quinta-feira, 31 de maio de 2012

Velocidade alta provocou acidente que matou universitários, aponta laudo


Acidente ocorreu na BR-116, no município de Mucuri, em abril deste ano.
Cinco universitários estavam no carro que caiu em um rio da região.


O resultado do laudo pericial do acidente que deixou cinco universitários mortos na BR-116, no extremo sul da Bahia, aponta que o execesso de velocidade do veículo em que os cinco universitários estavam provocou o acidente. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (30) pelo Departamento de Polícia Técnica de Teixeira de Freitas.
De acordo com o laudo, o motorista do veículo perdeu o controle da direção ao realizar uma manobra na curva onde o carro caiu. No momento da manobra, ainda segundo consta no laudo, o veículo estava acima da velocidade permitida no local. O DPT informou que o jovem que estava no carona Marlonn Amaral, 21 anos, foi lançado para fora do carro depois que o veículo bateu em uma árvore e o cinto de segurança dele foi rompido. A causa da morte dele, segundo o laudo, foi anemia aguda. Os outros quatro jovens que viajavam no veículo morreram afogados no Rio Mucuri, onde o veículo foi encontrado, conforme aponta o laudo.
Acidente
Os cinco jovens saíram da cidade de São Mateus, no norte do Espírito Santo no dia 20 de abril para comemorar um aniversário em Prado, município no extremo sul da Bahia, e desapareceram antes de chegarem ao destino. Na noite de 24 de abril o carro onde os universitários viajavam foi encontrado no Rio Mucuri, também no extremo sul baiano. Morreram no acidente André Galão, 28 anos, Marlonn Amaral, 21 anos, Izadora Ribeiro, 21 anos, Rosaflor Oliveira, 24 anos, e Amanda Oliveira, 24 anos. 
O acidente ocorreu no km 947,3 da BR-101, trecho próximo à cidade de Mucuri. De acordo com o inspetor-chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) da cidade de Texeira de Freitas, Liomário dos Santos Filho, a presença de defensa (conhecida como "guardrail") na curva poderia ter ajudado a evitar a morte dos cinco jovens universitários. "A defensa dá segurança maior para evitar que veículos caiam em despenhadeiros, que seja projetado para fora da pista. Se tivesse, é possível que eles tivessem capotado na pista e alguém teria visto. O veículo poderia ter ficado na pista, alguém avisaria. Não vi o laudo pericial, mas acredita-se que as mortes tenham sido por afogamento", diz.
Ainda segundo o inspetor, apesar da região da rodovia ser marcada por desníveis na pista, a característica não é predominante no trecho exato do acidente. Procurada pelo G1, a Superintendência Regional do DNIT na Bahia informou, através de um ofício, que a existência de uma "defensa metálica só poderia ter evitado a queda do veículo na ribanceira se o carro estivesse desenvolvendo baixa velocidade".
Ainda de acordo com a Superintendência, a norma DNER-ES-144/85, do Instituto de Pesquisas Rodoviárias (DNIT) determina a instalação de defensas através de um programa do Departamento chamado de Prodefensa, que estabelece a "instalação de defensas metálicas, prioritariamente nos locais com alto índice de acidentes e nos pontos críticos, inclusive cabeceiras de pontes". A Superintendência Regional do DNIT na Bahia informou que existem alguns trechos de rodovias federais que possuem defensas instaladas através do Prodefensa, totalizando 6.500 m de defensas distribuídas nas BR's 407, 110, 324 e 242.

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