O
vice-primeiro-ministro russo, Dmitry Rogozin, chamou de “disparate” as
acusações de que a Rússia teria passado as tecnologias de mísseis
balísticos à Coreia do Norte, sublinhando que Moscou observa o regime de
não-proliferação destes armamentos.
No domingo (7) às 9:01 (horário local), a Coreia do Norte lançou um
foguete de longo alcance com um satélite, a partir do cosmódromo de
Sohae, no litoral ocidental do país, o que provocou forte reação da
comunidade internacional.
A agência sul-coreana Yonhap citou fontes militares segundo as quais
alguns dos componentes do míssil podiam alegadamente ser provenientes da
Rússia.
Rogozin, responsável no governo pelo ramo
espacial, disse ao jornal russo Kommersant que a informação sobre a
exportação da tecnologia a Pyongyang é “um disparate e asneira absoluta
que não corresponde nem minimamente à realidade”.
“Observamos completamente o regime de não-proliferação das
tecnologias de mísseis, a comissão sob a minha chefia nunca solicitaria
tal permissão para a Coreia do Norte”, afirmou o vice-ministro.
O representante oficial da agência espacial russa Roscosmos, Igor Burenkov, confirmou as suas palavras à edição.
No domingo o Ministério das Relações Exteriores condenou as ações da
Coreia do Norte, já que são uma violação das teses da resolução do
Conselho de Segurança da ONU e podem levar a um agravamento sério da
situação na península Coreana e no nordeste da Ásia em geral.