sábado, 23 de abril de 2016

Para secretário do Rio, ressaca é "evento" novo

Trecho de ciclovia que desabou no Rio de Janeiro

 O secretário municipal de Governo do Rio, Pedro Paulo Carvalho Teixeira, classificou como "um evento novo" a ressaca que atingiu e fez cair um trecho da Ciclovia Tim Maia, mas admitiu rever estruturas e protocolos municipais.

Ainda ontem, a Polícia Civil abriu inquérito para apurar as causas da tragédia, que deixou pelo menos dois mortos. Os responsáveis pelo acidente podem ser indiciados por homicídio culposo (sem intenção).

Duas vítimas foram identificadas - Eduardo Marinho de Albuquerque, de 54 anos, e Ronaldo Severino da Silva, de 60 -, mas os bombeiros ainda procuram outros possíveis mortos no acidente. O caso é investigado pela 15.ª DP (Gávea).

Após se reunir com técnicos da prefeitura carioca e de institutos de engenharia, o secretário de Governo evitou avaliar eventuais responsabilidades do município no caso e disse apurar "aspectos de engenharia".

Um laudo independente, elaborado por dois institutos de pesquisa, deve apresentar um diagnóstico em até 30 dias. "A ressaca não é um fenômeno novo, mas a incidência, naquele ponto, não há dúvidas de que foi um evento novo", afirmou Teixeira, pré-candidato à prefeitura pelo PMDB.

"A Avenida Niemeyer jamais foi fechada por impactos de ondas. Se houve falha no dimensionamento dos impactos da maré naquele trecho, é isso que a perícia vai avaliar."

Essa análise caberá ao Instituto do Programa de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio (Coppe) e ao Instituto Nacional de Pesquisas Hidrológicas.

Os técnicos já iniciaram os trabalhos e se reuniram com órgãos da prefeitura, como a GeoRio e a Defesa Civil.

De acordo com Teixeira, também será apresentado estudo sobre impactos da maré em outros pontos e estruturas, e os órgãos devem sugerir protocolos de emergência. Entre os pontos a serem revistos está a ciclovia no Elevado do Joá, zona sul.

"A prefeitura está refazendo avaliações, protocolos, para que possamos dar cada vez mais segurança para a população."

Quatro especialistas em estruturas, análise de risco e oceanografia ouvidos pelo Estadão estranharam a alegação do secretário. Eles criticaram a comparação entre a ciclovia e a pista de carros e ônibus e defendem que a prefeitura interdite a via em caso de ressaca.

Coreia do Norte disparou míssil submarino, afirma Seul

Kim Jong-un na Coreia do Norte

 A Coreia do Sul informou há pouco que a Coreia do Norte disparou o que parecia ser um míssil balístico a partir de um submarino em direção à costa nordeste sul-coreana.

O Ministério da Defesa do país não conseguiu confirmar imediatamente onde o projétil caiu após o lançamento.

Recentemente, a Coreia do Norte havia lançado uma grande quantidade de mísseis e granadas de artilharia em direção ao mar, num suposto protesto contra contínuos treinamentos entre forças militares norte-americanas e sul-coreanas na região.

O protesto acabou gerando mais sanções internacionais contra Pyongyang, em decorrência de um teste nuclear e do lançamento de um míssil de longo alcance.

A percepção é de que a Coreia do Norte está desenvolvendo tecnologias para o lançamento de mísseis balísticos a partir de submarinos.

Especialistas afirmam que o domínio desta tecnologia pelos norte-coreanos seria um desdobramento alarmante devido à maior dificuldade em detectar este tipo de arma em comparação aos mísseis lançados em plataformas terrestres.

Caso assuma, Temer terá de desarmar armadilha fiscal

Michel Temer com Dilma Rousseff ao fundo, na posse em janeiro de 2015

 Caso assuma o Palácio do Planalto a partir do dia 12 de maio com o afastamento de Dilma Rousseff, o presidente interino Michel Temer terá menos de 20 dias para promover uma importante mudança no Orçamento deste ano e evitar a paralisação da máquina pública federal.

Ele vai precisar baixar até o fim do próximo mês um decreto para contingenciar os recursos orçamentários se o Congresso não aprovar até lá a alteração da meta fiscal de 2016.

Para desarmar a "armadilha" fiscal, se não contingenciar os recursos, Temer terá de negociar com os parlamentares ou com o presidente do Congresso, o desafeto senador Renan Calheiros (PMDB-AL), para garantir a inclusão e consequente votação relâmpago do projeto que revisa a meta.

Se não fizer, o hoje vice corre o risco de ser condenado pelo Tribunal de Contas da União - esse foi um dos motivos que levou a Corte a rejeitar as contas do governo Dilma de 2014 em outubro.

A saída para o impasse tem sido deixada em segundo plano pelos parlamentares desde o fim de março, quando Dilma enviou ao Congresso o projeto de revisão da meta.

A proposta não tem nem sequer relator na Comissão Mista de Orçamento (CMO) - pior, o próprio colegiado ainda não elegeu a nova composição de deputados e senadores.

Tampouco na gestão da petista houve empenho dos parlamentares para fazer a mudança.

Até o momento, conforme o Estadão apurou, as articulações de interlocutores do vice para resolver a "armadilha" ainda não foram deflagradas - ele se reúne hoje com o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, cotado para assumir a Fazenda.

No máximo, tem havido conversas esparsas sobre a questão - o atual ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, conversou com o senador Romero Jucá (PMDB-RR), aliado de Temer sobre o assunto.

O relator-geral do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), disse que caberá à nova equipe econômica decidir a melhor estratégia para resolver o impasse.

A alteração da meta é fundamental para que o governo continue executando o Orçamento.

Barros disse já ter encaminhado a Temer e aliados o esboço de um projeto que apresentará na próxima semana para desvincular todas as verbas do Orçamento - hoje, 92% da peça orçamentária tem destino carimbado.

Sem a CMO funcionando, o governo terá duas saídas regimentais para aprovar a revisão da meta.

A primeira é conseguir o apoio de mais da metade dos líderes partidários da Câmara e do Senado para aprovar um requerimento de urgência para levar a matéria ao plenário do Congresso.

Nesse caso, Renan tem de convocar uma sessão conjunta das duas Casas para votar o projeto. Outra alternativa seria o próprio presidente do Congresso convocar uma sessão conjunta para apreciar especificamente a matéria.

Renan preferiu se esquivar da responsabilidade na única declaração que deu sobre o assunto na quarta-feira.

Ele disse que, para levar o projeto de revisão da meta para discussão no Congresso, precisava da aprovação do requerimento pela maioria das duas Casas. Mas destacou que os deputados não querem passar um pedido desses enquanto Dilma estiver na Presidência.

Renan não mencionou que ele teria poderes regimentais para levar o assunto ao plenário. Temer pretende conversar nos próximos dias com o presidente do Congresso.

Brasil é país líder em desemprego, aponta estudo

Carteira de trabalho

 O Brasil é líder mundial em geração de desemprego, aponta estudo do Instituto Teotônio Vilela, do PSDB. No ano passado, 2,6 milhões de brasileiros perderam empregos, o maior volume absoluto registrado num conjunto de 59 países. 

"E não parou", diz o presidente do instituto, José Aníbal. "Em janeiro, fevereiro e março devemos ter tido devastação suplementar."

O estudo aponta que em nenhum país analisado houve reversão tão abrupta do mercado de trabalho em tão pouco tempo. No período, o total de desempregados saltou de 6,5 milhões para 9,1 milhões.

"O Brasil aparece no ranking à frente de países cuja situação política, econômica e social é muito mais conturbada que a nossa."

O segundo colocado é a Nigéria, que sofre com o terrorismo do grupo Boko Haram e amarga efeitos da queda do preço internacional do petróleo. Lá, 2,4 milhões de pessoas perderam o emprego.

Em seguida vêm a Rússia, alvo de sanções econômicas, com 276 mil novos desempregados, e o Irã, com 261 mil.

A Índia, com crescimento de 179,9 mil desempregados, fica no oitavo lugar - a população do país é seis vezes maior que a brasileira.

"Isso indica a gravidade dessa crise", diz Aníbal. "As empresas demitem e não veem horizonte de retomada."

A amostra leva em consideração países da Europa, membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), economias mais desenvolvidas e América do Sul - com exceção da Bolívia, que não tem dados para 2015.

O Brasil é destaque também em relação à proporção da população. O índice passou de 6,5% para 9%.

Por esse critério, o País registra o segundo pior dado do mundo. O primeiro é o da Nigéria, onde avançou 4 pontos porcentuais. No grupo de 59 países, 42 registraram estabilidade ou queda da taxa de desemprego.

"É o esperado", diz o professor José Alberto Ramos, da Universidade de Brasília (UnB). Segundo ele, o desempenho se deve à desaceleração econômica.

"O PIB do Brasil é um dos que mais caem no mundo, então o resultado é necessariamente o aumento do desemprego."

UE propõe medidas urgentes após o caso "Panama Papers"

Placa da empresa Mossack Fonseca na cidade do Panamá, dia 04/04/2016

Os ministros das Finanças dos 28 países da União Europeia (UE) endossaram, em uma reunião em Amsterdã, uma série de medidas para lutar contra a evasão fiscal e elaborar uma lista de paraísos fiscais após as revelações do escândalo "Panama Papers".

"O senso de urgência é definitivamente muito maior", disse o ministro das Finanças da Holanda, Jeroen Dijsselbloem, país que ocupa a presidência semestral da UE.

Passamos muito tempo ocupados concorrendo entre nós mesmos a respeito dos regimes fiscais para tornar mais atrativos nossos países para as empresas", disse Dijsselbloem no segundo dia de reunião dos ministros das Finanças.

Os 28 países estão "muito comprometidos em reduzir as diferenças" de regimes fiscais, afirmou.

Entre as medidas propostas pela UE está a criação de uma lista comum de paraísos fiscais utilizados pelas empresas ou particulares para evadir e reduzir sua base de impostos.

"Há um respaldo unânime para que a Europa crie sua própria lista de paraísos fiscais até o verão", disse o comissário europeu para Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici.

Atualmente, apenas alguns países da UE têm uma lista de paraísos fiscais, mas as políticas são muito variáveis. Em primeiro lugar deverão definir um método comum para identificar quem poderia figurar na lista. A Comissão deve apresentar propostas na próxima reunião em maio.

Os ministros também apoiaram uma proposta de cinco países da UE para a troca automática de informações e assim identificar os beneficiários das offshores.

Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália e Espanha apresentaram a ideia ao G20 na semana passada.

"Há uma vontade convergente, assumida, proclamada, de lutar contra os mecanismos anônimos que não permitem saber quem se esconde por trás destas empresas", afirmou o ministro francês, Michel Sapin.

Na próxima semana, os países da UE devem iniciar discussões sobre as novas regras que exigem das multinacionais que operam na Europa a divulgação dos lucros em cada país da UE, informou Dijsselbloem.

O projeto de divulgação das operações país por país responde a uma campanha de ONGs que acusam as multinacionais de declarar seus lucros nas jurisdições mais com impostos mais favoráveis.

A UE está dividida sobre esta proposta. Alguns argumentam que as informações sensíveis das empresas devem ser consultadas apenas pelas autoridades fiscais.

A proposta da Comissão Europeia obrigaria as grandes empresas a publicar os dados contábeis e fiscais, o volume de negócios, os lucros, assim como a carga de impostos e os tributos pagos nos 28 países da UE.

 

Dilma antecipa volta para Brasília ainda de manhã

Presidente Dilma Rousseff durante assinatura do acordo de Paris, na ONU, Nova York, dia 22/04/2016

A presidente Dilma Rousseff antecipou sua volta para o Brasil. Ainda na noite de ontem, depois de dar o seu recado em várias entrevistas para a imprensa estrangeira e brasileira, a presidente decidiu regressar ao país.

A aterrissagem em Brasília está prevista para entre 11h30 e meio dia.

Com isso, o vice-presidente Michel Temer, quando receber Henrique Meirelles na tarde de hoje, no Palácio do Jaburu, não estará mais na interinidade, como presidente da República.

Temer quer conversar com Meirelles sobre a possibilidade de ele assumir o Ministério da Fazenda, em caso de impeachment da presidente Dilma. Anteriormente, a chegada de Dilma em Brasília estava prevista para 23h25 de hoje, segundo informações do Blog do Planalto.

Seis são detidos na Turquia por vínculos com grupo EI

Tensão na Turquia - Militares checam identificações - 15/03/2016

Seis estrangeiros suspeitos de estarem vinculados ao grupo Estado Islâmico (EI), e que preparavam um atentado contra "líderes do Estado", foram detidos pela polícia na noite de sexta-feira, em Konya, no centro da Turquia, anunciaram as autoridades locais.

A detenção ocorreu a poucas horas da chegada da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, à província turca de Gaziantep (sudeste), que faz fronteira com territórios da Síria controlados pelo EI.

Segundo um comunicado das autoridades de Konya, cidade conservadora onde a polícia já realizou várias buscas em meios extremistas, os suspeitos planejavam atentar contra "líderes do Estado e alvos estratégicos".

"A operação permitiu desbaratar um eventual ataque", completa o texto.

Tusk, o vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, e Merkel estarão na tarde deste sábado em Gaziantep, perto da fronteira com a Síria, para visitarem um campo de refugiados e se reunirem com o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu.

A visita ocorre três semanas depois de entrar em vigor um controverso acordo entre Bruxelas e Ancara, que pretende dissuadir as viagens clandestinas por mar de migrantes e refugiados até a Europa, que enfrenta sua maior crise migratória desde a Segunda Guerra Mundial.

Indústria paulista pressiona por redução na tarifa de gás

Comgás (CGAS3)

Um ano após o tarifaço de energia, a indústria paulista faz pressão para reduzir o preço do gás natural, um dos maiores insumos do setor.

Com a queda do preço do petróleo no mercado internacional, calcula-se que há espaço para reduzir em até 23% a tarifa do gás para as empresas e 5% para residências.

A mobilização ocorre um mês antes do reajuste da Comgás, principal distribuidora do Estado, responsável por 177 municípios da Região Metropolitana de São Paulo, Campinas, Vale do Paraíba e Baixada Santista que somam 27% do PIB.

A Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) questionou oficialmente a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) sobre o reajuste anual da Comgás, que terá validade a partir de 31 de maio.

Há uma preocupação de que a redução do preço seja inferior ao alinhamento dos preços internacionais de petróleo, que servem de base para a tarifa, comprometendo o caixa das indústrias justamente em um momento de recessão e dificuldades de obtenção de crédito.

Se esse cenário não for considerado, a Comgás poderá embolsar R$ 1 bilhão a mais nos próximos 12 meses, de acordo com o presidente da Abrace, Paulo Pedrosa.

Essa seria a arrecadação da Comgás caso o reajuste considere apenas a variação do preço do petróleo nos últimos dois meses. A Abrace defende, porém, que o processo leve em conta a projeção de comportamento dos preços do petróleo nos próximos 12 meses, que tem um viés de baixa.

As empresas dizem que gastos com energia representam 40% do custo das empresas. De acordo com a Abrace, todo o setor industrial paulista desembolsou R$ 4,9 bilhões em 2015.

No mercado, há uma expectativa de que a Arsesp autorize uma queda de 10% na tarifa do gás em São Paulo. Se isso se confirmar, o preço do insumo continuará superior ao praticado no exterior por mais um ano.

Procurada, a Comgás disse que não se pronuncia sobre o processo de reajuste. A Arsesp informou que não comenta previsões nem faz estimativas sobre reajustes futuros para evitar especulações no mercado.


Scania inaugura laboratório e foca mercado externo

Indústria: Operário trabalha em linha de montagem da marca sueca de caminhões Scania, em São Bernardo do Campo

  Depois de um início de ano para se esquecer, com queda de 20% nas vendas de caminhões e ônibus no primeiro trimestre, a Scania prepara o lançamento de um laboratório de testes em sua unidade de São Bernardo do Campo (SP), na próxima semana.

A divisão, voltada ao desenvolvimento e certificação de novos motores, será a primeira do mundo fora da sede, na Suécia, e faz parte dos esforços da montadora em ampliar a capacidade local para atacar mercados internacionais.

Nos últimos anos, a Scania tem trabalhado para não ficar refém do mercado interno. Em 2014, as vendas locais representavam 60% dos negócios da subsidiária. Agora, essa participação é de no máximo 30%.

Cerca de 70% do que é fabricado em São Bernardo do Campo segue para o leste europeu, Ásia e o Oriente Médio, além de praças já tradicionais para a empresa na América Latina, como Argentina, Chile e México.

"Desde o segundo semestre do ano passado começamos a focar as vendas na Rússia e no Oriente Médio. A Rússia é uma economia que estava bem, teve alguns problemas e agora começa a se recuperar", diz o presidente da Scania na América Latina, Per-Olov Svedlund.

O Brasil também fornece para a África do Sul, Índia, Tailândia e os Emirados Árabes Unidos.

A operação no Brasil é a segunda em tamanho no mundo. Com capacidade para fabricar 30 mil caminhões por ano no País, a montadora sueca opera no momento com 40% de ociosidade.

Segundo Svedlund, o lançamento de um laboratório de propulsores dará à operação local condições de se projetar como uma espécie de plataforma de criação de novos produtos.

A ideia, diz ele, é ocupar os engenheiros brasileiros com o desenvolvimento de tecnologia embarcada nos motores, além de realizar testes com combustíveis alternativos.

"É o mesmo laboratório que temos na Suécia. Neste começo podemos trabalhar juntos com o desenvolvimento, mas também pode ser utilizado para fazer os testes necessários no Brasil", afirma o executivo.

Historicamente, a empresa investe R$ 100 milhões por ano no Brasil, dinheiro que visa, sobretudo, a recompor as perdas com depreciação da fábrica.

Neste ano, contudo, a Scania anunciou que vai quadruplicar este montante. Além dos R$ 40 milhões para o laboratório de testes, até o final de 2016 serão investidos outros R$ 400 milhões para, na prática, equiparar a fábrica brasileira aos padrões xistentes, hoje, na Suécia.

O setor de caminhões viveu seu auge no Brasil durante os anos de 2013 e 2014, impulsionado principalmente pela oferta farta de financiamento para os consumidores.

No ano passado, o setor enfrentou um revés de 46,5%, o maior tombo desde 2003. Neste ano, as vendas recuaram 32% no primeiro trimestre comparado a igual período de 2015.

Justiça argentina proíbe Uber em Buenos Aires

Taxistas protestam contra o Uber em Buenos Aires, Argentina, dia 15/04/2016

A juíza portenha Claudia Alvaro determinou o bloqueio preventivo do aplicativo Uber, do site da empresa e das plataformas digitais vinculadas ao serviço na cidade de Buenos Aires, capital argentina.

A medida, segundo a juíza, vale até que a “empresa se adeque às leis da cidade”.

Na decisão, a magistrada argumentou que, sem regulamentação, o serviço privado de carro com motorista oferecido pelo aplicativo “constitui uma atividade de risco que põe em perigo a segurança pública por ser desenvolver sem controle nem supervisão do Estado”.

Os usuários do aplicativo, segundo a juíza, “estariam desprotegidos ao contratar um serviço de transporte de passageiros que não está habilitado, cujo motorista não possui licença de condutor profissional e que não tem seguro de acordo com a atividade”.

Sem regras definidas, “a empresa Uber não se responsabilizará por danos nem prejuízos relativos ao uso do serviço”, acrescentou a magistrada na medida cautelar.

O Uber foi lançado em Buenos Aires no dia 12 de abril sob protestos de taxistas locais, como ocorreu em outras cidades do mundo. Em resposta à chegada do serviço, os taxistas portenhos interromperam o trânsito na cidade em vários pontos ao longo dos últimos dias e prometem ampliar as manifestações.

Primeiro "Café Drone" do mundo abre em universidade

drone

Vários drones domésticos, pires voadores brancos de olhos luminosos, são os garçons do primeiro "Café Drone" do mundo aberto neste final de semana, na Universidade tecnológica de Eindhoven, anunciou Tessie Hartjes, estudante e responsável pelo projeto.

Neste estabelecimento, os garçons passam voando entre as mesas... literalmente. O robô chamado "Blue Jay", o primeiro drone doméstico de interior autônomo, se aproxima e tira o pedido dos clientes, que apontam sua escolha na carta de coquetéis.

 

"Seus olhos vão enchendo pouco a pouco, como uma barra de download. Uma vez que tenham se iluminado completamente quer dizer que o pedido está pronto. E outro drone leva a garrafa à mesa, fixada por meio de uma pinça", explica Hartjes à AFP.

Este café efêmero de aspecto futurista abre na ocasião do "Dream & Dare Festival", celebrado pelo 60º aniversário da universidade, e propõe quatro coquetéis, com e sem álcool, todos verdes e azuis, como os olhos de meia-lua de Blue Jay.

Dotado com uma pinça similar a uma mão humana, "a ferramenta mais funcional para as tarefas cotidianas", este robô é capaz de voar nos interiores, graças a alguns captores, pequenas hélices e uma bateria, contrariamente aos drones exteriores, que funcionam com GPS.

Com um custo de produção de 2.000 euros por peça financiados pela universidade, investimentos privados e um sistema de financiamento participativo, estes mini-helicópteros (seis, até o momento) são o fruto de nove meses de trabalho de 20 estudantes voluntários de distintas faculdades, dos quais a maioria interrompeu seus estudos durante um ano para se dedicar exclusivamente ao projeto.

"Este novo tipo de drone poderá nos acompanhar na vida diária e ser uma ferramenta muito útil para a espécie humana. Nós o vemos como o próximo celular, que cada um pode programar como desejar", declara o responsável pelo projeto.

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