Os jihadistas do Daesh usaram armas químicas na Síria e no Iraque, disse o diretor da CIA (Agência Central de Investigações dos EUA), John Brennan.
“Temos
um número de instâncias onde o ISIL [uma das siglas do grupo terrorista
Daesh] usou munições químicas no campo de batalha”, disse Brennan em
uma entrevista à CBS News.
Ele acrescentou que o grupo terrorista possui capacidades de produzir
pequenos volumes de gás mostarda e gás cloro e pode estar os exportando
aos países ocidentais.O chefe da CIA assegurou que a inteligência está ativamente engajada na busca de armas químicas ou laboratórios que produzem tais substâncias na Síria e no Iraque.
Na terça-feira (9) o diretor da Inteligência Nacional dos EUA, James Clapper, manifestou que uma investigação sobre o suposto ataque do Daesh na Síria em agosto revelou que pelo menos duas pessoas foram expostas ao gás mostarda.
O grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e reconhecido como terrorista pelo Brasil) autoproclamou-se "califado mundial" em 29 de junho de 2014, tornando-se imediatamente uma ameaça explícita à comunidade internacional e sendo reconhecido como a ameaça principal por vários países e organismos internacionais.
Porém, o grupo terrorista tem suas origens ainda em 1999, quando um jihadista de tendência salafita, o jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, fundou o grupo Jamaat al-Tawhid wal-Jihad. Depois da invasão norte-americana no Iraque em 2003, esta organização começou a fortalecer-se, até transformar-se, em 2006, no Estado Islâmico do Iraque.
A ameaça representada por esta entidade foi reconhecida pelos serviços secretos dos EUA ainda naquela altura, mas reconhecida secretamente, e nada foi feito para contê-la. Como resultado, surgiu em 2013 o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que agora abrange territórios no Iraque e na Síria, mantendo a instabilidade e fomentando conflitos