segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Estupro islâmico da Europa', revista polonesa é comparada a propaganda nazista

Capa wSieci

A capa de uma revista polonesa com a chamada 'O estupro islâmico da Europa' provocou um intenso debate no país sobre a crise migratória no continente. A foto de uma mulher branca enrolada na bandeira da União Europeia sendo atacada por braços de pele escura, em referência aos refugiados islâmicos, está sendo comparada a propaganda nazista, reportou o jornal britânico The Guardian.

Na edição desta semana da conservadora revista wSieci (Na Rede, em português), a publicação promete "uma reportagem sobre o que a imprensa e a elite de Bruxelas estão escondendo dos cidadãos da União Europeia" - a reportagem principal é sobre os estupros e ataques sexuais sofridos por centenas de mulheres na cidade de Colônia, na Alemanha, durante o último réveillon. A maioria dos homens presos na operação que investiga o caso é formada por imigrantes recém-chegados do norte da África.

 As cerca de 1.000 denúncias das vítimas no Ano Novo em Colônia, que provocaram uma reação contrária à política alemã de abertura a refugiados, encorajaram mulheres de outros países europeus a também relatar ataques sexuais semelhantes.

"Após os acontecimentos do Ano Novo em Colônia, a população da velha Europa dolorosamente percebeu os problemas decorrentes do fluxo maciço de imigrantes", escreveu a autora da matéria, Aleksandra Rybinska. "Os primeiros sinais de que as coisas estavam indo mal, no entanto, apareceram bem antes. Eles foram ignorados ou minimizados em importância em nome da tolerância e do politicamente correto."


 Capa wSieci

Além da matéria sobre os estupros de Colônia, a revista traz ainda reportagens intituladas 'A Europa quer cometer o suicídio?' e 'O inferno da Europa'.

O governo da Polônia tem resistido aos pedidos da União Europeia para que aumente o número de refugiados no país. Em novembro, a primeira-ministra polonesa, Beata Szydlo, rejeitou a cota de 4.500 refugiados. A premiê justificou sua decisão lembrando que os atentados de Paris, que deixaram 130 mortos no dia 13 daquele mês, foram cometidos por extremistas islâmicos.

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