segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Mercado reduz previsão para juro e aumenta a de inflação



  A previsão para a taxa básica de juros no fim de 2016 caiu de 14,64% para os atuais 14,25%, segundo o último Boletim Focus, do Banco Central, que reúne as estimativas das principais instituições financeiras. 

A taxa voltou a cair diante do tom mais brando que o Banco Central adotou em relação à condução da política monetária. Para a média do ano, o mercado reduziu a previsão de 14,84% também para 14,25%. Isso quer dizer que os analistas deixaram de acreditar em uma nova alta dos juros no decorrer de 2016. Já a expectativa para a inflação foi ampliada de 7,23% para 7,26%, distanciando-se mais do teto da meta do governo para o ano, que é de 6,5%. Este é o quinto aumento seguido.

Para 2017, a previsão de inflação subiu de 5,65% para 5,8%, distanciado-se também da meta central de 4,5% do ano que vem e aproximando-se do teto de 6% do regime de metas para o período. Foi a terceira elevação seguida da previsão para 2017.
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O aumento das expectativas para a inflação ocorreu após o Banco Central manter a taxa básica de juros estável em 14,25% ao ano — o maior patamar em quase dez anos. Já para o fechamento de 2017, a estimativa para a taxa de juros ficou estável em 12,75% ao ano — o que pressupõe queda dos juros no ano que vem.
Depois de decidir manter a Selic em 14,25%, o BC sugeriu na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) maior tolerância com a inflação neste ano em meio à elevação das incertezas no cenário externo, com destaque para desaceleração na China e evolução dos preços do petróleo.


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A previsão para o PIB de 2016 teve a segunda piora seguida. O mercado financeiro passou a prever uma contração de 3,01%, contra uma retração de 3% estimada na semana anterior.
As projeções para 2017 também são pessimistas. Os economistas das instituições financeiras baixaram a previsão de crescimento de 0,80% na semana anterior para 0,70% — também na segunda queda consecutiva da previsão.
Na semana retrasada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou a piora de suas estimativas e passou a prever uma contração de 3,5% para o PIB brasileiro neste ano e um crescimento zero para 2017.

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