quinta-feira, 19 de maio de 2016

Ford transforma CO2 capturado em materiais inovadores

Biomaterial produzido a partir de CO2 capturado da FORD
Milhares de toneladas de dióxido de carbono (CO2) são liberadas a todo momento na atmosfera pelas atividades humanas. Mas o gás vilão do aquecimento global também pode ser uma excelente matéria-prima para novos produtos.
Nesta semana, a Ford anunciou nos Estados Unidos o desenvolvimento de uma tecnologia que transforma o CO2 capturado em fábricas em materiais inovadores para aplicação em veículos da marca, como componentes plásticos e espuma.A expectativa é que, dentro de cinco anos, eles sejam aplicados na produção de carros da empresa. Segundo a Ford, esta tecnologia alcançaria, assim, um duplo objetivo: reduzir tanto as emissões de gases efeito estufa quanto o uso de plástico e espuma feitos de petróleo.
“Entre os seus benefícios ambientais, sem dúvida, estão a redução do consumo de derivados de petróleo e das emissões de carbono, associados às mudanças climáticas”, diz em nota Debbie Mielewski, especialista de sustentabilidade da Ford.
 A fabricação de plástico é responsável por cerca de 4% do uso de petróleo no mundo, segundo a Federação Britânica de Plásticos.  O desenvolvimento de materiais alternativos, nesse contexto, também ajuda a reduzir a dependência dessa fonte fóssil. Quando a Ford começou a pesquisa de materiais - então considerados "fantásticos" - nos anos 2000, o petróleo existia em abundância, era de fácil acesso e relativamente barato. Algo bem longe do cenário atual.
A investida no desenvolvimento de materiais sustentáveis tem sido bem sucedida. Um exemplo é a espuma de soja, presente hoje em todos os carros da marca na América do Norte. Há também a aplicação de fibra de coco em forros de porta-malas, pneus reciclados e soja em capas de espelhos, camisetas e jeans reciclados em carpetes, além de garrafas plásticas recicladas no tecido da F-150.
Entre outras investidadas "verdes" recentes, a Ford anunciou planos ambiciosos para transformar a sua sede em Michigan, nos Estados Unidos, em uma ‘minicidade’ de 690 mil metros quadrados com visual futurista e bem mais sustentável.
Desenvolvido pelo escritório de arquitetura SmithGroupJJR, o projeto tem duração estimada de 10 anos e vai reunir em dois campi cerca 30 mil funcionários da empresa que, atualmente, estão dispersos em 70 edifícios (alguns dos quais construídos na década de 1950).

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