sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Alemanha endurece política de asilo a refugiados


 Imigrantes e refugiados esperam para verificação de segurança depois de cruzarem a fronteira da Macedônia com a Sérvia, perto da aldeia de Miratovac. De lá, os imigrantes seguem para os países mais ricos Europa

Alvo de críticas de conservadores por sua política de portas abertas, a Alemanha mudou de postura e decidiu endurecer as regras de asilo para refugiados, dificultando a entrada de imigrantes de alguns países africanos. Também num movimento para conter a crise migratória na Europa, a Finlândia se uniu à Suécia e anunciou planos para deportar dezenas de milhares de imigrantes que tiverem o pedido de acolhimento rejeitado.
O vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, afirmou que a Alemanha iria colocar Argélia, Marrocos e Tunísia em uma lista de “países de origem segura” — o que significa que imigrantes provenientes desses lugares teriam pouca chance de conseguir asilo. Alguns também seriam impedidos de levar as suas famílias para a Alemanha por dois anos, segundo Gabriel.
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O endurecimento das regras vem após a Alemanha, a economia mais forte da União Europeia (UE), receber cerca de 1,1 milhões de migrantes em 2015 — muitos deles refugiados que fogem de guerras, perseguições e miséria. A chanceler alemã, Angela Merkel, está sob forte pressão nos últimos meses para reverter sua política de ajuda a refugiados, enfrentando oposição até dentro de seu partido.
Depois da Suécia anunciar que planejava deportar até 80 mil imigrantes, a Finlândia seguiu os mesmos passos e anunciou planos de expulsar cerca de dois terços dos 32 mil requerentes de asilo que chegaram ao país em 2015.
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— A princípio falamos de cerca de dois terços, ou seja, aproximadamente 65% dos 32 mil terão uma decisão negativa (sobre os seus pedidos de asilo) — disse Paivi Nerg, diretor do ministério do Interior finlandês, à agência AFP.
Os dois países nórdicos, que estão entre os que mais recebem refugiados per capita na UE, estão lutando para lidar com a crise migratória.
Outra medida adotada por alguns países europeus para conter o tsunami de refugiados é o confisco de bens. Suíça, Dinamarca e alguns estados no Sul da Alemanha aprovaram a retirada de posses de refugiados para ajudar a pagar custos do acolhimento no país.

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