terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

A Deutsche Boerse e a bolsa de valores de Londres (LSE, na sigla em inglês) estão fazendo uma nova tentativa de fusão que criaria uma grande operadora de bolsas europeia, potencialmente capaz de enfrentar a forte competição dos Estados Unidos e da Ásia. A LSE disse em comunicado que está em discussões detalhadas sobre uma fusão exclusivamente em ações sob uma nova holding, que daria aos acionistas da Deutsche Boerse fatia de 54,4% e a acionistas da LSE 45,6% da empresa. As conversas, que usam o código Delta para se referir à Deutsche Boerse e Luna para a LSE, estão em um estágio inicial. As ações de ambas as operadoras de bolsas de valores saltavam com a notícia, com a da LSE em alta de 17,1% e a da Deutsche Boerse exibindo ganho de 7,3% às 11h33. A Deutsche Boerse, que trabalhou em uma joint venture chamada iX com a LSE em 2000 antes de fazer uma tentativa completa, mas fracassada, de adquirir sua contraparte britânica no fim de 2004, não estava disponível imediatamente para comentar. O presidente-executivo da Deutsche Boerse, Carsten Kengeter, ao assumir o comando da bolsa alemã em junho, disse ter "mente aberta" sobre aquisições como parte de sua estratégia para impulsionar o crescimento e a receita.

Compras em Miami


A fraqueza econômica do país e o dólar caro seguem afetando o poder de compra dos brasileiros no exterior. Em janeiro, os gastos dos brasileiros lá fora somaram 840 milhões de dólares, uma queda de 62% ante os 2,2 bilhões de dólares desembolsados no mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Banco Central (BC).

O resultado de janeiro é o menor para o mês desde 2009, quando os gastos dos brasileiros no exterior atingiram 745 milhões de dólares, considerando a série histórica atualizada, que começou em 1995.

A recessão econômica foi um dos fatores que contribuíram para o resultado. Isso porque o baixo nível da atividade reduz a renda das famílias, aumenta o desemprego, eleva a inadimplência, ao mesmo tempo em que a inflação e os juros cobrados pelos bancos e instituições financeiras criam obstáculos para gastos não essenciais para o cotidiano do trabalhador.

A desvalorização do real ante a moeda americana, que encerrou janeiro cotado a 4,02 reais, também pesou na decisão de os turistas gastarem. O dólar mais caro encarece passagens aéreas, diárias de hotéis, alimentação e transporte em cidades em que ele é moeda de troca.

Com a valorização da moeda americana ante a brasileira, os gastos no cartão, que sofrem a incidência do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) de 6,38%, por exemplo, dificultam a gastança. Soma-se a isso a cobrança de 25% de impostos sobre remessas ao exterior para pagamento de serviços de uso pessoal, que passou a valer desde o primeiro dia do ano.

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