sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Há trégua, mas não para os terroristas

Ajuda humanitária russa é preparada para ser distribuída em Kessab, na província síria de Latakia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que é necessário que "cada Estado civilizado tem atualmente a obrigação de fazer a sua contrubuição no combate ao terrorismo"

 O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Lavrov, ressaltou que a colaboração com os norte-americanos poderá ajudar na formaão de uma frente única antirerrorista.

Grupo de trabalho
O Grupo Internacional de Assistência à Síria (GIAS, ou ISSG, na sigla em inglês) aprovou na quinta-feira (11) um acordo que fixa uma trégua na Síria.

A reunião do GIAS teve lugar no âmbito da Conferência de Segurança em Munique, na Alemanha. Discutir segurança mundial sem lembrar-se da Síria hoje em dia seria bastante arriscado.

Segundo relatos da mídia, a reunião terminou com a assinatura de um acordo que postula a necessidade de resolver o assunto de fornecimento de aguda humanitária a todas as regiões do país e definir "a modalidade da cessão das ações militares na república árabe".

Ajuda humanitária russa chegou à cidade de Kessab, na província síria de Latakia 
 
Em uma entrevista à agência de notícias RIA Novosti, Vladimir Jabarov, primeiro vice-chefe do Comitê Internacional do Conselho da Federação (câmara alta do parlamento russo), explicou esta modalidade: "De acordo com as decisões do grupo, trata-se do cessar-fogo entre os grupos dentro do país"
 Caminhão que transportou a ajuda humanitária russa à cidade de Kessab 

No entanto, a campanha militar contra os grupos terroristas Daesh (também conhecido como "Estado Islâmico", proibido na Rússia e reconhecido pelo Brasil como uma organização terrorista) e Frente al-Nusra continua. O exército sírio avança em terra, enquanto a Força Aeroespacial da Rússia combate os terroristas do ar.

 A operação russa começou em 30 de setembro, quando o parlamento russo aprovara o pedido correspondente de Damasco.
Em 14 de janeiro de 2016, as forças aéreas russa e síria juntaram os esforços realizando a primeira operação oficialmente conjunta

 Negociações

O conflito armado na Síria, que arrastra-se desde 2011, é agravado pela presença de grupos terroristas acima descritos. No entanto, há também falta de diálogo. A tentativa mais recente, em Genebra (capital da Suíça), ficou adiada por um prazo ainda indefinido por causa da recusa de participar da bancada oposicionista. O Supremo Comitê para Negociações, órgão oposicionista baseado na Arábia Saudita, tinha anunciado a sua saída das negociações por causa de "problemas humanitários" que devem ser resolvidos primeiramente.

O enviado especial para a Síria das Nações Unidas, Staffan de Mistura, teve bastante cautela para não qualificar o acontecido como um fracasso; disse que era "uma pausa".
Nesta sexta-feira (12), de Mistura afirmou que não há uma data exata para a retomada das negociações. A única referência temporal que ele soltou foi essa: "O mais breve possível".
Porém, o dia 25 de fevereiro é falado como um prazo possível da tentativa de renovar o contato.

Arquivo do blog