terça-feira, 5 de abril de 2016

As diretrizes do Walmart, Microsoft e AES em tempos de crise

Paula Bellizia - CEO da Microsoft Brasil

O que negócios tão díspares quanto o de tecnologia, varejo e energia têm em comum? Muita coisa, principalmente em uma época em que a incerteza é a única coisa certa.

Um evento da Amcham-Brasil, na capital paulista, reuniu na manhã de hoje os presidentes do Walmart, Microsoft e AES para discutir o que fazer em tempos de crise. 

 

Todos concordaram que o Brasil deve se recuperar em médio prazo e que é preciso investir mais em capacitação, inovação e maior produtividade.

Mas também foram realistas sobre as barreiras tributárias e de competitividade no país.

“Nossa estratégia hoje é focar no que conseguimos controlar e pensar em como fazer mais e melhor”, afirma Bellizia, presidente da Microsoft.

Além de métricas de competitividade, a empresa tem trabalhado em dois grandes temas: educação, com a capacitação de jovens, e empreendedorismo.

“Sabemos que tudo que se mede, se melhora, e é certo que a tecnologia pode ajudar na redução de custos para empresas, além de base para novos negócios”, diz Bellizia.

A mesma linha de fazer o mesmo, de um jeito melhor e mais competitivo é regra no Walmart Brasil, que teve faturamento cima de R$ 29 bilhões, em 2015.

“Este ano teremos todas as nossas 485 lojas no país integradas, o que deve gerar menos custo e mais produtividade”, diz Flávio Cotini, presidente da rede varejista no país.

A iniciativa levou anos para ser concluída e recebeu um investimento de R$ 1 bilhão, apenas no ano passado. Outros investimentos em melhorias de processos serão feitos neste ano.

“Nosso lema é operar por menos e, quando discutimos estratégia, pensamos em melhorias que vão da reposição de estoque a ganhos de escala e eficiência por funcionários”, diz.

Novos cenários

Para a AES, as questões vão além, acredita Julian Nebreda, presidente da companhia.

De acordo com ele, mudanças setoriais são hoje essenciais para fazer com que o setor como um todo seja mais competitivo.

Mudanças que tragam um sistema regulatório mais estável, que permita as empresas de energia receberem investimento privado para inovar são a grande urgência.

“Precisamos buscar um novo modelo para sermos mais competitivos”, disse Nebreda, que salientou a necessidade de se investir em energia renovável no país.

“Energia renovável não é mais futuro, mas presente”, afirmou ele. “Precisamos de condições mais estáveis para inovar neste sentido”.

Para os três executivos, o momento hoje é de transformação da economia, que impõem outras maneiras das empresas (e pessoas) pensar, agir, consumir, se posicionar.

É o cenário mais promissor possível para se inovar na maneira de lidar com todo o entorno e investir em iniciativas que sejam sustentáveis.

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