Subcompacto chega como um dos carros mais baratos do país.
Versão mais barata não tem ar-condicionado; motor é 1.0 Fire de 75 cv. Mobi Easy: são itens de série retrovisores com
comando interno, banco traseiro bipartido, para-choque na cor da
carroceria, rodas de 13 polegadas com calotas, espelho de cortesia.
Opcionais: ar quente e o pacote Functional, com vidros dianteiros e
travas elétricas, limpador e desembaçador do vidro traseiro e
predisposição do rádio. R$ 31.900
Mobi Easy On: acrescenta ar-condicionado, direção hidráulica, regulagem de altura do volante e rodas aro 14. Não há opcionais. R$ 35.800
Mobi Like: conteúdo da Easy On mais vidros e travas
elétricas, predisposição de rádio, computador de bordo, chave
telecomando, limpador e desembaçador traseiro, cintos de segurança
dianteiros ajustáveis em altura, maçanetas e retrovisores na cor da
carroceria, grade dianteira pintada em preto brilhante, abertura interna
para tampa de e do porta-malas, revestimento do porta-malas e caixa
para bagagem (14 litros). Opcionais: sistema de som, rádio e Fiat Live
On (a partir de junho), ambos acompanhados de alarme e comandos no
volante. R$ 37.900
Mobi Like On:
acrescenta rodas de liga leve de 14 polegadas, faróis de neblina,
regulagem de altura do banco do motorista, retrovisores elétricos com
“tilt down” (que abaixam sozinhos ao engatar a ré), repetidores de seta,
sensor de estacionamento, tecidos diferenciados nos bancos, alarme e
rádio com comandos no volante. Não há opcionais. R$ 42.300
Mobi Way:
a versão com visual “aventureiro” traz todos os itens da Like. Inclui
barras longitudinais de teto, para-choques exclusivos e molduras nas
caixas das rodas, além de suspensões mais elevadas. Opcionais: sistemas
de som, rádio e a central multimídia Live On (a partir de junho), ambos
acompanhados de alarme e comandos no volante. R$ 39.300
Mobi Way On:
tem o conteúdo da Like On e o visual da Way, com a adição de rodas de
liga leve aro 14 com desenho próprio e o console de teto com
porta-objetos e espelho adicional. R$ 43.800
Fiat Mobi foi apresentado nesta quarta-feira (13) (Foto: André Paixão / G1)
Nova fase da Fiat
“Não queremos mais ser vistos como a marca que vende os carros mais
baratos do Brasil”, resume Carlos Eugênio Dutra, diretor de produto da
Fiat Chrysler (FCA) no Brasil, sobre o que a fabricante espera do Mobi.
Mais do que transformá-lo em outro fenômeno de vendas – o que seria um
desafio e tanto em meio à crise brasileira -, a montadora quer que ele
marque uma nova fase.
Fiat Mobi faz celular se tornar central multimídia (Foto: Divulgação)
Além do visual, a Fiat abriu mão da tradição de que basicamente tudo é
opcional em seus carros de entrada, modelo seguido também pela
Volkswagen. Só a versão mais básica do Mobi, chamada Easy, não tem
ar-condicionado e direção hidráulica de série (nem como opcionais).
Para ter estes "equipamentos de sobrevivência" é preciso desembolsar
pelo menos R$ 35.800, ou quase R$ 4 mil a mais sobre a versão mais
básica. E por que insistir no modelo “pé de boi”? Dutra brinca, dizendo
que: “Ainda tem maluco que compra”. Mas ressalta que ela deve ficar
entre as menos vendidas do modelo.
Vidros elétricos aparecem apenas da versão intermediária (Like) para
cima, que custa a partir de R$ 37.900. E não há direção elétrica,
conhecida por ter mais leveza, nem nas versões mais caras.
Tampa de vidro
Como fez na atual geração do Uno, que a aproximou de um público mais
jovem, a Fiat também apostou em design, para que o Mobi se destaque em
meio à sobriedade de muitos rivais. “Você não se encanta quando vê o
Up!”, diz Dutra. “É um bom carro, você pode achar isso ao dirigi-lo,
mas, só de ver, não se encanta.”
Como em uma alfinetada direta no concorrente, o compacto da Fiat vem
com a tampa do porta-malas em vidro, um “charme” que o Up! original,
lançado na Europa, tem, mas que não foi usado no Brasil por questão de
custo de reparo, segundo a Volkswagen, na época do lançamento.
“Ela é 6 kg mais leve do que a tampa com chapa e vidro (tradicional) e
muito resistente. Ele não quebrou ao ser acertado por uma pedra de meio
quilo a 30 km/h (em testes)”, disse Dutra. Para reduzir risco de quebra
em colisões traseiras, há uma saliência no para-choque, logo abaixo da
tampa, que receberá o impacto primeiro.
Irmão menor do Uno
Nas medidas, mais comparações com o já diminuto Up. É inevitável não
colocar os “carrinhos” lado a lado e ver, na ponta da trena, quem
oferece mais espaço – ou menos aperto.
Com 3,57 m de comprimento, o Mobi é 24,5 centímetros mais curto que o
“irmão” Uno e 4 cm menor do que o Up. Na distância entre eixos, que
equivale ao espaço interno, a diferença é de 7 cm (2,31 m) para o Uno e
incríveis 12 cm para o Volkswagen, que tem 2,42 m.
O porta-malas tem capacidade para 235 litros, contra 285 litros do Up e
290 litros do Uno. Ou seja, por dentro, é um carro pequeno como todos
os concorrentes: 5 pessoas vão muito apertadas.
As atrizes Bruna Linzmeyer e Deborah Secco participaram do lançamento do Mobi
Telefone vira tela
O Mobi estreia uma nova central multimídia da Fiat, que usa o usa o
smartphone do motorista ou passageiro como tela, acomodando-o em um
suporte no centro do painel.
O sistema chamado de Live On é compatível com celulares com Android e
iOS (Apple) e é opcional para algumas versões (Like e Way). Ele será
vendido a partir de junho; até lá a central será a mesma ofertada no
Uno, a Connect.
No Live On, um aplicativo criado pela Fiat funciona como uma interface
na tela do telefone para que o usuário possa abrir apps que ele já tem
instalado, como Waze, Google Maps e os de streaming de músicas Spotify e
Deezer.
Informações do aplicativo também são enviadas ao computador de bordo,
atrás do volante: os dois equipamentos são vendidos e instalados
simultaneamente, por isso não dá para colocar a central Live depois de
comprar o carro ou trocar a Connect por ela.
Fiat Mobi
Motor do Palio Fire
Apesar dessas novidades, o coração do Mobi não é nada moderno. Ele usa o
mesmo motor do Palio Fire, o 1.0 de 75 cavalos, de 4 cilindros. Apesar
dos rumores de que a montadora lançará um moderno motor de 3 cilindros
(possivelmente com mais potência e menor consumo), Dutra desconversa e
diz que, em clinicas feitas com clientes, eles não se importam com a
quantidade de cilindros, e, sim, com o desempenho.
“A gente pergunta se querem motor de 4 ou 3 cilindros e respondem: O
que?”, comentou o diretor de produto da FCA. “O cliente quer saber do
resultado.”
A mesma justificativa é dada por ele em relação ao fato de o hatch não
oferecer, em nenhuma versão, direção elétrica. “Não faz diferença”,
afirmou.
Consumo
No entanto, se o consumidor estiver atento aos números de consumo de
combustível, o cilindro a mais representa uma desvantagem do Mobi em
relação ao Up! aspirado de 3 cilindros, que faz 9,2 km/l (etanol) e 13,5
km/l (gasolina) na cidade.
Conforme dados do Inmetro, o lançamento da Fiat tem autonomia média de
8,4 km/l (etanol) e 11,9 km/l (gasolina) na cidade. Na estrada, os
números do Mobi se equiparam ao consumo do rival na cidade, com 9,2 km/l
(etanol) e 13,3 km/l (gasolina).
Desafio
O investimento em um segmento de alto volume de vendas, em um ano em
que os emplacamentos em geral caíram ainda mais, exigirá esforço extra
da montadora.
“Quando aprovamos (a produção do carro), o Brasil vendia 4 milhões de
veículos por ano; agora, vende 2 milhões”, comparou Dutra.
A montadora diz que estima vender 60 a 70 mil unidades neste ano, um
objetivo modesto que equivaleria a uma média mensal de cerca de 9 mil
emplacamentos, semelhante ao desempenho que o HB20 tem tido em 2016, mas
inferior à do Onix.
Nenhum comentário:
Postar um comentário