segunda-feira, 14 de março de 2016

Protesto contra Dilma supera atos de 2015 e assusta governo

Manifestante tira selfie com a multidão em São Paulo (SP), 13/03/2016

  Balanço preliminar do Instituto Datafolha revela que as manifestações contra o governo de Dilma Rousseff deste domingo (13) reuniram mais pessoas na Avenida Paulista, em São Paulo, do que as Diretas Já, em 1984.

Por volta das 16h, segundo cálculos do Instituto, cerca de 450 mil pessoas se aglomeravam na região. Já a manifestação pelas Diretas Já reuniu 400 mil pessoas. O número, contudo, deve aumentar – já que o protesto continua.

Segundo a Polícia Militar,  1,4 milhão de pessoas estavam na região da avenida Paulista por volta das 16h30 deste domingo.

Os dados de hoje superam também o recorde de público registrado no protesto do dia 15 de março do ano passado – quando cerca de 210 mil pessoas, segundo cálculos do Datafolha, se concentraram na avenida Paulista em protesto contra o governo. Os números do Datafolha, no entanto, tendem a ser mais modestos do que os divulgados pela Polícia Militar, que há um ano calculou 1 milhão de pessoas na região.


Em todo o Brasil, a estimativa da PM é de que 3 milhões de pessoas foram às ruas com esse propósito. Os organizadores, por sua vez, calculam 6 milhões de manifestantes.

Independentemente de qual cálculo está correto, o fato é que especialistas consultados por EXAME.com acreditam que a presidente Dilma entra na noite deste domingo ainda mais enfraquecida.

"Houve uma demonstração impressionante da massa popular de que ela não tem apoio — o que significa um acréscimo na falta de legitimidade para a presidente", afirma Roberto Romano, professor emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

A onda de protestos acontece em um dos momentos mais dramáticos do segundo mandato de Dilma, com o avanço das investigações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ameaça do PMDB de deixar a base de apoio ao governo.

Em outros termos: com tanta gente na rua contra o PT, "o governo Dilma fica ainda mais desolado do que já estava", segundo análise de Paulo, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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