lém de não oferecer proteção adequada, algumas receitas podem queimar a pele e causar problemas nos olhos; entenda
Na
busca por produtos mais naturais, de modo a não se intoxicar com o uso
de repelentes industrializados, muitos optam por fazer sua própria
alquimia em casa. Mas é necessário tomar cuidado. Segundo especialistas,
o resultado pode ser bem diferente do desejado. Alguns compostos
naturais podem ser nocivos à pele. O pior é que quem recorre aos
caseiros pode ficando desprotegido, se tornando suscetível às picadas do
mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.
Segundo
o dermatologista da Clínica Fares, Rafael Cavanellas, as misturas
caseiras duram menos de meia hora. “Não fazem proteção adequada e mais:
ninguém vai ficar reaplicando o repelente a cada 20 minutos”, explica.
A internet divulga inúmeras receitas de repelentes
caseiros. Entre as misturas mais divulgadas estão as que levam limão com
cravo, laranja com cravo, extrato de alho ou até mesmo álcool com
infusão de citronela. Nenhum deles, porém, é efetivo.
De
acordo com Cavanellas, o limão e laranja são irritantes para a pele.
Podem causar queimaduras caso a pessoa se exponha ao sol. “Acontece o
que chamamos de fitofotodermatose, que é a queimadura que acontece
quando o limão entra em contato com o sol”, diz. “O extrato de alho
também irrita e pode causar alergia. Não recomendamos”, completa.
O álcool, dependendo da concentração, pode causar problemas à pele. “Não é seguro”, alerta o dermatologista.