segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Analistas pioram previsão para inflação e PIB de 2016

Os economistas ouvidos semanalmente pelo Banco Central (BC) pioraram as perspectivas para a inflação e o PIB deste ano e do próximo. O IPCA, de acordo como relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira, deve ficar em 7,61%. Já a economia deve ter uma retração de 3,33% em 2016 e uma leve expansão de 0,59% em 2017. Com esse cenário, os analistas voltaram a elevar, em 0,25 ponto percentual, a previsão para os juros no ano que vem, que devem ficar em 12,75% ao ano.

  A projeção para o IPCA deste ano voltou a piorar, pela sétima vez seguida, passando de 7,56% para 7,61%, reforçando a perspectiva de novo estouro da meta, de 4,5% com tolerância de dois pontos para cima ou para baixo, como já aconteceu em 2015.

Para o ano que vem permanece, como na semana anterior, a previsão de inflação de 6%, exatamente no teto da meta, cujo centro seguirá em 4,5%, mas com uma margem de tolerância menor, de 1,5 ponto percentual a mais ou a menos.

Em relação ao PIB de 2016, a mediana das projeções no Focus agora é de contração de 3,33%, ante queda de 3,21% na pesquisa anterior. Para 2017, a estimativa de crescimento é de apenas 0,59%, 0,01 ponto percentual a menos do que na semana passada. Pela quarta semana seguida, os analistas reduziram a previsão para o desempenho da economia no ano que que vem.

A perspectiva para a taxa básica de juros em 2017 voltou a 12,75%, depois de cair para 12,50% na semana anterior, segundo a pesquisa do BC, com a projeção para a inflação no ano que vem permanecendo no teto da meta do governo, de 6%.

O levantamento semanal do BC com uma centena de economistas divulgado nesta segunda-feira mostrou que as projeções para a Selic no final de 2016 foram mantidas em 14,25% ao ano pela segunda semana consecutiva. O BC já sinalizou que não deve mexer tão cedo na taxa básica de juros diante da fragilidade econômica do país, mas o cenário para a inflação continua em deterioração.

Já a cotação do dólar no fim deste ano foi elevada de R$ 4,35 para R$ 4,38. Para o ano que vem, o câmbio foi mantido em R$ 4,40 pela terceira semana seguida

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