quarta-feira, 23 de março de 2016

França e Bélgica aumentam cooperação para prevenir atentados

Policial controla entrada na estação central de Bruxelas após atentados, dia 23/03/2016

 O primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, e o da França, Manuel Valls, destacaram nesta quarta-feira a vontade de reforçar a cooperação entre os dois países para prevenir novos atentados, e insistiram que este é um desafio europeu que necessita de uma resposta europeia.

Michel, em declaração à imprensa em Bruxelas antes de se reunir com Valls, afirmou que seu objetivo é "atuar juntos na luta contra o terrorismo".

"O destino da Europa é a paz e a segurança. Temos que estar à altura do destino da Europa que está agora ameaçado", afirmou o chefe do Executivo belga.

Valls, por sua vez, após lembrar os atentados em Paris ano passado, manifestou a "solidariedade" de seu país com a Bélgica e afirmou que o destino dos dois povos "é mais do que nunca comum".

Ele explicou que a cooperação antiterrorista, que se traduziu na semana passada na detenção em Bruxelas de Salah Abdeslam, um dos principais suspeitos dos atentados de 13 de novembro em Paris, "será intensificada nas próximas semanas e nos próximos meses, para prevenir novos atos terroristas".

"As ameaças são mais do que nunca fortes na Europa e em nossos dois países" e os atentados de ontem "só confirmaram o risco terrorista".

O primeiro-ministro belga considerou que "a resposta tem que ser europeia" porque "a Europa e seus valores que foram atacados" nos atentados em Paris e em Bruxelas.

Como em outras ocasiões, Valls falou de "atos de guerra" para se referir aos ataques de ontem na capital belga, e insistiu que é preciso trocar a atitude angelical porque "o terrorismo se fez, infelizmente, durável".

No entanto, ao ser perguntado sobre as críticas de responsáveis franceses à "ingenuidade" da Bélgica diante do jihadismo, Valls respondeu que os belgas já tinham sofrido ações terroristas e "atuaram com grande determinação".

O primeiro-ministro francês disse que entre há quatro pessoas em estado grave entre os 250 feridos.

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