quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Nadadora espanhola, prata em Londres-12, é mais uma a temer o zika



A nadadora espanhola Mireia Belmonte, que conquistou medalhas de prata nas provas de 200m borboleta e 800m livre nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, manifestou-se nesta quarta sobre a polêmica envolvendo as Olimpíadas do Rio e o risco de contaminação pelo vírus zika. Indagada por repórteres se também teme, ela respondeu:

- Se minha saúde correr perigo, pensarei em não ir aos Jogos do Rio
A nadadora, porém, tentou não ser alarmista:
- Falta ainda muito tempo para os Jogos, e as coisas podem mudar. Mas é importante saber que iremos seguros. E que a nossa saúde não estará ameaçada. Temos que nos informar bem sobre o que vamos encontrar lá.

Mireia Belmonte, que iniciou sua trajetória olímpica aos 17 anos, em Pequim-2008, disse que está com ótima expectativa sobre sua participação na Rio-2016 e que pretende disputar o máximo possível de provas.

- Estou com muita esperança. Tentarei participar do maior número possível de provas. Estou muito feliz com meus resultados atuais, e minha preparação está muito boa - afirmou a recordista espanhola dos 800m livre.

TÉCNICO PEDE ACLIMATAÇÃO LONGE DO BRASIL

Com medo do vírus zika, Toni Minichiello, técnico da britânica Jessica Ennis-Hill, estrela do heptatlo e ouro em Londres-2012, pediu que a delegação do Reino Unido não faça aclimatação no Brasil para os Jogos.
- Deveríamos procurar um lugar para fazer nossa aclimatação que minimize os riscos. Os técnicos têm a responsabilidade de cuidar de seus atletas, e eu não encorajaria ninguém a ir a um lugar onde pudessem contrair algo que causasse prejuízos a longo termo. Precisamos minimizar os riscos e isso significa voar (ao Brasil) o mais tarde possível - disse Toni Minichiello ao jornal "The Times".

A Associação Olímpica Britânica respondeu dizendo não ter intenção de mudar seu planejamento inicial. A entidade reservou as instalações do Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte, para a preparação, por R$ 10 milhões. "Nossos planos seguem inalterados tanto para a aclimatação quanto para os Jogos", afirmou, oficialmente, a entidade.

DIRIGENTES ITALIANOS FALAM EM EXAGERO

O Comitê Olímpico da Itália faz recomendações a seus atletas, para que usem ar-coindicionado e evitem janelas abertas quando estiverem no Brasil. Mas entende que há certo exagero nas preocupações em relação ao zika.




- O Instituto de Medicina para o Esporte tem feito um bom trabalho, estão em contato com lideranças da pesquisa de doenças infecciosas. Teremos atividades de prevenção - declarou o presidente do Comitê Olímpico, Giovanni Malago, ao jornal "Corriere della Sera".
ZIKA NÃO É AMEAÇA AOS JOGOS, DIZ MÉDICO ALEMÃO

Na opinião do médico alemão Bernd Wolfarth, responsável pela saúde dos atletas da delegação olímpica do país, a propagação do vírus Zika no Brasil precisa ser monitorada, mas não chega a ser uma ameaça aos Jogos Olímpicos no Rio. Em entrevista à agência Reuters, no entanto, ele destacou que caberá aos atletas a decisão de participar ou não da competição.

- Independentemente do fato de caber aos atletas a decisão de competir ou não, precisamos agora acompanhar muito atentamente o desenvolvimento do vírus - afirmou Wolfarth.

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