Mais uma violação: Coreia do Norte lança míssil balístico
No domingo (7) às
9:01 (horário local), a Coreia do Norte lançou um míssil balístico com
um satélite, a partir do cosmódromo de Sohae, no litoral ocidental do
país, o que provocou forte reação da comunidade internacional.
A televisão central da Coreia do Norte informou que o satélite
Kwangmyŏngsŏng 4 (Estrela Brilhante, em coreano) foi lançado com
sucesso. No comunicado também se dizia que o satélite está dotado de
“equipamento de medição”.
No entanto, militares norte-americanos, japoneses e sul-coreanos
opinam que, no momento, é cedo para falar do destino do satélite. Em
2012 a Coreia do Norte também anunciou o lançamento de um satélite, mas
ele nunca chegou a entrar em contato.
Os especialistas japoneses destacam que, desde
então, as tecnologias do país vizinho avançaram consideravelmente: a
velocidade dos mísseis ao ganharem altura aumentou, o tempo da divisão
dos estágios se reduziu.
Reação
Os EUA, Japão e Coreia do Sul condenaram severamente as ações da
Coreia do Norte e apelaram a tomar medidas contra o país. Por sua
iniciativa, no domingo será realizada uma seção extraordinária do
Conselho de Segurança da ONU.
Além disso, os três países aliados estão
discutindo as sanções contra a Coreia do Norte. Segundo a agência russa
RIA Novosti, se trata da imposição de sanções contra todas as empresas
de outros países que conduzem negócios com as entidades e empresas
norte-coreanas ligadas aos programas nuclear e de mísseis balísticos.
Será dirigido um apelo aos países do G7 para estes se juntarem às
sanções.
As ações da Coreia do Norte foram também condenadas pelo maior aliado do
país — a China. Em um comunicado do Ministério da Defesa, o lançamento
do míssil foi chamado de «violação das teses da resolução do Conselho de
Segurança da ONU, que proíbe à Coreia do Norte usar mísseis
balísticos».
O Ministério das Relações Exteriores russo publicou um comunicado em
que se diz que “tal ação conduz a um agravamento sério da situação na
península Coreana e no nordeste da Ásia em geral», fazendo o jogo de
quem aposta nas políticas de bloco e na provocação de um confronto
militar, causando danos graves à segurança dos Estados da região,
principalmente da Coreia do Norte em si".
"O curso escolhido por Pyongyang não pode deixar de suscitar forte
protesto. Recomendamos fortemente à liderança norte-coreana pensar se a
política de oposição a toda a comunidade internacional é do interesse do
país", acrescentou o comunicado.