da matéria da revista IstoÉ, que afirma que o ex-líder do governo no Senado fez um acordo de delação premiada na Lava Jato acusando a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Não conhecemos a origem, tão pouca reconhecemos a autenticidade dos documentos que vão acostados ao texto" diz a nota assinada pelo senador e por seu advogado, Antonio Augusto Figueiredo Basto, acrescentando que não foram contactados pela jornalista autora da reportagem para se manifestar sobre a fidedignidade dos fatos relatados.

Diretor da Vale espera que Samarco volte a operar até 2017

Prédio da Vale no centro do Rio de Janeiro. 20/08/2014

  O diretor de Relações com Investidores da Vale, Rogério Nogueira, disse que os sócios da Samarco - Vale e BHP Billiton - esperam que a empresa volte a operar no fim deste ano ou início do ano que vem. Mas não há garantia de que isso ocorra.

"Caso isso não aconteça, os acionistas vão cobrir os termos do acordo firmado ontem (quarta-feira, 2)", afirmou o executivo, referindo-se às medidas de recuperação acertadas com o governo. Como o Ministério Público Federal não assinou o acordo, é possível que a Samarco e suas acionistas sejam acionadas na Justiça, acrescentou Nogueira.

Em seminário na Apimec Rio, o diretor da Vale disse ainda que, apesar da assinatura do acordo, a mineradora "não está tranquila" com os efeitos do acidente sobre a sua reputação.

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"Não estamos tranquilos. Muito pelo contrário. Se essa imagem foi passada, está errada. A gente sabe que a reputação (da Vale) não vai ser reconstruída em um ou dois anos", afirmou.

Turquia deverá conter imigrantes, diz Conselho Europeu

Refugiados sírios cruzam a fronteira com a Turquia próxima da cidade de Azaz, na Síria

 Autoridades turcas precisam adotar medidas adicionais para conter o alto número de refugiados, em sua maioria sírios, que se movimentam rumo ao oeste, afirmou nesta quinta-feira o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

A autoridade sugeriu que a Grécia deve enviar imigrantes de volta para a Turquia, como parte da ofensiva contra traficantes de pessoas.

"A União Europeia aprecia nossa cooperação boa e crescente com a Turquia para impedir a imigração irregular, nós saldamos a ampliação dos esforços", disse Tusk em entrevista coletiva conjunta, após uma reunião com o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, em Ancara.

As duas partes concordaram que o fluxo de refugiados para a União Europeia "ainda permanece muito alto", disse Tusk.

A autoridade europeia e Davutoglu se reuniram antes da cúpula do dia 7 entre a UE e a Turquia, quando será discutido o esforço conjunto para controlar a maior crise de refugiados desde o fim da Segunda Guerra.

A Turquia e a UE concordaram com um plano de ação no encontro de 29 de novembro em Bruxelas, mas apesar do inverno rigoroso dezenas de milhares de imigrantes ilegais seguiram nos últimos meses por rotas perigosas do Mar Egeu, partindo da Turquia para a Grécia.

O contínuo fluxo de refugiados gerou uma nova crise humanitária na fronteira entre a Grécia e a Macedônia, após os países dos Bálcãs fecharem parcialmente suas fronteiras.

Segundo o premiê da Turquia, não é correto que todas as fronteiras sejam fechadas, já que essa questão não diz respeito apenas à Turquia e à Grécia. Davutoglu disse ainda que deve haver uma cooperação com a UE, para conter a crise.

Negociações sobre resgate da Grécia progridem bem, diz FMI

Grécia

 As negociações a respeito da nova fase do plano de resgate financeiro da Grécia tiveram um "bom progresso" na reunião de quarta-feira, afirmou hoje o porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gerry Rice.

Segundo ele, a instituição tenta negociar um compromisso entre Atenas e seus credores europeus para que o governo grego faça reformas no sistema de aposentadoria em troca de um perdão substancial da dívida.

"Um bom progresso vem sendo feito nas discussões, e esperamos que elas se concluam mais cedo do que o esperado", disse.

Preocupado com a possibilidade de que um não cumprimento dos objetivos estabelecidos na última rodada possa prolongar ainda mais a crise grega, o FMI reiterou que não dará seu aval a nenhum programa que fuja das metas fiscais e de endividamento acordadas.

"O programa precisa somar", disse Rice.

Trégua na Síria é respeitada", afirmam Hollande e Cameron

Cameron e Hollande querem mudança na Europa para reagir a movimento antieuropeu

David Cameron e François Hollande: os líderes da França e Reino Unido se reuniram para discutir problemas como a imigração, o terrorismo, a ascensão do EI na Líbia e o quadro na Síria  

Um cessar-fogo de duas semanas na Síria tem sido em grande medida respeitado, apesar de episódios ocasionais de confrontos, afirmaram nesta quinta-feira os líderes de França e Reino Unido.

O presidente francês, François Hollande, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, se reuniram hoje para discutir problemas de segurança comuns, como a imigração, o terrorismo na África Subsaariana, a ascensão do Estado Islâmico na Líbia e o quadro na Síria.

"As partes principais da trégua têm sido respeitadas", afirmou Cameron, referindo-se ao cessar-fogo na Síria.

Rebeldes e grupos de oposição têm dito que ataques aéreos continuam a ocorrer contra suas posições, apesar do cessar-fogo iniciado na sexta-feira.

Toffoli vota por aceitação de denúncia contra Cunha

O ministro do Supremo Tribunal Federal, José Antonio Dias Toffoli

 O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou hoje (3) para rejeitar denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a ex-deputada federal e atual prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Almeida, pelo crime de corrupção.

No entanto, Toffoli votou pelo recebimento da denúncia contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de quem Solange é aliada.

Até o momento, o placar da votação está em 7 votos a favor do recebimento da denúncia contra Cunha.

De acordo com o ministro, Solange não praticou desvio de finalidade ao apresentar requerimentos a uma comissão da Câmara dos Deputados a mando de Cunha.

Além disso, Toffoli entendeu que não há provas de que a ex-deputada participou da cobrança de US$ 5 milhões de propina feita por Eduardo Cunha, por meio de requerimentos, para que a empresa Mitsui voltasse a fazer os pagamentos.

"Quem já teve convivência com o Parlamento, e tive oportunidade de ser servidor da Câmara dos Deputados e acompanhar atividade parlamentar, [sabe que] às vezes, o deputado pedepara  subscrever um projeto de lei, subscreve esse requeriemento, porque não quer se expor neste caso. isso é da vida parlamentar", argumentou o ministro.

Segundo a denúncia, Solange Almeida, em 2011, quando era deputada federal, atuou em favor de Cunha e apresentou requerimentos à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara para pressionar o empresário e delator da Operação Lava Jato, Júlio Camargo, representante da Mitsui, que parou de pagar as parcelas da propina em um contrato de navios-sonda da Petrobras, cuja contratação foi paralisada por entraves jurídicos.

Em sustentação oral durante o julgamento, o advogado Cláudio Neto, responsável pela defesa de Solange Almeida, afirmou que, em nenhum momento, foi dito pelo Ministério Público Federal que a ex-deputada teria recebido qualquer vantagem indevida.

A defesa alegou que os crimes apontados ocorreram em 2006 e em 2007 e os requerimentos da deputada foram apresentados em 2011.

De acordo Cláudio Neto, as informações sobre um dos requerimentos só chegaram à Câmara dos Deputados depois que Solange não era mais deputada.

“Ela nunca teve acesso a essa informação. E o outro requerimento, o 115, até hoje não foi respondido”, disse o advogado.

Diretor-geral da PF evita responder se permanecerá no cargo

Leandro Daiello Coimbra, diretor da Polícia Federal 

Presente à cerimônia de transmissão de cargo do novo ministro da Justiça, Wellington César, o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra, evitou nesta quinta-feira, 03, responder diretamente se continuará no cargo.

"Não sei. Pergunte ao ministro", respondeu Daiello ao ser questionado pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. "Depois que o ministro fala, vira verdade", emendou, após a reportagem lembrar que o novo ministro afirmou em entrevista que o diretor deve permanecer no cargo.

Com a saída de José Eduardo Cardozo do Ministério da Justiça após pressão principalmente do PT, especula-se, nos bastidores, que o diretor-geral da PF também possa ser trocado, como forma de o governo tentar interferir na Operação Lava Jato.

O diretor-geral da PF evitou responder mais perguntas de jornalistas. Ao perceber a abordagem dos repórteres, a assessoria de Daiello informou que ele não falaria com a imprensa nesta quinta-feira.

Delação de Delcídio pode ser usada para avaliar impeachment

Presidenta Dilma Rousseff durante café da manhã com jornalistas-setoristas do Palácio do Planalto, dia 15/01/2016

 A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entidade mais influente da advocacia no país, informou nesta quinta-feira, 3, que vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) acesso à delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT-MS).

O petista fez acordo com a Procuradoria-Geral da República na Operação Lava Jato.

A revista IstoÉ divulgou os detalhes da delação de Delcídio que teria 400 páginas e trechos do depoimento.

O senador citou vários nomes, entre eles o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e detalhou os bastidores da compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras, entre outros assuntos.

As primeiras revelações do ex-líder do governo fazem parte de um documento preliminar da colaboração.

"A OAB irá requerer ao Supremo Tribunal Federal acesso a delação do senador Delcídio do Amaral, cujo teor, segundo a imprensa, indica influência direta da presidente da República na condução da operação Lava Jato, bem como supostos desvios na nomeação de ministros para os tribunais superiores com o intuito de influir no andamento da operação Lavo Jato", informou a assessoria do presidente da Ordem, Claudio Lamachia, em nota.

Na semana passada, a OAB solicitou ao juiz Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Lava Jato na 1ª instância, em Curitiba, acesso aos autos da operação 'para avaliar a possibilidade de um pedido de impeachment contra a presidente da República'.

As primeiras revelações do ex-líder do Governo fazem parte de um documento preliminar da colaboração. Nesta fase, o delator indica temas e nomes que pretende citar em seus futuros depoimentos após a homologação do acordo.

Delcídio foi preso no dia 25 de novembro do ano passado acusado de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e solto no dia 19 de fevereiro. Desde que saiu da prisão, Delcídio nega ter feito delação premiada.

MPF vê risco de marqueteiro do PT voltar a cometer delitos

João Santana, marqueterio das campanhas presidênciais, chega em São Paulo, dia 23/02/2016

 O Ministério Público Federal confirmou ao juiz Sérgio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato, a necessidade de conversão das prisões temporárias do marqueteiro do PT João Santana e de sua mulher, Mônica Moura, em prisões preventivas para "proteger a ordem pública e assegurar a instrução criminal".

"A partir do panorama probatório até agora existente, denota-se que o casal revela intenso e reiterado envolvimento com os crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e evasão divisas", informa a força-tarefa da Lava Jato.

Os dois estão presos desde terça-feira da semana passada, alvos da Operação Acarajé - 23ª fase das investigações. Os dois são suspeitos de receberem pelo menos US$ 7,5 milhões do esquema de corrupção na Petrobras, via Odebrecht e operador de propinas Zwi Skornicki.

 

"Além da extrema gravidade do recebimento de US$ 7,5 milhões em conta mantida no exterior em nome de offshore e não declarada às autoridades brasileiras, e de tais valores serem oriundos de corrupção e repassados com base em contratos fraudulentos (sem que houvesse efetiva relação comercial lícita que justificasse os repasses dos valores), as provas colhidas durante as buscas e apreensões - em especial as planilhas apreendidas na residência de Maria Lucia Tavares (funcionária da Odebrecht) - revelaram que João Santana e Mônica Moura (identificados na contabilidade paralela do grupo Odebrecht pelo codinome "Feira") foram também destinatários da entrega da expressiva quantia de R$ 21,5 milhões, repassados ao casal pela Odebrecht no período compreendido entre 30 de outubro de 2014 e 22 de maio de 2015", informam os procuradores.

Pós-Lava Jato

No pedido de manutenção da prisão cautelar do marqueteiro do PT, pesou para a Procuradoria o fato do suposto repasse de R$ 21,5 milhões ter ocorrido "quando a Operação Lava Jato já era de amplo conhecimento, quando já havia sido descortinado um gigantesco esquema de corrupção contra a Petrobras".

"É mais do que evidente que era de amplo conhecimento público (e obviamente do casal Mônica Moura e João Santana) o fato de que tais empreiteiras, inclusive a Odebrecht, estavam sendo beneficiadas por recursos oriundos de corrupção na Petrobras", informa o MPF.

Para os procuradores, a continuidade dos recebimentos, mesmo sabendo da possível origem ilícita dos recursos, "revela a gravidade concreta da conduta e denota elevado risco de reiteração delitiva".

"Se nem a ampla divulgação da Operação Lava Jato e a realização de medida ostensiva especificamente no Grupo Odebrecht foram suficientes para frear o envolvimento do casal com a lavagem de ativos, revela-se evidente o risco concreto de que, se colocados em liberdade, Mônica Moura e João Santana novamente incorram em novos delitos."

Riscos

O MPF manteve a sustentação feita pela Polícia Federal, que pela manhã pediu também a conversão das prisões temporárias do casal de marqueteiros do PT em preventivas. Nela, os delegados apontam a gravidade dos supostos crimes investigados e o risco de fuga e destruição de provas.

"Observa-se que o envolvimento ilícito do casal transpõe as fronteiras nacionais, atingindo diversos outros países. Causa verdadeiro espanto a naturalidade com que ambos tratam o recebimento no Brasil e no exterior de recursos não contabilizados", afirma o MPF.

Os procuradores destacaram a Moro ainda o risco de instrução criminal, caso o casal João Santana e Monica Moura sejam soltos. "Já foram revelados concretamente fatos que indicam o intuito de ambos em destruir as provas que possam ainda existir contra eles.

Como bem salientado pela autoridade policial, o fato de João Santana ter excluído sua conta no Dropbox exatamente no dia em que foi deflagrada a operação revela intuito de impedir que os órgãos de investigação tenham acesso ao conteúdo probatório que estava ali armazenado."

Avançam preparativos para intervenção contra o EI na Líbia

Militares protegem protesto da população da Líbia contra candidatos a governo propostos pela ONU, dia 23/10/2015

Uma intervenção militar internacional contra o grupo Estado Islâmico (EI) na Líbia começa a se concretizar, apesar de a formação de um governo de união nacional naquele país ainda ser esperada por todos.

O general Donald Buluc, comandante das forças especiais dos Estados Unidos na África, surpreendeu esta semana os militares e político europeus ao reconhecer ao Wall Street Journal que havia sido criado em Roma um "centro de coordenação" de intervenção da coalizão.

"Estamos esperando a formação de um governo na Líbia, não se trara de uma 'sala de guerra'", reagiu o italiano Domenico Rossi, vice-ministro da Defesa em sua conta no Twitter.

No entanto, os preparativos já começaram e a Itália, antiga potência colonial, prepara-se para coordenar as ações.

"Estamos coordenando a formação das forças de segurança e a estabilização da Líbia, que vão operar quando um governo for formado na Líbia", indicou a ministra italiana da Defesa, Roberta Pinotti, em uma audiência na semana passada perante o Parlamento.

A operação está em andamento "há várias semanas", reconheceu o ministro das Relações Exteriores, Paolo Gentiloni, durante uma visita a Nova York esta semana.

"O planejamento e coordenação já avançaram bastante", assegurou.

Informações sobre o assunto têm-se multiplicado em Paris, Londres e Roma, confirmando que membros das forças especiais francesas, americanas e britânicas já se encontram na Líbia.

De acordo com fontes da imprensa destes países, os soldados não estão envolvidos em operações militares com as forças lideradas pelo general Khalifa Hafter, leal ao governo de Tobruk, ou Fajr Libia, a coalizão de milícias islâmicas que se tornou o braço armado do governo que não é reconhecido internacionalmente e que está baseado em Trípoli.

Sua missão é estabelecer contato com as forças no terreno, avaliar a situação, criar uma rede de inteligência e, talvez, armas e meios de comunicação.

Além dos numerosos voos de reconhecimento realizados até o momento, o exército dos Estados Unidos realizou, pelo menos, dois ataques aéreos na Líbia, incluindo um em 19 de fevereiro contra um acampamento do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), perto de Sabratha, que causou 50 mortes e que provavelmente matou um dos líderes da organização.

México diz que não pagará por muro de fronteira de Trump

Luis Videgaray, do ministério das Finanças do México, em coletivo no Palácio Nacional, na cidade do México

 Não existe a menor possibilidade de o México financiar o plano "terrível" de Donald Trump de erguer um muro ao longo de sua fronteira com os Estados Unidos se o pré-candidato presidencial republicano favorito nas pesquisas vencer a eleição do dia 8 de novembro, disse o ministro mexicano das Finanças.

Trump, magnata do setor imobiliário de Nova York e ex-apresentador de reality shows, causou revolta no México quando prometeu obrigar a segunda maior economia da América Latina a pagar por um muro na divisa do sul dos EUA para conter o fluxo de imigrantes ilegais e de drogas.

Em uma entrevista à televisão no final de quarta-feira, o ministro Luis Videgaray rejeitou categoricamente a proposta.

"Sob nenhuma circunstância o México irá pagar pelo muro que o senhor Trump está propondo", afirmou. "Construir um muro entre México e Estados Unidos é uma ideia terrível. É uma ideia baseada na ignorância e não tem fundamento na realidade da integração da América do Norte".

Trump acusou o México de enviar estupradores e traficantes de drogas pela fronteira dos EUA e se comprometeu a aumentar os impostos de alguns vistos mexicanos e de todas as autorizações de cruzamento de fronteira como parte de um plano mais amplo para forçar o México a financiar a obra.

Os ex-presidentes mexicanos conservadores Felipe Calderón e Vicente Fox compararam Trump a Adolf Hitler, e os temores de uma presidência Trump vêm fazendo com que um número crescente de imigrantes tente ingressar nos Estados Unidos.

Oposição adia anúncio de forma de encurtar mandato de Maduro

O presidente venezuelano Nicolás Maduro

A coalizão opositora venezuelana Mesa da Unidade Democrática (MUD) adiou o anúncio previsto para esta quinta-feira sobre o mecanismo de lei que seria empregado para tirar o presidente Nicolás Maduro do poder, informou o dirigente Jesús "Chúo" Torrealba.

"Hoje não haverá anúncio por causa das circunstâncias relativas à sentença do Tribunal Supremo de Justiça" (TSJ), que reduziu as faculdades do Legislativo para controlar as atuações dos poderes públicos, afirmou à AFP Torrealba, que é secretário executivo da MUD.

Ele indicou ainda que o bloco opositor centrará sua atenção na sessão do Parlamento (que domina com dois terços as cadeiras), onde se debaterá a decisão da Sala Constitucional do TSJ, sobre a qual o já presidente do Legislativo, Henry Ramos Allup, disse que "não tem efeito de pressão ou efeito inibitório".

Torrealba explicou que provavelmente haverá uma reunião nesta quinta, mas não mencionou uma nova data para anunciar o mecanismo legal para antecipar a saída de Maduro (2013-2019), a quem acusa de aprofundar a já grave crise econômica que atinge a Venezuela.

Essas alternativas são um referendo revogatório, uma emenda constitucional para reduzir a quatro anos o mandato presidencial, uma Assembleia Constituinte, uma declaração de abandono do cargo por não cumprimento de funções e, inclusive, a renúncia de Maduro.

O secretário executivo da MUD deixou aberta a possibilidade de que se torne pública uma decisão do bloco opositor a respeito para esta sexta-feira ou durante o fim de semana.

Presidente da CBF se esquiva sobre convocação para CPI

Antonio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes, novo presidente da CBF

 Um dos alvos do senador Romário (PSB-RJ) na CPI do Futebol, o presidente da CBF, Coronel Nunes, se esquivou de perguntas sobre o trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito, nesta quinta-feira, durante entrevista coletiva em que o técnico Dunga convocou a seleção brasileira para jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo.

"Vamos tratar do assunto da nossa seleção? Deixo isso com nosso diretor de imprensa", respondeu o dirigente, desconversando, ao ser questionado sobre sua convocação para comparecer à CPI. Na quarta-feira, o senador Romário disse que poderia pedir ajuda da área criminal do Poder Judiciário para forçar a presença do Coronel Nunes na CPI.

Em nota emitida nesta mesma quarta, a CBF negou que seu presidente esteja evitando ir à CPI e afirmou que ele prestará depoimento no próximo dia 16. Nunes afirmou que não poderia se ausentar da CBF na quarta ou nesta quinta porque precisava acompanhar a convocação da seleção brasileira.

O presidente, contudo, só se manifestou durante a coletiva para responder ao questionamento sobre sua convocação à CPI.

Em um outro momento que a entrevista tratou de política, o coordenador de seleções Gilmar Rinaldi contou que o presidente da CBF não interferiu na convocação desta quinta-feira e que "nunca se sentiu desamparado" diante da recente troca de presidentes da CBF - Marco Polo Del Nero se afastou do cargo em dezembro.

Dunga convocou nesta quinta 23 jogadores para os jogos da seleção contra Uruguai e Paraguai, nos dias 25 e 29 deste mês.

O primeiro duelo será disputado na Arena Pernambuco, em Recife. Quatro dias depois, o Brasil enfrentará os paraguaios no Estádio Defensores Del Chaco, em Assunção.

App do Google paga compras automaticamente e sem senhas

App do Google Hands Free

 O Google iniciou testes com um novo app que permite que os usuários paguem suas compras em lojas físicas automaticamente e sem precisar de senhas. Não é necessário sequer tirar o smartphone do bolso para transferir o dinheiro. 

O Hands Free, que tem versões para smartphones com sistemas Android e iOS, é um complemento do Android Pay, a solução de pagamentos via celular do Google. A ideia é que as pessoas possam realizar pagamentos em uma loja ou restaurante informando que o aplicativo será utilizado.

O porém é que os estabelecimentos comerciais precisam ter um dispositivo com o Hands Free. O atendente deve perguntar as iniciais do seu nome e a sua foto cadastrada no Hands Free irá aparecer na tela. Ao comparar a imagem com você – e com base também em informações de Wi-Fi, serviços de localização e Bluetooth do seu smartphone –, ele realiza o débito do seu cartão bancário. 

Todas as imagens exibidas no terminal de pagamento das lojas são apagadas imediatamente, segundo o Google. 

A empresa informou que tem também planos de instalar câmeras com tecnologia de reconhecimento facial nos estabelecimentos com suporte ao pagamento por meio do app.  

Por enquanto, o Hands Free só pode ser usado na área da baía de São Francisco, nos Estados Unidos. O McDonald's e outros restaurantes locais aceitam esse método de pagamento pouco usual. 

Fora o Google, a MasterCard também faz experiências de pagamentos sem senhas, por exemplo, com o uso de selfies para a autenticação de compras em lojas físicas.

Aquecimento global ampliará área para Aedes, alerta OMS

Mosquito Aedes aegypti transmissor da dengue, vírus zika e febre chikungunya

  A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o aquecimento do planeta deve levar a uma ampliação das zonas do planeta com a presença do mosquito Aedes aegypti, responsável por ser o vetor de doenças como zika e dengue.

A análise foi apresentada nesta quinta-feira, 3, pela diretora-geral da entidade, Margaret Chan, em um debate na ONU.

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"Mais da metade da população mundial vive em áreas onde os mosquitos Aedes aegypti, o principal vetor de zika, dengue e chikungunya, estão presentes", disse.

"A elevação de temperaturas ameaça expandir esse espaço geográfico ainda mais." Nesta quinta-feira, 2, um grupo de pesquisadores brasileiros apresentou em Brasília o estudo Riscos de Mudanças Climáticas no Brasil e Limites à Adaptação, em que também abordam a situação do Aedes.

Para ela, em termos de saúde pública, as mudanças climáticas podem ser "a questão decisiva" no século 21. "Os humanos são, sem dúvida, a espécie mais ameaçada pelas mudanças climáticas", insistiu Margaret.

Segundo ela, a OMS estima que 7 milhões de mortes acontecem a cada ano por conta da poluição do ar. A elevação das temperaturas só deve incrementar esse problema. "2015 já foi o ano mais quente da história e, em 2016, devemos bater o recorde de novo", disse. "Surtos de cólera explodiram."

Para a diretor-geral, "mudanças climáticas deram para a dengue uma expansão de sua área geográfica". "E agora pode acontecer o mesmo com a malária.

Especialistas apontam que, até 2050, as mudanças climáticas podem causar 250 mil mortes adicionais por ano, além de malária, diarreia, ondas de calor e má nutrição", apontou.

Em seus debates internos, a OMS tem aproveitado a onda de surto de vírus zika pelos países latino-americanos para reforçar as pesquisas sobre o Aedes. Para os departamentos que se ocupam há anos da dengue dentro da OMS, porém, o reconhecimento do problema é "tardio".

A OMS tem sugerido que governos latino-americanos reforcem o controle sobre o mosquito, insistindo em planos detalhados e na necessidade de que as iniciativas sejam mantidas por um longo período.

Aerolíneas Argentinas cancela voos a Brasília

Jumbo da Aerolíneas Argentinas

A Aerolíneas Argentinas cancelará nos próximos dias os seis voos semanais entre Buenos Aires e Brasília e também alguns voos internos, confirmaram fontes da companhia à Agência Efe nesta quinta-feira.

A rota para Brasília, considerada pouco rentável pela nova gestão, será substituída por novas frequências para São Paulo e Rio de Janeiro.

Além disso, também serão cancelados os voos entre as cidades de Río Gallegos e Comodoro Rivadavia, nas províncias de Santa Cruz e Chubut, respectivamente.

A empresa estatal argentina rescindiu mês passado o acordo de cooperação que tinha com a companhia aérea privada argentina Sol, que pouco depois anunciou o fim de suas operações devido a "situação de inviabilidade econômica".

As decisões foram tomadas pela atual diretora-presidente da Aerolíneas Argentinas, Isela Costantini, que herdou uma companhia com um déficit multimilionário.

Apple pode apresentar novos iPhone e iPad em março

Logotipo da Apple na frente de loja da empresa na 5a Avenida, em Nova York

 A Apple deve apresentar novos modelos do iPhone e do iPad em março em um evento ainda sem data oficial confirmada.

Porém, de acordo com rumores dos sites Re/Code e BuzzFeed News, é provável que o primeiro evento da empresa neste ano aconteça no dia 21 de março - um dia antes da audiência em que o confronto entre a companhia do iPhone e o FBI vai ser julgado.

A empresa deve anunciar um smartphone com tela de 4 polegadas. Conhecido como iPhone 5SE, aparelho teria câmera traseira de 8 megapixels e outra frontal de 1,2 MP, suporte a chips NFC - para a utilização do serviço de pagamento Apple Pay -, processador A8 e melhorias de conexão.

Além do smartphone, é possível que a Apple apresente um novo modelo do iPad Pro, tablet de alta performance voltado para o mercado corporativo. Agora, o dispositivo deverá contar com uma tela menor - passando de 12,9 polegadas para 9,7 - e as mesmas especificações do modelo anterior: processador A9X de 64 bits, 4 GB de memória RAM.

A empresa deve apresentar também novos modelos de pulseiras para o relógio inteligente Apple Watch.

Anteriormente previsto para acontecer no dia 15 de março, o adiamento da apresentação da Apple ocorre durante a disputa judicial entre a empresa e o FBI, que solicitou o desenvolvimento software para desbloquear o iPhone que pertencia a Syed Farook, um dos atiradores envolvidos no atentado em San Bernardino.

A audiência do caso ocorrerá no dia 22 de março, um dia após a Apple apresentar seus novos produtos.

Lacta mostra que a magia da Páscoa está em casa

Campanha da Lacta para Páscoa: um coelho de verdade esconde ovos de Páscoa dentro de uma casa durante o silêncio da noite

 A Lacta acaba de lançar uma campanha com foco na Páscoa. Criada pela Wieden+Kennedy, o filme traz um novo posicionamento da marca, que não apresenta uma peça focada nos rituais da data há 25 anos.

"O desejo de Lacta é que as pessoas voltem a enxergar a data como mais uma oportunidade de celebração, período para reunir a família e os amigos e criar momentos especiais. E o filme representa tudo isso de uma maneira muito lúdica", afirma Gabriel Garcia, gerente de Marketing de Páscoa da Mondelēz Brasil.

Esse lançamento é marcado por um filme onde um coelho de verdade esconde ovos de Páscoa dentro de uma casa durante o silêncio da noite. Ele imprime suas patinhas pelo chão, levando o esconderijo dos ovos até o quarto de um menino que está dormindo.

É notório que o coelho tem muito carinho por esse garoto. Ao amanhecer, o garoto pula da cama e, seguindo as pistas, acha os ovos e se emociona quando finalmente encontra o verdadeiro coelho da Páscoa.

Outra grande novidade na campanha é a apresentação de um novo mascote, um coelho felpudo que passa a estampar embalagens, pontos de venda e ações por todo o país.

A estratégia de comunicação de Lacta aposta também na interatividade para ampliar o diálogo com os consumidores. Por meio de um aplicativo idealizado pela agência Hub Brasil, as pessoas poderão interagir com o coelho através de

realidade aumentada, criando experiências mágicas inclusive no ponto de venda. O app, que será disponibilizado na segunda quinzena de março, também poderá auxiliar na organização da caça aos ovos.

Outra ferramenta nas ativações da marca será o Waze. Quando o consumidor passar próximo a um PDV selecionado, aparecerá um banner com mensagens como "Já comprou seus Ovos de Páscoa? Então, dirija-se até a loja (e indicará a mais próxima do consumidor)".

Selic fica nos 14,25%; veja quanto R$ 5 mil rendem hoje

Homem segura cofrinho

 O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou na noite desta quarta-feira (02) que a taxa Selic será mantida nos 14,25% ao ano. Sem alterações nos juros básicos, a poupança continua perdendo de outras aplicações de renda fixa do mercado, que são beneficiadas pelo alto patamar da taxa básica.

A manutenção da taxa já era esperada por analistas de mercado, conforme apontou o último Boletim Focus, do Banco Central. De acordo com o relatório, o mercado espera que a taxa seja mantida nos 14,25% ao ano em 2016, sendo reduzida apenas em 2017.

Esta é a quinta vez seguida que o Copom anuncia a manutenção dos juros, que subiram pela última vez em julho dde 2015, quando a Selic foi elevada de 13,75% para os atuais 14,25% ao ano.

Entre as aplicações conservadoras que se aproveitam do alto patamar da taxa podem ser citados os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) com taxas pós-fixadas, os fundos DI e o Tesouro Selic (antiga LFT), título público negociado pelo Tesouro Direto que paga ao investidor a variação da taxa Selic. Os três investimentos têm seu rendimento atrelado à taxa Selic ou à taxa DI, que segue comportamento semelhante ao da taxa Selic.

Já o retorno da caderneta só fica atrelado à taxa Selic quando ela é menor ou igual a 8,5% ao ano. Pela regra atual, a caderneta rende 70% da taxa Selic mais a Taxa Referencial (TR) quando a taxa básica é inferior ou igual a 8,5% ao ano e quando a taxa é maior do que 8,5%, o rendimento da poupança é de 0,5% ao mês mais a TR.

Para mostrar como a poupança está desvantajosa em relação a outros investimentos que acompanham a taxa Selic, EXAME.com simulou quanto renderiam 5 mil reais na caderneta, nos CDBs pós-fixados, fundos DI e no Tesouro Selic. Veja na tabela abaixo os resultados:

Período Poupança* CDB 90% do CDI Fundo DI com taxa de 1% a.a. Tesouro Selic
6 meses R$ 5.201,30 R$ 5.247,27 R$ 5.255,47 R$ 5.269,17
12 meses R$ 5.410,70 R$ 5.525,75 R$ 5.546,37 R$ 5.573,85
18 meses R$ 5.628,53 R$ 5.813,25 R$ 5.850,11 R$ 5.890,05
24 meses R$ 5.855,13 R$ 6.152,41 R$ 6.211,73 R$ 6.227,53
30 meses R$ 6.090,85 R$ 6.486,37 R$ 6.572,11 R$ 6.587,72
(*) Para o cálculo da poupança, foi considerada uma Taxa Referencial (TR) de 0,16% ao mês, que foi a TR mensal verificada a partir da TR média dos últimos 12 meses (de 1,92%), de acordo com a Calculadora do Cidado Banco Central.
(**) Rendimentos válidos para investimentos em corretoras que não cobram taxas de administração para aplicações no Tesouro Direto.

Sobre os fundos DI

Os fundos DI eram obrigados a investir 95% da carteira em títulos públicos atrelados à Selic, de acordo com a antiga classificação da Anbima, entidade que regula o mercado de fundos. Com a nova classificação, criada pela Anbima em 2015, não existe mais uma classe de fundos DI, ainda que bancos continuem a usar essa nomenclatura.

Segundo a Anbima, com as mudanças os fundos DI se desmembraram em duas categorias principaise: os fundos de renda fixa duração média soberano e os fundos de renda fixa duração baixa grau de investimento. 

De todo modo, como os fundos que acompanham os juros continuam a ser chamados de fundos DI no mercado, o levantamento também manteve a nomenclatura. Ainda assim, é importante que o investidor consulte a estratégia do fundo DI para checar se, de fato, trata-se de um fundo que tem o objetivo de acompanhar a flutuação da taxa de juros.

Copom mantém juros em 14,25% pela quinta vez seguida

Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, durante apresentação da nova equipe econômica, em Brasília

 O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 14,25%.

A decisão veio de acordo com o esperado pela esmagadora maioria dos economistas e analistas do mercado financeiro, mas não foi por unanimidade.

Votaram pela manutenção Alexandre Tombini (Presidente), Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Luiz Edson Feltrim e Otávio Ribeiro Damaso.

Votaram pela elevação em meio ponto percentual para 14,75% os membros Sidnei Corrêa Marques e Tony Volpon.

É a quinta vez seguida que os juros são mantidos neste patamar, o mais alto desde agosto de 2006 (e na época, a trajetória era de queda).

Na última reunião, a expectativa de alta foi neutralizada após o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, divulgar uma nota comentando a piora nas projeções do Fundo Monetário Internacional para a economia brasileira.

A ata será divulgada na próxima quinta-feira, 10 de março, e a próxima reunião está marcada para os dias 27 e 28 de abril.

Cenário

A previsão do último Boletim Focus, divulgado na última segunda-feira, é que a Selic termine 2016 ainda em 14,25%, com queda para 12,5% até o final de 2017.

Nas estimativas do grupo dos analistas que mais acertam as projeções, a previsão para a Selic no fim deste ano é de 14%.

Em relação à inflação, o Focus trouxe nesta segunda-feira a primeira queda da previsão após 8 semanas consecutivas de alta.

A projeção atual é que o IPCA fecha 2016 em 7,57%, ainda acima do teto da meta.

Quando o Copom aumenta os juros, encarece o crédito e estimula a poupança, o que faz com que a demanda seja contida e faça menos pressão sobre a atividade e os preços. Cortar os juros causa o efeito contrário.

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