quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

EUA e Cuba fecham acordo histórico para retomar voos comerciais

Bandeiras de EUA e Cuba penduradas na varanda de uma casa em Havana

Os governos de Cuba e dos Estados Unidos assinaram formalmente nesta terça-feira (16) um acordo alcançado em dezembro para retomar os voos comerciais entre os dois países, pela primeira vez em cinquenta anos.

O novo acordo determina que as transportadoras dos EUA terão a oportunidade de operar até 20 voos diários de ida e volta entre os EUA e Havana e até 10 voos diários de ida e volta entre os EUA e cada um dos outros nove aeroportos internacionais de Cuba, para um total de até 110 voos de ida e volta diários. Além disso, não haverá mudanças quanto aos voos fretados para a ilha.

O pacto era esperado depois que o presidente norte-americano Barack Obama anunciou no ano passado o fim das restrições de viagem a Cuba e a normalização das relações com o país.

O secretário de Transportes norte-americano Anthony Foxx e o ministro dos Transportes cubano Adel Izquierdo Rodriguez assinaram o acordo em uma cerimônia no Hotel Nacional de Havana.

O acordo permite que 20 vôos regulares diários norte-americanos a Havana, além dos atuais 10-15 voos charter para um dia. O restante seria para outras cidades cubanas.

De acordo com a Bloomberg, outras companhias aéreas como a American Airlines, a Southwest Airlines e a United Airlines estão considerando abrir rotas diretas para Havana nos próximos meses. Além disso, a empresa Carnival está preparando para este semestre um cruzeiro para Cuba pela primeira vez em mais de meio século.

 Cuba reconhece as medidas tomadas por Obama, mas insiste que muito mais poderia ser feito, particularmente no que diz respeito ao levantamento do bloqueio, à devolução do território ocupado da base naval de Guantánamo e à suspensão dos programas ilegais de rádio e televisão que buscam a desestabilização e a mudança de regime na nação latino-americana.

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