Os governos de Cuba e
dos Estados Unidos assinaram formalmente nesta terça-feira (16) um
acordo alcançado em dezembro para retomar os voos comerciais entre os
dois países, pela primeira vez em cinquenta anos.
O pacto era esperado
depois que o presidente norte-americano Barack Obama anunciou no ano
passado o fim das restrições de viagem a Cuba e a normalização das
relações com o país.
O secretário de Transportes norte-americano Anthony Foxx e o ministro
dos Transportes cubano Adel Izquierdo Rodriguez assinaram o acordo em
uma cerimônia no Hotel Nacional de Havana.
O acordo permite que 20 vôos regulares diários norte-americanos a
Havana, além dos atuais 10-15 voos charter para um dia. O restante seria
para outras cidades cubanas.
De acordo com a Bloomberg, outras companhias aéreas como a American
Airlines, a Southwest Airlines e a United Airlines estão considerando
abrir rotas diretas para Havana nos próximos meses. Além disso, a
empresa Carnival está preparando para este semestre um cruzeiro para
Cuba pela primeira vez em mais de meio século.
Cuba reconhece as medidas tomadas por Obama, mas insiste que muito mais
poderia ser feito, particularmente no que diz respeito ao levantamento
do bloqueio, à devolução do território ocupado da base naval de
Guantánamo e à suspensão dos programas ilegais de rádio e televisão que
buscam a desestabilização e a mudança de regime na nação
latino-americana.