segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

João Santana diz que acusações contra ele são ‘infundadas’


Com um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça no âmbito das investigações da Operação Lava-Jato, o marqueteiro João Santana renunciou nesta segunda-feira ao comando que exercia da campanha à reeleição do presidente da República Dominicana, Danilo Medina. Na carta que encaminhou nesta tarde ao comitê nacional do Partido de la Liberación Dominicana (PLD), o publicitário fez a própria defesa e disse que o Brasil está vivendo um clima de "perseguição" e que as acusações contra ele são "infundadas".

O marqueteiro e a mulher, Mônica Moura Santana, estão, segundo seus advogados, a caminho do Brasil para se apresentar à Polícia Federal em Curitiba.

"Me dirijo a vocês porque, como é conhecido pelos meios de comunicação, acordei esta manhã com a notícia de que meu nome está sendo ligado a uma suposta trama relacionada com o financiamento de campanhas políticas no Brasil. Conhecendo o clima de perseguição que se vive hoje em meu país, não posso dizer que me tomou completamente de surpresa, mas ainda assim é difícil de acreditar", explica Santana no início da carta, escrita em espanhol.

Após comunicar seu desligamento da campanha — a eleição será em maio — , o marqueteiro falou, pela primeira vez, sobre as suspeitas que recaem sobre ele.

“Isso (desligamento) me permitirá voltar ao Brasil para me defender das acusações infundadas que estou sendo objeto", diz Santana em outro trecho da carta.

O publicitário reiterou — o que já foi dito por seus advogados — que se colocou à disposição das autoridades brasileiras para prestar esclarecimentos e que "facilitará toda a informação necessária para deixar estabelecida a verdade dos fatos".

Santana justificou a renúncia à campanha de Danilo Medina como a melhor decisão para não "prejudicar os interesses do PLD" e afirmou que está confiante na reeleição do presidente dominicano.

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