segunda-feira, 23 de maio de 2016

Descobertas de petróleo têm menor nível desde 1952

Petróleo
As descobertas de petróleo atingiram o menor patamar em seis décadas porque as empresas exploradoras reduziram bilhões de dólares em investimentos para sobreviver à maior crise do mercado em uma geração.
Cerca de 12,1 bilhões de barris em reservas de petróleo foram descobertos em 2015, marcando um quinto ano consecutivo de declínio e o menor volume desde 1952, disse a Rystad Energy, consultoria do setor com sede em Oslo, em nota enviada por e-mail.
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A exploração normalmente é a primeira vítima do colapso do preço do petróleo bruto.
Empresas como a BP e a Royal Dutch Shell reduziram seus orçamentos e equipes para focarem na manutenção dos campos existentes e dos pagamentos de dividendos aos acionistas. A ausência de novas descobertas poderia afetar a oferta a longo prazo, porque são necessários cinco a 10 anos para levar as novas descobertas à fase de produção, dependendo da localização, dos preços e da demanda.
“A curto prazo, não há escassez de petróleo”, escreveu Martijn Rats, analista do Morgan Stanley em Londres, em um relatório, em 20 de maio, que estimou o gasto com exploração em cerca de US$ 95 bilhões no ano passado, 45 por cento menos que em 2013. “Qualquer impacto dos recentes resultados ruins de exploração terá que se concretizar a longo prazo”.
O ritmo das descobertas de petróleo provavelmente continuará inalterado até 2018, disse a Rystad Energy.
Demanda reduzida
Contudo, as metas climáticas globais provavelmente limitarão o consumo de petróleo, o que significa que os recursos existentes poderiam ser suficientes para atender à demanda nas próximas duas décadas, segundo o Morgan Stanley. Citando o melhor cenário da Agência Internacional de Energia, o banco disse que a diferença entre a demanda e a oferta continuaria “pequena” e que “mais exploração será necessária, mas a um nível apenas modesto”.
Apenas se tudo continuar como estava em 2015 “se formará um déficit significativo entre demanda e produção dos recursos conhecidos”, disse a agência.
O preço do petróleo Brent, referência internacional, está em menos da metade do patamar de dois anos atrás. As empresas de exploração mantêm o foco na contenção de despesas e na extração de recursos dos ativos descobertos anteriormente, para os quais os riscos são mais baixos, e o ciclo de tempo do projeto, reduzido, disse Leta Smith, diretora da IHS Energy, em um relatório, nesta segunda-feira.
“O piso é completamente divergente para a exploração convencional e os resultados anunciam um déficit de oferta no futuro que será difícil superar”, disse Leta. “No ambiente atual de corte de custos, a perspectiva para os volumes de descoberta de 2016 provavelmente também não vai melhorar”.

Descobertas de petróleo têm menor nível desde 1952

Petróleo
As descobertas de petróleo atingiram o menor patamar em seis décadas porque as empresas exploradoras reduziram bilhões de dólares em investimentos para sobreviver à maior crise do mercado em uma geração.
Cerca de 12,1 bilhões de barris em reservas de petróleo foram descobertos em 2015, marcando um quinto ano consecutivo de declínio e o menor volume desde 1952, disse a Rystad Energy, consultoria do setor com sede em Oslo, em nota enviada por e-mail.
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A exploração normalmente é a primeira vítima do colapso do preço do petróleo bruto.
Empresas como a BP e a Royal Dutch Shell reduziram seus orçamentos e equipes para focarem na manutenção dos campos existentes e dos pagamentos de dividendos aos acionistas. A ausência de novas descobertas poderia afetar a oferta a longo prazo, porque são necessários cinco a 10 anos para levar as novas descobertas à fase de produção, dependendo da localização, dos preços e da demanda.
“A curto prazo, não há escassez de petróleo”, escreveu Martijn Rats, analista do Morgan Stanley em Londres, em um relatório, em 20 de maio, que estimou o gasto com exploração em cerca de US$ 95 bilhões no ano passado, 45 por cento menos que em 2013. “Qualquer impacto dos recentes resultados ruins de exploração terá que se concretizar a longo prazo”.
O ritmo das descobertas de petróleo provavelmente continuará inalterado até 2018, disse a Rystad Energy.
Demanda reduzida
Contudo, as metas climáticas globais provavelmente limitarão o consumo de petróleo, o que significa que os recursos existentes poderiam ser suficientes para atender à demanda nas próximas duas décadas, segundo o Morgan Stanley. Citando o melhor cenário da Agência Internacional de Energia, o banco disse que a diferença entre a demanda e a oferta continuaria “pequena” e que “mais exploração será necessária, mas a um nível apenas modesto”.
Apenas se tudo continuar como estava em 2015 “se formará um déficit significativo entre demanda e produção dos recursos conhecidos”, disse a agência.
O preço do petróleo Brent, referência internacional, está em menos da metade do patamar de dois anos atrás. As empresas de exploração mantêm o foco na contenção de despesas e na extração de recursos dos ativos descobertos anteriormente, para os quais os riscos são mais baixos, e o ciclo de tempo do projeto, reduzido, disse Leta Smith, diretora da IHS Energy, em um relatório, nesta segunda-feira.
“O piso é completamente divergente para a exploração convencional e os resultados anunciam um déficit de oferta no futuro que será difícil superar”, disse Leta. “No ambiente atual de corte de custos, a perspectiva para os volumes de descoberta de 2016 provavelmente também não vai melhorar”.

Telefónica Argentina reajusta preços em 192%

Telefônica
Neste mês, a Telefónica pôde aumentar o preço do serviço de telefonia fixa na Argentina pela primeira vez desde 2000 – por impressionantes 192 por cento.
O aumento da tarifa de telefone fixo, de 13 pesos para cerca de 38 pesos (US$ 2,70) por mês, no segundo maior mercado da operadora na América Latina foi realizado após 16 anos de tarifas congeladas pelo governo.
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O novo governo do país está alterando políticas dos governos anteriores na esperança de estimular o investimento em infraestrutura, como em redes de telecomunicações.
A liberdade para definir os preços dá à Telefónica a oportunidade de aumentar receitas e lucros e de intensificar o investimento em redes em um país com mais de 40 milhões de habitantes ávidos por serviços de vídeo e dados.
Embora a Argentina responda por mais de 6 por cento das vendas da Telefónica, que tem sede em Madri, sua contribuição para os lucros tem sido muito menor. A empresa está em um momento de mudança após vários anos problemáticos, disse Andrés Bolumburu, analista do Banco Sabadell em Madri.
“Esses são países que são afetados por situações cíclicas e quando eles melhoram, o que poderia acontecer com a Argentina agora, eles podem ser uma fonte de boas notícias”, disse Bolumburu, que recomenda comprar as ações.
Apesar de a Argentina ser o segundo mercado latino-americano da Telefónica em termos de vendas, atrás do Brasil, ele é um dos menos rentáveis.
O lucro operacional antes de depreciação e amortização na Argentina caiu de 1,7 bilhão de euros em 2000 para 1 bilhão de euros (US$ 1,1 bilhão) em 2015 e a margem Oibda é a segunda mais baixa entre os dez mercados da operadora na região.
Serviço ruim
Os usuários reclamavam da qualidade do serviço de telefone e internet da Telefónica, mas isso é parte de um problema maior na Argentina, onde o congelamento das tarifas e o baixo investimento também prejudicaram os serviços públicos.
O governo de Mauricio Macri, que tomou posse em dezembro, cortou subsídios e liberou os preços, revertendo políticas que remontam à crise financeira de 2001-2002 e aos 12 anos subsequentes de governo do casal Néstor e Cristina Kirchner.
O preço da gasolina nos postos aumentou 35 por cento neste ano e em algumas partes do país o custo da energia quadruplicou.
Em março o governo autorizou o aumento dos preços da telefonia fixa e tanto a Telefónica quanto a Telecom Argentina, sua principal concorrente, aumentaram as tarifas na mesma medida neste mês. Parlamentares convocaram as duas operadoras, assim como a unidade local da América Móvil, para uma audiência no Congresso na semana passada.
Mesmo depois dos aumentos, os preços na Argentina continuam baixos em comparação com vários outros mercados.
A Telefónica também enfrenta uma concorrência crescente no país, já que o investidor mexicano David Martínez comprou a Telecom Argentina no início deste ano e o maior conglomerado de comunicação do país, o Grupo Clarín, comprou os ativos locais da Nextel em 2015.

FMI pede alívio "incondicional e antecipado" da dívida grega

Logo do FMI em prédio em Washington, dia 18/04/2013
 O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu nesta segunda-feira um "alívio incondicional e antecipado" da dívida da Grécia para garantir que o programa de resgate financeiro ao país seja "sustentável".
"Oferecer um componente incondicional e antecipado do alívio da dívida é fundamental para transmitir um sinal forte e crível aos mercados sobre o compromisso dos credores oficiais para assegurar que a dívida seja sustentável, algo que em si mesmo ajudaria a diminuir o custo financeiro nos mercados", indicou o FMI em sua nova análise da dívida grega, a primeiro desde o passado verão.
Além disso, o FMI afirma que é necessário o atraso nos prazos de vencimento no pagamento da dívida até pelo menos 2040, e estabelecer os juros a um tipo fixo de 1,5% por 30 anos.
No documento, que foi publicado um dia antes da reunião do Eurogrupo de terça-feira em Bruxelas para discutir o programa e no qual também participarão representantes da instituição financeira internacional, o Fundo pediu que seja diminuídos os objetivos fiscais para fazê-los "mais plausíveis", e os situa em 1,5% do PIB de déficit primário a médio prazo, contra os 3,5% marcados previamente.
De acordo com os novos cálculos do Fundo, a dívida cairia progressivamente de 180% do PIB atual, a 174% em 2020 e 167% em 2022. Se não for aplicado este alívio, poderia disparar até 250% em 2060.
O FMI ainda não confirmou sua participação no terceiro programa de resgate de 86 bilhões de euros à Grécia pactuado com os parceiros europeus, e expressou em reiteradas ocasiões suas dúvidas sobre esse plano.
O Fundo também afirma que Atenas deve acelerar o processo de reformas estruturais, depois do "ritmo extremamente gradual" registrado "nas generalizadas restrições nos mercados de produtos e serviços".
Precisamente neste domingo, o parlamento grego aprovou, com os votos da coalizão governamental do Syriza e Gregos Independentes (Anel), a lei que inclui um aumento de impostos e um mecanismo de cortes automáticos com a qual quer convencer os parceiros do euro a concluírem a primeira revisão do terceiro resgate no Eurogrupo de desta terça-feira.

Justiça é necessária mas não é suficiente", diz Moro

O juiz Sergio Moro, durante Fórum Veja em 23/05/2016
“A ação da justiça é necessária, mas não é suficiente”. Em ao menos dois momentos, o juiz Sergio Moro repetiu essa frase na manhã de hoje no Fórum Veja, que aconteceu em São Paulo.
Responsável pelas ações em primeira instância da operação Lava Jato, Moro foi categórico ao afirmar que, para além de leis e penas mais rigorosas, a epidemia de corrupção só pode ser estancada com profundas reformas estruturais em todas as esferas da sociedade. “Esse é um problema da sociedade e também do governo”, disse.
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O ministro Luis Roberto Barroso (STF) – que dividiu o debate com Moro – concorda com essa tese. “Se as eleições não ficarem mais baratas nós vamos ficar correndo atrás desse tipo de corrupção”, afirmou. O problema, na visão dele, é que “a sociedade se acostumou a conviver com o dinheiro sendo drenado do espaço público para irrigar as eleições”.
Moro lembrou que os desmandos não estão restritos ao sistema político. “A corrupção envolve quem paga e por quem recebe”, disse o juiz. “Não é preciso esperar a resposta do Estado. Muito pode ser feito pelas instituições privadas. É dizer não à propina”.
Ele também voltou a repetir que o desvio de recursos públicos é endêmico e que é um equívoco analisar esses fatos em “termos político-partidários”. O ministro Barroso endossou o argumento: “Não existe corrupção do PT, do PSDB ou do PMDB. Existe corrupção, que é um mal em si que não deve ser politizada”.
Moro também rebateu a teoria de que, após afastamento da presidente Dilma Rousseff, a operação Lava Jato teria perdido seu ímpeto.
“Não é um seriado [de TV]. Claro que a parte mais visível dessa operação consiste nas diligências, nos mandados de busca e apreensão e nas prisões”, disse. “Mas existe um trabalho de investigação, de julgamento dos casos, que são feitos entre quatro paredes”.

Prisioneiro de Guantánamo pede status de vítima na Lituânia

O "campo 6" da prisão americana de Guantánamo
Um detento saudita preso na Baía de Guantánamo, que pode ter ficado em uma prisão secreta da CIA na Lituânia, reivindicou o status de vítima em uma investigação de Vilnius sobre a existência deste local, indicou sua advogada nesta segunda-feira.
A obtenção do status de vítima permitiria a al-Hawsawi obter acesso aos processos de inquérito, disse à AFP Ingrida Botyriene, advogada de Mustafa al-Hawsawi, três dias após um pedido formal à justiça em Vilnius.
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Ela assegurou que um relatório do Senado americano, publicado em dezembro de 2004, confirma a suspeita de que seu cliente foi detido em uma prisão secreta na Lituânia antes de ser enviado para Guantánamo em 2006.
No seu relatório, condenando os métodos de interrogatório da CIA, o Senado americano não cita quaisquer países que abrigaram esses locais, mas, de acordo com militantes dos direitos humanos, um centro de nome "Violet" teria operado na Lituânia em 2005-2006.
A Lituânia iniciou em abril de 2015 um inquérito sobre a existência de centros de detenção da CIA para supostos membros da Al-Qaeda.
A presidente lituana Dalia Grybauskaite assegurou que o seu país estava pronto para "assumir as suas responsabilidades" se as informações do relatório fossem confirmadas.
No seu pedido, a advogada do saudita também pediu que os promotores ampliassem a investigação aos crimes contra a humanidade, em vez de se concentrar "num possível transporte de pessoas através da fronteira do Estado".
Al-Hawsawi foi vítima de técnicas especiais de interrogatório que são consideradas tortura pelo Tribunal Europeu de Direitos Humanos, disse ela.
Mustafa al-Hawsawi, de 47 anos, capturado no Paquistão em 2003, poderá ser condenado à morte se for considerado culpado de envolvimento nos ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.
Na vizinha Polônia, o ex-presidente Aleksander Kwasniewski reconheceu em dezembro de 2014 que seu país sediou uma prisão secreta da CIA.
Em fevereiro, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos condenou Varsóvia por seu papel na tortura sofrida no seu território em 2002-2003 por um palestino e um saudita, antes de serem transferidos para Guantánamo.

Acordo trabalhista do Uber nos EUA divide opiniões

Diretor do Uber em Nova York, Josh Mohrer, dia 30/06/2015
A Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores da Indústria Aeroespacial elogiou um acordo alcançado neste mês para representar motoristas que trabalham para o Uber em Nova York, afirmando que ele dá ao trabalho organizado uma oportunidade para redefinir a nova economia de maneira a apoiar os trabalhadores e suas famílias.
Mas nem todo mundo no movimento sindical norte-americano está comemorando.
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O acordo não prevê uma representação sindical de fato para os trabalhadores e revelou duras divisões entre os defensores de trabalhadores sobre como lidar com a chamada economia do bico, do trabalho informal, e a classificação de trabalhadores como empreendedores independentes em vez de funcionários.
Sob os termos do acordo com a Uber Technologies, a associação vai formar um "sindicato de motoristas independentes" que será capaz de intervir em nome dos motoristas que tiverem serviços cancelados ou negociar benefícios a eles, como seguros.
A associação também concordou em conter por cinco anos ações desde organizar greves ou sindicalizar motoristas e afirmou que não vai pressionar reguladores para mudar o status de motoristas de terceirizados para funcionários.
Bhairavi Desai, uma diretora executiva da Aliança de Trabalhadores em Táxis de Nova York, criticou o acordo como uma "traição histórica" porque ele desiste das mais importantes ferramentas de poder econômico.
Ela afirmou que ela e sua organização estavam em negociações com a associação dos maquinistas sobre colaboração para uma campanha de sindicalização dos motoristas antes do acordo com o Uber.
Os maquinistas tinham conseguido anteriormente organizar serviços de motoristas de carros e Desai afirmou que seu grupo acreditava que um caminho similar seria alcançado pelos motoristas do Uber.
As companhias de aplicativos de transporte urbano afirmam que a terceirização, em vez de tornar os motoristas empregados diretos, mantém os custos baixos e permite a flexibilidade que os motoristas afirmam que querem.
Mas terceirizados não possuem as mesmas proteções legais que funcionários têm, incluindo salário mínimo e pagamento de hora extra.
Seth Harris, um advogado em Washington que foi vice-secretário de Trabalho dos EUA entre 2009 e 2013, afirmou que tanto sindicatos como companhias como o Uber estão formulando estratégias para o novo mercado de trabalho diante de conceitos defasados de trabalho e leis de defesa da concorrência que restringem suas opções.
"Ambos os lados estão encurralados e encontraram uma maneira de navegarem pelos caminhos estreitos que as leis traçaram para eles", afirmou Harris.
A única coisa que todos os lados concordam é que o esforço para organizar o trabalho na nova economia está apenas começando e para alguns observadores, isso não é ruim.
"Os sindicatos estão em um estado de crise e desesperadamente tentando criar um modelo que permaneça relevante", disse Phil Wilson, presidente do Instituto de Relações do Trabalho, que afirma ser uma "empresa proeminente na luta contra as campanhas de organização sindical".

Irã, Índia e Afeganistão fazem acordo para porto comum

Presidente iraniano Hassan Rouhani e o primeiro-ministro da Índia Narendra Modi, em Teerã, dia 23/05/2016
Os dirigentes iranianoindiano afegão assinaram nesta segunda-feira em Teerã um acordo tripartidário a fim de desenvolver o porto de Chabahar, no extremo sudeste do Irã, Oceano Índico, com o objetivo de aumentar os intercâmbios comerciais entre os três Estados.
"Hoje é um dia histórico no desenvolvimento das relações entre os três países", afirmou o presidente iraniano, Hassan Rohani, em declaração transmitida pela televisão na presença de seus homólogos indiano e afegão, Narendra Modi e Ashraf Ghani.
O acordo, que prevê investimentos comuns, chega em um momento em que o Irã aspira dar um importante impulso em suas trocas comerciais, aproveitando o fim de grande parte das sanções internacionais após o acordo com as grandes potências sobre seu programa nuclear.
Teerã quer fechar acordos com os países ocidentais, mas também com os asiáticos, especialmente com a Índia, que era o segundo maior fornecedor de petróleo até 2011-2012, quando as sanções obrigaram Nova Deli a reduzir sua dependência do petróleo iraniano.
"Queremos nos conectar com o mundo, mas os vínculos entre nós (três) são uma prioridade", declarou Modi, em Teerã, no domingo. O dirigente indiano havia anunciado que seu país irá abrir uma linha de crédito de 500 milhões de dólares para o desenvolvimento de Chabahar.
Ghani, que chegou nesta segunda-feira à capital iraniana, assinalou que o objetivo do acordo é conquistar "uma cooperação econômica-cultural global" entre os três países.
Situado a 1.800 km ao sudeste de Teerã, a zona franca de Chabahar é um dos grandes projetos para o desenvolvimento do sul do Irã.
Seu porto, que permite desviar o grande tráfego do Estreito de Ormuz, poderia atrair empresas do Paquistão, do Golfo, da China e de outros países da Ásia e Europa.

Que área no varejo paga mais? Esta pesquisa responde

compras sacolas e jovens

Para quem é da área de varejo, trabalhar no segmento de eletrônicos pode ser mais vantajoso em termos de remuneração. Estudo divulgado pela Korn Ferry Hay Group - que coletou informações de 60 empresas - mostra que osalário base no segmento de eletrônicos é o maior entre as seis categorias pesquisadas em varejo.
No ranking de médias salariais, depois de eletrônicos vêm os segmentos de moda (representando grandes varejistas de moda em que o vendedor não auxilia na escolha do produto), restaurantes, venda assistida (em que o vendedor auxilia o cliente na compra, como em lojas de shopping), casa e construção e, por fim, o de super/hipermercados/atacado. 
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Profissionais do segmento de eletrônicos têm salários até 12 pontos percentuais maiores do que é média no setor de varejo. Na comparação com o segmento menos valorizado a diferença no salário base chega a 21 pontos percentuais, segundo o estudo, como indica a figura:
gráfico médias salariais varejo

 “Em quase todos os níveis hierárquicos o segmento de eletrônico fica superior à média salarial do varejo”, diz Diego Furtado, consultor do Korn Ferry Hay Group.
No nível mais básico, de acordo com ele, profissionais do segmento ganham 15% mais do que a média do setor. “O segmento pede uma especialização. Um vendedor de eletrônico precisa conhecer sobre o produto e entender o que o seu cliente quer”, diz Carlos Silva, gerente do Korn Ferry Hay Group, responsável pela pesquisa. Por isso, ganha mais do que um atendente de restaurante ou um atendente de loja de moda, por exemplo.
Ainda em relação aos vendedores, quem também se sai bem são os que trabalham no segmento de casa e construção. “ É um profissional que precisa entender bem da linha produtos, a venda que requer conhecimento”, explica Silva.
E os gerentes? Quem ganha mais?
Se no geral os profissionais que trabalham para super/hipermercados/atacados são menos valorizados, no nível de gerência, o jogo se inverte.
Gerentes deste segmento perdem apenas para os da área de casa e construção. Esses últimos recebem bem acima da média, a diferença chega a 76 pontos percentuais, conforme mostra o gráfico:
gráfico salários varejo
A favor da remuneração dos gerentes do segmento de super/hipermercado/atacado está o tamanho das lojas. “Uma coisa é gerenciar uma loja com 10 funcionários, outra coisa é ser o gerente de um hipermercado com centenas de funcionários”, diz Diego Furtado.
Para o nível executivo, segundo os responsáveis pela pesquisa as remunerações são equivalentes, sem grandes variações. “Nesse nível, as grandes empresas e multinacionais acabam tendo que adotar uma estratégia de remuneração competitiva para atrair profissionais, já que trazem, muitas vezes, executivos de outros segmentos”, diz Silva. 
A evolução do varejo no Brasil também teve impacto direto na remuneração dos executivos. “Nos últimos dez anos, o varejo cresceu muito e se profissionalizou”, diz Furtado. 

O que fazer com um funcionário reclamão?

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O que fazer com um funcionário reclamão?
Escrito por Sílvio Celestino, especialista em gestão de pessoas
Como administrador, você tem de prestar atenção em tudo que possa aprimorar o trabalho das pessoas. Portanto, se você tem um funcionário que reclama demais, é importante fazer um diagnóstico e observar dois fundamentos antes de agir.
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Em primeiro lugar, você deve observar se as reclamações são procedentes. Isto é, se há fatos e evidências de que as reclamações são problemas sérios, que merecem atenção. Ou se o reclamão, na verdade, vive uma expectativa irreal de que tudo e todos na empresa devam ser perfeitos e de que, se tudo funcionasse certo, os problemas não ocorreriam.
Se as reclamações forem procedentes, cabe a você, líder, encontrar e implementar as alternativas para solucioná-las. Engaje seu time nessa solução, principalmente o reclamão. Mas, se as queixas forem improcedentes, cabe um feedback à pessoa, com fatos e evidências da irrelevância daquilo que foi reclamado.
Acima de tudo, dê uma orientação pragmática, para que a pessoa evolua e seja capaz de, como bom profissional, separar o que é relevante daquilo que não tem a menor importância para a empresa alcançar seus objetivos.
Em segundo lugar, você deve observar se o reclamão é de boa índole ou não. Algumas pessoas não reclamam para construir, mas somente para destruir. Se a pessoa for de boa índole, faça como mencionei nos parágrafos anteriores. Entretanto, se você identificar que a pessoa deseja somente que as coisas não deem certo, então você deve considerar retirá-la da equipe.
Em geral, um reclamão de má índole nunca é capaz de resolver problemas que estão sob sua responsabilidade. Ignora coisas que deveria saber como profissional. Faz-se de vítima da empresa, das demais pessoas e das circunstâncias, nunca encontra uma ideia positiva, que mova as ações para frente. E também não evolui após feedbacks.
Um líder deve ser muito bom na seleção de seu time, pois um único reclamão pode colocar todos para baixo. Uma empresa depende de pessoas que sejam boas em resolver problemas, não em reclamar deles. Portanto, um reclamão não deve ter espaço em nenhuma companhia.
Vamos em frente!

GE anuncia investimento de US$ 1,4 bi na Arábia Saudita

centro de pesquisa global da General Eletric no Rio de Janeiro

A General Electric anunciou nesta segunda-feira uma série de investimentos, no valor total de pelo menos US$ 1,4 bilhão, na Arábia Saudita.
O anúncio é realizado no momento em que o reino do Golfo Pérsico busca reduzir sua dependência do petróleo, abrindo mais sua economia para negócios internacionais.
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O conglomerado sediado nos EUA disse que se associou a dois parceiros, entre eles a gigante estatal saudita Aramco, para construir uma fábrica de US$ 400 milhões para o setor de energia e naval, que deve criar 2 mil empregos no reino.
A GE assinou ainda um memorando para investir conjuntamente US$ 1 bilhão em vários setores, como água e aviação, até 2017, junto com uma entidade saudita que inclui a maior companhia de petroquímicos do país, seu fundo de investimentos e a Aramco.
A GE também disse que iria avaliar investimentos adicionais de US$ 2 bilhões nos mesmos setores após 2017.
"O investimento conjunto e a colaboração serão decisivos para os setores industrial e digital do reino", disse o executivo-chefe da GE, Jeffrey Immelt, que se reuniu com líderes empresariais e ministros na cidade costeira de Jeddah, nesta segunda-feira.
Os investimentos são feitos no momento em que os sauditas tentam reduzir sua dependência do petróleo.
Para isso, o país tenta atrair mais investimentos estrangeiros e gerar empregos para a crescente população, tentando fortalecer setores que não dependem da riqueza do petróleo.
Também prevê um papel maior para o setor privado. A GE atualmente emprega cerca de 2 mil pessoas na Arábia Saudita.

Turquia adota presidencialismo sem mudança na Constituição

Presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, dia 18/03/2016

No momento em que o futuro primeiro-ministro da Turquia se prepara para indicar seu novo gabinete, existe pouca dúvida de que seu papel principal será aprovar o que já se tornou uma realidade: uma mudança para um sistema presidencial pleno com o presidente turco, Tayyip Erdogan, firmemente no comando.
No domingo, Erdogan confirmou Binali Yildirim, seu aliado próximo há duas décadas e co-fundador do governista Partido AK, como seu novo premiê, garantindo a lealdade do governo enquanto busca uma alteração constitucional para substituir a democracia parlamentar da Turquia por um regime presidencialista.
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A indicação de Yildirim irá acabar com quaisquer vestígios de resistência aos planos de Erdogan no AK, disseram três autoridades de alto escalão do partido, prevendo que o novo gabinete, que deve ser anunciado na terça-feira, só irá conter membros fiéis.
"Entramos em um período de sistema presidencial 'de facto', no qual as políticas de Erdogan serão implementadas muito claramente", afirmou um dos correligionários, antevendo cinco ou seis mudanças ministeriais na equipe atual.
Erdogan e seus apoiadores veem o presidencialismo –uma versão turca do sistema usado nos Estados Unidos e na França– como uma garantia contra o tipo de política de coalizão fragmentária que prejudicou o desenvolvimento da Turquia nos anos 1990, quando era uma economia atrasada com pouca influência no cenário mundial.

Ações da Fiat caem por ameaça de proibição de vendas alemãs

Fiat
As ações da Fiat Chrysler chegaram a cair mais de 5 por cento nesta segunda-feira, após o jornal alemão Bild noticiar que a montadora pode ser proibida de vender carros na Alemanha se forem encontradas evidências de desrespeito às regras de emissões de poluentes. A
Alemanha começou a testar veículos de várias montadoras na onda do escândalo fraude em testes de emissões de poluentes em veículos a diesel da Volkswagen, maior montadora da Europa.
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Os testes colocaram mais pressão em um setor que está apenas se recuperando gradualmente de seis anos de quedas nas vendas.
O jornal Bild am Sonntag publicou que vários testes conduzidos pela autoridade de transportes motorizados da Alemanha KBA descobriram provas de que o sistema de tratamento de gases de escape em alguns dos modelos da FCA se desligaria após 22 minutos.
Os testes de emissão duram normalmente 20 minutos, acrescentou o jornal.
Em um relatório em separado, o Bild citou fontes do ministério dos Transportes alemão, que teriam dito que a montadora pode, no pior cenário, ser ameaçada com uma proibição de vendas na Alemanha se continuar descumprindo as regras de emissão.
Um porta-voz da FCA reiterou que "todos os seus veículos cumprem com as regras de emissões existentes".
O porta-voz não quis fazer mais comentários sobre detalhes específicos sobre a reportagem do Bild.

MEC recua e diz que abrirá novas vagas para Fies até junho

O líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE)
O ministro da Educação, Mendonça Filho, informou que irá garantir novas inscrições para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) a partir de junho - e não mais para o fim do ano.
Mendonça afirma que encontrou o programa sem recursos, mas que conseguiu negociar com o Ministério do Planejamento orçamento para novas candidaturas.
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"Com a garantia de recursos, a equipe técnica do MEC está trabalhando para, até o final de junho, anunciar o processo das novas inscrições do Fies", disse o ministério, em nota.
O jornal apurou que o novo ministro assumiu compromisso de dar continuidade aos programas educativos iniciados ou fortalecidos na Era PT (Fies, ProUni e Pronatec), mas que novas vagas dependeriam exclusivamente de um balanço financeiro que, segundo interlocutores do MEC, não seria otimista para este ano.
Mendonça confirma, por exemplo, que o orçamento do Pronatec já está zerado para 2016. Porém, afirmou que o programa não será interrompido.
"O MEC está buscando outra solução junto ao Sistema S, o que vai assegurar as novas vagas do Pronatec", disse a nota.

Viagens aéreas dentro do país têm queda de 12,2% em abril

Avião em aeroporto de Sydney

A demanda por viagens domésticas no setor de aviação recuou 12,2% em abril, na comparação ao mesmo mês do ano passado. Já a oferta teve queda de 10,3% no mesmo período.
Os dados foram divulgados hoje (23) pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).
Segundo a associação, este foi o pior desempenho mensal da demanda doméstica desde fevereiro de 2013 e o pior desempenho para um mês de abril desde 2012.
As viagens domésticas no mês de abril totalizaram 6,8 milhões, o que significou queda de 12% em comparação a 2015. Esse foi o pior resultado mensal desde fevereiro de 2013.
No acumulado do ano, entre janeiro e abril, a demanda apresentou queda de 6,5%, enquanto a oferta recuou 5,3% na comparação com o mesmo período de 2015.
Neste período, 29,7 milhões de passageiros foram transportados em voos dentro do país, o que significou queda de 7,3% em comparação ao ano passado.
Já no transporte aéreo internacional, considerando-se apenas o transporte feito por companhias brasileiras, a queda na demanda foi de 3,6% em abril em relação a 2015.
Já a oferta caiu 6,8% na mesma comparação, com o transporte de 546 mil passageiros entre o Brasil e o exterior, queda de 1,7% em relação ao ano passado.
Segundo a Abear, essa foi a menor quantidade de passageiros internacionais transportados desde novembro de 2013.
Carga
O transporte de carga, que inclui operações feitas pelas companhias Avianca, Azul, Gol, Latam e Latam Cargo, somou 26,4 mil toneladas de carga, número 6,3% menor que abril do ano passado.
Nas operações internacionais, no entanto, o volume de carga transportada cresceu e somou 16 mil toneladas transportadas, com aumento de 14,3% em abril na comparação com 2015.

Ator Elijah Wood denuncia casos de pedofilia em Hollywood

Ator Elijah Wood, dia 13/03/2016
O ator americano Elijah Wood, protagonista da saga "O Senhor dos Anéis", denunciou que casos de pedofilia em Hollywood "são protegidos por figuras poderosas da indústria do cinema".
Em entrevista ao jornal "Sunday Times", Wood, que começou sua carreira com 9 anos em "De Volta Para o Futuro II", afirmou que os abusos ocorreram durante "muito tempo em Hollywood" e que "provavelmente" continuam a acontecer.
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"É provável que estas coisas sigam ocorrendo. Se você é uma criança inocente, com pouco conhecimento deste mundo e com vontade de vencer, os parasitas te veem como sua presa", argumentou.
O ator, que aos 18 anos interpretou Frodo Baggins, na trilogia de "O Senhor dos Anéis", afirmou que não sofreu abusos graças à proteção de sua mãe e de sua família.
"Ela estava muito mais preocupada com fazer de mim um bom ser humano do que em facilitar minha carreira", disse o ator, de 35 anos.
"Há muitas víboras neste negócio que só têm em mente seus próprios interesses. O abuso continua porque as vítimas não podem falar tão forte quanto as pessoas poderosas", acrescentou.
Para Wood, o escândalo poderia ser equiparável ao do apresentador Jimmy Savile, da rede "BBC", que abusou sexualmente de centenas de menores durante toda sua carreira. Os casos só foram investigados em 2011, depois de sua morte.
"Todos vocês cresceram com Savile", continuou Wood, na entrevista. "Está claro que está acontecendo alguma coisa importante em Hollywood", ressaltou.

Brasil estuda vender sobras de energia à Argentina

Transmissão de energia elétrica
O atual cenário de retração econômica tem gerado perspectiva de sobra de energia elétrica no Brasil nos próximos anos, o que faz com que o governo já negocie com a Argentina um contrato firme para exportação de eletricidade ao país vizinho, afirmaram nesta segunda-feira autoridades do setor elétrico do Brasil.
Segundo o diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata, as tratativas já começaram, mas ainda não há um prazo estabelecido para a definição sobre essas negociações.
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"Nós temos sobras contratuais de energia para um ou dois anos. Não queremos mais vender sobras, mas sim contratos com a Argentina", disse ele, em evento do setor no Rio de Janeiro.
Nos últimos anos, o Brasil tem adotado acordos de cooperação com vizinhos como a própria Argentina, além de Uruguai e Chile, que preveem cooperação no fornecimento de energia por meio de trocas entre os países.
Em situações de emergência ou necessidade, o país que tem sobras envia carga para o vizinho por determinado período, com a obrigação de devolução dessa energia em um intercâmbio futuro.
Como as relações baseiam-se no envio e devolução de eletricidade, não há definição de preços nessas transações, apenas dos montantes envolvidos.
"Acho que estamos em condições de pensar um fornecimento para a Argentina em bases mercantis", afirmou Barata.
O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Tiago Correia também falou sobre a possibilidade de alterar o atual regime de exportação de energia.
"A relação mais comum era da troca através de escambo. Por exemplo, no inverno da Argentina a gente mandava energia ou gás para eles para serem usados no aquecimento local. Depois, no verão, eles devolviam para nós”, explicou.
Segundo o diretor da Aneel, há várias formas para se viabilizar esse contratos mercantis de energia. Ele afirmou que as autorizações para as operações devem passar pelo Ministério de Minas e Energia e pela própria agência reguladora.

Vendas no varejo caem 10,9%, no pior resultado desde 2007

Consumidor entrega cartão para vendedor em loja
As vendas no varejo registraram queda real de 10,9% em abril na comparação com o mesmo mês de 2015, de acordo com o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV).
A entidade, que reúne alguns dos maiores grupos varejistas do Brasil, aponta que este é o pior desempenho para o mês desde o início das medições, em 2007.
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O instituto ponderou em nota que o resultado foi afetado pela deterioração do cenário macroeconômico, mas destacou que um efeito de calendário contribuiu para a queda.
As vendas de Páscoa foram contabilizadas em sua maior parte no mês de março este ano, enquanto elas haviam ocorrido em abril no ano passado.
A previsão é de continuidade do cenário de retração nas vendas de acordo com o Índice Antecedente de Vendas (IAV), medido pela entidade com base nas expectativas dos varejistas.
O indicador aponta para queda real de 7,7% em maio e de 6,5% em junho na comparação com iguais meses do ano anterior. Para julho, o setor acredita em alta de 0,5% nas vendas.
Em abril, o pior resultado foi o do setor de não duráveis, justamente o mais afetado pelo efeito de calendário. As vendas nesse segmento, que inclui supermercados, comida pronta e perfumaria, recuaram 12,4% em abril na comparação anual.
Para os próximos meses, a projeção do IDV é de queda de 10,5% em maio e 8,8% em junho. Já em julho há projeção de alta de 0,9%.
Para o setor de semiduráveis, que inclui itens de vestuário, a queda em abril foi de 5,6% ante mesmo mês de 2015 em termos reais. Os varejistas esperam novos recuos de 4,7% em maio, 3,3% em junho e 2,6% em julho.
No segmento de bens duráveis, a queda em abril foi de 11,9% em termos reais na comparação anual. A projeção para os próximos meses é de queda de 4,4% em maio e junho e de crescimento de 1,9% em julho.
O IDV representa 69 empresas varejistas de diferentes setores. Entre os associados estão grandes redes como Carrefour, Grupo Pão de Açúcar (GPA), Cia. Hering, Magazine Luiza, Renner e Riachuelo.

Fornecimento de combustível é nova arma da luta na França

Trabalhador de sindicato francês em barricada de refinaria de óleo, dia 23/05/2016
Com greves nas refinarias e bloqueios nos depósitos de combustível, o setor petroleiro passou a ser a ponta de lança da luta contra a reforma da lei trabalhista na França, objeto de protestos sociais há dois meses.
A escassez nos postos de combustível do país persiste nesta segunda-feira, apesar das promessas das autoridades de desbloquear as refinarias paralisadas na França.
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"Cinco das oito refinarias francesas estão em greve, paralisadas ou em processo de paralisação", afirmou à AFP Emmanuel Lépine, dirigente do ramo de petróleo do sindicato CGT.
Dos 189 depósitos de combustível bloqueados pelos trabalhadores do setor há vários dias, muitos foram desbloqueados pela força pública, confirmou à AFP Eric Sellini, coordenador do CGT do grupo Total, que não indicou o número preciso de depósitos bloqueados no país.
O bloqueio das estruturas petrolíferas criou problemas de abastecimento nos postos de combustível, principalmente no noroeste do país.
O fenômeno foi agravado pelos motoristas que, temendo a falta de combustível, se dirigiram aos postos para encher seus tanques, levando as autoridades a implementarem medidas de racionamento.
Um total de 1.500 postos de combustível, dos 12.000 existentes na França, sofriam com falta total ou parcial de combustível, segundo o secretário de Estado de Transportes, Alain Vidalies.
Classificando os bloqueios de "ilegítimos", o ministro das Finanças, Michel Sapin, reforçou nesta segunda-feira a vontade do governo de utilizar "todos os instrumentos" de que dispõe para pôr fim aos mesmos.
"Vamos seguir evacuando um certo número de locais, em particular os depósitos", afirmou no domingo o primeiro-ministro Manuel Valls a partir de Tel Aviv, onde realiza uma visita.
Valls descartou o risco de desabastecimento e reiterou que a nova lei trabalhista "vai até o fim".
Uma semana social conturbada
O dirigente do sindicato CGT, Philippe Martínez, advertiu que "se o governo não retirar seu projeto (...) as mobilizações vão continuar a crescer".
Esta semana se anuncia mais uma vez conturbada para o governo, com um novo dia de greves e manifestações na quinta-feira.
Além das refinarias, se esperam greves nos portos e nos transportes. Na rede ferroviária, foram convocadas paralisações na terça e na quinta-feira.
A CGT convocou uma greve do metrô de Paris a partir de 2 de junho.
Um outro dia de mobilização está previsto para 14 de junho, em plena Eurocopa de futebol, quando milhares de torcedores devem chegar à França.
Esse projeto de lei, alvo de protestos sociais há pelo menos dois meses, foi aprovado na primeira leitura sem votação dos deputados, já que o governo se valeu de um artigo da Constituição que permite adotar um texto sem debate nem voto parlamentar, exceto se houver uma moção de censura ao governo.
Segundo o governo, o projeto pretende dar mais flexibilidade às empresas no combate ao desemprego.
O texto dá maiores poderes às empresas em matéria de organização do tempo de trabalho e de demissões. Seus críticos consideram que a lei aumentará a precariedade no trabalho.
Em paralelo à mobilização contra a lei, as acusações de traição pesam sobre o presidente socialista François Hollande, cuja impopularidade bate recorde nas pesquisas a um ano do fim de seu mandato.
"Hollande disse em seu programa que atacaria o Código do Trabalhador?", questionou nesta segunda-feira o líder da CGT.

Alemanha não espera liberar vistos para turcos até julho

Bandeiras da Turquia
A isenção de vistos para cidadãos turcos que querem viajar à Europa, condição chave da Turquia para aplicar o acordo sobre os migrantes, é pouco provável ocorrer entre agora e a data limite de 1º de julho, considerou nesta segunda-feira a chanceler alemã Angela Merkel.
"Devemos fazer todo o possível para continuar negociando, pois é provável que até 1 de julho algumas coisas não sejam implementadas, como a liberação de vistos, posto que as condições ainda não foram cumpridas", declarou Merkel.
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O acordo sobre os vistos está no ar desde que o presidente turco Recep Tayyip Erdogan expressou seu rechaço sobre a flexibilização da lei anti-terrorista turca, que não se adapta às normas europeias, uma das 72 condições impostas por Bruxelas.
"Disse claramente que o caminho para a isenção de vistos passa por 72 pontos", destacou a chanceler alemã. "Nós escolhemos a implementação destes pontos para acordar a isenção de vistos", insistiu.
A Turquia faz da liberação dos vistos para seus cidadãos que querem viajar no espaço de Schengen uma condição indispensável para a aplicação do controverso pacto sobre migrantes.
Mas Ancara rechaça a modificação de sua lei anti-terrorista, em um ano em que a Turquia foi cenário de uma série de atentados violentos ligados ao conflito curdo ou atribuídos ao grupo extremista Estado Islâmico (EI).
A União Europeia teme, por sua vez, que a legislação turca, cuja definição de "propaganda terrorista" é considerada ampla demais, seja usada para perseguir a oposição.
O Parlamento turco aprovou na sexta-feira um levantamento da imunidade dos deputados pró-curdos, agora expostos a processos judiciais.
Diversos jornalistas e universitários já foram perseguidos por "propaganda terrorista".

E-commerce pode crescer 11% ao ano até 2019, diz estudo

E-commerce, vendas online, comércio na internet
Estudo da consultoria Bain & Company projeta que o comércio eletrônico pode crescer 11% ao ano no Brasil até 2019.
A expectativa é que o faturamento do setor passe dos US$ 11 bilhões em 2015 para US$ 16 bilhões quatro anos depois.
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O ritmo de crescimento esperado é menor do que o dos quatro anos entre 2011 e 2015, momento em que o comércio eletrônico brasileiro registrou alta de 17% ao ano, de acordo com os dados do estudo.
A expectativa é ainda de um aumento das transações por meio de dispositivos móveis, como celulares e tablets.
O estudo chama atenção ainda para características do mercado de comércio eletrônico brasileiro, considerado mais fechado para competidores estrangeiros.
Ainda assim, o e-commerce brasileiro é considerado competitivo pelo estudo, que contabiliza que as três maiores companhias do segmento detêm juntas uma fatia de 60% do mercado.

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