Entre as dicas para garantir a proteção na folia está a redução do número de parceiros de beijo.
O tradicional beijo na boca durante os dias de Carnaval já virou hit
de canções da folia e também motivo de alerta para especialistas. Por
trás da sensação de bem estar da “beijação” se escondem dezenas de
doenças transmitidas pela troca de salivas e de secreções respiratórias.
De acordo com a infectologista e coordenadora do Serviço de
Infectologia do Hospital da Bahia, Márcia Sampaio, a lista com as
possibilidades de transmissão é longa: mononucleose infecciosa,
popularmente conhecida como doença do beijo, causada pelo vírus
Epstein-Barr; herpes simples, hepatite A, gripes e resfriados,
gengivites, dentre outras.“A mais perigosa de todas é a meningite meningocócica, causada pela bactéria meningoco. É extremamente contagiosa, causa dor de cabeça, febre e vômitos, e pode levar à morte”.
Cada beijo em parceiros diferentes é uma oportunidade de contaminação, mesmo entre pessoas aparentemente saudáveis. “É importante que as pessoas se alimentem de forma correta, ingerindo os nutrientes necessários para manter a imunidade ativa, deixando o organismo mais forte e prevenido para combater essas infecções”, acrescenta a infectologista para evitar a contaminação.
Sprays com soluções à base de própoles e mel, comercializados em farmácias, não têm eficácia comprovada para combater micro-organismos transmitidos pela saliva, como explica Márcia Sampaio. A higiene bucal adequada, segundo ela, pode auxiliar na diminuição da presença de alguns agentes.
Caso a pessoa apresente febre, dor de garganta, dor de cabeça, presença de gânglios (caroços) no pescoço, a recomendação é procurar atendimento médico para avaliação e tratamento adequado