lém de não oferecer proteção adequada, algumas receitas podem queimar a pele e causar problemas nos olhos; entenda
Na
busca por produtos mais naturais, de modo a não se intoxicar com o uso
de repelentes industrializados, muitos optam por fazer sua própria
alquimia em casa. Mas é necessário tomar cuidado. Segundo especialistas,
o resultado pode ser bem diferente do desejado. Alguns compostos
naturais podem ser nocivos à pele. O pior é que quem recorre aos
caseiros pode ficando desprotegido, se tornando suscetível às picadas do
mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.
Segundo
o dermatologista da Clínica Fares, Rafael Cavanellas, as misturas
caseiras duram menos de meia hora. “Não fazem proteção adequada e mais:
ninguém vai ficar reaplicando o repelente a cada 20 minutos”, explica.
A internet divulga inúmeras receitas de repelentes
caseiros. Entre as misturas mais divulgadas estão as que levam limão com
cravo, laranja com cravo, extrato de alho ou até mesmo álcool com
infusão de citronela. Nenhum deles, porém, é efetivo.
De
acordo com Cavanellas, o limão e laranja são irritantes para a pele.
Podem causar queimaduras caso a pessoa se exponha ao sol. “Acontece o
que chamamos de fitofotodermatose, que é a queimadura que acontece
quando o limão entra em contato com o sol”, diz. “O extrato de alho
também irrita e pode causar alergia. Não recomendamos”, completa.
O álcool, dependendo da concentração, pode causar problemas à pele. “Não é seguro”, alerta o dermatologista.
Em nota divulgada neste domingo (31), o Instituto Lula diz
que adversários do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentam criar
um escândalo, “a partir de invencionices” no episódio envolvendo a
suposta propriedade de um apartamento em um condomínio no Guarujá,
litoral paulista.
Na semana passada, o Ministério
Público de São Paulo intimou o ex-presidente e a mulher dele, Marisa
Letícia, para prestar depoimento como investigados, no dia 17 de
fevereiro, sobre um imóvel tríplex, no Condomínio Solaris, no Guarujá. A
suspeita do Ministério Público Federal é de que proprietários de
apartamentos do condomínio usaram o nome de terceiros para ocultar
patrimônio.
Na ocasião, o ex-presidente divulgou nota em sua página no
facebook, afirmando serem infundadas as suspeitas dos promotores e
levianas as acusações de suposta ocultação de patrimônio.
Mostrando
imagens de documentos relativos ao processo, a nota faz um histórico a
respeito da cota em um empreendimento da Cooperativa Habitacional dos
Bancários de São Paulo (Bancoop). Segundo o texto, a mulher de Lula,
Marisa Letícia, pagou, entre maio de 2005 e dezembro de 2009, as
prestações mensais e intermediárias do carnê da Bancoop. "Como fez para
cada associado, a Bancoop reservou previamente uma unidade no futuro
edifício – no caso, o apartamento 141, uma unidade-padrão, com três
dormitórios (um com banheiro) e área privativa de 82,5 metros quadrados.
Ao fim desse período, de acordo com o texto, a Bancoop passava por crise
financeira e estava transferindo vários de seus projetos a empresas
incorporadoras, entre elas a OAS. A família, mesmo não tendo aderido ao
novo contrato com a "incorporadora OAS, manteve o direito de solicitar a
qualquer tempo o resgate da cota de participação na Bancoop e no
empreendimento" e como não houve adesão ao novo contrato, a unidade foi
vendida para outra pessoa.
Na nota, o instituto diz que o ex-presidente, na condição
de cônjuge em comunhão de bens, declarou ao Imposto de Renda
“regularmente a cota-parte do empreendimento adquirida por sua esposa” e
que a informação consta da declaração de bens de Lula como candidato à
reeleição, registrada no Tribunal Superior Eleitoral em 2006.
Segundo
o texto, um ano depois de concluída a obra do Edifício Solaris, o
ex-presidente Lula e Marisa Letícia visitaram, junto com o então
presidente da OAS, Léo Pinheiro, o apartamento tríplex que estava
disponível para venda e que foi a única vez em que Lula esteve no local.
“Marisa Letícia e seu filho Fábio Luís Lula da Silva voltaram ao
apartamento, quando ele estava em obras. Em nenhum momento, Lula ou seus
familiares utilizaram o apartamento para qualquer finalidade.”
O
texto acrescenta que a família desistiu da compra, "mesmo tendo sido
realizadas reformas e modificações no imóvel (que naturalmente seriam
incorporadas ao valor final da compra) e que as "notícias infundadas,
boatos e ilações romperam a privacidade necessária ao uso familiar do
apartamento".
O instituto conclui afirmando que fracassaram todas
as tentativas de envolver o nome do ex-presidente no processo da Lava
Jato, “apesar das expectativas criadas pela imprensa, pela oposição e
por alguns agentes públicos partidarizados, ao longo dos últimos dois
anos”, que também fracassarão as tentativas de envolver o ex-presidente
na suposta venda de medidas provisórias e que a denúncia “restará
sepultada nos autos e perante a história”.
Particularidades da indústria alemã ajudam a explicar sucesso de sua economia
Hoje, o país é um dos três maiores exportadores globais,
tem o crescimento per capita mais alto do mundo desenvolvido e um índice
de desemprego de 6,9%, bem inferior à média da eurozona, de 11,7%.
Segundo
o professor Reint Gropp, presidente do Instituto Hall para a
Investigação Econômica (IWH), da Alemanha, o modelo germânico se
diferencia de forma muito clara do anglo-saxão dos Estados Unidos e do
Reino Unido.
Mas o que faz dele algo tão particular? Quais são os segredos de seu êxito?
"É
um sistema baseado na cooperação e no consenso mais do que na
competência, e que cobre toda a teia socioeconômica, desde o setor
financeiro ao industrial e ao Estado", explicou Gropp à BBC Mundo,
serviço em espanhol da BBC. Cooperação e capitalismo A
chamada "economia social de mercado" teve sua origem na Alemanha
Ocidental do pós-guerra, que estava sob o governo democrata-cristão do
chanceler Konrad Adenauer, e se manteve, desde então, como uma espécie
de política de Estado.
Sebastian Dullien, economista do Conselho
Europeu de Relações Exteriores, concorda que o consenso e cooperação
estão presentes em todos as camadas da economia.
"No centro estão
os sindicatos e os patrões, que coordenam salário e produtividade com o
objetivo obter um aumento real dos rendimentos dos funcionários, além de
manter os postos de trabalho. A integração é tal que, por lei, os
sindicatos estão representados no conselho de administração, participam
das decisões estratégicas nas empresas", afirmou.
No
sistema financeiro, as cooperativas e os poderosos bancos públicos se
encarregam de fazer com que o crédito alcance a todos, não importa o
tamanho da empresa ou o quão distante ela fica de um centro econômico.
Essa
filosofia permite superar uma das limitações do sistema anglo-saxão, no
qual as pequenas e médias empresas, diferentemente das multinacionais,
não têm acesso ao mercado de capitais e muitas vezes enfrentam
dificuldades para se financiar.
"Os bancos públicos têm regras
claras. Por exemplo: para favorecer o desenvolvimento local, podem
emprestar para empresas de sua área, mas não para as de outras regiões. O
governo tem representantes nestes bancos, e eles são fundamentais na
tomada de decisões. Um princípio que rege sua política de crédito é a
manutenção do emprego", afirma Gropp. 'Mittelstand' Esse modelo está enraizado na história germânica.
A
unificação nacional de 1871, sob Bismark, reuniu 27 territórios
governados em sua maioria pela realeza e que haviam crescido rapidamente
e de forma autônoma durante a Revolução Industrial.
Dessa semente
histórica surgem as Mittelstand (pequenas e médias empresas), que,
segundo os especialistas, formam 95% da economia alemã.
"A
Alemanha é especialmente forte em empresas que têm umas 100 ou 200
pessoas. Com uma característica adicional: apesar de seu tamanho, muitas
dessas firmas competem no mercado internacional e são exportadoras",
explica Dullien.
Exportações Como
consequência, a Alemanha tem figurado entre os três principais
exportadores mundiais nas últimas décadas, uma prova da eficácia desse
sistema para competir mundialmente com produtos tecnologicamente
complexos, feitos por uma força de trabalho altamente qualificada e bem
paga.
Enquanto o comércio mundial dominado por multinacionais que
representam cerca de 60% de toda a movimentação global, na Alemanha
as Mittelstand são responsáveis por 68% das exportações.
O setor automotivo, de maquinário, de eletrônicos e medicamentos estão entre seus pontos fortes.
Mas isso não se deve somente às Mittelstand.
Das
2.000 empresas com maior rendimento em todo o mundo, 53 são alemãs,
entre elas marcas de grande tradição, como Bayer, Volkswagen e Siemens. A recuperação do doente Sob o peso da reunificação, a Alemanha ganhou nos anos 1990 o apelido nada simpático de "doente da Europa".
Era
consenso que um sistema com altos salários e forte participação
sindical não poderia sobreviver em um mundo governado por um conceito
novo, a "deslocalização".
Aproveitando-se de um mundo mais liberal
e do fato de que as novas tecnologias das grandes empresas poderiam
mudar de um país para outro em busca de maior rentabilidade, obtida com
custos salariais menores, as empresas alemãs começaram a migrar pra
outros pontos do mundo.
No entanto, no início deste século um
governo social-democrata implementou uma série de reformas,
classificadas por seus concorrentes de "neoliberais", para reativar a
economia nacional.
O remédio funcionou – a economia voltou a crescer. Mas teve um preço: aumento da pobreza, do subemprego e do "miniemprego".
"O
lado positivo é que o sistema mostrou um alto grau de adaptabilidade.
Porém, as reformas da seguridade social e do mercado de trabalho
aumentaram a pobreza e a desigualdade", avalia Sebastian Dullien.
Cerca de 105 mil pessoas continuam sem energia elétrica em Porto
Alegre, segundo a Companhia Estadual de Energia Elétrica (Ceee), devido à
queda de mais de 300 árvores após o temporal que atingiu a cidade na
sexta-feira (29). Destas, 56 mil estão sem luz desde o dia da
tempestade.
Também não há previsão para que o serviço de
abastecimento de água retorne à normalidade em Porto Alegre. A
Assessoria de Comunicação do Departamento Municipal de Água e Esgotos
(Dmae) informou neste domingo (31) que dos seis sistemas de
abastecimento da cidade, somente os sistemas de Belém Novo e a Estação
Menino Deus estão em funcionamento.
Operando desde o início da
manhã, a Estação Belém Novo abastece bairros da Zona Sul e a do Menino
Deus, que abrange o bairro que dá nome à estação e o centro, voltou a
funcionar entre o fim da manhã e o começo da tarde. O Dmae disse ainda
que a Estação Moinhos de Vento, que abastece o bairro de mesmo nome e a
região central da cidade deve voltar a funcionar em breve. A Zona Norte
da Cidade e a região das Ilhas permanecem sem água.
De acordo com o
Dmae, para que o abastecimento volte a normalidade é preciso antes
resolver o problema da falta de energia na cidade. A companhia informou
ainda que não é possível estimar a quantidade de residências que está
sem água, uma vez que muitos prédios têm reservatórios próprios.
Pela
manhã, houve uma reunião para debater as estratégias de recuperação da
cidade. Participaram o prefeito em exercício, Sebastião Melo – o
prefeito José Fortunati está de férias –, o secretário estadual de
Segurança Pública, Wantuir Jacini, representantes da Brigada Militar, do
Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil Estadual, da Empresa Pública de
Transporte e Circulação (EPTC) e da Guarda Municipal.
As
autoridades orientam a população a permanecer em casa nos bairros sem
luz. Ainda há muitos obstáculos nas vias depois das quedas de árvores,
galhos, postes de energia elétrica e objetos que voaram com o vento e
que podem oferecer riscos. Tempo instável
O Sistema de Vigilância
Meteorológica de Porto Alegre (Metroclima) registrou queda de 55,6
milímetros (mm) de chuva entre 0h e 9h de hoje, mais da metade da média
para todo o mês, de 100 mm.
O tempo permanece instável ao longo do domingo, mas o
Metroclima, no entanto, disse ser improvável que volte a ventar como na
sexta-feira, quando a cidade foi atingida por um dos piores temporais da
história recente, segundo o órgão, com rajadas de até 119,5 km/h.
O
Exército disponibilizou 40 homens para auxiliar na retirada das árvores
que derrubaram postes, e seis equipes dos bombeiros foram deslocadas do
interior do estado para ajudar nos trabalhos em Porto Alegre.
A
Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) de Porto Alegre
informou, por meio das redes sociais, que 31 semáforos continuam
apagados na capital.
"O cenário parece de guerra. É
hora de buscar soluções. E todos estão trabalhando pra isso", disse o
prefeito em exercício de Porto Alegre, Sebastião Melo, em coletiva de
imprensa.
Novo sistema de regime aduaneiro entra em vigor em 90 dias
Nos
próximos 90 dias, indústrias de todo o País poderão exportar
mercadorias sem pagar tributos federais na compra de insumos. Esse é o
prazo que as empresas terão para aderir ao Regime Aduaneiro Especial de
Entreposto Industrial com controle informatizado (Recof–Sped).
Regulamentado
na última quarta-feira (27) no Diário Oficial da União, o Recof–Sped só
entrará efetivamente em vigor daqui a três meses, quando as empresas
poderão aderir ao novo sistema, que usa as notas fiscais eletrônicas
para registrar as transações. Segundo o subsecretário substituto de
Aduana e Relações Internacionais da Receita, José Carlos de Araújo, a
expectativa é aumentar em 50 vezes, de 20 para 1 mil, o número de
indústrias que fazem parte do Recof.
“A grande vantagem de usar a
escrituração eletrônica é a redução de custos. A empresa não terá mais
de desenvolver sistemas para a Receita monitorar a compra de insumos, a
produção e a movimentação de estoques. Tudo será levantado
automaticamente por meio da nota fiscal eletrônica”, explica Araújo.
Segundo ele, o desenvolvimento do sistema de acompanhamento usado até
agora no Recof tradicional custa, em média, R$ 2 milhões, o que
restringia o regime especial a grandes indústrias.
Criado em 1997,
o Recof permite que as indústrias exportadoras comprem insumos no
mercado doméstico e interno com suspensão de tributos federais: Imposto
sobre Produtos Industrializados (IPI), Programa de Integração Social
(PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e
Imposto de Importação, no caso das mercadorias importadas. A indústria,
no entanto, tem até dois anos para exportar a mercadoria. Caso
contrário, o Fisco cobrará os tributos sobre as matérias-primas.
Em
2015, as 20 empresas que aderiram ao Recof importaram US$ 6,8 bilhões
com isenção de tributos e exportaram US$ 9,6 bilhões. Segundo o
subsecretário substituto da Receita, o órgão estima que as mil
indústrias que podem fazer parte do Recof–Sped exportem até US$ 50
bilhões por ano por meio da modalidade.
Araújo ressaltou que o
Recof tem vantagens em relação ao drawback, regime operado pela
Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento que
oferece benefícios semelhantes. Segundo ele, a diferença não está no
tipo de benefício tributário, mas no modo de operação. O drawback
precisa de autorização para cada etapa da cadeia produtiva e é indicado a
indústrias que exportam eventualmente. O Recof, no entanto, representa
uma autorização permanente, bastando a empresa se habilitar no regime
especial.
Ativistas argumentam que a mulher não deve ser punida por falha das autoridades em controlar o mosquito transmissor
O aumento nos casos de microcefalia no Brasil reabriu o
debate sobre aborto no país. Atualmente, no Brasil, só é permitido
interromper uma gravidez em caso de risco à vida da mãe, quando a
concepção foi resultado de um estupro ou quando o feto é anencéfalo.
Em
entrevista exclusiva à BBC Brasil e ao programa da BBC Newsnight, a
ativista Debora Diniz disse estar preparando uma ação para pedir que o
Supremo Tribunal Federal autorize o aborto em gestações de bebês com
microcefalia, que vêm sendo associadas ao zika vírus.
O mesmo
grupo do qual a antropóloga faz parte convenceu, em 2012, o STF a abrir
um precedente permitindo aborto no caso de bebês anencéfalos, que não
têm chance de viver fora do útero.
o juiz Jesseir Coelho de Alcântara, um dos poucos que autorizam abortos
em casos excepcionais, como os de bebês anencéfalos, disse ao repórter
Ricardo Senra que, se houver risco comprovado por médicos de que o bebê
nascerá morto, ele autorizaria aborto em caso de microcefalia.
A discussão que chegará em breve ao STF, no entanto, não se
restringe ao aborto em caso de risco ao bebê de morte determinado por
médicos. O grupo que prepara a ação argumenta que a mulher não deve ser
punida por uma falha das autoridades em controlar o mosquito transmissor
da doença, Aedes aegypti, o mesmo da dengue.
Além disso,
o grupo argumenta que a ilegalidade do aborto e a falta de políticas de
erradicação do Aedes ferem a Constituição Federal em dois pontos:
direito à saúde e direito à seguridade social.
Enquanto corre a
discussão legal a respeito do tema, abortos clandestinos, muitas vezes
feitos sem cuidados médicos adequados, continuam ocorrendo no país.
Segundo a OMS, a cada dois dias uma mulher morre no Brasil em
decorrência dos cerca de 800 mil abortos ilegais estimados anualmente.
A discussão do tema em meio à epidemia de microcefalia, por sua vez, foi
alvo de inúmeras críticas de que, por trás de uma preocupação com o
direito à escolha da mulher, existe uma tentativa de se buscar o bebê
perfeito, algo comparável ao que buscava o nazismo com suas iniciativas
de eugenia, de se criar uma "raça perfeita".