quinta-feira, 21 de abril de 2016

Ibama suspende licenciamento de usina no Pará

Bandeira do Pará em barco no Rio Tapajós

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) suspendeu o processo de licenciamento da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, projeto de R$ 32 bilhões, prevista para ser construída no Rio Tapajós, no Pará. A decisão foi tomada pela presidente do Ibama, Marilene Ramos, e comunicada oficialmente à diretoria da Eletrobrás na quarta-feira.

Em sua decisão, Marilene frisa que estudos técnicos encaminhados pela Fundação Nacional do Índio (Funai) ao Ibama, em 26 de fevereiro, apontaram a inviabilidade do projeto, por causa do impacto do reservatório em terras indígenas.

Na quarta-feira, a Fundação Nacional do Índio (Funai) publicou no Diário Oficial da União o reconhecimento da terra indígena Sawré Maybu, área dos índios mundurucu, localizada entre os municípios de Itaituba e Trairão, no Pará.

Seu relatório pede a demarcação de uma área de 178 mil hectares. O processo, que ainda depende de um decreto presidencial para ser concluído, entrou em fase de contestação e esclarecimentos, etapa que vai durar 90 dias.

São Luiz do Tapajós geraria, em média, 4.012 megawatts por ano, energia suficiente para atender mais de 20 milhões de domicílios.


Facebook pode permitir que usuários lucrem com posts

Logo do Facebook

Há algum tempo, falamos sobre a Gaption, uma rede social que propõe a "troca de likes por dinheiro", em uma alternativa em que os usuários ganhem dinheiro com sua atuação na plataforma (relembre aqui).

Esse recurso parace estar distante do modelo que conhecemos atualmente, principalmente do Facebook, mas uma pesquisa da própria companhia de Zuckerberg despertou a dúvida sobre um possível interesse em transformar a comunidade em gerador de renda para seus membros.

Pelo menos foi isso que o site norte-americano The Verge notou quando Casey Newton, um de seus repórteres, recebeu um questionário do Facebook com perguntas sobre como ele encararia a possibilidade de ganhar dinheiro com seus posts na plataforma. Newton tem um perfil verificado na rede social.

A mensagem dizia: "Considere as seguintes opções para promover sua causa ou ganhar dinheiro com seu perfil pessoal no Facebook. Qual delas poderia lhe interessar?". Entre as opções, está a criação de um botão "tip jar", através do qual os próprios seguidores poderiam doar gorjetas ao dono do perfil. Outra possibilidade seria a de ganhar uma fatia daquilo que Facebook lucra com anúncios graças a um post daquela conta.

É claro que se trata apenas de uma pesquisa, o que não dá nenhuma garantia de que a empresa esteja de fato pensando em começar a viabilizar essa monetização por parte dos usuários, mas o interesse do Facebook no assunto chama a atenção e faz com que fiquemos de olho nas próximas movimentações da rede. Caso se torne realidade, é muito provável que só ocorra para páginas verificadas, as que normalmente geram mais engajamento.

Desperdício de dinheiro público não se restringe a estádios

Aeroporto de São José dos Campos

 A Copa do Mundo de 2014, como se sabe, deixou muitos elefantes brancos no país. Os estádios de Brasília e Cuiabá estão às moscas. Mas exemplos de megalomania e desperdício de dinheiro público não se restringiram às arenas de futebol. Em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, o aeroporto passou por uma grande reforma porque a cidade foi escolhida como subsede do evento.

A expectativa era que uma das seleções escolhesse São José dos Campos como centro de treinamento (o que acabou não ocorrendo) e que muitos turistas se hospedassem na cidade, por sua proximidade de São Paulo e Rio de Janeiro. A estatal Infraero, que administra o aeroporto, investiu quase 17 milhões de reais na ampliação da área e da capacidade do terminal, de 200 000 para 2,7 milhões de passageiros por ano.

 Os investimentos não deram retorno. Em 2014, o aeroporto recebeu apenas 86 000 passageiros, o que levou a companhia aérea Azul a encerrar seus voos no final daquele ano. Só restou a TAM, mas não por muito tempo — a empresa deixará de operar no local em 1o de junho. O aeroporto continuará recebendo só jatos particulares.

Esta é a gênese da inimizade entre Bolsonaro e Jean Willys



O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) participa de sessão para votar o pedido de cassação do mandato do deputado André Vargas

A cusparada do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) na cara do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) - durante a votação do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) – está dando o que falar nesta semana.

A inimizade, contudo, não vem de hoje. Ela remonta ao confronto de posicionamentos opostos na Câmara dos Deputados.

De um lado está Bolsonaro: um ex-capitão do Exército que não economiza falas polêmicas em relação a pautas de direitos humanos. Ainda assim, foi o deputado federal mais votado do estado do Rio de Janeiro nas eleições de 2014 e já acumula 25 anos ininterruptos no Congresso Nacional.

Do outro, Jean Wyllys: o ex-BBB – também eleito pelo RJ - está em seu segundo mandato na Câmara dos Deputados e foi eleito com mais de 144 mil votos na última eleição. Em sua alçada, o deputado defende direitos humanos e os direitos LGBT.

1. O início de tudo 

O confronto de opiniões começou em meados de 2011 durante uma audiência sobre segurança pública na Câmara.

Bolsonaro fez críticas ao projeto do governo federal em distribuir material anti-homofobia nas escolas. Em resposta, Wyllys disse que se sentiu ofendido.

Bolsonaro retrucou: “O problema é seu. Eu não teria orgulho de ter um filho como você” – em referência a orientação sexual do deputado.

Desde então, outros momentos elencaram as desavenças entre os congressistas.

2. A polêmica do kit anti-homofobia

Por mais de uma vez, Jair Bolsonaro fez panfletagem contra o material anti-homofobia em escolas e residências cariocas.

“Meninos e meninas, alunos do 1º Grau, serão emboscados por grupos de homossexuais fundamentalistas, levando aos nossos inocentes estudantes a mensagem de que ser gay ou lésbica é motivo de orgulho para a família brasileira”, afirmava o texto de um dos panfletos.

A prática do congressista gerou bate-boca com Wyllys, que é autor do projeto. De lá para cá, sobram alfinetadas entre os parlamentares nas sessões da Câmara.

Veja o trecho de uma delas proferida em junho de 2012:

Jean: Há uma violência simbólica do próprio Estado contra os homossexuais, na medida em que os exclui de direitos. E faz parte dessa violência simbólica o conjunto de discursos que demoniza, que desqualifica, que desumaniza os homossexuais.

Ao fim da palavra, Wyllys pediu para se retirar da audiência - Bolsonaro assumiria a palavra naquele momento.

Jair: Fique aqui, Jean. Fique aqui. Vamos tomar um chopinho, hoje à noite.

Quero cumprimentar a Comissão por esta audiência pública e lamentar a fuga de duas pessoas daqui, que me parece discursaram em causa própria.

O que está em jogo neste País é a esculhambação da família. É isso o que está em jogo. E são tão covardes que atacam logo as criancinhas, a partir dos 3, 4, 5 anos de idade.

Em reunião no dia 29 de junho de 2011, foi cravada uma nova discussão entre os dois. Veja algumas passagens:

Bolsonaro: Um partido que defende o ‘kit gay’ não tem moral para representar ninguém!

Há alguém do PSOL aqui dentro? Algum Parlamentar? Há um Parlamentar aqui. Inclusive vou mostrar uma fita em que V.Exa. [Jean Wyllys] está respondendo que não fica chateado quando é chamado de veado. Isso, logicamente, não engrandece o nosso Parlamento.

Wyllys: Quero dizer que os pais e mães de LGBTs neste País não têm orgulho de seus filhos é ofender a dignidade dessas famílias, que são famílias e que devem ser, portanto, protegidas e tuteladas pelo Estado contra a violência simbólica e o estímulo ao ódio praticados pelo Deputado Jair Bolsonaro.

Então, é nesse sentido que eu tenho orgulho de ser chamado de “veado” por um outro veado; não, pelo senhor. O senhor tem que levar a boca antes mesmo de pronunciar essa palavra.

3. Um desafeto senta ao lado

No dia 7 de abril do ano passado, em um voo que partia do Rio de Janeiro com destino a Brasília, Jean Wyllys ocupava uma poltrona ao lado do assento que, segundo Bolsonaro, tinha sido agendado para ele.

Ao ver que seu desafeto público iria sentar ali, o deputado do PSOL trocou de lugar.

A cena foi devidamente filmada pelo parlamentar do PSC:

Índia vai prender quem fizer selfies na frente de trens

Taj Mahal, na Índia

 A Polícia do distrito de Agra, no norte da Índia, informou nesta quinta-feira que deterá por "tentativa de suicídio" quem fizer selfies na frente de trens, depois que três jovens morreram na sexta-feira passada enquanto tiravam fotos nos trilhos de uma ferrovia de uma cidade próxima.

"Se alguém tentar tirar uma selfie na plataforma da estação ou nas vias quando o trem estiver vindo, é como um suicídio e essa pessoa será detida sob a seção 309 (do Código Penal) por tentativa de suicídio", disse à Agência Efe o vice-superintendente da Polícia de Ferrovias de Agra, Raj Kumar Gautam.

A seção 309 contempla penas de prisão de até um ano, além de multa.

O policial de Agra, onde fica o mausoléu Taj Mahal, um dos monumentos mais visitados do mundo, advertiu que este tipo de comportamento nas estações de trem não só "põem em perigo" a vida do infrator, mas também a de "outros".

"Aconteceram alguns casos de pessoas que morreram tentando tirar selfies em vias e plataformas", lembrou.

No último destes casos, dois jovens morreram há uma semana na cidade de Mirzapour, no estado de Uttar Pradesh, enquanto tiravam fotos quando um trem passava.

Dois deles morreram enquanto tentavam se fotografar nas vias do trem com a locomotiva e um terceiro de 45 anos foi atropelado enquanto olhava a cena e também faleceu.

As estações, instalações e vias do sistema de ferrovias costumam ser facilmente acessíveis e têm pouca vigilância na Índia, o que gera um alto número de acidentes por ano.

Nos bastidores, petistas se articulam para novas eleições

Ativistas mostram apoio ao PT na Esplanada dos Ministérios em Brasília - 20/03/2016

 Embora o presidente nacional do PT, Rui Falcão, tenha dito nesta semana que o partido não vai discutir a proposta de realização de novas eleições por se tratar de prerrogativa exclusiva da presidente Dilma Rousseff, setores da sigla mantêm as articulações em torno da alternativa.

A posição oficial do partido obedece à estratégia definida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tem o objetivo de não desrespeitar Dilma, já que a proposta implica a abreviação do mandato da presidente e só poderia partir dela mesma.

Dilma não tem demonstrado empolgação, mas também não descartou definitivamente a possibilidade. Em conversa com jornalistas, na semana passada, disse ter "respeito" por uma solução que "passe pelo voto popular". Já na entrevista coletiva concedida na segunda-feira, desconversou e disse que a proposta não está colocada.

Pelo plano traçado por Lula, governo e PT se afastam do assunto e miram no discurso na possibilidade (remota) de reverter a decisão da Câmara no Senado e na deslegitimação de um eventual governo Michel Temer (PMDB).

Em outra frente, senadores petistas continuam as articulação em torno da proposta no Congresso e com outros partidos como a Rede e movimentos sociais mantêm o assunto aceso na sociedade. Anteontem, Guilherme Boulos, do MTST, defendeu diante de Lula a realização de novas eleições durante reunião do diretório nacional do PT. A decisão final, que cabe a Dilma, só deve ser tomada às vésperas da votação no Senado

PEC que determina novas eleições é vista como golpe

Urna eletrônica

 A Proposta de Emenda à Constituição 20/2016, que determina a realização de novas eleições gerais em outubro de 2016, foi alvo de críticas do núcleo duro do vice-presidente Michel Temer, que passou o dia de ontem em São Paulo.

Presidente do PMDB e um dos principais operadores políticos de Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) classificou ontem como "golpe" a iniciativa. "O partido vê como uma tentativa de golpe. Qualquer redução ou ampliação de mandato é inconstitucional e fere cláusulas pétreas", afirmou o peemedebista. Jucá passou o dia de ontem em São Paulo reunido com Temer no escritório político do PMDB, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo.

A PEC é defendida pela ex-ministra Marina Silva, por um bloco senadores não alinhados com o governo e a oposição e por setores do PT. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Marina lideram as pesquisas de opinião sobre a eleição presidencial de 2018.

Já o PSDB, maior partido de oposição ao governo, rejeita a proposta, apesar de ter entrado com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral para cassar o mandato da chapa Dilma-Temer. Se o pedido for acolhido pelo colegiado ainda em 2016, Temer perderia o mandato e novas eleições seriam convocadas.

A proposta de um novo pleito foi defendida pelo PSDB até o começo deste ano, quando a legenda mudou de estratégia e passou a apoiar o impeachment. Na época, a mudança de discurso fez o partido ser chamado até por tucanos de "errático".

O ideia também foi defendida publicamente, no começo do mês, pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RR). Aliado de Temer, ele usou a tribuna do Senado para dizer que a realização de um novo pleito com as eleições municipais de outubro atenderia ao clamor das manifestações populares contra o governo.

China desenvolve braços robotizados para estação espacial

china

 A China está desenvolvendo braços robotizados para usar em estações espaciais, o primeiro dos quais poderia ser usado na instalação que planeja pôr em órbita nos próximos anos, anunciaram nesta quinta-feira fontes oficiais.

Técnicos e cientistas chineses já construíram um primeiro protótipo de dez metros de extensão, cuja extremidade final não estaria fixado à estação, segundo informou a agência oficial "Xinhua" citando fontes da Corporação da Ciência e da Tecnologia Aeroespacial da China (Casc).

Ao não ser fixado, e graças a suas sete articulações motorizadas, o braço poderia se movimentar de forma similar a uma serpente pela superfície da estação para alcançar qualquer lugar da instalação.

Outras fontes informaram que a entidade está desenvolvendo dois diferentes tipos de braços robotizados, um que seria operado do módulo central e outro do módulo experimental da estação.

A agência espacial chinesa deve lançar uma missão tripulada na segunda metade deste ano, que vai representar o retorno dos astronautas chineses à órbita terrestre após outras cinco missões deste tipo entre 2003 e 2013.

A China prevê lançar em 2018 o módulo central de sua futura estação espacial, uma instalação que estaria em funcionamento em 2022, segundo as atuais previsões oficiais.

O segredo da franquia Rei do Mate para crescer na crise

Rei do Mate

Kalil Nasraui e Antonio Nasraui, donos do Rei do Mate

 Quem não conhece a marca Rei do Mate? Presente em 80 cidades do país, esta tradicional rede de cafeterias tem em seu carro chefe de vendas o mate gelado e o pão de queijo – por mês, a rede comercializa nada menos que 8 milhões de unidades do salgado, 1,7 milhão de copos de chá e 80 toneladas de açaí.

Com números tão impressionantes, não seria de espantar se os donos da rede quisessem apenas administrar seus ganhos, sem mexer no time que está ganhando, certo? Mas não é assim que acontece. Com 342 unidades, a rede continua em busca de franqueados para expandir ainda mais, além da preocupação constante com a atualização da marca.

Como fazer isso? “Inovação o tempo inteiro. Precisamos sempre lançar coisas novas, estamos sempre muito antenados com o mercado”, afirma Antonio Nasraui, diretor comercial da marca e filho de seu fundador, o empresário Kalil Nasraui.

História

Nascida em 1978, numa época em que o Brasil ainda não sabia o significado da palavra franchising, o Rei do Mate passou mais de uma década com apenas duas loja no centro de São Paulo, fazendo sucesso entre patrões e empregados com seu mate gelado.

O negócio era apenas uma das atividades do empreendedor Kalil Nasraui, que também teve camisaria, posto de gasolina e lojas de artigos de Natal. E talvez permanecesse assim, se não tivesse chamado a atenção do filho Antonio.

Formado em economia e direito, o jovem decidiu que seu futuro profissional estaria longe dos escritórios de advocacia e começou a trabalhar com o pai em 1991. No ano seguinte, o Rei do Mate vendia sua primeira franquia. “A gente tinha duas lojas na avenida São João e as pessoas saíam da cidade inteira para ir tomar mate lá. Era um negócio com muito potencial”, lembra Antonio Nasraui.

De lá para cá, muita coisa mudou no mundo do franchising, lembra. “O setor se profissionalizou, cresceu, foram criadas regras, e hoje o Brasil é um dos maiores mercados de franquias do mundo”, analisa.

Inovações

Outra coisa que mudou bastante foi a mentalidade do mercado. No início, Antonio Nasraui conta que o Rei do Mate não divulgava a sua origem paulistana da gema. “Cheguei a ouvir de uma síndica: ‘Com esse nome vocês não vão lugar nenhum. O que pega são nomes em inglês’”, lembra o empreendedor.

Hoje é bem diferente. As lojas da rede dão destaque para sua história e ainda buscam outras formas de reforçar seu caráter 100% nacional, num cenário com diversas marcas estrangeiras buscando espaço por aqui.

“Fizemos várias parcerias com artistas brasileiros. O Ziraldo criou o reizinho maluquinho, Alexandre Herchcovitch e Ronaldo Fraga desenharam uniformes para nossa equipe, Romero Britto e Gustavo Rosa desenvolveram a arte para nossos copos”, elenca Antonio Nasraui.

Ele é a cabeça por trás das novas ideias do Rei do Mate. Além das parcerias com artistas, em breve a rede terá wi-fi grátis em todas as suas unidades, com o objetivo de reter o cliente por mais tempo em suas lojas. “Quem quiser trabalhar num café, por exemplo, poderá procurar nossas lojas. Precisamos inovar sempre”, afirma.

Futuros franqueados

O plano da rede é fechar 2016 com mais 20 a 25 unidades franqueadas. Segundo Antonio Nasraui, a crise econômica não é empecilho. “Quando nós não estivemos em crise?”, brinca. No ano passado, o Rei do Mate abriu 22, mas fechou 16 lojas, um número recorde para a marca.

Porém, os donos não se desesperam com o cenário político-econômico. “Nosso ticket é baixo. Num momento de crise, o consumidor deixa de comprar itens mais caros, mas não deixa de gastar com o pão de queijo”, explica.

Quem estiver interessado em abrir uma unidade da marca precisa estar preparado para trabalhar duro, avisa. “Se a pessoa não gosta de comércio, esquece. Também não funciona para a pessoa que quer deixar tudo na mão de funcionário e só passar no fim de semana. Tem que operar o negócio”, afirma. O investimento para abrir uma loja vai de 250 mil a 500 mil reais.

Partidos dizem que repasses de empreiteira foram legais

Eleitor confirmando o voto após votação do segundo turno das eleições, em Fortaleza 

  PT, PSDB, PMDB e PSD negaram ontem haver irregularidades nos recursos recebidos da Andrade Gutierrez. A empreiteira, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que não iria comentar o caso.

O PT, que aparece com maior volume de recursos recebidos (R$ 91 milhões), afirmou que "todas as doações eleitorais recebidas pelo partido aconteceram estritamente dentro da legalidade e foram posteriormente declaradas à Justiça Eleitoral".

O PSDB, segundo maior beneficiário, de acordo com as investigações, afirma que os repasses são legais e sem vínculo com ilícitos. "As doações realizadas ao PSDB constam nas prestações de contas do partido nos respectivos anos em que ocorreram. É importante ressaltar que foram doações que não tiveram como contrapartida quaisquer contratos em estatais ou na área pública e, portanto, não devem ser confundidas com doações resultantes de pagamento de propina e que se encontram sob investigação da Justiça."

O PMDB informou, por meio da assessoria de seu presidente, o senador Roméro Jucá (RR), que suas contas foram aprovadas pelo TSE. "O PMDB sempre arrecadou recursos seguindo os parâmetros legais em vigência no País. Doações de empresas eram permitidas e perfeitamente de acordo com as normas da Justiça Eleitoral nas eleições citadas. Em todos esses anos, após fiscalização e análise do Tribunal Superior Eleitoral, todas as contas foram aprovadas, não sendo encontrado nenhum indício de irregularidade."

O PSD também afirma que todos os recebimentos foram "legais e declarados à Justiça Eleitoral". Os demais partidos ou não responderam aos questionamentos ou seus representantes não foram localizados.

PF apura doações da Andrade a 19 partidos políticos

Andrade Gutierrez

A Polícia Federal elaborou um laudo, anexado nesta semana aos autos da Operação Lava Jato que apuram o envolvimento da empreiteira Andrade Gutierrez no esquema de cartel e corrupção na Petrobrás, com o registro de R$ 292,6 milhões em doações eleitorais e partidárias, entre 2008 e 2014, para 19 partidos, entre eles PT, PSDB, PMDB, PP e PSB, entre outros.

São dados oficiais da contabilidade do grupo que servirão para a força-tarefa buscar provas de que propina desviada da estatal irrigou legendas de maneira oficial.

"Tendo em vista que as investigações realizadas no âmbito da Operação Lava Jato indicam que foram utilizadas empresas de prestação de serviços (consultoria, advocacia, engenharia e correlatas) para viabilizar pagamentos indevidos a funcionários da Petrobrás e a agentes públicos, e considerando que pagamentos realizados pela Construtora Andrade Gutierrez a empresas investigadas por lavagem de capitais ou a partidos políticos e a agentes públicos foram contabilizados, primordialmente, em contas contáveis de ‘doações’, ‘aluguéis’ e ‘prestação de serviços por pessoa jurídica’, ‘procedeu-se à compilação dos principais pagamentos realizados através dessas rubricas contábeis", informa o laudo pericial criminal 10/2016, da PF, em Curitiba.

Executivos da Andrade Gutierrez fecharam acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Eles estão relatando o envolvimento do grupo na formação de cartel e em pagamentos de propina a agentes públicos e políticos. Um dos itens é sobre a ocultação de valores por meio de doações eleitorais e partidárias oficiais. Otávio Marques Azevedo, ex-presidente do grupo, apontou o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto como um dos nomes responsável pelas cobranças. O ex-tesoureiro nega as declarações.

Partidos

Na lista de doações da empreiteira Andrade Gutierrez, o PT é o partido que aparece com maior volume de recursos recebidos, R$ 91 milhões - equivalente a 31%. O PSDB é o segundo, com R$ 72,2 milhões (24%), seguido do PMDB, com R$ 63,5 milhões (21%). São dados lançados oficialmente na contabilidade interna.

Entre os que mais recebem há ainda o PSB (R$ 20,6 milhões), o PP (R$ 8,6 milhões), DEM (R$ 6,2 milhões) e o PSD (R$ 5,8 milhões). Há também o registro de R$ 2 milhões, nos anos de 2010 e 2014, em nome de "Partido não especificado".

O laudo 10/2016, que lista as doações da empreiteira, é de 25 de fevereiro e foi elaborado pelos peritos criminais federais Daniel Paiva Scarparo, Audrey Jones de Souza e Ivan Roberto Ferreira Pinto. Ele toma como base os dados oficiais lançados na contabilidade da empresa, a partir da quebra do sigilo feita pela Receita Federal.

Chama a atenção dos investigadores da Lava Jato que dos R$ 292,6 milhões doados pela Andrade Gutierrez, R$ 140 milhões circularam pela conta contábil Overhead, que é considerada um caminho para pagamentos de valores para empresas usadas para lavagem de dinheiro da Petrobrás.

Por essa mesma conta contábil, diz o laudo da PF, circularam valores para 12 empresas que era usadas para "prática de lavagem de capitais e/ou pelo recebimento dissimulado de recursos" por operadores de propina, entre eles Adir Assad, Fernando "Baiano" Soares, Mário Góes e Júlio Camargo.

 

Tocha Olímpica dos Jogos do Rio é acessa

Tocha olímpica é acessa na Grécia em 21/04/2016

 A contagem regressiva para o início dos Jogos do Rio ganhou um marco nesta quinta-feira com a realização da tradicional cerimônia oficial de acendimento da chama olímpica na histórica cidade grega de Olímpia, que foi o berço dos Jogos da Antiguidade e fica a aproximadamente 300 quilômetros de Atenas.

A cerimônia marcou o começo de uma viagem de 15 semanas do sul da Grécia até o estádio do Maracanã, que será o palco da cerimônia de abertura da Olimpíada do Rio, marcada para 5 de agosto - o evento se encerrará no dia 21.

Membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) e do Comitê Organizador da Olimpíada acompanharam a cerimônia na Antiga Olímpia, onde se celebrou o evento esportivo mais destacado da antiguidade durante cerca de mil anos.

Os organizadores da Olimpíada e o COI expressaram sua confiança de que o Brasil poderá superar os atuais problemas políticos para realizar uma edição da Olimpíada, a primeira na América do Sul, com êxito. "Esses Jogos serão uma mensagem de esperança em momentos difíceis", declarou o presidente do COI, Thomas Bach.

A chama foi acesa por uma atriz - Katerina Lehou - no papel de sacerdotisa, numa cerimônia em que os atores utilizavam os trajes típicos do período dos Jogos da Antiguidade e em que foram hasteadas as bandeiras do Brasil, da Grécia e da Olimpíada. Além disso, várias autoridades discursaram.

O primeiro atleta a carregá-la foi o grego Eleftherios Petrounias, campeão mundial de ginástica artística nas argolas e um dos principais rivais de Arthur Zanetti, que recebeu a chama de Lehou. Posteriormente, ela foi repassada ao ex-joogador de vôlei Giovane Gávio, campeão olímpico em 1992 e 2004, que acabou sendo o primeiro brasileiro a portá-la.

Agora o revezamento da tocha olímpica visitará a Grécia durante seis dias, antes de ser entregue às autoridades brasileiras em Atenas em 27 de abril. Depois de uma breve parada na Suíça, onde passará pela sede da Organização das Nações Unidas e pelo Museu Olímpico,a chama começará a sua viagem pelo Brasil em 3 de maio.

Durante a cerimônia de acendimento, o presidente do Comitê Olímpico do Brasil e do Comitê Organizador da Olimpíada, Carlos Arthur Nuzman, prometeu que o evento unirá o País e vai "fazer história". O Brasil já navegou "algumas das águas mais difíceis que já viu o movimento olímpico", disse Nuzman.

O País está envolvido em uma grave crise política e em uma profunda recessão econômica. Nuzman destacou que os primeiros Jogos realizados na América do Sul transmitem uma mensagem que "pode e conseguirá unir" o Brasil.

PMDB prepara plano para a política da área social

O vice-presidente Michel Temer em Brasília. Em 05/05

O PMDB prepara um documento com diretrizes para sua política social, a ser implantada caso o impeachment da presidente Dilma Rousseff seja aprovado no Senado e o vice Michel Temer venha a assumir a presidência.

O plano se chama Travessia Social e deverá conter, entre outras coisas, políticas para geração de emprego e renda e a previsão de ampliação do valor do benefício do programa Bolsa Família, além de mecanismos de reingresso dos beneficiados ao mercado de trabalho.

Conforme revelou o Estado na última terça-feira, a área social é um dos eixos fundamentais do novo plano de governo que o grupo de Michel Temer elabora para o País caso venha a ocupar a Presidência.

O plano para área social foi elaborado pela Fundação Ulysses Guimarães sob a coordenação do ex-ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, presidente da entidade.

Trata-se de um documento nos moldes do Uma Ponte Para o Futuro, que contém a linha de pensamento do partido para setores da macroeconomia, mas voltado para a área social. O texto contou com a participação de ao todo 30 pessoas, entre eles o economista Ricardo Paes de Barros, cotado para assumir ministério num eventual governo Temer.

"Está praticamente pronto. Só estamos esperando o momento oportuno para lançar", disse Moreira Franco, lembrando que qualquer movimentação de auxiliares próximos ao vice-presidente Michel Temer está sendo interpretada como golpista.

Segundo o ex-ministro, o plano estabelece políticas públicas para os 5% da população brasileira que depende do setor público. "O programa Bolsa Família, por exemplo, está defasado. Não considerou a inflação do período. Seu último aumento foi em 2014 e hoje está em 77 reais".

Conforme mostrou o Estado, Temer escolheu a área social como prioridade numa resposta às acusações que sofreu do PT e do Palácio do Planalto de que planeja acabar com o Bolsa Família e outros programas.

O vice-presidente quer fazer uma reformulação do setor, sem eliminar políticas publicas. Daí a ideia de indicar Paes de Barros, um dos criadores do Bolsa Família, para a eventual equipe ministerial do peemedebista. Outros eixos fundamentais serão infraestrutura e economia.

Manifestante joga ovo em comitiva de Alckmin

Geraldo Alckmin fala sobre perspectivas e investimentos para 2016

 Um manifestante atirou ontem um ovo em direção ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), quando ele discursava em Jundiaí, no interior paulista.

O governador falava sobre obras na rodovia Anhanguera e um grupo de manifestantes protestava ao lado do palanque. Integrantes da comitiva do governador foram atingidos pelo ovo. Alckmin não foi atingido, mas chegou a interromper o discurso e olhar na direção dos manifestantes.

O atirador do ovo foi detido por seguranças e levado à uma delegacia da Polícia Civil. Ele vai responder pelo crime de injúria - a polícia não divulgou a identidade do suspeito.

A manifestação teria relação com as denúncias de fraude na merenda escolar que envolveriam agentes públicos ligados ao governo tucano.

Operação

A Operação Alba Branca, investigação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual, desbaratou uma quadrilha que montava cooperativas de fachada para fornecer produtos - entre eles, ovos - à merenda escolar com preços superfaturados.

A Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), de Bebedouro (SP), é acusada de estar à frente do esquema que teria se infiltrado em pelo menos 22 prefeituras e mirava em contratos da Secretaria da Educação do Estado. Conforme as investigações, para ganhar os contratos, a cooperativa pagava propina a agentes públicos.

Apuração

Em Campinas, antes de seguir para Jundiaí, Alckmin afirmou que foi o próprio governo estadual que descobriu a fraude, por meio de investigação da Polícia Civil. "Aí, o Ministério Público entrou na apuração, que está sendo rigorosa", disse o tucano.

O governador informou que o programa de aquisição de alimentos para a merenda escolar foi criado para beneficiar pequenos produtores rurais, mas a cooperativa desvirtuou o processo de licitação.

Segundo o governador, não há provas do envolvimento de pessoas de seu governo no esquema alvo da Operação Alba Branca. "Se houver, será punido", disse. Alckmin afirmou ainda que não houve prejuízos para o Estado em razão das fraudes em contratos da merenda escolar. "Os suspeitos já foram presos e, se tiver mais gente envolvida, também vai responder.

Dilma deve R$ 400 mi a SP e Haddad pode depender de Temer

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad

  dívida do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo Dilma Rousseff, chega a R$ 400 milhões com a Prefeitura de São Paulo. Na expectativa de que o montante fosse reembolsado, a gestão Fernando Haddad (PT) gastou recursos próprios para executar seus planos - é como fazer obras e usar o "cheque especial". Com a queda da arrecadação municipal e a inflação em alta, as reservas municipais neste ano só serão suficientes para concluir projetos já iniciados. Agora, Haddad poderá ficar dependente de um eventual governo Michel Temer para cumprir suas metas.

A Prefeitura usou recursos do Tesouro municipal, que seriam devolvidos aos cofres públicos quando a verba do PAC chegasse. Usado em outros municípios e Estados, o "cheque especial" da capital, porém, estourou e não há mais crédito para fazer novos investimentos públicos. Ficou de fora, por exemplo, a construção de 150 quilômetros de ônibus, prometidos em 2012, durante a campanha eleitoral de Haddad.

"Não sei qual vai ser o comportamento (de um governo Temer). Primeiro, teria de ter o impeachment. Na eventualidade do impeachment, vai ter de ser anunciado o que será feito. Não sei qual será o ministro da Fazenda, qual será o plano econômico, se vai querer gerar emprego, aumentar o desemprego. Não sei. Depende da política econômica", afirmou o prefeito, ao ser questionado sobre riscos de mais atrasos nos repasses do PAC.

"O atraso no fluxo (de pagamentos do PAC) não é uma questão de São Paulo, é uma questão do Brasil todo. Há vários entes federativos na mesma situação", disse Haddad, que já havia feito cobranças ao governo Dilma por mais celeridade nos repasses, ao lembrar que outros entes também fizeram obras nesse "cheque especial" dos recursos.

O contingenciamento de verbas do PAC começou no ano passado, diante da desaceleração da economia, antes do agravamento da crise política. "Os reembolsos não estão acontecendo, mas isso não nos impede de concluir obras em curso. O que inviabilizaria é a abertura de obras que estão licitadas e licenciadas e aguardam o reembolso para serem iniciadas", afirmou Haddad.

O Ministério das Cidades, gestor da maior parte do PAC, informou, em nota, que "está fazendo todo o esforço para que os repasses sejam feitos no menor prazo possível, atendendo às medições das obras e conforme a liberação orçamentária do governo federal".

Orçamento. A receita da Prefeitura de São Paulo, no primeiro trimestre deste ano, teve uma queda real - corrigida pela inflação - de 8,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Até março, foram arrecadados R$ 12,5 bilhões, ante R$ 13,6 bilhões em 2015.

O secretário municipal de Finanças, Rogério Ceron, destacou a queda na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). "Isso é resultado da recessão que atinge o Estado desde 2014, com queda maior na indústria", disse. O repasse do ICMS, que é feito pelo governo do Estado aos municípios, caiu cerca de 2%.

Para evitar cenário pior, a Prefeitura fez no ano passado três programas de renegociação de dívidas e de recadastramentos que contiveram tombos também no Imposto sobre Serviços (ISS) e no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), que também caíram.

Ceron lembrou que a situação estaria pior caso a Prefeitura e a União não tivessem feito acordo para renegociação da dívida pública.

No primeiro trimestre deste ano, a cidade já deixou de pagar cerca R$ 300 milhões ao governo federal - de R$ 600 milhões no primeiro trimestre de 2015 para R$ 300 milhões neste ano. "É uma economia de quase R$ 100 milhões por mês"

Rihanna supera Beatles em ranking de hits de todos os tempos

Cantora Rihanna durante evento em Beverly Hills

A estrela do pop Rihanna ultrapassou os Beatles como a artista que liderou a lista de singles nos Estados Unidos pelo segundo período mais longo.

"Work" (trabalho), canção de Rihanna que conta com a participação do rapper Drake e é a primeira faixa do seu álbum mais recente, "Anti", completou nove semanas no topo do ranking musical de singles da Billboard.

A revista Billboard, que publica o ranking semanal desde 1958, confirmou na quarta-feira que a cantora nascida em Barbados acumulou no total 60 semanas em primeiro lugar, uma a mais que os Beatles.

No entanto, Rihanna ainda está longe do primeiro posto, ocupado pela cantora pop Mariah Carey, que reinou por 79 semanas no total.

O hit de Carey "My Sweet Day", uma balada de 1995 gravada com Boyz II Men e inspirada na epidemia de Aids, chegou a ficar 16 semanas no topo da lista.

 

Sete Brasil vai pedir recuperação judicial

Presidente da Sete Brasil, Luiz Eduardo Guimarães Carneiro, na CPI da Petrobras

 Após dois anos à espera de um acordo com a Petrobras e com dívidas de R$ 14 bilhões, a Sete Brasil vai entrar com pedido de recuperação judicial.

A decisão ocorreu em assembleia de acionistas realizada ontem no Rio, onde o processo será aberto já na próxima semana. Depois de oficializar o pedido de recuperação, a empresa terá 60 dias para apresentar uma proposta aos credores e acionistas.

Em discussão desde dezembro do último ano, a opção pelo pedido de recuperação judicial só foi tomada após a mudança no voto da Petros, o fundo de pensão dos trabalhadores da Petrobrás.

Entre os grandes acionistas, o fundo dos petroleiros era o único acionista a resistir à recuperação, por orientação da própria estatal. Investidores como BTG, Funcef e Previ já reconheceram oficialmente perdas de R$ 2,6 bilhões com a empresa, e pressionavam pela recuperação judicial.

Com o Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú Unibanco, Santander e Standard Chartered, a empresa pegou empréstimos de cerca de R$ 12 bilhões. Os bancos recuperaram cerca de R$ 4 bilhões desse total em fevereiro, quando conseguiram sacar recursos do Fundo Garantidor da Construção Naval (FGCN), que garantia os financiamentos à Sete.

O restante dos débitos, porém, deve entrar como baixa nos balanços. O BB é o maior financiador. Procurados, BB e Bradesco não comentaram. Os outros não responderam até o fechamento desta edição.

A recuperação da empresa será conduzida pelo escritório de advocacia Sérgio Bermudes, além da consultoria Alvarez & Marsal, que já atuava dentro da Sete Brasil, na análise de propostas para reestruturação do contrato com a Petrobrás desde fevereiro. A previsão dos sócios da empresa é de que o processo seja aberto em uma Vara Empresarial da Justiça do Rio de Janeiro na próxima semana.

"Temos confiança que a proposta da Sete é muito consistente, pois ela tem contratos com a Petrobras, tem sondas e a estatal precisa desses equipamentos", afirmou Sérgio Bermudes.

A empresa tem duas sondas com quase 90% de avanço físico e outras seis com mais de 40% de obras concluídas. Todas as obras estão paradas desde novembro, em função das dívidas com estaleiros. O contrato original previa a construção de 28 sondas e o aluguel para a Petrobrás por 25 anos a taxas superiores às do mercado.

Com a crise na estatal, as empresas iniciaram negociações ainda em 2014 para reduzir o número de sondas, o valor das diárias e o prazo dos contratos. Os sócios investiram cerca de R$ 8,3 bilhões no projeto. Parte do investimento seria financiada pelo BNDES, mas os recursos nunca foram liberados.

Petrobras

Além de cliente, a Petrobras é sócia da empresa, com mais de 5% de participação. No último ano, a estatal registrou perdas de R$ 922 milhões com o investimento na empresa. Procurada, a petroleira não se manifestou.

A criação da Sete Brasil estava atrelada à política dos governos petistas de fomentar a indústria naval. Para a construção das sondas, as principais empreiteiras do País investiram em estaleiros em sociedade com empresas estrangeiras.

Porém, as sociedades e os investimentos da Sete são alvo de investigação da Operação Lava Jato, por suspeita de desvio de recursos para propinas

Venezuela anuncia racionamento elétrico em dez estados

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fala durante reunião em Caracas, dia 27/01/2016

A crise elétrica que afeta a Venezuela levou o governo do presidente Nicolás Maduro a anunciar nesta quarta-feira um racionamento no fornecimento de energia elétrica nos 10 estados mais populosos e industrializados do país, incluindo a região de Caracas.

"Não houve consciência das pessoas na economia residencial, motivo pelo qual será necessário aplicar um plano de administração da distribuição", sobre o qual darei os detalhes nos próximos quatro dias, anunciou o ministro de Energia Elétrica, Luis Motta Domínguez, durante uma transmissão de TV a partir da Central Hidroelétrica de Guri.

 Domínguez afirmou que Guri, que fornece 70% da energia elétrica consumida no país, "segue perdendo volume paulatinamente e está se aproximando da cota mínima operacional", o que exige o racionamento.

Motta destacou que o "maior consumo elétrico é o residencial", representando 63%, com principal demanda nos estados de Zulia, Gran Caracas, Carabobo, Aragua, Lara Bolívar, Miranda, Barinas, Monagas e Falcón.

O país com as maiores reservas de petróleo do mundo, que viveu uma dura crise elétrica em 2010, sofre apagões e racionamentos de água, aumentando as dificuldades do dia a dia.

O presidente Nicolás Maduro disse nesta quarta-feira que "lamentavelmente a economia de que necessitamos em nível residencial não foi obtida", e previu medidas para "salvar Guri" do colapso.

Caracas estava a salvo dos apagões que afetam o interior do país há vários anos, e inclusive o único plano de racionamento desenhado para a capital do país, em 2010, foi suspenso após poucos dias.

A partir de 1º de maio, os relógios serão adiantados em meia hora, com o país retornando ao horário que vigorou até 9 de dezembro de 2007, quando o então presidente Hugo Chávez fixou a hora em -4h30 GMT, em outra medida para poupar energia.

O governo também declarou as sexta-feiras dia de folga para o setor público nos próximos dois meses. Além disso, a carga horária de trabalho em ministérios e empresas públicas foi reduzida durante a semana.

Na Semana Santa, os setores público e privado foram liberados de trabalhar, o que, segundo o governo, teve um resultado bem-sucedido para poupar energia.

No início do mês, Maduro decretou a ampliação para nove horas diárias o racionamento de energia para grandes consumidores, como os hotéis, que devem gerar sua própria eletricidade. A medida teve início em fevereiro, por quatro horas, e levou as lojas a encurtar seu horário de funcionamento.

Analistas econômicos advertem que tais medidas afetam a produtividade de um país que já enfrenta uma aguda crise econômica, recessão, a mais alta inflação do planeta (180% em 2015) e escassez de alimentos.

 

Lei da Uber deve abrir vagas para 12 mil carros

App uber

A gestão Fernando Haddad (PT) estuda liberar até 12 mil carros para transporte individual de passageiros nas ruas de São Paulo. Segundo estimativas da gestão Fernando Haddad (PT), essas 'licenças' para uso legal do viário urbano serão divididas entre condutores da Uber e demais aplicativos e taxistas. A meta é alcançar 50 mil veículos no serviço e, a médio prazo, reduzir o porcentual de viagens por carro particular.

Segundo Ciro Biderman, diretor da SP Negócios, é possível que metade dessas licenças seja dada aos taxistas, por meio de alvarás permanentes. A categoria tem oferecido resistência ao projeto de lei em desenvolvimento pela gestão Haddad e pelo vereador José Police Neto (PSD) para regulamentar os aplicativos. O sorteio de novos alvarás seria, portanto, uma forma de apaziguar os ânimos.

Outra forma de valorizar os 38 mil taxistas da cidade é assegurar que veículos da Uber e demais aplicativos não obtenham aval para rodar por faixas exclusivas e corredores de ônibus. Essa vantagem, dizem os taxistas, é a única que sobrou.

Biderman afirma que a regra não vai mudar. "Os taxistas estão hoje no pior dos mundos. Sem regulação, a Uber está operando sem limites. Alguns taxistas, aos poucos, estão entendendo isso. É normal a resistência no começo, a história diz isso", afirma. Ele defende o modelo de venda de créditos para uso do viário. Pela proposta, só poderão atuar na capital empresas que se cadastrarem e pagarem por quilômetro rodado.

A gestão Haddad afirma que essa regulação pretendida por meio de lei possibilita à cidade organizar e controlar melhor o tráfego de veículos, especialmente nos horários de pico. Se aprovada, a ideia é incentivar o transporte individual em regiões periféricas, fora do pico e com veículos que levem mais de um passageiro. Nesses casos, o crédito será mais barato.

Leilão

Biderman afirma que a ideia de vender créditos por leilão foi descartada pela Prefeitura. A proposta agora é cobrar pelo uso do viário depois de realizadas as viagens. "Vamos calcular quantos quilômetros foram usados no dia seguinte e emitir um boleto com prazo de três dias para pagamento."

A nova regra deve fazer com que as viagens de Uber fiquem mais caras em São Paulo. O porcentual, no entanto, vai variar de acordo com a margem de lucro determinada pela empresa. Se aceitar cobrar menos do motorista, reduzindo assim seu lucro, o aumento pode ser pequeno. Hoje, andar de Uber pode custar até metade do preço cobrado pelos táxis.

Com a lei em vigor, a Prefeitura espera aumentar a competitividade entre as empresas. Se a Câmara aprovar a proposta de regulamentação dos aplicativos - são necessários votos favoráveis de 28 dos 55 vereadores -, a expectativa é de que outra multinacional americana, a Lyft, passe a operar no Município.

 

Denúncia contra dono do Safra é aceita

Joseph Safra

  A Justiça Federal aceitou denúncia contra o dono do Grupo Safra, Joseph Yacoub Safra, e mais cinco pessoas por suposto envolvimento em esquema de "compra" de decisões no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) - espécie de tribunal que avalia débitos de contribuintes com a Receita Federal. Eles passam agora à condição de réus e responderão a ação penal que discute sua participação em crimes de corrupção e falsidade ideológica.

Em decisão assinada no dia 14, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara em Brasília, justificou que a denúncia atende aos requisitos legais, descrevendo de modo claro e objetivo os fatos imputados a cada acusado, "não se tratando de hipótese de indeferimento da peça".

"Está demonstrada a plausibilidade das alegações contidas na denúncia em face da circunstanciada exposição dos fatos tidos por criminosos e as descrições das condutas em correspondência aos documentos constantes inquérito policial, havendo prova da materialidade e indícios da autoria delitiva", escreveu.

Segundo na lista dos homens mais ricos do Brasil, publicada pela revista Forbes, o dono do Safra pediu para ser excluído da ação por "ausência de justa causa". Contudo, o magistrado entendeu que este não é o momento adequado para análise de resposta à acusação e, sim, após o recebimento da denúncia, quando a defesa do empresário poderá apresentar os argumentos que entender pertinentes.

O juiz determinou a notificação dos réus para apresentarem alegações e documentos, além de indicar testemunhas.

Conforme a denúncia da Procuradoria da República no Distrito Federal, Lutero Fernandes do Nascimento e Eduardo Cerqueira Leite, servidores da Receita, e dois ex-funcionários do Fisco, Jorge Victor Rodrigues e Jeferson Ribeiro Salazar, teriam pedido propina de R$ 15,3 milhões para conseguir decisões favoráveis com os conselheiros do Carf.

A JS Administração de Recursos - sociedade empresarial do Grupo Safra - tinha três processos em curso no órgão, pelos quais questionava a cobrança de R$ 1,8 bilhão em tributos. O suposto pagamento de suborno teria sido negociado por João Inácio Puga, diretor da JS.

Os procuradores sustentam que, embora não tenha tratado diretamente com os "intermediários" do esquema, Safra tinha conhecimento das irregularidades. Eles argumentam que em pelo menos três conversas, interceptadas com autorização da Justiça, fica claro que Puga se reportava ao superior.

Além disso, alegam os procuradores, os processos em andamento envolvem valores que representam mais de 40% do capital do grupo, estimado em R$ 4,3 bilhões. "Um mero diretor não poderia, como realmente não o fez, tomar as decisões que envolviam dívidas correspondentes a 41,26% do capital social."

Outro lado. Em nota enviada ao Estado, a JS informou serem infundadas as suspeitas levantadas pelo Ministério Público Federal. A empresa sustentou que "nenhum" de seus representantes "ofereceu vantagem para qualquer funcionário público". "A JS não recebeu nenhum tipo de benefício no Carf. Portanto, não há justa causa para o processo", acrescentou. O advogado de Lutero, Délio Lins e Silva, disse que seu cliente não participou de irregularidade e que, oportunamente, sua defesa será apresentada nos autos.

Renato Vieira, que representa Eduardo Cerqueira, afirmou que as alegações não são verdadeiras e que o provará ao longo do processo. A defesa de Salazar não retornou o contato do Estado. Em outra ocasião, os advogados dele "refutaram" a acusação de que teria participado de qualquer oferta ou pagamento de propina. Jorge Victor não foi localizado.

1 em 5 cidades tem casos graves de H1N1

Enfermeira prepara vacina contra gripe H1N1, dia 20/11/2009

 Pelo menos 121 das 645 cidades paulistas já registraram casos graves de H1N1, segundo boletim divulgado ontem pela Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo com detalhes sobre o perfil das vítimas da gripe. O documento revela ainda que metade dos 91 mortos pela doença neste ano viviam na capital ou nas cidades da região metropolitana.

O Estado é o mais afetado pelo surto antecipado de gripe que atinge o País. De janeiro até 12 de abril, o Brasil já registrou 1.012 casos graves de H1N1, chamados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), quadro que exige internação do paciente. Desse total, 715 (70%) pacientes foram infectados em território paulista. São Paulo também responde pelo maior número de mortes: 59% de um total de 153 registradas em todos os Estados brasileiros.

O boletim da secretaria estadual mostra que grande parte dos casos e mortes está concentrada em duas regiões do Estado: Grande São Paulo e noroeste paulista. O balanço não traz o número de vítimas por município, mas é possível ver pelo mapa apresentado no informe que a maioria dos óbitos no interior aconteceu na região de São José do Rio Preto.

O diagnóstico fez com que a secretaria antecipasse a campanha de vacinação contra a gripe nessas regiões. A imunização foi iniciada no fim de março em 67 municípios da área de Rio Preto e no dia 4 de abril na capital e na Grande São Paulo, onde 47 pessoas já morreram.

No interior, novas mortes possivelmente associadas ao H1N1 são registradas todos os dias. Somente ontem, foram notificados sete óbitos suspeitos pela doença. Dois deles foram registrados em Americana, região de Campinas.

A cidade já tem um óbito confirmado pelo vírus e investiga outros dois, ocorridos anteriormente. Em Indaiatuba, na mesma região, a morte suspeita é de um idoso de 81 anos, que tinha doenças crônicas. É a primeira vítima por H1N1 na cidade, que investiga 16 casos suspeitos da doença.

Também foram notificadas como suspeitas da gripe as mortes de duas mulheres, de 34 e 69 anos, em Araras. A prefeitura enviou amostras ao Instituto Adolfo Lutz para confirmar a infecção pelo vírus. Outro caso suspeito foi registrado em Mococa - a vítima, do sexo masculino, apresentou quadro de pneumonia aguda. Um homem de 51 anos morreu com suspeita de infecção pela gripe em São Carlos. O resultado do exame sai em 30 dias.

Perfil

Em todo o Estado, a faixa etária com o maior número de casos de SRAG por H1N1 foi a de 25 a 44 anos, segundo o boletim. Entre os mortos pela doença, a faixa de idade mais acometida foi a de 45 a 59 anos.

Cerca de 71% dos mortos tinham alguma doença crônica e 54% eram mulheres. As doenças mais presentes entre as vítimas eram diabete, problemas cardíacos e obesidade. Três gestantes morreram, além de uma mulher que havia dado à luz há menos de 45 dias. Todos esses grupos, assim como idosos e crianças de 6 meses a 5 anos incompletos, são considerados mais vulneráveis para as complicações da doença e podem vacinar-se gratuitamente na rede pública.

Pelo menos 80% dos mortos chegaram a tomar o antiviral Tamiflu, mas o início do tratamento ocorreu, em média, cinco dias depois dos primeiros sintomas - o recomendado é que isso ocorra em até 48 horas.

BCE mantém taxa de juros em 0% para impulsionar inflação

Banco Central Europeu (BCE), em Frankfurt, dia 5/04/2011

 O Banco Central Europeu (BCE) informou nesta quinta-feira que decidiu manter sua taxa básica de juros em 0%, para impulsionar a inflação.

Além disso o BCE também decidiu não alterar a taxa de juros da facilidade marginal de crédito, à qual empresta o dinheiro a um dia, em 0,25%.

Também manteve a taxa de juros para os depósitos dos bancos a um dia em -0,40%.

O BCE disse que já começou a ampliar as compras de dívida pública e privada da região do euro até uma quantidade mensal de 80 bilhões de euros mensais.

Agora o BCE se centra "na implementação das medidas adicionais de política monetária aprovadas em março", acrescentou a entidade monetária.

O presidente do BCE, Mario Draghi, dará detalhes das deliberações do conselho de governo em entrevista coletiva em Frankfurt a partir das 12h30 GMT.

"Por um lado, é possível que Draghi reafirme que as taxas de juros podem cair mais caso seja necessário e, por outro lado, que reconheça que a queda das taxas não é ilimitada", consideram os analistas da UniCredit.

Também não preveem que a reunião do Conselho do BCE vá ter hoje um grande impacto na cotação do euro em relação ao dólar.

Morador de Cabrobó, em PE, leva R$ 92,3 milhões da Mega-Sena

Apostador preenchendo um bilhete da Mega-Sena

 Um único apostador, morador de Cabrobó, no interior de Pernambuco, levou a bolada de R$ 92,3 milhões acumulada da Mega-Sena.

As dezenas sorteadas na noite de ontem, quarta-feira, dia 20, foram 01, 10, 25, 43, 50 e 56.

Por ter final zero, o concurso 1810 ainda concedeu um adicional de 22% do total do prêmio ao ganhador – o mesmo acontece a cada final cinco.

Para ter uma ideia do quanto ele teve sorte, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário com uma aposta simples, com seis dezenas e preço de R$ 3,50, e sozinho é de 1 em 50.063.860.

Segundo a Caixa Econômica Federal, se o valor do prêmio for aplicado na poupança rendimento será de mais de R$ 646.000 por mês. Também é o suficiente para comprar uma frota de 600 carros de luxo.

Além do novo milionário, o concurso contou com 266 apostas ganhadoras na quina, cada uma levou R$ 22.369,76. A quadra teve 14.324 vencedores e cada uma levou R$ 593,44.

A estimativa de prêmio deste sábado, dia 23, é de R$ 2,5 milhões.

Opep volta a discutir congelamento da produção de petróleo

Poço de petróleo

 A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) pode voltar a conversar sobre congelar a produção de petróleo na próxima reunião de junho, disse o secretário-geral da Opep, Abdallah Salem el-Badri, nesta quinta-feira.

Ele enfatizou que a Opep "continua viva" como uma força no mercado de petróleo e que as discussões sobre o limite na produção mundial serão um tópico de debate no dia 2 de junho, quando os ministros de energia das 13 nações membros do grupo se reunirão em Viena.

Badri contou que Gabão, um país do oeste africano, solicitou sua entrada na Opep. Com uma produção de 240 mil barris de petróleo por dia, Gabão pode tornar-se o menor país admitido na entidade.

Para Badri, a relação oferta e demanda de petróleo deve se estabilizar em 2017. Fonte: Dow Jones Newswires.

Capa da Economist tem Cristo Redentor pedindo socorro

Capa The Economist 23/04/16

Após a mais famosa estátua do Rio de Janeiro simbolizar a decolagem e depois a derrocada do Brasil, agora é a vez de o Cristo Redentor pedir socorro na capa da nova edição da revista The Economist. A publicação britânica traz a imagem do Cristo segurando um cartaz com a inscrição "SOS".

Em editorial, a revista diz que a presidente Dilma Rousseff tem responsabilidade sobre o fracasso econômico, mas que os que trabalham para tirá-la do cargo "são, em muitos aspectos, piores" e cita Eduardo Cunha como exemplo. "No curto prazo, o impeachment não vai resolver isso". Por isso, a revista defende novas eleições gerais.

O editorial diz que "Dilma Rousseff levou o País para baixo, mas toda a classe política também". "O fracasso não foi feito apenas pela senhora Rousseff. Toda a classe política tem levado o País para baixo através de uma combinação de negligência e corrupção. Os líderes do Brasil não ganharão o respeito de volta de seus cidadãos ou superarão os problemas econômicos a não ser que haja uma limpeza completa".

A revista diz que Dilma tem responsabilidade sobre a situação porque houve incompetência do atual governo na condução da economia, o Partido dos Trabalhadores se envolveu no esquema de corrupção da Petrobras e a presidente tentou proteger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva das investigações. As acusações contra a presidente, porém, são relativizadas quando comparadas com as existentes contra os nomes que lideram o processo de impeachment.

"O que é alarmante é que aqueles que estão trabalhando para o seu afastamento são, em muitos aspectos, piores", cita o editorial que lembra que o vice-presidente Michel Temer é filiado ao PMDB. "O PMDB também está perdidamente comprometido. Um dos seus líderes é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que presidiu o espetáculo do impeachment de seis horas no domingo. Ele é acusado pelo Tribunal Superior Federal de aceitar suborno da Petrobras", diz a revista.

Para a Economist, "não há maneiras rápidas" de resolver a situação. As raízes dos problemas políticos viriam, segundo a revista, da economia baseada no trabalho escravo do século XIX, a ditadura do século XX e o sistema eleitoral em vigor. "No curto prazo, impeachment não vai consertar isso", diz a revista.

O editorial diz que a acusação da manipulação contábil de Dilma parece "tão pequena que apenas um punhado de deputados se preocupou em mencionar isso em seus dez segundos" na votação. A revista avalia que, se Dilma for deposta por uma razão técnica, "o senhor Temer vai lutar para ser visto como um presidente legítimo pela grande maioria dos brasileiros que ainda apoiam a senhora Rousseff".

Por isso, a revista defende que uma maneira de contornar a situação seria a realização de novas eleições que elegeriam um presidente com apoio popular para executar reformas. "Os eleitores também merecem uma chance de se livrar de todo o Congresso infestado de corrupção. Apenas novos líderes e novos legisladores podem realizar as reformas fundamentais que o Brasil necessita", diz a revista.

A revista reconhece, porém, que o caminho para novas eleições não é fácil no Congresso. "Assim, há uma boa chance de que o Brasil ser condenado à confusão sob a atual geração de políticos desacreditados. Os eleitores não devem se esquecer deste momento. Porque, no fim, eles terão a chance de ir às urnas - e devem usá-la para votar em algo melhor".

 

Dilma viaja para EUA e Temer fica como presidente interino

Dilma Rousseff viaja para os Estados Unidos. Em 21/04/16

  Na manhã desta quinta-feira, 21, a presidente Dilma Rousseff viajou para os Estados Unidos, onde vai assinar o Acordo de Paris sobre o clima, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU).

Será a primeira vez que o vice-presidente Michel Temer assume a presidência da República interinamente, desde a votação favorável ao impeachment da presidente no Congresso Nacional. 

Às 6h, Dilma pedalou no entorno do Alvorada e embarcou em por volta das 9h, acompanhada por um grupo de 40 mulheres, que foram prestar apoio à presidente.

Assessores do Planalto afirmam que Dilma aproveitará o discurso na ONU, previsto para às 9h40 desta sexta-feira, no horário de Brasília, para "denunciar o golpe".

Ela também deve conceder duas entrevistas à mídia estrangeira, em Nova York.

Enquanto isso...

Temer, que tem sido chamado de “traidor” por aliados de Dilma, permaneceu em São Paulo em vez de ir para Brasília.

Nesta manhã, manifestantes do movimento Levante Popular da Juventude fizeram um ato em frente à casa dele, no Alto de Pinheiros, zona oeste da capital paulista.

Carregando cartazes com imagens de Temer, instrumentos musicais, coreografias e gritos de “Não vai ter golpe”, os manifestantes protestaram entre as 08h e as 09h da manhã.

Juiz Moro é único brasileiro na lista de influentes da Time

O juiz Sergio Moro

O juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância, foi eleito pela revista americana Time uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, ao lado de líderes com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o CEO da Apple, Tim Cook, e a cantora Adele.

O magistrado é o único brasileiro mencionado neste ano. Em 2015, a revista havia incluído na lista o empresário Jorge Paulo Lemann e o surfista Gabriel Medina. Em 2014 também não havia nenhum brasileiro, mas foram citados os presidentes do Chile, Michelle Bachelet, e da Venezuela, Nicolás Maduro, e o então presidente uruguaio Pepe Mujica. Em 2013 foram eleitos o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa e o chef de cozinha Alex Atala.

 

Instituto Vladimir Herzog pede punição de Bolsonaro

O deputado Jair Bolsonaro

 O Instituto Vladimir Herzog afirmou nesta quarta-feira, 20, em nota, que os deputados federais devem expulsar de seu convívio Jair Bolsonaro (PSC-RJ). No domingo, 17, o parlamentar, durante votação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, na Câmara, exaltou a ditadura militar e a memória do coronel reformado Carlos Brilhante Ustra, morto no ano passado e que foi chefe do Doi-Codi de São Paulo, um dos mais sangrentos centros de tortura do regime militar.

"Aos deputados federais - todos eles, de todos os partidos, seja qual for o lado em que estiveram na votação do último domingo - incumbe expulsar de seu convívio, imediatamente, uma figura abjeta como essa, que faz a apologia do crime covarde que é a tortura", afirmou o Instituto.

Ustra comandou o Doi-codi entre 1971 e 1974. Nos últimos anos, procuradores da República em São Paulo vinham tentando processá-lo por tortura e morte de vários militantes que foram encarcerados nas dependências daquela unidade militar do antigo II Exército em São Paulo. Há sete anos, Ustra é declarado torturador pela Justiça, após decisão do TJ de São Paulo.

Durante a votação do impeachment, Bolsonaro disse. "Perderam em' 1964, perderam agora em 2016. Contra o comunismo, pela nossa liberdade, contra o Foro de São Paulo, pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff, pelo exército de Caxias, pelas Forças Armadas, o meu voto é sim."

Na nota, a entidade manifestou sua indignação contra essa abominável pregação.

"Nossa Constituição é plena de razões explícitas, desde seus Princípios Fundamentais, para se impedir que Jair Bolsonaro continue a ofender e envergonhar o Brasil com sua apologia à tortura por agentes do Estado e incitação ao crime, em plena Câmara dos Deputados - pelo que deveria inclusive ser responsabilizado criminalmente", sustentou o Instituto.

Desde domingo, parte da sociedade e diversas entidades têm se manifestado contra as declarações de Jair Bolsonaro.

O procurador-geral da República Rodrigo Janot vai investigar o deputado. A iniciativa da Procuradoria-Geral da República foi divulgada nesta quarta-feira, 20 e é uma resposta as 17.853 manifestações da população questionando a conduta do parlamentar recebidas pela Procuradoria nos últimos dias.

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil informou também na quarta-feira que repudia de forma veemente as declarações do deputado. A nota do Conselho é subscrita pelo presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, e pelo presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos, Everaldo Bezerra Patriota.

"Não é aceitável que figuras públicas, no exercício de um poder delegado pelo povo, se utilizem da imunidade parlamentar para fazer esse tipo de manifestação num claro desrespeito aos direitos humanos e ao Estado Democrático de Direito", afirmou o Conselho da maior entidade da advocacia do País.

Na terça-feira, 19, o presidente da seccional da OAB no Rio de Janeiro, Felipe Santa Cruz, afirmou que a Seccional recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF) e, se necessário, à Corte Interamericana de Direitos Humanos, na Costa Rica, para pedir a cassação do mandato de Jair Bolsonaro. 

A íntegra da nota

Nossa Constituição é plena de razões explícitas, desde seus Princípios Fundamentais, para se impedir que Jair Bolsonaro continue a ofender e envergonhar o Brasil com sua apologia à tortura por agentes do Estado e incitação ao crime, em plena Câmara dos Deputados - pelo que deveria inclusive ser responsabilizado criminalmente.

Falta de decoro parlamentar é o mínimo que se lhe pode imputar, como explicita o artigo 55, item II: "Perderá o mandato o deputado ou senador cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar".

Aos deputados federais - todos eles, de todos os partidos, seja qual for o lado em que estiveram na votação do último domingo - incumbe expulsar de seu convívio, imediatamente, uma figura abjeta como essa, que faz a apologia do crime covarde que é a tortura.

O Instituto Vladimir Herzog, pela decisão unânime de seus conselheiros, manifesta sua indignação contra essa abominável pregação pelo mais vil aspecto de qualquer ditadura, já por si execrável. Conclamamos todos os cidadãos que, como nós, exaltam a democracia como valor fundamental a pressionarem os deputados federais, o STF - guardião da Constituição - todos, enfim, a livrar nosso Congresso dessa figura ignóbil que se jacta publicamente de ser criminosa

OAS diz que credores assumirão participação na Invepar

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A OAS, grupo de engenharia em recuperação judicial que é investigado pela operação Lava Jato, informou nesta quinta-feira que seus credores assumirão a participação da empresa na Invepar, de 24,48 por cento.

Segundo a OAS, foi encerrado em 20 de abril o prazo de 30 dias para que Petros, Previ e Funcef -- outros sócios da Invepar-- exercessem o direito de preferência pelas ações.

"Os fundos de pensão sócios da OAS na Invepar optaram por não exercer tal direito", disse o grupo de engenharia.

"As ações da OAS serão transferidas para a SPE Credores, organização societária a ser criada para assumir o controle da participação da fatia detida na Invepar. O prazo para essa transferência, conforme prevê o plano de recuperação, se encerra no próximo 31 de maio", disse a OAS. A Invepar atua no segmento de infraestrutura em transportes no Brasil e no exterior. Entre outros ativos, a empresa tem participação no aeroporto de Guarulhos (SP) e no metrô do Rio de Janeiro.

Desabamento de ciclovia deixa pelo menos 2 mortos no Rio

Ciclovia Tim Maia, no Rio de Janeiro

 Um trecho da ciclovia Tim Maia, que liga dos bairros de São Conrado e Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro, desabou na manhã desta quinta-feira, deixando, pelo menos dois mortos, de acordo com informações do Corpo de Bombeiros da cidade.

Inaugurada em 17 de janeiro deste ano e considerada uma obra de infraestrutura visando os Jogos Olímpicos, a ciclovia margeia a Avenida Niemeyer. A pista suspensa está a 50 metros de altura do mar, e acima de um paredão de pedras.

De acordo com as primeiras informações, cinco pessoas estavam passando no trecho que caiu. Duas delas, a princípio dois homens, morreram, e três outras ficaram feridas. As equipe de resgate, no entanto, ainda investiga a existência de um desaparecido.

A nova ciclovia tem 3,9 quilômetros de extensão e custou R$ 45 milhões. Uma extensão, de São Conrado até a Barra da Tijuca ainda seria construído.

Líder do MST-MG prevê invasões em caso de impeachmen

Manifestação do MST

 O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) em Minas Gerais vai invadir fazendas e interromper tráfego de rodovias em todo o Brasil caso o impeachment de Dilma Rousseff (PT) seja aprovado no Senado e o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assuma o mandato.

A informação é do coordenador MST em Minas, Enio Bohmenberger, que esteve nesta quinta-feira, 21, em Ouro Preto para acompanhar a entrega da Medalha da Inconfidência em Ouro Preto.

Segundo o líder do movimento, em Minas Gerais já foram escolhidas as fazendas que serão invadidas em caso de impeachment. Bohmenberger não acredita, porém, que a saída da presidente do governo já esteja consolidada. "Tudo vai depender da movimentação que acontecer nas ruas", afirmou. Integrantes do MST foram colocados na maior parte das cerca de 500 cadeiras reservadas à população para acompanhar a entrega da medalha em Ouro Preto. O ex-presidente do Uruguai José Mujica foi o orador da cerimônia.

Cerimônia

Depois de anunciar, em 2015, a reabertura da Praça Tiradentes para moradores e turistas na cerimônia de entrega da Medalha da Inconfidência, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), voltou este ano a restringir o acesso à área. Nesta quinta, até mesmo quem tentava passar pela praça para chegar a pousadas e residências era abordado por policiais militares e orientado a desviar da região. O acesso era feito somente com credenciais.

Cerca de 500 cadeiras foram colocadas para quem quisesse acompanhar a cerimônia a partir de uma área também com acesso controlado pela Polícia Militar. Durante as gestões de Aécio Neves (PSDB) e Antônio Anastasia (PSDB), sistema semelhante foi adotado para a cerimônia.

No ano passado, o governador Pimentel foi vaiado principalmente por professores que protestavam por aumento de salário. Morador de Ouro Preto há 18 anos, o artesão Agostinho Ferreiro da Silva, 49 anos, reclamou do esquema adotado por Pimentel e seus antecessores. "Atrapalha muito. Fica tudo parado até o fim da tarde", disse. Agostinho trabalha em uma feira próxima à praça. "Acho que fazem isso por medo de manifestações", diz o artesão.

Pimentel vem sendo alvo de protestos em Belo Horizonte desde que começou a ser investigado pela Polícia Federal dentro da Operação Acrônimo, deflagrada por suspeita de que o governador tenha recebido vantagens indevidas durante a campanha eleitoral de 2014.

Monarquia britânica tem valor estimado de US$ 84 bi

Família real no aniversário da rainha Elizabeth 

O valor estimado da monarquia britânica é de cerca de 84 bilhões de dólares, de acordo com um relatório divulgado nesta quinta-feira, no mesmo dia em que a rainha Elizabeth celebrou seu 90º aniversário.

A consultoria Brand Finance estima uma cifra total de 58,4 bilhões de libras, valor que inclui 21 bilhões de libras de ativos tangíveis, como o tesouro da Coleção Real e propriedades privadas, e 37,4 bilhões de libras de ativos intangíveis, ou seja, a contribuição de longo prazo da monarquia para a economia britânica.

De acordo com o estudo, a família real contribui com mais de um bilhão de libras para a economia britânica, agregando valor a áreas como turismo e negócios.

"(A família real) é como uma campanha de relações públicas gigante para o Reino Unido", disse o presidente-executivo da Brand Finance, David Haigh, à Reuters.

 

Ícone musical de gerações, cantor Prince morre aos 57 anos

Prince

 Um dos músicos mais emblemáticos da história da música, o cantor Prince foi encontrado morto hoje em sua casa e estúdio, no estado norte-americano de Minnesota.

Ele tinha 57 anos e a causa da morte ainda não foi confirmada.

Prince foi hospitalizado em 15 de abril, depois de seu jato particular ter de fazer um pouso de emergência em Moline, Illinois.

No dia seguinte, garantiu aos fãs que se tratava apenas de uma forte gripe forte e que já estava bem.

O músico viveu toda sua vida em Minneapolis e iniciou sua carreira com o álbum For You, lançado em 1978.

Mas ele tornou-se um fenômeno mundial nos anos 1980, com "Purple Rain" (1984), frequentemente considerado um dos melhores álbuns de todos os tempos.

Constante desafio

Nascido como Prince Rogers Nelson, ele mudou seu nome para um impronunciável "símbolo de amor", nos anos 90, e escreveu "escravo" em sua bochecha, para protestar contra as condições contratuais do selo Warner.

Considerava a tecnologia on-line um caminho de maior liberdade artística aos artistas.

Ao longo de sua carreira mais de 35 anos, ele lançou 39 álbuns e nunca parou de criar.

Desde setembro de 2014, ele lançou quatro novos registros completos com a sua mais recente banda, 3rd Eye Girl, experimentando misturas de rock psicodélico e funk intergaláctico.

Em shows recentes, feitos em Paisley Park e Austrália, se apresentou apenas com um piano. Desejar desafios era sua marca registrada.

Em março, ele havia anunciado que faria uma biografia. A editora, Random House, havia dito que a obra seria "uma viagem não convencional e poética" através da vida e da música do artista.

Resta aos fãs esperar pela estreia de Prince em histórias musicalizadas por letras impressas no papel.

Depois de vários dias em São Paulo,Temer volta a Brasília

O vice-presidente Michel Temer em evento em São Paulo

Por questões de segurança, o presidente em exercício, Michel Temer, volta hoje (21), no final da tarde, para Brasília. Temer está em sua residência, em São Paulo, desde o início da semana, mas, orientado pelo serviço de segurança da Presidência, decidiu retornar para a capital federal.

Um dos motivos é que a casa de Temer, em São Paulo, está localizada em um bairro residencial, no Alto de Pinheiros, e a presença do presidente em exercício, rodeada de jornalistas, atrapalha a tranquilidade da vizinhança.

Segundo um dos assessores de Temer, ele deve seguir para o Palácio do Jaburu, onde deve permanecer até a volta da presidenta Dilma Rousseff, que viajou hoje para os Estados Unidos. O assessor não confirmou se a decisão de Temer voltar para Brasília tenha sido motivada por um protesto que ocorreu hoje, logo cedo, em frente à sua casa em São Paulo. 

Pela manhã, por volta das 8h, cerca de 80 manifestantes do movimento Levante Popular da Juventude fizeram um ato, que eles chamam de “escracho, na frente da residência de Temer”.

O grupo pichou a rua com a mensagem “QG [quartel general] do Golpe”, espalhou cartazes pelo chão com imagens da Constituição e da foto de Temer com a mensagem “Temer golpista” e falsas notas de 1 dólar, com a imagem do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Durante o ato, eles gritaram “não vai ter golpe”. O ato durou cerca de uma hora.

Após os manifestantes terem deixado o local, a Polícia Militar chegou e começou a instalar cercas em frente à casa de Temer para isolar a residência. Equipes da limpeza pública da prefeitura de São Paulo também estiveram no local a fim de recolher os papeis que foram trazidos pelos manifestantes e lavar a rua, onde havia pichação.

A presença de Temer atraiu vários curiosos, alguns vizinhos, vez por outra, paravam ao lado das dezenas de jornalistas para tirar fotos. Houve também os quem passavam pelo local gritando palavras de apoio ou contra Temer.

Durante a manhã, Temer recebeu a uma única visita, a de Moreira Franco, ex-ministro da Aviação Civil. Ele chegou por volta das 10h15.

Protesto

e acordo com Larissa Sampaio, uma das integrantes do movimento Levante Popular da Juventude, o ato hoje foi para chamar a atenção para o que eles consideram de golpe contra a presidenta da República, Dilma Rousseff. O protesto, segundo ela, deve se repetir contra os políticos que o movimento entende como “articuladores do golpe”. “Estamos convocando a juventude a escrachar esses golpistas. Hoje, no Ceará, vai ter um [ato] e, até o dia 27 de abril, todos esses deputados e articuladores [do golpe] tomem cuidado porque sabemos onde eles estão e vamos escrachá-los”.

 

América Latina enterra 'receita de repressão' contra drogas

O presidente colombiano Juan Manuel Santos na ONU em 21/04/16

Os presidentes dos três grandes produtores de cocaína da América Latina - Colômbia, Peru e Bolívia - uniram suas vozes nesta quinta na ONU para enterrar de uma vez a "receita da repressão" na luta contra as drogas e para promover uma abordagem baseada na saúde e na cooperação internacional.

O colombiano Juan Manuel Santos, o peruano Ollanta Humala e o boliviano Evo Morales discursaram no encerramento da sessão especial da Assembleia Geral da ONU sobre o problema mundial das drogas, aberta na terça-feira em Nova York.

Santos denunciou o fracasso da chamada "guerra contra as drogas" lançada pelos Estados Unidos na década de 1970 para pôr fim ao tráfico, defendendo que é hora de rever o tratamento, agora, com uma abordagem humana. Ele condenou a "receita baseada na repressão".

A Colômbia foi um dos países que impulsionaram a sessão, junto com México e Guatemala.

Segundo o presidente colombiano, o documento aprovado pela ONU é um "passo na direção correta", que se aproxima de uma visão "mais global", embora "não seja suficiente".

Ainda de acordo com Santos, a sessão especial da ONU marca um "processo irreversível de transformação da política de drogas".

Antes dele, Ollanta Humala pediu que se enfrente o problema do ponto de vista de uma "responsabilidade compartilhada" entre países produtores e consumidores, como os Estados Unidos.

"O Peru está fazendo seu trabalho" e reduziu a área de cultivo de cocaína para narcotráfico de 63 mil hectares há cinco anos, para atuais 33 mil, informou.

Humala defendeu o "uso milenar da folha de coca", pediu "respeito" pelos povos que utilizam-na com fins medicinais, ou para se alimentar, e destacou a importância de "se levar a presença do Estado" para zonas de cultivo.

Ele se referiu ainda à reconversão dos cultivos, citando o exemplo do desenvolvimento do cacau no Peru, hoje em dia "oitavo produtor mundial", graças ao cultivo em zonas antes dedicadas à coca.

Já o boliviano Evo Morales pediu "ações concretas" para liberar a região "do problema da droga como pretexto de dominação".

"É preciso acabar com o intervencionismo", afirmou o presidente boliviano, que também pediu um novo olhar para esse tema.

No encontro, Morales mostrou uma folha de coca, a qual disse usar em sua forma natural por se tratar de um "alimento saudável" e "medicinal".

A sessão especial da Assembleia Geral da ONU sobre as drogas foi aberta na terça-feira (19), com a aprovação de um documento que busca estabelecer uma nova abordagem de saúde compartilhada por vários países da América Latina.

Apesar dos avanços, muitos países, entre eles Brasil e Costa Rica, manifestaram sua decepção com a ausência de uma moratória à pena de morte. Outros, como Uruguai e Jamaica, criticaram que não se tenha incluído algum tipo de menção à descriminalização da posse de determinadas substâncias.

Para Temer, chamar impeachment de golpe prejudica o Brasil

O vice-presidente Michel Temer

O presidente em exercício do Brasil, Michel Temer (PMDB-SP), criticou a caracterização do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff como um golpe. À agência de notícias Dow Jones, ele declarou que está pronto para assumir o governo caso o impeachment vença também no Senado. O peemedebista afirmou também que tem "na cabeça" nomes para seu eventual gabinete.

Temer, que assumiu como presidente em exercício durante viagem de Dilma a Nova York, nesta quinta-feira, 21, afirmou que os procedimentos do impeachment estão em linha com a Constituição do Brasil e que falar sobre golpe de Estado prejudica a imagem do País no exterior.

 Vou retornar ao meu posto assim que ela voltar", disse durante a entrevista. O retorno de Dilma está previsto para domingo, 24. "Cada passo do impeachment está de acordo com a Constituição", acrescentou. "Como isso poderia ser chamado de golpe?"

A agência destaca que as falas de Temer vêm em um momento histórico de "profunda crise", com recessão econômica e tensão política. Um porta-voz do Planalto disse que o governo não iria comentar as declarações de Temer. Fonte: Dow Jones Newswires.

 

Mujica diz que em momentos de dor é preciso eleger 'culpado'

O presidente do Uruguai, Jose Mujica

 O ex-presidente do Uruguai José Mujica afirmou nesta quinta-feira que, em momentos de dor, como a atual crise econômica, "é preciso eleger um emissário para encontrar a culpa".

Questionado em entrevista depois da cerimônia se o que está em curso no País é ou não um golpe, como tem classificado o governo, Mujica respondeu: "No meu país há um ditado: 'Não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem".

Segundo Mujica, a crise pela qual passa o Brasil está acontecendo em todo o mundo. "O capitalismo tem momentos de alta e baixa. O Brasil está no ponto mais baixo", justificou. Mujica foi o orador do 21 de Abril, data da entrega da Medalha da Inconfidência, a mais alta homenagem do governo de Minas Gerais.

O ex-presidente do Uruguai recebeu o mais alto grau da medalha, o Grande Colar. Durante a cerimônia, ao acessar o palanque de autoridades ao lado do governador Fernando Pimentel (PT), Mujica recebeu uma bandeira do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), que levou cerca de 3 mil integrantes a Ouro Preto.

Secretário e prefeito se reunirão com consórcio de ciclovia

Ciclovia Tim Maia, no Rio de Janeiro 

O secretário-executivo de Coordenação de Governo do Rio e pré-candidato à Prefeitura, Pedro Paulo, afirmou que haverá uma reunião nesta sexta-feira, 22, com o consórcio Contemat-Concrejato, responsável pela obra da ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, zona sul do Rio.

Ao menos duas pessoas morreram na manhã desta quinta no desabamento de um trecho da ciclovia, inaugurada em 17 de janeiro deste ano. Uma mulher de 40 anos estaria desaparecida.

É inadmissível o acidente. Vou até as últimas consequências para apurar", afirmou. Além de Pedro Paulo, participam do encontro amanhã o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB-RJ), o secretário de Transportes, Rafael Picciani, e o secretário de Obras, Alexandre Pinto da Silva.

Segundo o secretário de Governo, Paes chegou hoje à Grécia, para a cerimônia de transporte da tocha olímpica, mas decidiu voltar ao Rio assim que soube do acidente.

A ciclovia está interditada e não há previsão para ser reaberta, o que só ocorrerá quando forem descartados riscos de novos desabamentos.

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