Apesar dos impasses que emperram as negociações para destravar o comércio mundial há mais de 15 anos, estudo divulgado pelo Brazil-US Business Council, em Washington, revela que as exportações dos Estados Unidos ao Brasil podem crescer 78% até 2030, se houver um acordo de livre comércio entre os dois países.
Segundo
reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, o número dois do Departamento
de Comércio americano, Bruce Andrews, disse, durante o evento, que
as relações com o Brasil são uma das prioridades na área comercial. A
pedido da Câmara Americana de Comércio (Amcham), a Fundação Getulio
Vargas, de São Paulo, está avaliando os impactos desse tipo de acordo
para o Brasil. Os resultados devem ser conhecidos em março.
Menos otimista, o professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ) Luiz Carlos Prado não acredita em um entendimento de curto prazo entre os dois países.
O especialista cita o exemplo do acordo com o México, no âmbito do Nafta, que beneficiou muito mais os EUA do que o vizinho do sul. Prado lembra que, apesar da industrialização, a região, que faz fronteira com o Texas, é uma das que mais sofre as consequências da crise econômica e social, agravada pelos altos índices de criminalidade do narcotráfico.
Menos otimista, o professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ) Luiz Carlos Prado não acredita em um entendimento de curto prazo entre os dois países.
“Hoje, no mundo, temos vários impasses, como na
área agrícola, por exemplo, com os europeus. O Brasil já é hoje um dos
países que mais recebe Investimento Externo Direto (IED), e mudanças no
tocante à proteção de investimento – como seria do interesse americano –
não nos interessam.”
Segundo o professor da UFRJ, seria muito mais interessante para o
Brasil que as negociações da Rodada de Doha, da Organização Mundial do
Comércio (OMC), fossem retomadas e um acordo, mesmo parcial, fosse
atingido. Prado lembra ainda que outra dificuldade seria a aprovação no
Congresso americano, que tem se mostrado um tanto avesso, nos últimos
tempos, em aprovar acordos bilaterais.O especialista cita o exemplo do acordo com o México, no âmbito do Nafta, que beneficiou muito mais os EUA do que o vizinho do sul. Prado lembra que, apesar da industrialização, a região, que faz fronteira com o Texas, é uma das que mais sofre as consequências da crise econômica e social, agravada pelos altos índices de criminalidade do narcotráfico.