segunda-feira, 18 de abril de 2016

Não existe serviço que seja ilimitado, diz Anatel

Prédio da Anatel em Brasília

 O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, afirmou nesta segunda-feira que não existe nenhum serviço que tenha oferta ilimitada aos consumidores, mas que as operadoras de telefonia do país falharam ao comunicarem suas ofertas aos usuários.

Rezende fez o comentário durante apresentação a jornalistas sobre regras publicadas pela agência nesta segunda-feira que obrigam as operadoras a criarem ferramentas que permitam aos consumidores controle sobre o quanto trafegam de dados.

"É importante dizer que na energia elétrica existe consumo limitado, na água existe consumo limitado e isso vale também para a Internet", disse Rezende.

O presidente da Anatel ainda ressaltou que "nem todos os modelos cabe a ilimitação total do serviço, porque não vai haver rede que suporte os aplicativos que estão à disposição do usuário hoje".

Pelas regras publicadas pela Anatel mais cedo, as operadoras estão impedidas de reduzirem ou cortarem serviço de banda larga fixa a clientes que excederem franquias de uso. O corte ou a redução apenas poderá ser feito 90 dias depois que a agência publicar documento que reconheça cumprimento de condições pelas operadoras que incluem a disponibilização de ferramentas que permitam aos usuários aferirem o consumo de dados de seu plano de banda larga.

As empresas que descumprirem as exigências impostas pela Anatel estão sujeitas a uma multa diária de 150 mil reais até o limite de 10 milhões de reais. A Superintendente de Relações com Consumidores da agência, Elisa Leonel, disse a jornalistas que as operadoras já estão sujeitas a sanções da Anatel e às penalidades por descumprimento do Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações (RGC). Ela, porém, não deu detalhes.

Para o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão, as regras publicadas pela Anatel nesta segunda-feira "trazem uma tranquilidade nesse momento. A gente vai ter oportunidade de avaliar cuidadosamente a implementação dessas medidas pelas empresas".

Mais cedo, porém, o presidente-executivo da Telefônica Brasil, Amos Genish, afirmou que as medidas da Anatel são "um reforço sobre o que já existe" em termos de regulamentação do setor.

Segundo ele, a Vivo não vende atualmente nenhum pacote de banda larga fixa com limite de franquia, mas afirmou que diante do crescente uso dos serviços pelos clientes "pacotes sem franquias podem ser insustentáveis" no futuro.

Em comunicado à imprensa, a Anatel afirmou que as medidas foram motivadas pelo fato de que hoje, mesmo quando os contratos e planos de serviços preveem algum tipo de restrição após o consumo da franquia, a prática de mercado mais comum é que o consumidor continue navegando normalmente

 

Google poderá continuar com projeto de biblioteca digital

Google Books

O projeto da gigantesca biblioteca digital do Google superou o último obstáculo nesta segunda-feira, depois que a Suprema Corte de Justiça americana rejeitou a apelação que alegava uma violação da lei de direito autoral.

O principal tribunal americano rejeitou, sem formular comentários, um pedido da Associação de Autores para que considerasse a apelação contra uma decisão adotada em 2013 por um tribunal federal, considerada um ponto de referência sobre os direitos autorais na era digital.

Sem autorizar diretamente o gigante californiano a continuar com seu projeto, a decisão da Suprema Corte lhe permite fazê-lo, legitimando o veredito anterior, emitido em 2013.

Em um caso que leva mais de uma década, os escritores estimam que o Google escaneia ilegalmente milhões de obras, sem pagar os direitos aos seus autores.

Mas a resolução do juiz federal Denny Chin considera que o Google Books - ferramenta de busca que permite aos usuários ver trechos de obras - oferece um "uso justo" regido pela lei americana sobre direitos autorais.

Foi como uma faca no meu peito, diz Dilma a aliados

Presidente Dilma Rousseff durante reunião com educadores no Palácio do Planalto, dia 12/04/2016

 A presidente Dilma Rousseff (PT) não escondeu o abatimento quando viu as traições na votação da Câmara dos Deputados que autorizou, neste domingo, 17, a abertura do processo de impeachment.

"Foi como uma faca no meu peito", disse ela, no Palácio da Alvorada, após o resultado.

Dilma acompanhou a votação na Sala dos Estados do Alvorada, ao lado da Biblioteca. Estava acompanhada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de vários ministros.

Ela disse ter ficado "chocada" com o voto do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), a favor do impeachment. Ribeiro foi ministro das Cidades.

Outros ex-ministros, como os deputados Mauro Lopes (PMDB) e Alfredo Nascimento (PR), também apoiaram o afastamento da presidente.

Dilma também mostrou inconformismo com o fato de o ex-ministro Gilberto Kassab (PSD) e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), terem "virado as costas" para ela no último minuto.

Em conversas reservadas, ministros disseram à reportagem que foi "um erro" o governo ter deixado a reforma ministerial para depois da votação na Câmara.

Na avaliação de auxiliares de Dilma, o fato abriu caminho para o vice-presidente Michel Temer (PMDB) investir sobre os deputados de vários partidos aliados e prometer "benesses".

O "núcleo duro" do governo também ficou indignado com o fato de ter recebido apenas oito votos do PMDB, que tem uma bancada de 67 deputados e, apesar do rompimento com Dilma, ainda ocupa ministérios.

O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), prometia entregar à presidente cerca de 20 votos contrários à sua deposição.

Dilma estuda a possibilidade de pedir à ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB), que retorne ao Senado para ajudar na articulação política, já que agora o governo precisa conquistar votos naquela Casa para tentar barrar o processo.

Dilma se reuniu com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a quem pretende pedir ajuda para conseguir derrubar o processo no plenário. Renan e Temer têm disputas internas no PMDB.

Na manhã desta segunda-feira, 18, além de fazer uma avaliação da votação, com checagem do mapa de apoio no Senado, a presidente recebeu os deputados-ministros Marcelo Castro e Celso Pansera.

Castro se licenciou do Ministério da Saúde e Pansera, de Ciência e Tecnologia, para votar contra o impeachment. Dilma também agradeceu pessoalmente vários deputados que a apoiaram.

Elogiou muito Sílvio Costa (PTdoB-PE), que no domingo saiu do plenário chorando, quando soube que a situação do governo era irreversível.

Para Marina, solução é convocar nova eleição

Marina Silva, da Rede, avalia cenário político após aprovação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff pela Câmara, dia 18/04/2016

Um dia após a aprovação da continuidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff pela Câmara dos Deputados, a porta-voz nacional da Rede, Marina Silva, voltou a se posicionar a favor de novas eleições presidenciais.

"A saída para o Brasil não é Dilma nem Temer [vice-presidente Michel Temer] é uma nova eleição, que possibilite aos partidos se reapresentarem para a sociedade brasileira", defendeu hoje (18), em coletiva de imprensa.

Marina não se apresentou como candidata. Segundo ela, o melhor caminho para o país é a cassação da chapa pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A Rede solicitou, na última terça-feira (12), ao TSE, a admissão como amicus curiae (amigos da corte) nos quatro processos contra a chapa de Dilma e Temer e, com isso, poder trazer novos fatos aos processos.

A expectativa é que haja um resposta até o final dessa semana.

Amicus curiae é alguém que, mesmo sem ser parte, é chamado ou se oferece para intervir em processo relevante com o objetivo de apresentar ao Tribunal a sua opinião sobre o debate nos autos.

Para a Rede, o processo de impeachment tem bases legais, mas não alcança a finalidade de resolver a crise política, econômica e social do Brasil.

Marina diz que se posiciona a favor do impeachment, apesar da bancada do partido na Câmara ter sido liberada para o voto, ontem. Ela que se posicionará a favor, também, caso seja admitido o processo de impeachment de Temer.

"Toda a chapa está comprometida. PT e PMDB praticaram juntos crime de corrupção, tomaram as decisões que levaram à crise juntos", diz. "O impeachment não é golpe", acrescenta.

Marina acredita que novas eleições serviriam para reunificar um país dividido.

"Nesse momento, temos que buscar transição, que pode ser pactuada e legitimada com novas eleições, que unem brasileiros. A saída para essa crise está na mãos dos sete ministros [do TSE] que podem devolver aos 200 milhões de brasileiros a saída que não foi encontrada pelas lideranças políticas pela falta de legitimidade para fazê-lo".

A Rede aposta que as denúncias feitas na Operação Lava Jato podem contribuir para acelerar o processo de impeachment contra Temer em tramitação do TSE.

A expectativa é que novas eleições presidenciais possam ser feitas, ainda este ano, aproveitando a estrutura das eleições municipais, agendadas para outubro deste ano.

Em 2014, Marina concorreu à Presidência da República pelo PSB e ficou em terceiro lugar, com 21,32% dos votos no primeiro turno. Em setembro de 2015, a Rede foi registrada no TSE.

Confiança no Brasil deve seguir baixa com governo Temer

O vice-presidente Michel Temer em evento em São Paulo 

 O provável impeachment da presidente Dilma Rousseff não deve causar um choque de confiança ou mais quedas imediatas do dólar frente ao real, mostrou pesquisa da Reuters realizada nesta segunda-feira, diante do cenário de fraca atividade econômica.

A eventual presidência de Michel Temer, que cumpriria o mandato de Dilma até 2018 caso ela seja de fato afastada, provavelmente também será marcada por desemprego alto e déficits do orçamento, segundo a maioria das projeções na pesquisa.

"As coisas nos Brasil são muito mais problemáticas do que parecem", disse economista da 4Cast para a América Latina, Pedro Tuesta. "A mudança de governo é uma condição necessária, mas está de longe de ser suficiente." Vinte economistas de bancos e consultorias no Brasil e no exterior participaram do levantamento, feito após a aprovação da abertura do processo de impeachment de Dilma pela Câmara dos Deputados na noite passada. Agora, o Senado julgará o processo.

Metade dos consultados espera que a confiança empresarial comece a subir de forma sustentada apenas no quarto trimestre deste ano, e três veem essa recuperação somente em 2017. O desemprego, que subiu com força em meio à recessão, deve começar a cair apenas em 2018 ou depois, segundo 11 dos entrevistados.

"Não será uma retomada da confiança em V," resumiu o economista-chefe da Icatu Vanguarda, Rodrigo Melo.

DÉFICIT À FRENTE

Temer provavelmente não será capaz de reverter o déficit primário do governo neste ano e no próximo, segundo a pesquisa. Onze economistas esperam superávit em 2018, mas sete acreditam que o governo comece a fechar as contas somente num futuro governo, a partir de 2019.

Os resultados da pesquisa contrastam com o otimismo do mercado conforme o processo de impeachment se acelerava no começo do ano. O dólar, que caiu cerca de 10 por cento este ano até sexta-feira passada, deve voltar a subir para terminar 2016 a 3,73 reais, segundo a mediana das expectativas na pesquisa.

Nesta sessão, subiu mais de 2 por cento, a 3,5972 reais.

"As grandes reformas estruturais necessárias não serão aprovadas. Mas há outras medidas fora do Congresso que já seriam positivas", disse o estrategista do Barclays Bruno Rovai.

"Ele consegue ir empurrando se a inflação cair. Com inflação em baixa, a trajetória da dívida não é explosiva." Os economistas na pesquisa disseram que Temer provavelmente começaria o governo com cortes de gastos e redução do crédito subsidiado por bancos públicos. Aumentos de impostos também são prováveis, mas podem levar mais tempo enquanto Temer busca consolidar alguma popularidade, alguns economistas disseram.

"A estratégia vai ser primeiro demonstrar que o governo está empenhado em fazer o maior esforço possível para cortar na própria carne, para depois, se necessário, começar a discussão sobre da necessidade de aumento de impostos," disse o estrategista-chefe para América Latina do Mizuho, Luciano Rostagno.

Defesa diz que não há impedimento para que Lula tome posse

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua posse como ministro da Casa Civil, em Brasília, dia 17/03/2016

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva argumentou hoje (18) que não há impedimento legal para que Lula assuma a chefia da Casa Civil.

Em memorial entregue ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, os advogados também contestaram a validade das gravações de chamadas telefônicas entre Lula e a presidenta Dilma Rousseff divulgadas pelo juiz Sérgio Moro.

Na quarta-feira (20), a Corte deve julgar recurso contra decisão do ministro Gilmar Mendes que suspendeu a posse de Lula no ministério.

“A pretensão do PPS e do PSDB de impedir a posse do ex-presidente Lula como ministro não tem respaldo na Constituição e nas leis. Lula não é réu em nenhuma ação penal e muito menos foi condenado. Ele preenche todos os requisitos para assumir o cargo para o qual foi escolhido pela presidenta da República”, argumenta a defesa.

No dia 18 de março, o ministro Gilmar Mendes suspendeu a posse de Lula na Casa Civil por entender que a nomeação do ex-presidente teve o objetivo de livrá-lo de Moro e colocá-lo sob a jurisdição do STF, por causa do foro privilegiado garantido aos ministros de Estado pela Constituição.

A Operação Lava Jato apura possível favorecimento de Lula na compra de um apartamento em Guarujá (SP) da empreiteira OAS, e por benfeitorias em um sítio frequentado pelo ex-presidente em Atibaia, no interior de São Paulo.

No dia 7 de abril, procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou parecer ao Supremo pela anulação da posse de Lula.

Segundo Janot, houve desvio de finalidade na nomeação para “tumultuar” as investigações da Lava Jato e retirar a competência do juiz federal Sérgio Moro para julgar Lula.

Em pronunciamento, Dilma diz que se sente "injustiçada"

Presidenta Dilma Rousseff durante declaração à imprensa, dia 18/04/2016

  A presidente Dilma Rousseff afirmou na tarde desta segunda-feira, 18, que se sente "injustiçada" e "indignada" com a decisão da Câmara dos Deputados de aprovar a admissibilidade do processo de impeachment de seu mandato.

"Considero que esse processo não tem base de sustentação", afirmou durante o seu primeiro pronunciamento à imprensa após a derrota da votação ontem na Câmara.

Dilma disse achar importante "insistir numa tecla só", ao defender a legalidade da edição de decretos de suplementação orçamentária.

"Os atos pelos quais eles me acusam foram praticados por outros presidentes antes de mim e não se caracterizaram como ilegais ou criminosos", disse, ressaltando que as decisões foram tomadas com base em relatórios técnicos.

"A mim se reserva um tratamento que não se reservou a ninguém".

A presidente voltou a dizer que a Constituição estipula que é necessário haver crime de responsabilidade para que um presidente seja afastado.

Ela frisou que os atos assinados por ela não foram praticados para enriquecimento próprio. "Saio com a consciência tranquila de que os atos que pratiquei, não fiz baseado na ilegalidade", reforçou.

Justiça manda antecipar vacinação de H1N1 em Quintana

Vacinação contra a gripe H1N1 nos EUA

 O juiz federal Alexandre Sormani, da 1ª. Vara da Justiça Federal em Marília, mandou o Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo providenciarem, em 48 horas, vacinas contra a gripe H1N1 para moradores de Quintana, no interior paulista.

A liminar, dada nesta segunda-feira, 18, em ação movida pela prefeitura local, estabelece que devem ser vacinadas apenas as pessoas que integram os grupos de risco definidos pelo Ministério, como crianças, idosos, gestantes e portadores de doenças crônicas, além de profissionais da saúde.

A prefeitura havia pedido a vacinação de todos os 6.437 habitantes, mas o juiz entendeu que deve ser mantida a prioridade definida pelo Ministério.

Na prática, o município conseguiu uma antecipação na campanha nacional de vacinação, prevista para começar no dia 30 deste mês. Foi fixada multa de R$ 1 mil por dia em caso de descumprimento.

A prefeitura informou que vai entrar com recurso para que a vacinação seja estendida a toda população.

O prefeito Fernando Itapuã (PSC) entrou com a ação depois que duas pessoas contraíram o vírus e morreram na cidade, uma delas, uma menina de 12 anos.

O Ministério e a Secretaria Estadual foram procurados, mas não tinham se manifestado até o início da noite.

Mortes

A prefeitura de Ribeirão Preto confirmou nesta segunda-feira, 18, a morte de três pessoas após contrair o vírus H1N1 na cidade. Outras oito mortes suspeitas estão sendo investigadas.

A cidade teve notificados 124 casos da gripe nos três primeiros meses do ano.

Em Campinas, a morte de uma mulher de 59 anos no Hospital Celso Pierro, mantido pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), é investigada por suspeita de H1N1.

Amostras foram enviadas para o Instituto Adolfo Lutz. É o segundo óbito com suspeita do vírus no mesmo hospital. O outro caso é de um paciente de 28 anos que morreu no último dia 8. A prefeitura informou que a cidade tem nove casos confirmados da doença.

Putin e Obama querem intensificar coordenação sobre a Síria

Barack Obama e Vladimir Putin em encontro do G8

 O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o dos Estados Unidos, Barack Obama, concordaram nesta segunda-feira em continuar a construir uma coordenação mais próxima sobre o tema da Síria, por intermédio, inclusive, dos seus serviços de inteligência e ministérios da Defesa, afirmou o Kremlin.

A Casa Branca disse que Obama e Putin tiveram “conversa intensa” por telefone em que trataram tanto da Síria quanto da Ucrânia.

Durante o telefonema, Putin, segundo o Kremlin, enfatizou a necessidade de que a oposição moderada se distancie rapidamente do Estado Islâmico e da Frente Nusra, ligada à al Qaeda. Ele também frisou a necessidade de fechar a fronteira síria com a Turquia, “por onde os combatentes e suprimentos de armas para os extremistas conseguem entrar”, declarou o Kremlin.

Moscou tem de forma repetida levantado o tema da fronteira por onde, de acordo com os russos, militantes cruzam da Turquia para a Síria.

Obama enfatizou que o progresso na Síria precisava ser feito “paralelamente” aos avanços sobre transição política para terminar com o conflito no país, disse em comunicado a Casa Branca. As negociações de paz sírias estiveram perto de ruir nesta segunda-feira, com a oposição anunciando uma pausa no diálogo que ocorre em Genebra.

Os presidentes também expuseram as suas visões sobre a situação na Ucrânia, com Putin manifestando a esperança de que o novo governo ucraniano “vá finalmente começar a tomar medidas concretas para implementar o acordo de Minsk”, afirmou o Kremlin.

Dilma cancela viagem aos EUA sobre acordo, dizem fontes

Presidente Dilma Rousseff

 A presidente Dilma Rousseff cancelou a viagem a Nova York, marcada inicialmente para a próxima quarta-feira, para participar de dois eventos da Organização das Nações Unidas, disseram à Reuters duas fontes palacianas.

Em meio ao processo de impeachment, a avaliação no Palácio do Planalto foi de que não havia clima para a presidente se ausentar do país. Pesa ainda na decisão o fato de que Dilma teria que entregar o governo ao vice-presidente Michel Temer, com quem está em guerra aberta.

O plano inicial era Dilma participar da Assembleia Geral especial da ONU sobre drogas, marcada para terça-feira, o que já havia sido descartado. Agora foi cancelada sua participação na assinatura do acordo de Paris sobre mudanças climáticas, onde o Brasil foi um dos mais atuantes negociadores, prevista para sexta-feira.

Os eventos nos Estados Unidos esta semana foram inclusive apontados pelo Planalto no início do mês como uma justificativa para a presidente não comparecer à cerimônia de acendimento da tocha dos Jogos Olímpicos Rio 2016 na cidade grega de Olímpia, em 21 de abril.

Site oferece bolsa de estudo por meio de teste online grátis

Teclado de computador

Esta é uma oportunidade para quem adora fazer testes online e, o melhor de tudo, concorrer a prêmios incríveis com isso. A plataforma Sqore.com é o lugar perfeito para usar seu talento para conquistar bolsas de estudos e outras oportunidades ao redor do mundo.

O objetivo geral é potencializar o currículo do estudante através da certificação de habilidades como inglês, matemática, negócios e raciocínio lógico. Através de competições que se baseiam nestas certificações, os estudantes têm a chance de conquistar prêmios que vão de coaching individual a bolsas de estudos em universidades renomadas.

Atualmente, estão sendo oferecidas oito oportunidades de bolsas (confira abaixo algumas delas), mas também há competição por vagas de estágios em multinacionais e cursos online de línguas.

O cadastro no site é gratuito e também não é preciso pagar nenhuma taxa para concorrer. Em geral, as oportunidades solicitam que seja preenchido um teste específico – de conhecimentos gerais e informações sobre a instituição (com duração de 6 a 10 minutos) e envio de uma carta de motivação. Documentos e testes complementares podem ser requisitados, de acordo com a vaga oferecida.

Confira abaixo as principais oportunidades em destaque e mantenha Sqore no seu radar para novos concursos:

Mestrado em Finanças na London Business School

Inscrições até: 3 de maio pelo Sqrore.

Prêmio: Visita à universidade e isenção nas taxas de inscrição.

O concurso concederá ao vencedor isenção total das taxas de candidaturas para o programa de Mestrado em Análise Financeira (MFA) na London Business School, uma das melhores do mundo, além de ajuda de custo de 300 libras para que o estudante faça sua entrevista e conheça o campus da universidade. Podem se candidatar estudantes e recém-formados que tenham sido aprovados na primeira fase do processo seletivo do mestrado.

MBA na Escola Politécnica de Milão

Inscrições até: 25 de abril pelo Sqrore.

O concurso, que visa testar conhecimentos sobre negócios e sustentabilidade, oferecerá aos vencedores bolsas de até 35% de desconto no preço total da anuidade do MBA na instituição. Podem se candidatar graduados de todas as áreas, mas é necessário ao mesmo tempo se candidatar para o programa diretamente no site da universidade.

Cursos de Verão na HEC Paris

Inscrições até: 22 de abril pelo Sqrore.

Participantes concorrerão a 500 euros de desconto nas taxas dos cursos de verão na HEC Paris, que acontecem em junho e julho de 2016. Tratam-se de cursos intensivos, de duas semanas, em áreas tão diversas como: Gestão na Moda, Negócios Sociais, Finanças Internacionais e Negócios e Geopolítica. O vencedor também ganhará um iPad mini. Para se candidatar, é preciso preencher os testes requisitados e se inscrever diretamente aos programas no site da Universidade.

Cursos de Verão na Audencia Business School, em Nantes e Pequim

Inscrições até: 25 de abril pelo Sqrore.

Este programa intensivo promovido pela Audencia Business School tem módulos em Nantes, na França, e em Pequim, na China. Em Nantes, serão realizadas aulas e atividades em grupos na área de marketing, comunicação e negócios, bem como inovação e criatividade. Em Pequim, estudantes poderão se aprofundar em marketing digital e estratégia. O vencedor poderá escolher entre os dois módulos, e receberá uma bolsa de 500 euros que, no caso do curso em Nantes, cobre todos os custos do programa.

Renan não deverá resgatar Dilma de impeachment

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL)

  Dilma Rousseff não é a primeira ocupante da Presidência da República forçada a descobrir na pele a lealdade de Renan Calheiros na iminência de seu possível impeachment.

Quase 25 anos atrás, Renan, atual presidente do Senado e aquele que decidirá a data e o formato da votação e do julgamento do impedimento de Dilma na Casa, teve nas mãos o destino de um conterrâneo do seu Estado natal de Alagoas: o então presidente Fernando Collor.

Em 1989, Renan era um dos principais conselheiros da vitoriosa campanha presidencial de Collor. Meros três anos depois, suas revelações explosivas a jornalistas e investigadores do Congresso ajudaram a derrubar Collor, então acusado de envolvimento em um escândalo de corrupção.

No momento em que o processo do impeachment contra Dilma ruma para o Senado, depois de ser aprovado na Câmara dos Deputados com 367 votos favoráveis, mais do que o mínimo necessário, no domingo, a petista e seus apoiadores têm motivos para olhar com temor crescente para Renan, um de seus aliados mais importantes e mais inconsistentes ao longo do último ano.     

Renan tem resistido à ideia de apressar o processo de impeachment de Dilma ao lado de uma ala do PMDB, dando apoio à proposta de novas eleições gerais como solução para a crise.

Essas propostas, no entanto, são distantes e teóricas, ao passo que a decisão que agora está na frente de Renan é urgente. Ele enfrenta intensa pressão dentro de seu próprio partido e da oposição para rapidamente marcar a data para o Senado decidir se aceita ou não o pedido de impeachment da presidente.

O precedente do impeachment de Collor sugere que uma comissão será formada para apresentar uma recomendação sobre se Dilma deve ser julgada que deverá ser votada pelo plenário, possivelmente no início de maio.

Os senadores favoráveis ao impeachment precisam apenas de maioria simples no plenário do Senado para autorizar o julgamento.

Mas se Renan adiar essa votação, pode dar a Dilma um tempo vital para reagrupar, negociar e tentar obter votos de senadores a seu favor.

Pessoas próximas de Renan dizem que seu estilo astuto de realpolitik faz com que ele hesite em revelar seu próprio julgamento diante de um quadro político tão conturbado.

"O Renan pode decidir a história do país. Isso é exatamente o que ele não quer: ficar marcado como o cara que deu a machadada. Porque se isso der certo, é casuísmo, e se der errado, aí o cara está morto."     Os assessores do peemedebista não responderam a pedidos de comentário, mas nesta segunda-feira, em entrevista a jornalistas, Renan minimizou seu papel, afirmando que não vai acelerar nem atrasar o processo de impeachment, mas seguirá a lei e a Constituição.

SOBREVIVENTE

Renan, de 60 anos, é de uma estirpe de políticos da velha guarda que entrou na política durante o regime militar e ascendeu após a redemocratização à base de concessões e um instinto de sobrevivência afiado.

Nascido no interior de Alagoas, o terceiro Estado mais pobre e o mais violento do país, Renan teve uma carreira marcada por mudanças em sua fidelidade.

Eleito para o Congresso pela primeira vez em 1982, ele logo firmou a reputação de mediador político e se aliou a todos os presidentes brasileiros desde Collor a partir de 1990, mesmo quando a ideologia dentro do Palácio do Planalto guinou para a esquerda nos governos de Dilma e de seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva.

Ele também é conhecido por escapar por pouco de escândalos de corrupção que teriam acabado com políticos menos experimentados.

Um desses incidentes ocorreu em 2007, quando uma revista relatou que o lobista de uma empreiteira pagou auxílio-alimentação para uma filha que Renan teve fora do casamento com uma jovem jornalista.

Acusações adicionais, incluindo de evasão fiscal e negócios escusos, levaram à instalação de um inquérito no Conselho de Ética do Senado e a pedidos de deposição de Renan da função de presidente da Casa.

Renan renunciou ao comando do Senado, conseguindo desarmar os ataques o suficiente para angariar votos e evitar a cassação de seu mandato.

Em 2013 Renan voltou a presidir o Senado, e quando Dilma começou a perder apoio na Câmara e os pedidos de impeachment começaram a ser orquestrados, ele correu para socorrê-la, ajudando-a a obter a aprovação de um pacote fiscal crucial e adiando uma auditoria sobre violações das leis orçamentárias, as chamadas 'pedaladas fiscais', em função das quais ela agora pode ser julgada no Senado.

Mas colegas seus no PMDB, que liderou a iniciativa pelo impeachment na Câmara, acham improvável que Renan impeça a derrocada de Dilma.

Um líder partidário bastante próximo ao vice-presidente e correligionário Michel Temer, o substituto de Dilma caso ela seja impedida, admitiu haver divisões dentro do PMDB, mas disse que diante de grandes mudanças políticas o partido se une.

Para provar o argumento, a fonte ligou para Renan durante a entrevista. "Vamos em frente juntos, meu amigo", disse a ele na conversa descontraída.

Nesta segunda-feira, quando Renan assumiu o papel principal na saga do impeachment, o senador se reuniu com Dilma, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, e encontrará ainda Ricardo Lewandowski, atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por presidir um eventual julgamento de Dilma no Senado.

Mas o ímpeto está claramente com o campo pró-impeachment, e isso pode fazer toda a diferença.

"Acho que o Renan está neste momento jogando para ver quem ganha. Mas ao chegar lá, ele vai ser o primeiro a enforcar ela, porque a pressão vai ser muito grande, não sustenta", disse o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, presidente do partido Solidariedade e crítico feroz de Dilma, enquanto ocorria a votação da aceitação do processo de impedimento na Câmara na tarde de domingo.

Qualificação pode mudar o mercado de trabalho no país

Fundacred-publi-abre

 em qualificação e aperfeiçoamento profissional.

A Fundacred administra todo o processo burocrático, operacional, contratual e financeiro durante a utilização do CredCORP para capacitação. A empresa pode firmar parcerias com escolas e programas de capacitação cujo conteúdo esteja diretamente vinculado aos objetivos estratégicos do seu negócio. Os critérios de oferta, manutenção e ressarcimento são totalmente customizáveis. É possível para as corporações financiar parte do curso ou pagá-lo integralmente.

Quando há cofinanciamento, o CredCORP inclui um sistema de recuperac?a?o de cre?ditos que minimiza a inadimple?ncia por parte dos alunos. Na sua implementação, o serviço constitui um convênio entre empresa e colaborador e passa a atuar como intermediário de crédito e administrador da relação com as instituições de ensino.

Esse formato gera garantias contratuais que estabelecem critérios claros sobre os valores e as condições para o seu ressarcimento. A restituição, por parte do funcionário, normalmente se inicia no mês seguinte ao término do curso e, por padrão, dura o mesmo período contratado. Assim, dois anos de crédito são iguais a dois anos de ressarcimento à organização, com parcelas mensais.

Caso haja quebra do acordo estabelecido no contrato, a Fundacred conta com operações jurídicas e de cobrança próprias. Suas equipes treinadas têm experiência não só em renegociar a recuperação dos valores, acionando, por exemplo, fiadores para a regularização das pendências, como também em dar condições ao funcionário de retomar seus estudos, com a possibilidade de migração para outro serviço da fundação, o crédito educacional CredIES.

Os resultados de um bom programa de treinamento, como os financiados pelo CredCORP, podem ser traduzidos em fidelização do colaborador e retenção dos mais qualificados.   "Ainda há muito a ser feito em educação corporativa no Brasil. Isso vai acontecer aos poucos e será bom para o mercado como um todo", diz Daniela Mendez, da IE Business School. E, assim, quem sabe nos próximos anos o Brasil apareça em melhor posição no ranking de qualificação da mão de obra.

80% dos deputados da Lava Jato votaram pelo impeachment

Eduardo Cunha gesticula durante sessão da Câmara dos Deputados. 8/12/2015.

Investigados no maior escândalo de corrupção do país, 18 dos 23 deputados alvos da Operação Lava Jato votaram a favor do prosseguimento do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Responsável por aceitar o processo de impedimento da petista e réu por corrupção e lavagem de dinheiro, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) desceu de seu lugar à Mesa para votar a favor do impedimento.

 "Que Deus tenha misericórdia dessa nação", disse Cunha ao votar pelo impedimento de Dilma.

Esses 23 parlamentares são alvo de inquéritos em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). A maioria foi citada pelo doleiro Aberto Youssef e pelo ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.

Cunha é acusado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de ter recebido ao menos US$ 5 milhões em propina para viabilizar a construção de dois navios-sonda da Petrobras, entre junho de 2006 e outubro de 2012. O outro nome da legenda envolvido no esquema de desvios da estatal é do deputado Aníbal Gomes (CE).

Partido com maior número de deputados envolvidos na Lava Jato, o PP orientou a bancada a votar a favor do impeachment, mas o posicionamento não foi unânime entre os 45 deputados da legenda. Entre os 17 investigados no esquema de corrupção na Petrobras, só dois se posicionaram contra.

Youssef relatou repasses de R$ 30 mil a 150 mil aos parlamentares como “cota” do partido no esquema de corrupção. A legenda era responsável pela indicação da diretoria de Abastecimento, ocupada por Costa.

O PT também conta com dois integrantes na Lava Jato, os deputados José Mentor (PT) e Vander Loubet (MS). Completam a lista o deputado Julio Delgado (PSB-MG) e o deputado Missionário José Olimpio (DEM-SP), ambos da oposição.

Na comissão do impeachment, a turma da Lava Jato se dividiu. Votaram contra o governo o deputado Jeronimo Goergen (PP-RS ). Já José Mentor (PT-SP) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) foram contra o impeachment.

Saiba como cada um votou:

A favor:

Afonson Hamm (PP-RS)
Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)
Arthur de Lira (PP-AL)
Dilceu Sperafico (PP-PR)
Eduardo da Fonte (PP-PE)
Jeronimo Goergen (PP-RS)
José Otávio Germano (PP-RS)
Lázaro Botelho (PP-TO)
Luis Carlos Heinze (PP-RS)
Luiz Fernando Faria (PP-MG)
Mário Negromonte Júrnior (PP-BA)
Nelson Meurer (PP-PR)
Renato Molling (PP-RS)
Roberto Balestra (PP-GO)
Simão Sessim (PP-RJ)
Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
Julio Delgado (PSB-MG)
Missionário José Olimpio (DEM-SP)

Contra:

Roberto Britto (PP-BA)
Waldir Maranhão (PP-MA)
José Mentor (PT-SP)
Vander Loubet (PT-MS)

Ausente

Aníbal Gomes (PMDB-CE)

ONG lança linha de papinhas "antigay" e "garotos não choram"

Papinha "antigay" criada por ONG para chamar a atenção para estereótipos

E se na hora de comprar alimentos para seu filho você se deparasse com uma papinha de uva "antigay" ou mesmo o sabor maçã "haja como uma mocinha"?

Parece algo absurdo, mas é exatamente na infância que estereótipos de gênero se perpetuam e colocar isso desta forma tão direta parece uma iniciativa criativa para chamar a atenção do público.

Foi o que fez a Anxiety and Depression Association of America, uma que cuida de crianças com transtornos psiquiátricos como a ansiedade e a depressão, ao criar a linha de alimentos infantis Gender Baby Food. Com 12 opções de sabores nada convencionais, que iam desde "Espinafre Submisso – deixe os garotos falarem primeiro" até a cenoura "Garotos não choram", os produtos fictícios foram criados em uma campanha da ONG para convidar as pessoas a refletirem sobre como os estereótipos que ditam o que as crianças podem ou não fazer de acordo com seu gênero constituem uma série de normas tolas que muitas vezes reproduzimos em nossos filhos e nem percebemos.

No e-commerce da marca fictícia, os produtos são expostos e ao tentar adquirir algum deles a página exibe informações sobre como os estereótipos de gênero podem comprometer a saúde psicológico das crianças (clique aqui para acessar).









Terremoto representará grande impacto econômico para Equador

Trabalhador mexe em destroços de prédio após terremoto em Portoviejo, Equador, dia 18/04/2016

Visitando uma cidade devastada pelo terremoto que matou 366 pessoas, o presidente do Equador, Rafael Correa, contemplou nesta segunda-feira uma reconstrução no valor de bilhões de dólares e um impacto potencialmente “imenso” para a frágil economia do país integrante da Opep.

Contudo, os traumatizados sobreviventes que Correa encontrou no seu giro dois dias depois do tremor de magnitude 7,8 tinham preocupações bem mais imediatas: muitos lhe pediram água.

Com a possibilidade de o número de mortos subir ainda mais e diante das áreas de casas, ruas e pontes destruídas, um Correa visivelmente emocionado e com uma expressão triste alertou que o maior desastre do Equador em décadas representaria um grande custo para o país pobre dos Andes.

"A reconstrução vai custar bilhões de dólares”, declarou Correa na cidade bastante atingida de Portoviejo, onde sobreviventes o cercaram pedindo ajuda. O impacto econômico “pode ser imenso”, acrescentou.

O crescimento do país, que depende bastante do petróleo e das exportações, já era previsto para quase zero neste ano devido à queda dos rendimentos com petróleo.

A indústria de energia parecia ter evitado danos, embora a principal refinaria de Esmeraldas estivesse fechada como precaução. No entanto, as exportações de bananas, flores e peixes poderiam desacelerar devido às estradas destruídas e aos atrasos em portos.

PT na Câmara buscará apoio popular para barrar impeachment

Deputados mostram placas contra e pró impeachment, na comissão do impeachment, dia 11/04/2016

Após se reunir para avaliar a aprovação da admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, a bancada do PT na Câmara dos Deputados disse que vai buscar na mobilização popular forças para tentar barrar o processo no Senado.

Em nota, a bancada petista voltou a acusar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o vice-presidente da República, Michel Temer, de planejarem “um golpe”.   

“No Senado Federal, serão duas votações. É com ampla mobilização popular que impediremos o golpe patrocinado por Michel Temer e Eduardo Cunha, que querem chegar ao governo sem o voto do povo”, diz trecho do documento.

Os deputados petistas criticaram ainda o apoio de empresas privadas ao processo de impeachment.

“Liderado por Temer e Cunha, o golpe teve o apoio financeiro de empresários que querem retirar direitos econômicos, sociais e trabalhistas do povo brasileiro. Conclamamos as forças democráticas do Brasil a continuar na luta, em defesa da legalidade democrática.”

Aprovada ontem pelo plenário da Câmara, com 367 votos favoráveis e 137 contra, a denúncia foi entregue hoje ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

 

BlackBerry admite colaboração com a polícia canadense

John Chen, presidente-executivo da BlackBerry 

O fabricante de telefone BlackBerry reconheceu indiretamente, nesta segunda-feira, que trabalhou com a Polícia Federal do Canadá no desmantelamento de uma organização da máfia de Montreal que usava seu sistema de mensagens.

A empresa insiste em que seu sistema de segurança é "impenetrável".

Em um blog, o diretor-geral John Chen reiterou a posição de longa data da companhia canadense de que "as empresas de tecnologia, como responsáveis, devem cumprir as solicitações de acesso (à informação) legais e razoáveis".

"Para a BlackBerry, há um equilíbrio que deve ser respeitado entre fazer o que é correto, como ajudar a deter os criminosos, e evitar que os governos cometam abusos sobre a privacidade dos cidadãos", disse Chen.

Na semana passada, citando documentos judiciais, os sites de notícias Vice News e Motherboard relataram que a BlackBerry teria ajudado a Real Polícia Montada do Canadá (RCMP) a espionar membros de um bando criminoso de Montreal suspeito de homicídio.

Segundo os documentos, a Polícia obteve a criptografia de chave dos celulares BlackBerry dos acusados. Com isso, foi possível acessar o conteúdo da troca de mensagens entre aparelhos de membros da organização mafiosa.

A investigação começou em 2010 e levou à acusação e à condenação de 32 pessoas por tráfico de drogas, extorsão, assalto e outros crimes.

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