quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Temer defende Lava Jato, mas diz que investigações não podem paralisar o País


 Vice-presidente do Brasil faz caravana por diretórios estaduais do PMDB em busca da reeleição


O vice-presidente Michel Temer defendeu nesta quinta-feira (28), em Curitiba, as investigações da Operação Lava Jato. O vice ponderou, no entanto, que a força-tarefa não pode paralisar o Brasil.
— A Operação Lava Jato é uma prova que nossas instituições estão funcionando. É uma questão do Judiciário e temos que esperar a apuração dos eventos. Mas é importante que as investigações não paralisem o País.
A declaração de Temer foi dada após ser questionado sobre as denúncias de corrupção levantadas contra setores do governo federal, inclusive contra peemedebistas
Em campanha para reeleição à presidência do PMDB, o vice iniciou nesta quinta, pela capital paranaense, uma série de visitas que fará aos diretórios estaduais do partido para costurar apoios à sua recondução ao comando da sigla.
Como principal discurso para convencer os peemedebistas de sua recondução, Temer traz a proposta de lançar o máximo de candidaturas próprias nas eleições municipais deste ano para construir um candidato próprio à Presidência da República em 2018.
— As eleições de 2018, passam pela disputa de 2016.
Em meio à grave crise política enfrentada pelo Planalto, o vice-presidente evitou falar sobre seus atritos com a presidente Dilma Rousseff.
— O momento é de buscar a unidade em todo o País. Estamos propondo uma pacificação nacional. Acredito que a presidente Dilma deve buscar o mesmo com a reunião do conselho que está sendo realizada hoje.
Para os militantes, Temer usou a emblemática expressão "quem manda no PMDB é o PMDB", para explicar a continuidade da aliança com o governo do PT.
— O PMDB sempre foi um partido construído pela base e estamos provando isso neste momento.
O peemedebista enfrenta uma ameaça de rebelião dentro do partido e várias lideranças afirmam que não vão apoiá-lo para um novo mandato como presidente da sigla na convenção nacional, marcada para março. No Paraná, no entanto, Temer recebeu o apoio unânime dos peemedebistas.
O senador Roberto Requião, presidente da legenda no Estado, diz não ter dúvidas.
— O Paraná está fechado com o Temer.
Depois de Curitiba, o vice-presidente seguiu para Florianópolis.

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