quarta-feira, 25 de maio de 2016

Neandertais podem ter sido os primeiros a explorar cavernas

Boneco que representa Neanderthal em museu francês
Durante muito tempo considerado embrutecido, o homem de neandertal já construía estruturas complexas subterrâneas à luz do fogo, possivelmente para celebrar rituais, há 176.500 anos, afirma um estudo publicado nesta quarta-feira na revista científica britânica Nature.
Estes povos antigos arrancavam fragmentos de estalagmites (formações sedimentares) do chão da caverna e os empilhavam nas paredes, formando estruturas circulares ásperas até a altura dos joelhos, encontradas por pesquisadores de várias nacionalidades no sudoeste da França.
O estudo revela que a exploração de cavernas já acontecia dezenas de milhares de anos antes do que se acreditava até agora, e classifica as estruturas encontradas como as construções humanas mais antigas conhecidas.
No fundo da caverna de Bruniquel, no sudoeste da França, a mais de 300 metros da entrada, os neandertais construíram seis destas estruturas, uma delas com quase sete metros de largura, dezenas de milhares de anos antes de o chegar à Europa.
Até agora, tinha sido "formalmente comprovado" que a mais antiga caverna habitada por neandertais era a de Chauvet, no sudeste da França, com pinturas rupestres de 30.000 anos de antiguidade, disse um pesquisador francês citado no estudo.
"Isso muda nossa visão do homem de neandertal", completa o cientista.
O trabalho contribui para uma imagem mais inteligente do homem de neandertal, e mostra que eles sabiam trabalhar em grupo, afirma o estudo.
"Os neandertais eram inventivos, criativos, sutis e complexos", disse à AFP o coautor do estudo, Jacques Jaubert, da Universidade de Bordeaux.
"Não eram meros brutos focados em desbastar com ferramentas de pedras ou em matar bisontes para comer", completou Jaubert.
Os únicos
Entre os fragmentos de pilares de estalagmites, sedimentos minerais que sobem do chão ao teto de uma caverna, os pesquisadores descobriram vestígios de fogo e pedaços de ossos queimados.
"Os primeiros neandertais eram a única população humana vivendo na Europa durante este período", escreveram os pesquisadores, que se referiram aos homens de neandertal como os "primeiros espeleólogos do mundo", em referência à ciência que estuda cavernas e grutas.
"Nossas descobertas sugerem que sua sociedade incluía elementos da modernidade", acrescentam os pesquisadores no texto.
Os neandertais viveram em partes da Europa, da Ásia Central e do Oriente Médio por até 300.000 anos, e acredita-se que eles tenham sido extintos há cerca de 40.000 anos.
O período coincide mais ou menos com a chegada do , há cerca de 200.000 anos.
Vários estudos recentes descobriram que os neandertais eram muito mais sofisticados do que sugeria a teoria que prevaleceu por muito tempo de que eles desapareceram porque eram menos espertos que o Homo sapiens.
Nesses trabalhos, foi revelado que os neandertais fizeram gravuras rupestres cerca de 40.000 anos atrás, foram provavelmente os primeiros a caçar, preparar e cozinhar pombos selvagens, comiam legumes, cuidavam dos seus idosos, enterravam seus mortos, e podem ter sido os primeiros joalheiros.
Ritual?
O novo estudo afirma que "o grupo neandertal responsável por essas construções tinham um nível de organização social que era mais complexo do que se pensava".
Com base em outros exemplos dos primeiros usos das cavernas por humanos, os pesquisadores podem "supor" que as construções de estalagmites atribuídas aos neandertais tinham funções simbólicas ou rituais, embora possam também ter sido utilizadas para fins "domésticos" ou como refúgio, segundo o estudo.
"O que mais nos surpreende é a capacidade do homem de neandertal de ter explorado cavernas muito profundas (...), longe da luz natural", disse Jaubert.
"Acreditamos que estamos oferecendo provas da capacidade dos neandertais de entrar em um ambiente hostil, subterrâneo, usando fogo para iluminar o caminho, para fazer coisas que vão além da mera sobrevivência", completa.
Comentando o estudo, a arqueóloga Marie Soressi, da Universidade de Leiden, na Holanda, concordou que os neandertais teriam construído as estruturas sozinhos.
"Só o homem de neandertal poderia ser o autor, já que não havia outros tipos de humanos na Europa naquela época", disse em um podcast divulgado pela Nature

Sisu oferecerá 56,4 mil vagas para o segundo semestre

Alunos aprovados no Sisu 2015 fazem matrícula e passam por trote  na Universidade Federal do Ceara (UFC) em 30 de janeiro de 2015
O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) vai oferecer 56.422 vagas em 65 instituições públicas de ensino superior para o segundo semestre deste ano.
As inscrições poderão ser feitas de segunda-feira (30) até o dia 2 de junho na internet, no site do Sisu. As vagas já estão disponíveis para consulta.
O número de vagas aumentou 1,5% em relação às cerca de 55,6 mil ofertadas no segundo semestre do ano passado. Podem participar do Sisu os estudantes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2015 e não tiraram zero na redação.
Vagas remanescentes
Segundo a secretária executiva do Ministério da Educação (MEC), Maria Helena Guimarães de Castro, atualmente há mais de 1 milhão de vagas remanescentes de processos anteriores do Sisu.
O ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante havia anunciado a criação do Sisu das vagas remanescentes para ocupar pelo menos 150 mil vagas ociosas nas redes federal e estadual de ensino superior.
Perguntada se a pasta manterá a proposta, Maria Helena disse que a questão está sob análise. De acordo com a ministra, cerca de 110 mil dessas vagas foram ocupadas no remanejamento.
"O que faremos é analisar quais são as áreas em que é possível abrir o remanejamento de vagas. O Brasil é um dos mais atrasados do mundo em relação a remanejamento de vagas no ensino superior", afirmou Maria Helena.
"O ministro anterior abriu esse sistema apenas para a área de formação de professores. Pode ser que não seja suficiente para absorver as vagas existentes. O que vamos analisar é como podemos otimizar", acrescentou.

MP investiga instalações olímpicas por suspeita de corrupção

Mascote das Olimpíadas
Ministério Público Federal está investigando obras de instalações olímpicas dos Jogos do Rio que contaram com recursos federais por suspeitas de corrupção.
"Temos uma investigação aberta sobre as obras no Parque Olímpico e também na região da Deodoro onde estão localizadas instalações olímpicas", afirmou à Reuters o procurador federal do Rio de Janeiro Leandro Mitidieri, em entrevista em seu escritório.
A revelação amplia de forma significativa as investigações sobre suspeitas de corrupção envolvendo os Jogos do Rio, em agosto. Até o momento os inquéritos se concentravam em obras dos chamados projetos de legado, que não são diretamente ligados à Olimpíada.

Risco ou oportunidade? Medida do BNDES pode afetar ações

Deutsche Bank rebaixa preço-alvo para Fibria
A notícia de que o BNDES devolverá R$ 100 bilhões ao Tesouro gerou especulações no mercado sobre a possibilidade de o banco de fomento se desfazer de suas participações em empresas da Bolsa.
Ao todo, o BNDES possui papéis de 30 companhias de capital aberto. Juntas, as ações representam cerca de R$ 51 bilhões. A fatia do banco de fomento em cada uma das empresas varia de 0,6% a 29,1% (veja quadro abaixo).
Em relatório, o BTG Pactual disse que, "se o BNDES decidir vender parte de suas participações, a pressão de venda [sobre os papéis] pode ser enorme (em alguns casos extremos, pode chegar a mais de 90 dias de negociações)".
Para os analistas Carlos Sequeira e Bernardo Teixeira, as empresas que estariam mais expostas às pressões de venda seriam a Fibria, a Tupy, a AES Tietê e a JBS. "Acreditamos que as participações mais expressivas serão vendidas em blocos", disseram.
Por outro lado, o BTG ressaltou que nem todo mundo sairia perdendo. Segundo os analistas, algumas companhias poderiam se beneficiar da maior liquidez que as vendas do BNDES gerariam às ações. 
"Empresas de alta qualidade e com baixa liquidez [na Bolsa] poderiam ser as mais beneficiadas. Apenas para mencionar algumas, destacaríamos a Linx, a Tupy e aIochpe-Maxion", afirmou a equipe de análise do banco.
Ao menos uma empresa da Bovespa já sentiu impacto das medidas anunciadas nesta semana pela equipe econômica. O Banco do Brasil (BBAS3) viu seus papéis caírem 5,25% ontem, depois que o presidente interino Michel Temer informou sobre o fim do Fundo Soberano. 
A intenção do governo é utilizar os mais de R$ 2 bilhões de recursos do Fundo para abater a dívida pública federal ---boa parte desse dinheiro está aplicada em ações do BB na Bolsa. Os papéis do banco, no entanto, subiram nesta quarta-feira.
O Fundo Soberano foi criado em 2008, na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como uma espécie de "poupança" para o pré-sal.
Confira na tabela abaixo as participações do BNDES em companhias listadas na Bovespa.
Empresa/AçãoFatia do BNDES, em %Fatia do BNDES, em R$ milhõesVolume médio diário, em R$ milhões
Petrobras (PETR3)108.235153
Petrobras (PETR4)26,812.775617
Braskem (BRKM5)2,315435
AES Tietê (TIET11)28,31.56322
Cemig (CMIG3)12,93171
Cemig (CMIG4)3,114151
Copasa (CSMG3)3,71146
CPFL (CPFE3)6,71.28738
Copel (CPLE6)21,365722
Copel (CPLE3)26,46300
Eletrobras (ELET3)19,91.65019
Eletrobras (ELET6)13,945227
Equatorial (EQTL3)1,614950
Energisa (ENGI4)0,9190
Light (LIGT3)9,415912
Renova (RNEW11)8,81430
Tractebel (TBLE3)122435
Trans. Paulista (TAEE11)2,617312
TRPL (TRPL3)144950
TRPL (TRPL4)27,91.69937
Vale (VALE3)6,42.980173
Vale (VALE5)3,3761569
Fibria (FIBR3)29,15.13453
Gerdau (GGBR3)0,6152
Gerdau (GGBR4)1,9125126
Klabin (KLBN11)4,577062
Suzano (SUZB5)6,972973
Ecorodovias (ECOR3)3,816227
Embraer (EMBR3)5,475447
Iochpe-Maxion (MYPK3)8,712010
Rumo (RUMO3)842164
Tupy (TUPY3)28,25327
JBS (JBSS3)21,36.415103
Marfrig (MRFG3)19,664519
Oi (OIBR3)5,7315
Linx (LINX3)6,91524
Totvs (TOTS3)4,519815
Fonte: BTG Pactual

Sarney diz que tentou ser solidário com Machado

José Sarney
O ex-presidente da República e ex-senador José Sarney divulgou nota hoje (25) se queixando do vazamento de conversas particulares suas com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, e afirmando que sua relação com ele é de amizade.
“As conversas que tive com ele nos últimos tempos foram sempre marcadas, de minha parte, pelo sentimento de solidariedade, característica de minha personalidade. Nesse sentido, muitas vezes procurei dizer palavras que, em seu momento de aflição e nervosismo, levantassem sua confiança e a esperança de superar as acusações que enfrentava”, acrescentou Sarney.
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo desta quarta-feira informou que Sarney conversou com Machado e sugeriu tentar fazer uma interferência política para evitar que ele fosse investigado e processado pelo juiz Sérgio Moro. De acordo com a reportagem, Sarney disse que a estratégia deveria ser traçada “sem advogados”.
O jornal informou ainda que Sarney estava preocupado com uma eventual proposta dos investigadores da Operação Lava Jato para que Machado fizesse uma delação premiada.
O ex-presidente destacou que o ex-presidente da Transpetro deveria conversar com o presidnete do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), e com o senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Sarney confirmou ser amigo de Machado “há muitos anos” e disse lamentar “que conversas privadas tornem-se públicas, pois podem ferir outras pessoas que nunca desejaríamos alcançar”. Mais cedo, Renan Calheiros também divulgou nota pública sobre conversa sua divulgada também com Sérgio Machado.

STJ começa a definir competência sobre ações contra Samarco

Casas destruídas pela lama da Samarco, em Mariana (MG)
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) começou a analisar hoje (25) a competência da Justiça estadual de Minas Gerais para julgar os processos que envolvem a mineradora Samarco no caso do rompimento da Barragem do Fundão em Mariana, Minas Gerais, em novembro do ano passado. Por determinação do tribunal, todas as ações que envolvem a questão estão suspensas até decisão final sobre o caso.
No conflito de competência, suscitado pela Samarco, o Ministério Público Federal (MPF) e a mineradora são favoráveis à competência da Justiça Federal para julgar o caso. As famílias dos moradores que foram afetados pelo rompimento da barragem defendem a continuidade da tramitação das ações na Justiça estadual por temerem atrasos no pagamento de indenizações.
O julgamento começou com o voto da desembargadora convocada Diva Malerbi, favorável à competência da Justiça Federal para analisar o caso. Diva Malerbi entendeu que os danos causados pela tragédia afetaram o Rio Doce, considerado um bem federal, e por tratar-se de atividade de mineração, de competência da União.
Em seguida, o ministro Napoleão Maia abriu divergência e entendeu que os processos devem ficar com a Justiça estadual. Mauro Campbell acompanhou a relatora e o ministro Benedito Gonçalves pediu vista do caso, e o julgamento não tem data para ser retomado.
Em março, o governo federal, os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, o Ministério Público e a Samarco assinaram acordo para recuperação da Bacia do Rio Doce.

Diretor da PF nega pressão para paralisar Lava Jato

Polícia Federal em ação na Operação Lava Jato 11/04/2016
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Leandro Daiello, negou hoje (25) que a instituição seja alvo ou esteja suscetível a pressões políticas.
Após participar de reunião no Palácio do Planalto para discutir segurança nas fronteiras, Daiello ressaltou que a PF age dentro dos padrões legais e, por isso, não há “há forma ou maneira de fazer pressão” para paralisar ou influenciar investigações, em especial, as da Operação Lava Jato.
Em diálogos revelados nesta semana pelo jornal Folha de S.Paulo entre o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e também com o ex-ministro do Planejamento Romero Jucá, os três peemedebistas falam sobre a possibilidade de uma “ação política” para conter a “sangria” provocada pela Operação Lava Jato.
“A Polícia Federal tem uma estrutura e uma cultura de polícia legalista. Nós cumprimos a lei, usamos os instrumentos que a lei nos permite, e não há forma ou maneira de fazer pressão, discutir pressão. Por sermos legalistas, a Polícia Federal cumpre a lei. Usamos os instrumentos que a lei permite, todos eles. Não falamos em pressão. A Polícia Federal continua trabalhando dentro dos padrões legais do direito penal e processual brasileiro”, afirmou Daiello.

Setor de energias renováveis empregou 8,1 mi de pessoas

Energia renovável: usina eólica
O setor de energias renováveis empregou mais de 8,1 milhões de pessoas no mundo no ano passado, um aumento de 5% que vai na direção contrária da tendência geral de queda do mercado - disse a organização IRENA, nesta quarta-feira.
Na sua revisão anual do setor, a IRENA, agência de energia renovável sediada em Abu Dhabi, atribuiu o aumento do emprego à queda dos custos de tecnologia e ao aumento das políticas energéticas.
"O crescimento contínuo do emprego no setor das energias renováveis é significativo, porque contrasta com as tendências em todo o setor de energia", declarou o diretor-geral da IRENA, Adnan Amin, em um comunicado.
No setor de energia tradicional, os produtores de petróleo vêm registrando perdas de receita desde que o preço do barril começou a cair, em meados de 2014.
"Esperamos que essa tendência continue, na medida em que o negócio das energias renováveis se fortaleça, e que os países se mobilizem para atingir os objetivos climáticos acordados em Paris" em dezembro, disse Amin.
China, Brasil, Estados Unidos, Índia, Japão e Alemanha foram os países que mais ofereceram empregos em energias renováveis em 2015, segundo o relatório, acrescentando que o setor de energia solar fotovoltaica continua sendo o maior empregador, com 2,8 milhões de vagas.
O setor de biocombustíveis líquidos foi o segundo maior empregador mundial, com 1,7 milhão de empregos, seguido pela energia eólica, que empregou 1,1 milhão de pessoas.
"À medida que a transição energética acelerar, o crescimento do emprego em energias renováveis continuará forte", comentou Amin.
Segundo a IRENA, estima-se que as grandes hidrelétricas empreguem outro 1,3 milhão de pessoas no mundo todo.
No mês passado, a agência declarou que a capacidade de geração de energias renováveis teve um crescimento recorde em todo o mundo em 2015, de 152 gigawatts (GW), correspondente a 8,3%, até atingir a marca de 1.985 GW.
A capacidade de geração da energia eólica cresceu em 63 GW (17%), e a de energia solar, em 47 GW (37%), depois que os preços dos módulos solares caíram, informou a agência.
A geração de energias renováveis vem crescendo mais rápido nos países em desenvolvimento, principalmente na América Central e no Caribe, onde aumentou 14,5%.
Na Ásia, a capacidade de geração de energias renováveis expandiu em 12,4%, bem à frente da América do Norte e da Europa, onde o crescimento foi de 6,3% e 5,2%, respectivamente.

Renan deverá prestar depoimento pessoalmente à PF

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, determinou que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-RJ), seja ouvido pessoalmente pela Polícia Federal em um dos nove inquéritos contra o congressista que tramitam na Corte no âmbito da Lava Jato.
O ministro negou um pedido formulado pela defesa de Renan, que pediu ao STF para enviar as explicações sobre o caso por escrito. A Procuradoria-Geral da República havia se manifestado contrária à solicitação. A Polícia Federal afirma que falta apenas o depoimento do presidente do Senado para concluir o inquérito.
O inquérito investiga suposto pagamento de propina em acordo da Petrobras com o do Sindicato dos Práticos, categoria de profissionais que atua em portos. O deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) também é alvo da investigação, que surgiu a partir da delação do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa.
Os dois são investigados por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Tanto a defesa de Renan quanto a de Aníbal negam envolvimento no caso.

Suíça pode ter "Bolsa Família" de quase R$ 9 mil

Franco suíço
Suíça vai fazer um referendo para implantar uma renda básica a partir de 5 de junho deste ano. A iniciativa garante uma remuneração fixada em 2.500 francos suíços -- equivalente a R$ 8.928,50, de acordo com a cotação do Banco Central da última terça-feira (24).
A renda básica seria distribuída entre cidadãos que têm rendimentos abaixo deste valor ou que estão fora do mercado de trabalho. A renda seria incondicional e livre de impostos, segundo a CNN.
O governo, que se mostrou contra a iniciativa, justifica que ela daria um custo extra de 25 bilhões de francos suíços ao ano e seria preciso cortar gastos ou elevar impostos.
Mas, grupos a favor da renda básica defendem que a Suíça é um país rico e que poderia bancar a proposta. Eles dizem que centenas de milhares de suíços estão em risco de perder seus empregos por conta do avanço da tecnologia e a implantação da renda básica seria uma garantia.
Hoje, a Suíça não tem salário mínimo ou programa de renda básica. Pesquisas mostram que a maioria da população continuaria trabalhando, mesmo que o benefício se tornasse realidade. Apenas 10% disseram que deixariam de trabalhar.
A Suíça não é o primeiro país da Europa a discutir renda mínima. A Finlândia estuda começar a pagar uma renda básica de cerca de 1.000 euros por mês aos habitantes a partir de 2017.
Suíça é um dos países mais caros do mundo e Zurique aparece frequentemente entre as cidades mais cara para viver.

Crise de 2008 teria causado 500 mil mortes por câncer

Desemprego
O aumento do desemprego e os cortes na saúde, consequência da crise financeira de 2008, teriam contribuído para um aumento da mortalidade por câncer de mais de 500.000 pessoas no mundo - de acordo com estudo publicado nesta quinta-feira (horário local).
"Associamos a recente crise econômica a 260.000 mortes adicionais por câncer nos países da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos) entre 2008 e 2010, sendo 160.000 delas na União Europeia", segundo conclusões desse estudo publicado na revista britânica The Lancet.

Startup quer democratizar a masterização de discos

Disco de vinil em aparelho toca-discos
Gravadoras e seus preços altíssimos são, muitas vezes, o maior obstáculo para os músicos. Afinal, nem todos podem bancar custos de masterização, que pode chegar a R$ 20.000 por disco.
E foi focando neste público que a LANDR está fazendo o maior sucesso.
A LANDR oferece um serviço de masterização de músicas bem mais em conta.
Com o objetivo de democratizar a criação de músicas "profissionais", a startup oferece o serviço por um custo a partir de US$ 2 (ou R$ 7,16) por música, US$ 39 (R$ 139,61) por mês ou US$ 299 (R$ 1.070,36) por ano.
O serviço é simples e rápido: o usuário faz o upload da música. o sistema o analisa e compara com centenas de milhares de faixas, detectando o gênero e aplicando a masterização que melhor se encaixaria. Após segundos, o site oferece uma prévia do serviço e, se o usuário gostar, recebe o resultado final em poucos minutos.
A startup canadense foi criada em maio de 2014 pelo empresário Pascal Pilon e hoje já conta com mais de 500 mil usuários em todo o mundo.
"Nós queremos promover o melhor som do mundo tornando acessível ferramentas profissionais da mais alta qualidade a todos os artistas", disse Pilon. No ano passado, a LANDR recebeu investimento de US$ 6,7 milhões da Warner Music.
A plataforma também divide opiniões. Artistas que são críticos ao serviço dizem que ele não só acabaria com os postos de trabalho dos engenheiros de masterização como exterminaria com a arte do processo.
"É uma grande arte obscura", disse o artista de música eletrônica experimental M.C. Schmidt sobre a masterização ao site Pitch Fork. "É um misterioso processo que muitos músicos não entendem."
Apesar das críticas, a LANDR continua se expandindo e ganhando parceiros ao redor do mundo. Nesta quarta-feira (25) ela anunciou sua nova parceria com a SoundCloud, maior plataforma online de publicação de áudio.
A partir de agora, a comunidade da SoundCloud terá total acesso ao LANDR. "SoundCloud, sendo a maior comunidade de criadores de música, é o parceiro perfeito para nos ajudar a expandir nossos negócios. Como um usuário do SoundCloud, estou muito animado por esta oportunidade", disse o CEO Pilon

Especialistas criticam proposta levada por Frota ao MEC

Alexandre Frota tira selfie durante visita ao Ministério da Educação, onde se reunião com o ministro Mendonça Filho
A visita do ator Alexandre Frota e de membros do grupo Revoltados Online ao ministro da Educação, Mendonça Filho, e a pauta que eles levaram para discutir - sobre uma escola sem partido - foram bastante criticadas.
Para especialistas em educação ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, a proposta pode tanto ser interpretada como um atentado à liberdade de cátedra quanto uma distorção do papel do educador de oferecer o melhor do conhecimento disponível, com suas contradições, aos alunos.
Para o físico José Goldemberg, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo e ex-reitor da Universidade de São Paulo, trata-se de um posicionamento retrógrado.
"Não é possível não se discutir filosofia e política nas escolas. O que a gente chama de política é algo que Platão fazia há 2.500 anos. É claro que temos de evitar que um professor dissemine política partidária, mas não puni-lo", afirmou.
Ele diz acreditar que isso se resolve com as bases curriculares. "E para limitar a discussão de assunto em escolas, quem deve decidir não são grupos de militantes, mas de educadores. Se o ministro acha que tem de enfrentar esse assunto, que crie uma comissão com o mais alto nível de educadores - que são muitos no Brasil", disse.
"Agora fico admirado que o ministro da Educação vá se preocupar com isso no começo da gestão, quando há tantos problemas mais agudos para resolver. Me parece retrógrado e obscurantista. Aí amanhã vão querer proibir educação sexual, que vai gerar muito mais problemas. Ou querer o criacionismo no lugar da evolução. Negar isso é andar para trás", criticou.
Diretor científico do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas da USP, o cientista social José Álvaro Moisés defendeu que o fato de receber o grupo não configura por si só um problema, mas se houve sinalização de apoio ao tema, sim.
"Faz parte do papel do ministro receber pessoas que queiram apresentar propostas de qualquer natureza. Tem de receber pessoas independentemente da opinião para ouvi-las", disse. "Mas ouvir não quer dizer concordar e aceitar. Criar uma lei para punir professores que adotem posturas ideológicas não faz o menor sentido. É uma atitude contra a liberdade de expressão e de cátedra e não deve ser aceita pelo governo."
Controvérsias
Para o filósofo Renato Janine Ribeiro, professor de Ética e Filosofia Política da USP e ex-ministro da Educação, de abril a setembro de 2015, a proposta fere o próprio conceito de educação. "A pretexto de reduzir algum caráter ideológico do ensino, essa proposta coloca em risco todo o ensino. No limite, não se vai poder falar de ciência, do que as ciências sociais e políticas descobriram nos últimos 200 anos. Isso é contra a modernidade", disse.
"As ciências humanas têm estudos do socialismo ao capitalismo. Não se pode confundir o ensino das controvérsias que existem na ciência com ideia de doutrinação ou com partido político. Isso é um golpe contra o conhecimento. Estudar Karl Marx é necessário nas ciências sociais, mas não quer dizer quem estuda Marx vira marxista. Não é à toa que quem propõe isso não é exatamente uma referência científica ou em educação", complementou.
"Considero um sinal perigoso que o ministro aceite dialogar sobre educação com quem não tem contribuições a fazer sobre educação", disse.
Resposta
"Este ministério comporta a pluralidade e o respeito humano a qualquer cidadão", justificou-se o ministro Mendonça Filho, destacando que as reações gerais ao encontro teriam sido exageradas e configurariam "discriminação" com o ator. "Não discrimino ninguém, porque respeito a liberdade de cada pessoa para fazer suas escolhas de vida."
O ministro relatou que conheceu Frota e o "pessoal" do Revoltados Online durante os atos pró-impeachment de Dilma Rousseff. "Não vejo problema na visita.
Discriminação é algo tão abominável e tão mal visto por todos os cidadãos com postura civilizada, que o fato de receber um ator como Alexandre Frota é uma questão que absolutamente deve ser respeitada", falou, julgando-se uma pessoa "não sectária".

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