quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Rui Costa e ACM Neto trocam indiretas em coletivas



 Rui Costa e ACM Neto trocam indiretas em coletivas

 

Mostrando que a disputa por espaço e as polêmicas entre ele e o prefeito ACM Neto (DEM) devem continuar, o governador Rui Costa (PT) buscou se apresentar hoje claramente como um defensor do povo no Carnaval, durante coletiva para relacionar os investimentos do governo baiano na folia, no Hotel Sheraton.
“Sou um defensor do Carnaval de rua, da pipoca, democrático”, disse o governador, arrancando aplausos da platéia, onde se aglomeravam artistas, secretários e políticos aliados. Rui disse não ter nada contra os camarotes e blocos particulares, mas ressaltou que não foram eles que fizeram do Carnaval da Bahia a grande festa que é hoje.
“Eles (os camarotes e os blocos privados) têm que coexistir com os trios sem cordas”, afirmou o governador, que foi antecedido no palco pelo secretário estadual de Cultura, Jorge Portugal. O secretário já havia classificado como sem sentido a polêmica em torno do patrocínio de blocos sem cordas pelo governo, apresentando uma relação de patrocinadores privados.
Entre eles, estão a Caixa e o Banco do Brasil, órgãos do governo federal. O governo acredita que foi o grupo de Neto que puxou a polêmica contra o patrocínio de blocos sem cordas pelo governo, medida que Rui tomou logo depois que Neto o acusou de não gostar do Carnaval nem querer investir na folia após o governador ter protestado contra aumento de custos na festa.
Por isso, os governistas buscam taxar Neto agora de defensor da privatização da festa, por meio de camarotes e blocos fechados. Numa outra prova de que está longe de que a disputa entre os dois está longe de acabar, prefeito e governador marcaram suas coletivas para praticamente o mesmo horário esta manhã.
No encontro com jornalistas, Neto fez questão de destacar o volume de recursos próprios que a Prefeitura tem investido no Carnaval e deixou claro que o poder público tem buscado também a cooperação do setor privado de forma a não onerar o custeio da máquina, numa tentativa de ironizar Rui.

 

Arquivo do blog