segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Obama quer frear campanha russa na Síria ‘de qualquer maneira’

Caça russo Su-30 na base aérea na Síria

As verdadeiras intenções de Washington em relação à Síria são assunto importante há algum tempo, e muitos afirmam que o governo Obama ainda está disposto a perseguir uma troca de regime no país, apesar de ter reduzido o tom do discurso “Assad deve sair”

 O especialista em relações internacionais Rob Prince concorda com esse pensamento. Ele acredita que Washington quer o Presidente Bashar Assad fora do cenário “para que os poços de petróleo e corredores de gasodutos possam ser controlados pelas gigantes petroleiras e protegidas por novas bases militares distribuídas ao redor do país.”

Na opinião do especialista, esse foi o “plano de jogo básico desde o primeiro dia” em Washington.
“É por isso que Obama e companhia querem frear a ofensiva liderada pela Rússia se qualquer maneira possível, mesmo que signifique participar de negociações que não tenham outro propósito que não seja implementar um cessar-fogo para que os atuais mercenários americanos possam se reagrupar e lutar no futuro quando estiverem mais bem preparados”, explicou.

O processo de paz na Síria começou lentamente na última semana, quando representantes de Damasco e um grupo de oposição se encontraram em Genebra, mas não chegaram a um acordo.

 Como consequência, as conversas patrocinadas pela ONU foram adiadas e devem continuar no dia 25 de fevereiro. Eles são vistas como o primeiro grande passo em uma série de medidas, incluindo um cessar-fogo nacional e eleições, que devem levar paz à Síria.

Muitos especialistas alertam que grupos rebeldes, que recebem apoio de fora da Síria, podem se aproveitar do cessar-fogo para se reagruparem e então voltarem ao campo de batalha. O analista está convencido de que a Rússia não deixará isto acontecer.

A campanha aérea russa “provou-se um divisor de águas. Ela está no processo de garantir a segurança da rede Damasco-Homs-Latakia-Hama-Aleppo, a Sírua ocidental, urbana e desenvolvida que detém 70% da população. Grupos terroristas têm chance zero de dominar esse território. O resto é principalmente terra deserta”, apontou Prince

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